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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL ARMERINDO LUZO DA SILVA JUNIOR O LEGADO DE SIMON BOLIVAR Trabalho desenvolvido para a disciplina História: História da América – Questões Gerais Professor: Geraldo Barbosa Neto BRASÍLIA-DF 2016 O LEGADO DE SIMÓN BOLÍVAR O presidente venezuelano Hugo Chávez não se cansa de repetir o ideário que move seu governo é o legado político e histórico de Simón Bolívar (1783-1830). O próprio nome do país foi alterado há alguns anos para República Bolivariana da Venezuela. Chávez não é o único a reivindicar o personagem. O nome de Bolívar foi apropriado por varias lideranças e movimentos políticos na América Latina. O ponto de contato buscado por Hugo Chávez com Bolívar é basicamente o desejo de uma América Latina “livre e independente do domínio dos EUA”. Se ele não busca uma outra Grande Colômbia, busca parceiros, tendo chegado a presentear os presidentes Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Daniel Ortega (Nicarágua) réplicas da espada de Simón Bolívar. Um dos termos mais utilizados na política venezuelana é o da “união cívico-militar”. Seu foco central é, obviamente, o estabelecimento de uma aliança entre os militares e não-militares. É difícil dizer. A “ideologia bolivariana” tem contornos vagos e imprecisos. Bolívar é possivelmente o personagem histórico mais complexo e de maior influência no imaginário político continental. Seu legado é colossal. Além de liderar guerras de independência e de exercer influência direta em pelo menos cinco dos atuais países da região – Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia –, ele deixou vastíssima obra escrita, constituída de artigos, cartas e discursos. Ao mesmo tempo, o bolivarismo vai se aprofundando na sociedade venezuelana através do governo chavista que o cita pelos mais variados motivos. Outro fato a ser considerado é o sucesso dos chamados círculos bolivarianos. Estes são grupos organizados, formados sempre por um número entre sete e onze pessoas, que se reúnem para discutir os problemas da sua comunidade, canalizando-os para o órgão competente a fim de buscar soluções. Funcionam como pequenas assembleias populares em que se discutem problemas de interesse local e do dia a dia e a prestação de serviços comunitários. Eles foram criados para dar capilaridade à revolução, criando agentes de difusão que alcançam os pequenos recantos da sociedade”. Entretanto a mensagem que ilustração pretende transmitir é fazer uma reflexão de como Hugo Chávez utiliza a imagem de Símon Bolívar foi no sentido de construir uma identidade para o povo venezuelano através da figura do Libertador. Ele vai buscar na História do País, pressupostos que legitimem seu trabalho, bem como a luta em busca da liberdade e da dignidade do povo. Antes mesmo de ser presidente, Hugo Chávez admirava, analisava e divulgava em suas aulas de História, como professor da Academia Militar, a figura do Libertador, pensando um novo caminho a ser seguido pelo povo venezuelano. Alguns presidentes também exaltaram a imagem de Bolívar, a diferença é que Chávez se apropria de suas características mais marcantes, como forma de criar uma nova identidade para Venezuela. O projeto do Presidente, mesmo que em contextos históricos diferentes, se assemelha um pouco ao do Caudilho, posto que, como o Libertador, Chávez visa uma união da América Latina contra os países imperialistas.
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