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TECNOLOGIAS, REDEFININDO OS CONCEITOS EM EDUCAÇÃO: Mudanças e Avanços Definidos Pelas Tecnologias

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Marabá-PA 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO BATISTA CARVALHO ARAÚJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
PÓS-GRADUAÇÃO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR 
 
TECNOLOGIAS, REDEFININDO OS CONCEITOS EM 
EDUCAÇÃO: 
Mudanças e Avanços Definidos Pelas Tecnologias 
Marabá-PA 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIAS, REDEFININDO OS CONCEITOS EM 
EDUCAÇÃO: 
Mudanças e Avanços Definidos Pelas Tecnologias 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como 
requisito parcial para a obtenção do título de pós-
graduação em Docência do Ensino Superior. 
 
Orientador: Profa. Juliane Alves de Sousa 
Tutor eletrônico: Profa. Juliane Alves de Sousa 
 
JOÃO BATISTA CARVALHO ARAUJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha família e a 
todos que me acompanharam e 
acreditaram na minha capacidade de 
chegar até aqui, mas em especial a minha 
amada esposa Patrícia Alves, que sempre 
me incentivou nas alegrias e dificuldades 
desta caminhada. 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Em primeiro lugar agradeço a Deus por ter permitido e abençoado 
minha trajetória até aqui, por ter me guiado como professor e historiador, permitindo 
que eu pudesse realizar um bom trabalho por todas as instituições onde atuei de 
forma profissional, procurando deixar sempre uma boa impressão. Agradeço ainda 
senhor, por minha vontade de continuar estudando e dessa forma me atualizando e 
capacitando ainda mais para poder enfrentar com dignidade os desafios do 
magistério e demais atividades por mim desenvolvidas na minha carreira profissional 
e pessoal. 
Também gostaria de abrir um parêntese e agradecer também a 
instituição de ensino UNOPAR, que contribuiu muito com minha carreira ao ofertar 
uma forma de ensino, que é o sistema EAD, acessível aos trabalhadores que não 
dispõem de tempo e condições de frequentar um curso superior regular, 
considerando a maravilhosa oportunidade de seguir em frente determinando seu 
próprio horário para estudar e galgar novos horizontes profissionalmente e dessa 
forma, tendo a oportunidade de provar o nível do seu aprendizado na concorrência 
do mercado e das oportunidades oferecidas. Sabemos que ainda existe muita 
resistência e preconceito no que se refere ao ensino EAD no Brasil, mas, até por 
isso mesmo e como aluno me proponho a continuar estudando mais e mais de forma 
que possamos provar com estatísticas o nível de capacidade do aluno EAD. 
E por fim deixo aqui meus agradecimentos e muito obrigado a minha 
família em especial esposa, Patrícia, filhos e todos que contribuíram comigo durante 
minha trajetória, deixando suas impressões em minha vida e em minha carreira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epígrafe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, 
mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre 
 aquilo que todo mundo vê.” 
 
Arthur Schopenhauer 
 
 
 
 
ARAÚJO, João Batista Carvalho. Tecnologias, Redefinindo os Conceitos em 
Educação: Mudanças e Avanços Definidos pelas Tecnologias. 2015. Número total 
de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação em Docência do Ensino 
Superior) – Universidade Norte do Paraná – Polo Marabá-PA, 2015. 
RESUMO 
O presente trabalho monográfico tem o objetivo de discutir as Tecnologias da 
Informação e Comunicação, e também, a Docência no Ensino Superior, dando 
ênfase no processo de educação democrática em todos os níveis e principalmente 
no nível superior, o que tem proporcionado avanços significativos no campo do 
acesso a informação e educação de qualidade, favorecendo em vários aspectos 
profissionais e sociais a sociedade brasileira. O tema justifica-se pela sua 
importância no senário global atual que tem evoluído seus meios de comunicação e 
tecnologia em uma velocidade impressionante, mas também possibilitando acesso 
fácil e imediato ao conhecimento, e ainda, a real possibilidade de refinar esse 
conhecimento de forma que se possam formar excelentes profissionais e intelectuais 
em suas áreas afins. A metodologia utilizada será pesquisas em livros, bibliotecas, 
sites indicados da internet e documentários. Entre os principais resultados está a 
contribuição historiográfica para o enriquecimento e desmitificação de uma das 
formas de proporcionar conhecimento e aprendizado através dos avanços 
tecnológicos da atualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: Tecnologia. Comunicação. Formação. Distância. Professor. 
 
 
 
 
ARAÚJO, João Batista Carvalho. Technologies, Redefining the concepts in 
education: Transformations and Improvements Defined by Technologies. Ano de 
Realização. Número total de folhas. Monography (Postgraduate certificate in 
Teaching in higher education) – University of Northern of Paraná, Polo Marabá-PA, 
2015. 
ABSTRACT 
The current monographic work aims to discuss the information and communication 
technologies, emphasizing in the process of democratic education at all levels and 
especially at the top level, which has provided significant advances in the field of 
access to information and quality education, fostering professional and social aspects 
in the Brazilian society. The theme is justified by its importance in the current 
globalized world; that has evolved their media and technology at an impressive 
speed, but also enabling easy and immediate access to knowledge, and yet, the real 
possibility to refine this knowledge so that they can form excellent professionals and 
intellectuals in their related fields. The methodology used will be research in books, 
libraries, internet sites listed and documentaries. Among the main results is the 
historiographical contribution to the enrichment and desmitificação of one of the ways 
to provide knowledge and learning through the technological advances of today. 
 
 
 
 
 
Key-words: Technology. Communication. Formation. Distance. Teacher. 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1 – Evolução das matrículas dos cursos de graduação presenciais e a 
distância no Brasil, por organização acadêmica (1995-2010) .................................. 27 
Gráfico 2 – Evolução das matrículas a distância no ensino superior brasileiro (2000-
2010)............................................................................ Erro! Indicador não definido. 
Gráfico 3 – Percentual de pessoas que utilizaram a Internet por meio de 
microcomputador e somente por outros equipamentos, no período dos últimos três 
meses, na população de 10 anos ou mais de idae – Brasil – 2005/2013 ............ Erro! 
Indicador não definido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Imagem do Archiginnasio di Bologna. ..................................................... 29 
Figura 2 – Imagem da Universidade de Paris na França.. ........................................ 29 
Figura 3 – Imagem do Archiginnasio di Bologna. ..................................................... 30 
Figura 4 – Imagem da Universidade de Paris na França.. ........................................ 30 
Figura 5 – Imagem da Universidade de Manaus. ..................................................... 31 
Figura 6 – Imagem da Universidade do Paraná. ...................................................... 31 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
EAD Educação a Distância 
UNOPAR Universidade Norte do Paraná 
TIC’s Tecnologias da Informação e da Comunicação 
ENADE Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes 
EUA Estados Unidos da América 
LDB Lei de Diretrizes e Bases 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13 
 
2 CAPÍTULO I ............................................................ Erro! Indicador não definido.6 
2.1 Evolução Tecnológica ............................................ Erro! Indicador não definido. 
2.1.1 EAD – Educação a Distância .......................................................................... 16 
2.1.1.1 História da Docência no Ensino Superior ..................................................... 23 
2.1.1.1.1 Docência no Ensino Superior nos Dias Atuais ........................................... 25 
 
3 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO .................................................................. 27 
3.1 GRÁFICOS ........................................................................................................ 27 
3.2 IMAGENS .............................................................. Erro! Indicador não definido. 
 
4 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 32 
 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 35 
 
 
 13 
1 INTRODUÇÃO 
Em meio ao discurso de globalização, nas últimas décadas, de fato 
vimos essa real globalização ser efetivada pelos meios de comunicação. As 
distâncias nunca foram tão pequenas como nos dias atuais. Diante dessas 
informações, senti a necessidade de enfatizar, através dessa pesquisa, que o 
conhecimento não é monopólio de quem quer que sejam na nossa sociedade atual, 
em virtude das nossas conquistas democráticas e como ferramenta principal as 
tecnologias da informação e da comunicação, principalmente agora, podemos dizer 
que essas tecnologias de fato democratizaram o acesso ao conhecimento, seja nas 
formas de armazenar e tornar públicas as informações ou na forma de se ensinar 
nas instituições de ensino. 
 Dentre os esforços de desmitificar essa nova forma de acesso à 
informação, esta também, à necessidade de acabar com o preconceito por parte de 
alguns profissionais a sociedade, órgãos de classe e instituições públicas que talvez 
estejam com o orgulho ferido em virtude do status quo e ainda apresentam certa 
rejeição e resistência ao ensino em universidades não públicas, ou ainda, em 
sistemas EAD. Nesse sentido tenho observado como professor de história nos meios 
profissionais dos municípios paraenses em que atuei, como: Marabá, Itupiranga, 
Parauapebas e Castanhal, esse tipo de má interpretação ou talvez rejeição. 
Segundo esses profissionais não é possível haver conscientização e formação de 
qualidade em Instituições de ensino EAD ou até mesmo em universidades não 
públicas, e isso, realmente caracteriza-se como um ato de ignorância e preconceito, 
pois acredito que o fator determinante da qualidade de qualquer profissional é o 
esforço e determinação em sua busca pessoal pelo conhecimento e a devida 
orientação de instituições capacitadas e devidamente reconhecidas para tal 
orientação, sem deixar de mencionar a experiência prática nas suas determinadas 
áreas de atuação, isso determina sua qualidade profissional e de aprendizado. 
Dessa forma o ensino EAD deixa essa porta em aberto para que o aluno se capacite 
de acordo com seus interesses. 
Abordaremos algumas formas de aplicação das tecnologias da 
informação e comunicação pelos cursos de formações superiores, considerando as 
transformações ocorridas nas últimas décadas e o reflexo disso na educação atual, 
como, suas vantagens e desvantagens no novo contexto educacional no Brasil e 
 14 
ainda, algumas perspectivas para o futuro da educação em um contexto geral, 
também como seria possível ampliar ainda mais a democracia na educação. 
A escolha por este campo de pesquisa se justifica por se tratar de uma 
das maiores transformações históricas no ato de se fazer educação para as 
gerações atuais e posteriores, relembrando que a educação primitiva basicamente 
era transmitida de forma oral, posteriormente com a invenção da escrita tivemos um 
longo período em que as fontes de conhecimento eram basicamente inscrições em 
pedras, papiros, livros e manuscritos deixados pelos nossos antepassados, e 
considerando que, em um período relativamente pequeno de uns 40 anos, a 
tecnologia evoluiu de maneira exorbitante possibilitando inúmeras formas de se 
transmitir conhecimento, entre elas vídeos, internet, sites, arquivos etc. Utilizando-se 
de equipamentos modernos como Ipod, i-phone, blue-ray, Data show, 
computadores, Tablet’s etc., dessa forma espero que possa contribuir e enriquecer 
este campo de pesquisa. 
Diante da análise das obras encontradas, ressaltamos que se trata de 
uma tentativa de contribuir com a discussão desse assunto e ainda procurar lançar 
uma nova luz sobre a utilização das tecnologias para se fazer educação no novo 
contexto atual e para as gerações posteriores. Também contempla, um estudo sobre 
a implantação das tecnologias no processo educacional no Brasil, ou pelo menos 
uma leve contribuição sobre a evolução das “Tecnologias da Comunicação e da 
Informação”, e os efeitos ocasionados pela sua implantação, por exemplo, quando 
passou a ser política do estado e da educação investir em tecnologias na sociedade 
brasileira? E com essa política, o que mudou? Para compreender as mudanças 
faremos uma breve leitura de alguns atores sociais – Estado, educação e 
intelectuais que possibilitaram esse processo de transformação. 
O universo espaço-temporal referenciado nos direciona a sociedade 
brasileira, a partir da década de 80, com a quarta geração de computadores mais 
modernos como o IBM PC de 1980 e o Osborne I de 1981, quando grandes 
descobertas na área da tecnologia estavam sendo feitas e que possibilitariam as 
mais recentes mudanças no senário tecnológico e educacional atual, estendendo-se 
até os dias atuais com ênfase na década de 90 estendendo-se até o ano de 2015. 
Como essas descobertas começaram a transformar o universo educacional no 
Brasil, estendendo-se até o contexto atual, onde ficou quase que impensável fazer 
educação sem recursos tecnológicos que ajudem a estimular a mente de um 
 15 
estudante atual que naturalmente já cresceu habituado a ser bombardeado por 
informações das mais diversas fontes tecnológicas e tem acesso fácil a 
conhecimentos que antes levariam anos para serem repassados a ele. Da década 
de 80 até os dias atuai, é um período um pouco extenso, é verdade, mas devido à 
necessidade de analisar a evolução das tecnologias da informação e da 
comunicação, farei um breve retrospecto ainda mais distante no espaço temporal, 
chegando aos primórdios dessa evolução, para que assim se possa dar ênfase na 
imensa dimensão das transformações na forma de se fazer educação que nossa 
sociedade sofreu, e assim, optou-se por não fazer um recorte menor para que 
pudéssemos proporcionar um prisma geral dos acontecimentos. 
Com efeito, este estudo se concentra na análise dos discursos atribuídos 
a agentes que atuaram na construção deste período - universidades, analistas, 
estudantes e personalidades que colaboraram para a implantação e evolução 
dessas tecnologias no senário mundial e especificamente nacional. 
Com este propósito, esta pesquisa pretende apresentar uma revisão 
historiográfica sobre o tema, incluindo algumas análises de bibliografias existentes 
que são pertinentes, contribuindo desta forma em uma nova perspectiva 
historiográfica do tema, e ainda como objetivo pretende transmitir uma análise ampla 
da evolução das tecnologias da informação e da comunicação, contemplando a 
democratização educacional como nunca foi possível antes na história da 
humanidade, fazendo com que a educação superior que é limitada pela ausência, 
limitações e o descaso do governo, fosse a grande contemplada nesse modelo 
democrático e dessa forma pudesse aplicar defato uma educação superior para as 
massas que não encontram em suas possibilidades de tempo, disponibilidade e 
condições de se manter nos cursos superiores regulares, como por exemplo, pais de 
famílias que trabalham e não podem adequar seus horários aos das universidades 
tradicionais. 
 
 
 
 16 
2 CAPÍTULO 1 
Desde os primórdios da civilização humana o homem procurou 
formas de armazenar e transmitir conhecimento e isso favoreceu muito às gerações 
posteriores até a atualidade, o que fez com que ele se tornasse impar e a frente das 
outras espécies da Terra, e com um sistema de escrita desenvolvido há cerca de 
6000 anos atrás, o ser humano começou a alimentar um banco de dados gigantesco 
que viria a fazer com que o mesmo alcançasse um nível impressionante de 
informações armazenadas e esse conhecimento, faria também, com que o homem 
transformasse totalmente a vida e o espaço do nosso mundo, de modo que, ao se 
utilizar dessas informações, o mesmo aprimorou seus recursos em todas as áreas e 
a forma de compartilhar essas informações através das “Tecnologias da Informação 
e Comunicação”, refinaria muito a globalização e a democracia em diversos 
aspectos na sociedade mundial atual. 
 
2.1 Evolução Tecnológica 
Considerando os milhares de anos que a forma de se fazer 
educação levou para evoluir até o nosso formato atual de escolas e universidades, 
passando pelas tradições orais até chegar a um sistema de conhecimento escrito, 
que por sua vez, foi sempre fonte de poder e dominação para uma minoria, 
chegando até os dias atuais e inclusive, também foi monopolizado pela Igreja 
durante a Idade Média, onde as primeiras universidades eram frequentadas, em 
suma, por membros da burguesia que pretendiam se apropriar do conhecimento 
produzido pela sociedade ocidental e fortalecer ainda mais o poder dessa nova 
classe dominadora e que futuramente viria a atingir seus objetivos chegando até os 
nossos dias, onde podemos dizer que o capital controla o mundo, existe ainda mais 
a necessidade de conscientização e expansão desse conhecimento. Em geral a 
Renascença e seu Humanismo serviriam de base para a grande Revolução 
Tecnológica seguinte até os dias atuais, revolução essa que primeiro começou na 
luta pela liberdade democrática de pensar e agir, nesse contexto, destacou-se a 
brilhante invenção da Prensa de Tipos Móvel de Johannes Gutenberg (1398-1468) 
que viria possibilitar a “Revolução da Imprensa” e também os principais movimentos 
 17 
seguintes como Reforma Protestante e Revolução Científica que serviriam de pilares 
para a formação do modelo de sociedade atual, onde a evolução das tecnologias da 
comunicação e da informação permitiriam o acesso massivo ao conhecimento, 
revolucionando tudo o que já se pensou para a educação do futuro, e, talvez possa 
se dizer que esse futuro já chegou. 
Santos afirma que: 
A nova transnacionalizaçao alternativa e solidária assenta agora nas novas 
tecnologias de informação e de comunicação e na construção de redes 
nacionais e globais onde circulam novas pedagogias, novos processos de 
difusão de conhecimentos científicos e outros, novos compromissos sociais, 
locais, nacionais e globais. (SANTOS, 2005, p. 164). 
Dentro das inovações tecnológicas não podemos deixar de fazer um 
paralelo entre a prensa móvel de Gutenberg (1398-1468) e a grande invenção mais 
recente que possibilitaria outra grande revolução em uma gigantesca escala global, 
a Internet, que juntamente com os computadores, proporcionariam a chamada 
“Revolução da informação”, alterando os negócios, comércio, sistemas bancários e 
toda a comunicação global, aproximando as pessoas como nunca antes visto e 
apresentando infinitas outras possibilidades para o uso da mesma. 
Peter Drucker (2000) um dos maiores pensadores contemporâneos 
do mundo dos negócios afirma que: 
O impacto verdadeiramente revolucionário da Revolução da Informação 
está apenas começando a ser sentido. Mas não é a informação que vai 
gerar tal impacto. Nem a inteligência artificial. Nem o efeito dos 
computadores sobre processos decisórios, determinação de políticas ou 
criação de estratégias. É algo que praticamente ninguém previa, que nem 
mesmo era comentado 10 ou 15 anos atrás: o comércio eletrônico - ou seja, 
a emergência explosiva da Internet como importante (e, talvez, com o 
tempo, o mais importante) canal mundial de distribuição de bens, serviços e, 
surpreendentemente, empregos na área administrativa e gerencial. É ela 
que está provocando transformações profundas na economia, nos 
mercados e nas estruturas de indústrias inteiras; nos produtos, serviços e 
em seus fluxos; na segmentação, nos valores e no comportamento dos 
consumidores; nos mercados de trabalho e de emprego. Mas talvez seja 
ainda maior o impacto exercido sobre a sociedade, a política e, sobretudo, 
sobre a visão que temos do mundo e de nós mesmos. (DRUKER, 2000, p. 
01). 
Mas é preciso ressaltar que, nos últimos anos a velocidade com que 
as tecnologias têm apresentado recursos e meios para se realizar quase todo tipo de 
atividades desenvolvidas pelo homem, como, medicina, engenharia, educação, 
transporte, informação etc. Levou-nos a um limiar que já não dá mais para 
 18 
acompanhar e nem catalogar de forma atualizada tantas inovações tecnológicas que 
nos são apresentadas a cada dia, para melhorar e nos proporcionar mais praticidade 
em nossas rotinas diárias, o que nos faz até refletir sobre quais dessas inovações 
nos fazem bem ou mal, deixando-nos com a difícil missão de percebermos quando 
essas invenções são realmente necessárias ou não, pois são viciosas, de forma que 
o ser humano para de exercitar o nosso grande processador biológico que Deus nos 
deu, o cérebro. Como exemplo, hoje sabemos que se faltar energia em um 
supermercado, os caixas não terão capacidade de fechar a conta sem o uso do 
computador ou calculadora, pois não têm a prática de fazerem contas manuais. 
2.1.1 EAD – Ensino A Distância 
Mesmo em um país democrático como o Brasil, a grande jornada 
para se atingir os objetivos de execução e aplicação dessa modalidade de ensino na 
educação levou vários anos, passou e ainda passa por grandes desafios, 
preconceitos e lutas políticas constantes até atingir o nível em que se encontra 
atualmente. 
A modalidade EAD, como havia dito anteriormente, pode ter tido seu 
pontapé inicial com a Prensa de Tipos Móveis de Johannes Gutenberg (1398-1468), 
afinal ela foi uma forma de multiplicar e espalhar o conhecimento sem o contato 
face-a-face, princípio do EAD, porém, oficialmente a primeira notícia que se tem 
dessa modalidade foi em 20 de Março de 1728 na Gazette de Boston nos EUA, 
onde foi anunciado as aulas por correspondência ministradas por Caleb Philips, dai 
por diante esse processo começa a ganhar força nos EUA e no mundo durante a 
Segunda Guerra Mundial. Segundo o professor Waldir Cury Taquígrafo-revisor 
aposentado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro: 
No dia 20 de março de 1728, o jornal “Boston Gazette” publicou o anúncio 
do professor de taquigrafia Caleb Phillips, que, dizendo ser “professor de um 
Novo Método de Taquigrafia”, oferecia aulas de taquigrafia por 
correspondência. 
O fato, aparentemente sem grande importância, acabou por se transformar 
num fato histórico. Caleb Phillips estava sendo o primeiro a utilizar o 
ensino a distância. 
Hoje é impossível falar em EAD sem citar o nome de Caleb Phillips. Em 
qualquer monografia, em qualquer estudo, em qualquer pesquisa sobre 
“ensino a distância”, “e-learning” e “m-learning”, o nome do professor de 
taquigrafia Caleb Phillips é mencionado. 
O anúncio da Gazeta de Boston, que foi a primeira menção explícita de um 
ensino a distância de que se tem notícia, dizia o seguinte: “....todas as 
 19 
pessoas neste país, desejosas de aprender esta Arte, podem, com várias 
lições enviadas a elas semanalmente, aprender perfeitamente, como 
aquelasque vivem em Boston.” 
(…any persons in the country desirous to learn this Art, may, by having the 
several lessons sent weekly to them, be as perfectly instructed as those that 
live in Boston.) 
Na época de Caleb Phillips, a taquigrafia estava em plena expansão. Ela 
era difundida nos grandes centros, não só dos Estados Unidos, mas 
também da Europa, e principalmente na Inglaterra, berço da taquigrafia da 
Era Moderna. (CURY, 2010, p. 01) 
 
 Em seguida ganha força nas décadas de 60 e 70, impulsionado 
pelos avanços tecnológicos onde entram em cena os recursos audiovisuais abrindo 
um leque de possibilidades na educação. Dai por diante a velocidade dos avanços 
serão ditados simultaneamente pelos avanços tecnológicos e por isso serão 
relativamente rápidos. 
No Brasil o processo teve seu início entre 1922 e 1935, ainda em 
programas de rádios, e assim como no restante do mundo ganhou força com as 
tecnologias e a demanda por educação. Na década de 60 o Governo Federal 
sistematiza o EAD, que seguido por vários avanços no campo, finalmente na década 
de 90 a LDBE (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), especificou em seu artigo 80 
a base legal para esta modalidade de ensino: 
Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de 
programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de 
ensino, e de educação continuada. (Regulamento) 
§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, 
será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. 
§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e 
registro de diploma relativos a cursos de educação a distância. 
§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de 
educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos 
respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração 
entre os diferentes sistemas. (Regulamento) 
§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: 
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão 
sonora e de sons e imagens; 
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão 
sonora e de sons e imagens e em outros meios de comunicação que sejam 
explorados mediante autorização, concessão ou permissão do poder 
público; (Redação dada pela Lei nº 12.603, de 2012) 
II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; 
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos 
concessionários de canais comerciais. (BRASIL, 1996) 
Essa forma de ensino tem como sua característica principal a 
possiblidade de utilização de TIC’s e recursos didáticos para proporcionar o ensino e 
a aproximação do aluno e professor, mesmo que estejam fisicamente distantes. O 
Decreto 5622, de Dezembro de 2005, do Ministério da Educação que regulamenta o 
 20 
EAD no Brasil. Segundo Guarezi essa modalidade caracteriza como: 
Modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos 
processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e 
tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores 
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. 
(GUAREZI; MATOS, 2009, p.20). 
 Dai por diante, contando com amparo legal, os esforços para 
ampliar e aprimorar a modalidade de ensino foram ainda maiores, alcançando altos 
níveis de desenvolvimento, profissionalismo e consequentemente atingindo um 
crescimento impressionante da procura pelos cursos ofertados por essa modalidade. 
Podemos dizer que o grande diferencial tecnológico que fez o EAD 
alcançar tanto êxito na atualidade foi a Internet, e de forma surpreendente, pois ao 
aliar o acesso que hoje é muito grande no Brasil ao fascínio que essa ferramenta 
desperta nas pessoas e ainda a flexibilidade de horários para estudar, ela 
possibilitou a mudança de vida de um número gigantesco de pessoas que por 
milhares de razões não puderam ingressar em faculdades presenciais, não deixando 
de ressaltar entre tais motivos, ausência do estado em atender toda a demanda da 
nossa sociedade, limitando vergonhosamente o número de vagas em universidades 
públicas, e é ai que entra a grande vantagem do sistema de ensino EAD, que viria a 
revolucionar o ensino superior no Brasil e quebrar inúmeros paradigmas e 
preconceitos dentro da nossa sociedade brasileira que naturalmente simplória, já é 
cheia de dogmas e preconceitos, principalmente com o “novo”. A formula não é igual 
para todos, mas, a possibilidade existe e está ai para ser experimentada por quem 
tem dúvidas, sem falar que, alunos célebres como Nelson Mandela, Nobel da Paz 
em 1993, frequentou por correspondência, o curso de direito da Universidade de 
Londres enquanto estava preso, só não se formou por não lhe permitirem realizar as 
provas finais. Na matéria da revista Problemas Brasileiros sobre educação a 
distância, Maurício Monteiro Filho afirma que: 
A biografia de Mandela, crivada de prêmios e, ironicamente, diplomas 
honorários, tornou-o também o mais célebre aluno do sistema de educação 
a distância (EAD) do planeta. Porém, se depender da escalada vertiginosa 
que essa modalidade de ensino vem apresentando no mundo todo, 
inclusive no Brasil, pode-se prever que muitos outros estudantes com 
cursos a distância no currículo venham a receber reconhecimento 
semelhante. 
A própria Universidade de Londres, na qual Mandela quase se formou, dá 
uma amostra disso. Entre os alunos que frequentaram suas aulas por 
correspondência, há outros quatro ganhadores de prêmios Nobel, nas mais 
variadas áreas: Frederick Gowland Hopkins, em 1929, pela descoberta do 
que hoje conhecemos por vitaminas, Ronald Coase, Nobel de Economia de 
1991, e os laureados em literatura Wole Soyinka, em 1986, e Derek Walcott, 
 21 
em 1992. E a lista de alunos célebres do sistema de EAD da instituição 
continua com H. G. Wells, originalmente formado em zoologia, mas que se 
notabilizou com obras fantásticas de ficção científica, como A Guerra dos 
Mundos. 
Por muito tempo, foi nesse campo que a EAD figurou no imaginário coletivo: 
o da fantasia. O desconhecimento sobre a prática a tornou alvo de todo tipo 
de preconceito e ceticismo. Entretanto, nos últimos anos, essa modalidade 
de ensino vem conquistando espaço e mostra que pode revolucionar até as 
formas tradicionais de aprendizagem. Mesmo áreas como a saúde e a 
defesa, que pareciam apresentar barreiras intransponíveis à adoção do 
sistema, hoje já contam com forte participação de cursos não presenciais e 
recursos virtuais como apoio ao formato tradicional. Investimentos em 
melhor formação dos tutores e gestores de conteúdo e apoio público por 
meio de regulação garantem o aumento da participação da EAD no sistema 
educacional brasileiro e mundial. (PROBLEMAS BRASILEIROS, 2011, p. 1) 
O EAD no Brasil segue e continua inovando e aprimorando em 
virtude das novas tecnologias as possibilidades de ofertar cursos cada vez mais 
cheios de recursos e aulas dinâmicas, onde as áreas que antes estavam irredutíveis 
em aceitar esse tipo de formação, já estão sendo ofertadas pelas instituições EAD, 
como matemática e saúde, tudo em virtude do sucesso do aprendizado na 
modalidade. Em matéria sobre mitos e verdades sobre o EAD, a Revista Nova 
Escola, afirma que: 
[MITO] A dedicação exigida é menor 
Não há como estudar menos se o curso é bem planejado, rico em material 
básico e complementar, e se professores, tutores participam de várias 
atividades para construir o conhecimento coletivamente. Numa pesquisa 
feita no ano passado com três universidades privadas de Santa Catarina, 
Santos constatou que os alunos a distância liam, em média, 3 mil páginas 
por ano só de conteúdo básico estruturado (sem contar o material 
complementar). O estudo feito por Dilvo Ristoff em 2006 também incluía um 
item sobre o tempo de estudo diário necessário para dar conta dos 
conteúdos propostos. A média ficou em maisde três horas por semana. 
Sem um professor ao lado para diariamente para dar respostas a suas 
dúvidas na hora, como ocorre normalmente em uma aula presencial, os 
alunos precisam se dedicar à pesquisa. Consultar várias fontes é essencial 
para que eles possam seguir adiante em suas atividades até que o tutor 
retome com ele o conteúdo. 
[MITO] Os alunos aprendem menos do que no curso presencial 
Com os resultados do Enade de 2006, essa ideia caiu por terra. A 
Pedagogia foi um dos que apresentaram melhor desempenho na 
modalidade a distância do que na presencial. Ou seja, os alunos 
aprenderam. O que importa sempre, então, é verificar se o programa tem 
qualidade - do mesmo modo que se dá a escolha por uma faculdade 
presencial. É preciso verificar se professores e tutores são qualificados, se o 
material didático é rico e bem produzido, se a tecnologia é usada a favor da 
aprendizagem, se as respostas a dúvidas são rápidas e se existe uma 
estrutura presencial que seja condizente com a área em questão - incluindo 
laboratórios específicos para cada área e bibliotecas. José Armando 
Valente, pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) 
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) reitera: "Se o curso é 
bom e o estudante é empenhado, organizado e proativo, não há como não 
aprender". 
[VERDADE] É mais difícil conseguir emprego 
 22 
Ainda há um grande preconceito contra o EAD. Em parte, ele pode ser 
explicado pelo pouco tempo de existência dela na graduação. "O mercado 
não conhece os formados a distância e há um desconhecimento muito forte 
sobre a qualidade dos cursos", acredita Ymiracy de Souza Polak. A lei 
garante que nos certificados do Ensino Superior não venha especificado 
que a formação foi feita a distância. O Conselho Federal de Biologia, por 
exemplo, havia vetado o registro profissional de alunos graduados a 
distância, medida revogada pela Justiça Federal. Entretanto, numa 
entrevista de emprego, isso pode pesar na escolha. Até mesmo entidades 
oficiais declaram não concordar com a formação semipresencial. "Não 
achamos bom para a Educação que professores façam a primeira faculdade 
a distância. Para que a formação inicial tenha verdadeiramente qualidade e 
prepare o professor para a prática de sala de aula, ela precisa ser 
presencial", acredita Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente do 
Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo 
(Apeoesp) e membro do Conselho Nacional de Educação. Segundo ela, o 
tema foi debatido nas etapas intermunicipal e estadual da Conferência 
Nacional de Educação, e essa foi a opinião da maioria dos integrantes. Já o 
presidente da Associação Brasileira dos Estudantes de EAD, Ricardo Holz, 
considera que o controle de qualidade dos cursos é papel do Ministério da 
Educação. Para ele, um dos casos mais problemáticos de discriminação foi 
a não aceitação de formados em EAD em concursos públicos para cargos 
de magistério da Prefeitura de São Paulo. "Hoje, a prefeitura paulistana é 
obrigada a aceitar por uma liminar do Ministério Público, pois não existe 
distinção legal entre os cursos presenciais e a distância", afirma Holz. Um 
dado curioso: em alguns países da Europa, onde a EAD têm tradição e 
qualidade, além de serem constantemente avaliados pelo governo, os 
profissionais formados dentro dessa modalidade estão entre os mais 
disputados. Os motivos são simples. Eles se dedicam mais aos estudos, 
são autônomos, sabem se organizar melhor, resolvem problemas 
inesperados com mais agilidade e estão em busca de oportunidades para 
crescer. (NOVA ESCOLA, 2000, p. 57,59). 
 
Podemos ver então que a qualidade do ensino EAD, será 
devidamente apreciada pela qualidade dos profissionais formados na modalidade, 
considerando que esses profissionais estarão se inserindo no mercado de trabalho e 
assim disputando de igual para igual as vagas de empregos privados e os públicos 
que são realizados através de concursos, e as estatísticas falarão por si, assim 
como os resultados positivos dos últimos exames do Enade (Exame Nacional de 
Desempenho dos Estudantes), e assim, futuramente permitirão que sejam 
quebrados esses paradigmas e preconceitos infundados. 
Fazendo um paralelo, podemos talvez até dizer que estamos de 
certa forma, resgatando em um mundo totalmente conectado e barulhento, o remoto 
silêncio que auxiliou os grandes pensadores da nossa história a produzir o grande 
conhecimento, seguindo as tradições das mais antigas e conceituadas 
universidades, que produziram os maiores intelectuais e obras literárias da nossa 
História. Silêncio esse que também nos é necessário para analisarmos com clareza 
os assuntos relevantes propostos pelas Universidades, e são alcançados 
 23 
normalmente ao entardecer da noite, onde a leitura silenciosa permite ao acadêmico 
refletir e expressar sua própria interpretação, afinal estudar é uma ato solitário, 
nenhum grupo ou pessoa pode aprender por você. 
Mas nem tudo são flores, como disse anteriormente existem várias 
barreiras a serem superadas por essa modalidade de ensino, mesmo com toda a 
regulamentação, sucesso de aprendizado comprovado por todos os exames e o 
apoio do governo, ainda existem órgãos que deveriam primar pelo desenvolvimento 
e incentivo aos bons resultados da educação em determinadas áreas de atuação, 
que estão fazendo o oposto, criando mecanismos toscos e preconceituosos para 
impedir o acesso de profissionais formados nessa modalidade a livre concorrência 
em concursos e outras vagas. 
2.1.1.1 História Da Docência No Ensino Superior 
Em um breve rascunho do ensino superior no mundo poderíamos 
dizer que a docência no ensino superior teve seu ponto de partida ainda na Grécia, 
porém, somente na Idade Média europeia se tornaria uma instituição reconhecida 
com o surgimento das Universidades de Bolonha na Itália e Paris na França, que 
são basicamente as duas primeiras universidades criadas no século XII e surgiram a 
partir das escolas Catedrais. Seu objetivo era o estudo de direito, medicina e 
teologia, com ênfase na teleologia. A escolástica era ensinada nas universidades 
europeias, essa corrente filosófica precedida por Santo Agostinho e que ganhou 
força no século XIII, acreditava poder explicar a existência de Deus por meio da 
razão e tinha como método de ensino a memorização de algumas obras clássicas. 
Já no Brasil as primeiras universidades foram a Escola Universitária Livre de 
Manaus, fundada em 11 de janeiro de 1909 e a Universidade do Paraná que foi 
fundada oficialmente em 19 de dezembro de 1912, mas um dos principais destaques 
da evolução dessas instituições em sua essência é o incentivo ao intelecto humano 
e em sua capacidade de encontrar soluções, dessa forma valorizando o pensamento 
livre em seus princípios científicos que visam o refinamento intelectual do ser 
humano como ser pensante e em construção, que precisa resolver muitas questões 
existenciais. 
Alexandre Franco de Sá afirma que: 
...Perguntando se existe vida inteligente na universidade, ela desperta a 
 24 
questão de saber se a universidade é ainda dotada da capacidade 
perceptiva, da intelecção suficiente para compreender a sua situação e 
afirmar a partir de si mesma – auto afirmar – a sua essência. Não estará a 
universidade fechada sobre si? Terá ela ainda inteligência e forças 
suficientes para compreender a sua situação, a marginalização e a 
corrupção da sua essência? Ou, pelo contrário, ela está destinada a 
sobreviver na celebração inconsciente do seu próprio fim, semelhante 
àquele mortal que, pedindo a Zeus que não morresse, mas esquecendo-se 
do curso inevitável do envelhecimento, vê a sua morte adiada a cada 
instante, mas lentamente se desvanece, definhando e convertendo-se numa 
sombra errática entre os vivos? É urgente hoje perguntar se o 
desenvolvimento pretendido das universidades não ocorre justamente a 
partir do sacrifício da sua essência; se as universidades não estão hoje 
alegrementeembarcadas num processo de corrupção imanente, 
possibilitado pela mais manifesta carência de consciência de si e pela sua 
transformação em algo que elas, na sua essência, não são – processo que 
ganha visibilidade na alegria ingénua e na naturalidade com que as 
universidades se convertem seja em agências de emprego, seja em 
empresas lucrativas e concorrentes, seja em centros de reciclagem e de 
formação técnica e profissional, seja em firmas dirigidas para a prestação de 
serviços variados, seja num recurso de assessoria e legitimação de políticas 
determinadas, seja num palco de eventos sociais, culturais e eruditos mais 
ou menos restritos. (SÁ, 2003, p.4). 
 
Como podemos perceber na evolução da docência no ensino 
superior até os dias atuais, carrega em si o status de qualidade e aperfeiçoamento 
em desenvolver as capacidades intelectuais, porém, existe a preocupação de não 
transformar essas instituições em meros centros formação profissionalizante e 
técnica ou até recurso para legitimação de políticas e interesses diversos. Nesse 
sentido Mancebo afirma que: 
Se, por um lado, a expansão engendrada nas últimas décadas pode ser 
percebida como positiva por ampliar o acesso da população ao ensino 
superior, deve-se atentar para alguns efeitos perversos desse mesmo 
processo, particularmente no que tange ao perfil dos cursos e das carreiras 
criados pelas instituições privadas, cuja expansão se dá sob a influência 
direta de demandas mercadológicas, valendo-se dos interesses da 
burguesia desse setor em ampliar a valorização de seu capital com a venda 
de serviços educacionais. (Mancebo et. al., 2015) 
 
Nesse sentido pode-se dizer que o professor ganha um papel ainda 
mais delicado e importante, no sentido de não ser apenas um mediador de 
conhecimentos específicos direcionados a formações profissionalizantes, atendendo 
apenas as exigências de mercado e deixando de valorizar a inteligência, essência 
da universidade, de forma que: 
O professor (força de trabalho docente) é, sem dúvida, o elemento subjetivo 
do processo do trabalho pedagógico escolar, embora a ênfase na sua 
função mediadora entre o aluno e o conhecimento leve alguns a considera-
lo como meio: suas atividades, especialmente a aula, nessa perspectiva, 
são vistas como recursos de socialização do conhecimento historicamente 
acumulado. (BEZERRA; NOBRE, 2010, p.4). 
 
 25 
Dessa forma, no ensino superior segue o desafio de encontrarmos 
um equilíbrio entre o ensino dos conhecimentos profissionalizantes e os 
conhecimentos historicamente acumulados de forma que o professor consiga 
estimular o intelecto do discente como formação de pensadores ativos e não apenas 
“passivos do meio e do mercado de trabalho”, mas, também atendam as demandas 
econômicas que sustentam o sistema capital em que nos encontramos. 
2.1.1.1.1 Docência No Ensino Superior Nos Dias Atuais 
A prática da docência no ensino superior, mesmo em meio às 
transformações tecnológicas e as novas demandas no contexto educacional precisa 
se inovar e encontrar novos métodos pedagógicos e didáticos para se reinventar de 
maneira produtiva, onde se possa alcançar com maior precisão os seus objetivos de 
ensino e aprendizagem. 
Penna (2009) afirma: 
Cabe considerar também que a maioria dos professores universitários não 
dispõe de preparação pedagógica. E também que, ao contrário dos que 
lecionam em outros níveis, muitos professores universitários exercem duas 
atividades: a de profissional de determinada área e a docente, com a 
predominância da primeira. Por essa razão, tendem a conferir menos 
atenção às questões de natureza didática que os professores dos demais 
níveis, que são os que receberam sistematicamente formação pedagógica. 
Alias no Ensino Superior é onde menos se verifica menor diversidade em 
relação às práticas didáticas. [...] A Abordagem tradicional privilegia o 
professor como especialista, como elemento fundamental na transmissão 
dos conteúdos. O aluno é considerado um receptor passivo, até que, de 
posse dos conhecimentos necessários torna-se capaz de ensiná-los a 
outros e a exercer eficientemente uma profissão. Essa abordagem denota 
uma visão individualista do processo educativo e do caráter cumulativo do 
conhecimento. O ensino é caracterizado pelo verbalismo do professor e pela 
memorização do aluno. Sua didática pode ser resumida em “dar a lição” e 
“tomar a lição”, e a avaliação consiste fundamentalmente em verificar a 
exatidão da reprodução do conteúdo comunicado em aula. (PENNA, 15,16). 
Nesse formato dá-se ênfase nas aulas expositivas e o aprendizado 
dá-se a partir dos erros. Considerando a resistência no meio em se reinventar para 
atuar nessas novas modalidades de ensino e considerando ainda que essa 
demanda de mercado de trabalho tem crescido exponencialmente no ensino 
superior atualmente e segundo as pesquisas, está concentrada nas instituições que 
oferecem ensino EAD, ai é que o professor precisa se reinventar mais ainda, pois 
nessa modalidade as aulas tem o formato de teleconferência on-line e a interação 
com os alunos é através de chats com suporte tecnológico, entre vários outros 
 26 
recursos tecnológicos disponíveis para esse segmento, ou seja, para o professor 
que está adaptado ao formata de aulas presenciais com materiais manuscritos ou 
impressos, o choque ao se deparar com essa nova realidade e demanda crescente, 
necessita de uma grande mudança de hábitos e readaptação, considerando ainda 
que, mesmo as universidades tradicionais e públicas hoje já estão fomentando 
cursos nessa modalidade tecnológica EAD, ressaltando que quando se fala de EAD 
nos dias atuais, referimo-nos não mais aos telecursos, mas, aos cursos com 
utilização de tecnologias de informática e internet. E nesse formato, Mercado (1998, 
p.3) aponta que: 
Com as novas tecnologias, novas formas de aprender, novas competências 
são exigidas, novas formas de se realizar o trabalho pedagógico são 
necessárias e fundamentalmente, é necessário formar continuamente o 
novo professor para atuar neste ambiente telemático, em que a tecnologia 
serve como mediador do processo ensino-aprendizagem. 
Nesse contexto a diversidade tecnológica disponível atualmente 
necessita passar por um rompimento de paradigmas, porém, não como imposição 
ou embate com as tradições, mas como um novo meio ou complemento, onde os 
professores precisam se readaptar e inserir da melhor maneira esses recursos em 
suas atividades, afinal o objetivo é proporcionar o ensino aprendizagem não só para 
o mundo, mas no nosso caso, para um país de dimensões continentais que é o 
Brasil e isso tem sido um grande desafio, pois a educação como direito universal do 
ser humano precisa chegar a lugares que em pleno terceiro milênio não tem sequer 
comunicação telefônica, quanto mais educação. 
Fato é que essa problemática começou a ser sanada com as 
tecnologias da informação e comunicação, e para isso, necessitamos do empenho e 
do carinho dos educadores do ensino superior para olhar com uma nova visão 
desprovida de preconceitos e dogmas para as modalidades de ensinos tecnológicos, 
afinal os números mostram o sucesso absoluto no aprendizado dos alunos, e se 
você perguntar para uma pessoa que teve dificuldade de horários, localização, 
adaptação, enfim, qualquer motivo para cursar um curso regular e ter a possibilidade 
de aprender, se ele se importa como a informação chegou até ele, acredito que ele 
dirá que o importante foi que ele aprendeu. 
 
 27 
3 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO 
3.1 GRÁFICOS 
Segue abaixo uma apresentação de gráficos extraídos do artigo 
“Políticas de expansão da educação superior no Brasil 1995-2010” de Deise 
Mancebo, Andréa Araujo do Vale e Tânia Barbosa Martins, onde as autoras 
destacam pontos positivos e negativos do exponencial crescimento das matriculas 
em cursos de graduação superior e presenciais: 
 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v20n60/1413-2478-rbedu-20-60-0031.pdfDisponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v20n60/1413-2478-rbedu-20-60-0031.pdf 
 28 
 
E não podemos deixar de ressaltar o papel da Internet como o 
grande protagonista nesse cenário tecnológico global, realizando todo tipo de 
comunicações e negócios e na área da educação permitindo a distribuição em 
tempo real de informações o que veio a possibilitar entre várias outras inovações o 
aprimoramento do sistema EAD: 
Disponível em: http://www.ebc.com.br/tecnologia/2015/04/acesso-internet-chega-494-da-populacao-
brasileira 
 
É importante observar que, a evolução do ensino superior que 
ocorreu nesse relativo pequeno espaço de tempo, que foram as ultimas três 
décadas, caminhou lado a lado com a evolução das tecnologias da informação e 
comunicação. 
3.2 IMAGENS 
A IBM introduziu seu PC - Personal Computer: clock de 4.77 MHz, 
microprocessador Intel 8088 e usava o sistema operacional MS-DOS da Microsoft. 
 29 
atendendo a nova demanda desse mercado. Tornando-se o computador mais 
vendido da história. 
 Figura 1 – Imagem do IBM PC (1980). 
 
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/IBM_PC_compatible 
Adam Osborne criou o primeiro computador portátil, o Osborne I que 
pesava 11 Kg, display de 5 polegadas, 64 KB de memória, um modem, e dois 
driver’s de disquete de 5 1/4''. 
Figura 2 – Imagem do Osborne I (1981). 
 
Fonte: http://oldcomputers.net/osborne.html 
Juntamente com a universidade de Paris na França, a universidade de Bolonha 
https://en.wikipedia.org/wiki/IBM_PC_compatible
 30 
destaca-se por ser uma das primeiras universidades criadas no século XII. 
 Figura 3 – Imagem do Archiginnasio di Bologna, antiga sede da 
Universidade de Bolonha na Itália. 
 
 Fonte: http://www.leme.pt/imagens/italia/bolonha/archiginnasio-di-bologna/0001.html 
Figura 4 – Imagem da Universidade de Paris na França. 
 
Fonte: http://www.brasilescola.com/historia/universidades-na-idade-media.htm 
 
E no Brasil, entre outras universidades que reivindicam o status de 
 31 
primeira, podemos citar as universidades de Manaus em 1909 e a do Paraná em 
1912, apesar de algumas divergências e pontos de vistas diferentes. 
 Figura 5 – Imagem da Universidade de Manaus. 
 
Fonte: http://petcomufam.com.br/2015/01/qual-a-universidade-mais-antiga-do-brasil.html 
 Figura 6 – Imagem da Universidade do Paraná. 
 
Fonte: http://petcomufam.com.br/2015/01/qual-a-universidade-mais-antiga-do-brasil.html 
 32 
4 CONCLUSÃO 
Podemos dizer que é necessário haver um equilíbrio entre o novo e 
o tradicional para que ambos possam se completar mutuamente sem rivalidade e 
harmoniosamente, afinal são adaptações que atendem uma grande demanda, mas 
também não podem apagar nem substituir na história humana as tradições, às vezes 
simples, como por exemplo, ler um livro impresso em mãos ao invés de ler um e-
book na tela do computador. Porém sabe-se que ainda há muito por vir no que diz 
respeito às tecnologias da informação e comunicação, e isso merece atenção 
especial dos profissionais da educação, ressaltando que assim como nas outras 
áreas do mercado de trabalho onde a mão de obra humana foi substituída por 
máquinas, na docência o profissional que não conseguir se reciclar de maneira 
correta e se readaptar as novas tendências educacionais estará sujeito a se tornar 
passivo em um novo contexto que necessita de profissionais ativos e dispostos a 
apresentar soluções para anteder uma demanda que até então estava desassistida 
pelo Estado e suas incapacidades de proporcionar educação para um país 
gigantesco que é o Brasil. 
E nesse cenário de diversidade demográfica e cultural muito 
diversificado, o sucesso das tecnologias da informação não apenas na formação 
superior, mas na educação em geral tem sido um sucesso e finalmente pudemos ver 
de fato a ação da democracia em se fazer educação, afinal a disponibilidade de 
vagas para os cursos superiores aumentaram exponencialmente em todas as áreas 
possibilitando o acesso a formação superior para inúmeras pessoas, lembrando que 
não se pode estagnar apenas nesse ponto, afinal, sabe-se que no Brasil existe uma 
disponibilidade enorme de material humano que precisa ser capacitado e politizado 
de forma que eles possam contribuir para atender as demandas da nossa 
sociedade, afinal o cenário em que nos encontramos, vergonhosamente, precisaram 
importar profissionais de outros países, ao invés de formar os brasileiros. 
Enfim, nesse contexto de demandas não atendidas, interesses 
próprios e uma nação desassistida, as tecnologias da informação e comunicação 
vieram para fazer a diferença e realmente possibilitar um sistema de ensino 
democrático onde os limites são definidos pelo esforço e dedicação pessoal e não 
podemos deixar de mencionar a necessidade de haver um equilíbrio entre o sistema 
tradicional e o novo para que ambos se completem em harmonia. 
 33 
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 34 
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