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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – DEDC – CAMPUS XII CURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA – 5º SEMESTRE COMPONENTE: FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO DOCENTE: GLAUCO ESTEVES DISCENTES: TARCÍSIO THALLES DE MELO, THIAGO LOPES NOVAIS NATAÇÃO: ANAMNESE, PROTOCOLOS, AVALIAÇÕES E TESTES GUANAMBI 2018 ANAMNESE Dados pessoais: Nome: Thiago Lopes Novais Data de nascimento: 22/12/1994 Gênero: Masculino Estado civil: Solteiro Filhos: Não Profissão: Estudante universitário Patologias: Diabetes: Não Hipertensão/hipotensão: Não Cardiopatia: Não Colesterol alto: Não Problemas de tireoide: Não Usa remédios controlados: Não Câncer: Não AIDS: Não Dependente químico: Não Já fez cirurgia: Não Ansioso: Sim Sente tonturas: Não Sofre de desmaios: Não Questionário PAR-Q: 1- Problemas cardíacos? Não 2- Sente dor no peito quanto faz atividade física? Não 3- Sentiu dor no peito no último mês? Sim 4- Sente tonturas ou desmaios? Não 5- Problemas ósseos ou musculares que se agravem na prática de atividade física? Sim 6- Usa medicamentos para pressão arterial ou para circulação? Não 7- Existe algo que te impeça da prática esportiva? Não Hábitos: Já fez musculação? Sim Pratica alguma atividade física? Não Em média, quantas horas dorme? 9 horas Ingere boa quantidade de água? Sim Faz uso de álcool com frequência? Sim Fumante? Não Medias: Pescoço: 34,7cm Tórax: 83,5cm Inflado: 88,5cm Cintura: 70,3cm Abdômen: 73,5cm Glúteo: 88,1cm Braço: 27,4cm Com força: 38,1cm Coxa: 48,7cm Panturrilha: 36,5cm Dobras: Tríceps: 10mm Sub escapular: 14mm Peitoral: 6mm Axilar média: 8mm Supra ilíaca: 10mm Coxa medial: 14mm Abdominal: 25mm Batimentos cardíacos: 54 BPM Altura: 1,84m Peso: 71,500kg IMC: 21,1kg/m² Envergadura: 1,89m Obs: Possui uma cifose no lado direito. Protocolos de avaliações para treinos de natação Os protocolos de avaliações podem ser de forma direta ou indireta, outros caracterizam-se como invasivos. Atualmente, a ciência já estabelece protocolos indiretos e não invasivos que possuem forte correlação com referenciais diretos e invasivos. Neste sentido encontra-se a velocidade crítica (VC) como indicador da intensidade de esforço que o praticante pode realizar permanecendo dentro de parâmetros aeróbios sem causar exaustão. A VC foi proposta por Wakayoshi et al. (1992) para avaliar e controlar a intensidade de nadadores. A partir de sua proposta, a utilização do protocolo da VC por pesquisadores da área vem se confirmando como método não invasivo, seguro para prescrição e controle do treinamento. A procura de protocolo de avaliação não invasivo torna-se importante, tendo em vista que o mesmo poderá ser utilizado em jovens na fase de aprendizagem, bem como no período de treinamento. Sistema de avaliação da natação Num programa adequado de treinamento da natação, mesmo não havendo objetivo de competição, devem ser realizadas séries de velocidade, que valorizem a força e a resistência proporcionando condições de aperfeiçoamento da técnica e eficiência do nado em distâncias curtas e longas. Para Deminice et al. (2007) o monitoramento e a avaliação de variáveis fisiológicas e da performance no treinamento esportivo podem ser fatores determinantes do sucesso em nadadores de alto nível. Dentre as competições oficiais de natação, há provas com predomínio do metabolismo anaeróbio (50m) e outras com predomínio aeróbio (1500m). E diante dos vários testes específicos aplicados nesta modalidade, a avaliação aeróbia é considerada uma das mais importantes, pois independente da especialidade do atleta, ela é utilizada, sobretudo, durante o período preparatório básico. O sistema de avaliação da natação adequado deve possuir 4 características para avaliar o estado atual e a evolução destes e de outros parâmetros. São características desse sistema: 1º Avaliar a técnica do nado Como em todos os esportes, a técnica dos movimentos específicos é fundamental para o melhor desempenho. Na natação é importante a execução correta de cada movimento e a coordenação entre eles para o deslocamento eficiente e rápido sobre a água. Na análise da técnica do nado, o atleta deve ter ciência sobre o nível de correção de cada movimento e do conjunto de cada um deles. Essas informações precisam ser quantitativas, para seu melhor entendimento e verificação da evolução. 2º Avaliar a aptidão anaeróbia Uma das capacidades que devem ser desenvolvidas na natação é a velocidade. Mesmo sendo em atletas de competição ou não, eles devem desenvolver em seus músculos adaptações que lhe permitam deslocar-se rapidamente sobre água. A avaliação da velocidade do nado é dada em metros/segundo. 3º Avaliar a aptidão aeróbia Outra capacidade que deve ser desenvolvida na natação é a resistência que permita ao atleta nadar longas distâncias sem que fique fadigado. Os parâmetros denominados limiar aeróbio e a velocidade crítica indicam a capacidade de resistência e as adaptações benéficas que estão ocorrendo nos sistemas circulatório e muscular. 4º Avaliar a flexibilidade e adequação do peso corporal Muitos atletas têm como objetivo a perda de peso e manutenção da saúde. Por isso, é recomendável a avaliação da flexibilidade, um indicador de saúde, e das alterações do peso corporal. É importante para o atleta que, na medida em que seus músculos se adaptam, tornando-se mais fortes e resistentes, seja reduzida a gordura corporal, o que é refletido no índice de massa corporal (IMC). Teste de 30 minutos na natação competitiva (T-30) Esse teste foi criado por Jan Olbrecht com nadadores competitivos adultos dos dois gêneros no Institute for Sports Medicine em Colônia, Alemanha em 1985. Consiste em deslocar-se à máxima distância em 30 minutos em um ritmo regular do início ao final do teste. Os resultados são convertidos para uma velocidade média por 100 metros, mediante a divisão da distância nadada pelo tempo em segundos. Olbrecht et al. (1985) verificaram que a velocidade média correspondia muito intimamente ao ritmo que gerava uma concentração de ácido lático no sangue de 4mmol/l, conforme determinado por um teste de sangue típico. Correspondendo ao Lan (limiar anaeróbio) de cada nadador, estes não conseguem nadar acima de seu Lan durante 30 minutos sem que ocorra uma intensa perda de velocidade ao longo dos últimos estágios do nado. Para a maioria dos nadadores, o Lan situa-se entre os valores de 3 a 5 mmol/l. Os autores do teste verificaram que os múltiplos do ritmo de limiar somente mostravam-se precisos para distâncias de repetições a partir de 300 metros e para intervalos de repouso de 10 a 20 segundos. Em distâncias mais curtas e intervalos mais longos, havia necessidade de ajustar um pouco os múltiplos. Alguns fatores de correção foram propostos a fim de subsidiar o treinamento: 200m - subtrai 2 segundos do tempo médio de 100m do T-30, e multiplica por 2; 100m - subtrai 1,5 segundos do tempo médio de 100m do T-30; 50m - divide o tempo médio de 100m do T-30 por 2 e subtrai 1 segundo. O ritmo de limiar calculado com base nesse teste pode ser utilizado para determinar o treinamento em qualquer distância e em outros níveis de esforço, devendo-se somar alguns segundos ou subtrair, caso se queira trabalhar abaixo ou acima do Lan (MAGLISCHO, 1999 e OLBRECHT et al., 1985). Para Beneke (2003) em função da ótima validade para a avaliação da capacidade aeróbia e da estreita relação com o desempenho dessa capacidade, este teste tem sido largamente recomendado na prescrição do treinamento, e está entre os métodos não invasivos mais utilizados na natação. O conhecimento das diversas formas de utilização do T-30 é de grande valia para o profissional que atua no treinamento de nadadores competitivos ou pesquisadores do assunto, principalmente quando outras finalidades são observadas no teste, além do propósito para o qual foi criado. A avaliação aeróbia, o monitoramento e a prescrição do treinamento em nadadores adultos competitivos foram as finalidades inicialmente propostas pelos autores do teste, porém, pode-se observar que a produção científica revisadanele ultrapassa esses limites, sugerindo a utilização do mesmo teste para nadadores jovens. Para comparar o desempenho dos gêneros com diferentes idades, é necessário analisar outros testes intervalados, verificando movimentos técnicos (taxa, comprimento e índice de braçada), observando esse desempenho em provas de fundo, analisando métodos de avaliação em nado atado que possam substituí-lo em piscinas menores e para analisar a validade do menor índice glicêmico na indicação do Lan. Portanto, sugere-se a realização de estudos adicionais utilizando o T-30, com outras abordagens, principalmente em grupos de nadadores especialistas em cada uma das provas da natação. Apesar de sua relevância pela simplicidade metodológica e por não ser invasivo, esse teste pode ser acessível a qualquer local de treinamento da natação. REFERÊNCIAS BENEKE R. Methodological aspects of maximal lactate steady state-implications for performance testing. Eur. J. Appl. Physiol., v.89, p.95-99, 2003. DEMINICE, R.; PAPOTI, M.; ZAGATTO, A. M.; PRADO JÚNIOR, M. V. Validade do teste de 30 minutos (T-30) na determinação da capacidade aeróbia, parâmetros de braçada e performance aeróbia de nadadores treinados. Rev. Bras. Med. Esporte, 2007. MAGLISCHO, E. W. Nadando ainda mais rápido. São Paulo: Ed. Manole, 1999. OLBRECHT, J.; MADSEN, O; MADER, A; LIESEN, H; HOLLMENN, W. Relationship between swimming velocity and lactic acid concentration during continuous and intermittent training exercises. Int. J. Sports Med., v. 6, p. 74-77, 1985. WAKAYOSHI, K., IKUTA, K., YOSHIDA, T., UDO, M., MORITANI, T., MUTOH, Y., MIYASHITA, M. Determination and validity of critical velocity as an index of swimming performance in competitive swimmer. European Journal of Applied Physiology and Occupational Physiology. v. 64, n. 2, p. 153-157, 1992.
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