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Vacas holandesas no Brasil e a relação do score corporal e seu nível de produção

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Vacas holandesas no Brasil e a relação do score corporal e seu nível de produção
SILVA, OLIVO, CAMPOS, TEJKOWSKI, MEINERZ, SACCOL, COSTA, Produção de leite de vacas da raça Holandesa de pequeno, médio e grande porte, Ciência Rural, Santa Maria, v.41, n.3, p.501-506, mar,2011
O artigo “produção de leite de vacas de raça Holandesa de pequeno, médio e grande porte, publicado na revista Ciência rural, tem como objetivo comparar as características físicas da vaca Holandesa com seu nível de produção.
É apontado como fator importante no desempenho da produção as características genéticas do animal, porém os estudos para o melhoramento genético não consideram o meio na equação.
Para justificar a pesquisa o artigo aponta estudos que trazem a relação de animais menores com maior produtividade, sendo ao todo três em contra partida a américa do norte passou a utilizar animais maiores.
	Segundos os artigos de referência animais de maior porte possuem pré-disposição ao desenvolvimento de complicações metabólicas, diminuição da fertilidade e consequentemente diminuição na expectativa de vida.
Se utilizando como metodologia o estudo de campo os autores usaram como N 133 vacas Holandesas, selecionas de um total de 280, porém não especificando o método utilizado para essa seleção as classificando de acordo com seu tamanho, pequena, média e grande.
Os animais foram numerados, pesados e classificados com base na AACRH (Associação Americana de Criadores da Raça Holandesa) eram diariamente submetidas a três ordenhas em horário fixo, com alimentação balanceada.
Como resultado vários resultados tiveram similaridade e alimentação estava adequada, assim como o escore corporal padrão, não havendo diferença entre as lactações, mas produção de leite houve diferença, animais menores produziram menos, e os de médio e grande produziram próximos a média.
Usando como referência a produção média, as vacas de médio porte são mais eficientes por possuírem menor gasto energético, no meio do rebanho algumas vacas pequenas possuíam maior lactação.
Baseando-se no estudo de DONKER é defendido que elevar o tamanho dos animais não seja a melhor estratégia.
Com base nas informações apresentadas no artigo, alguns pontos requerem atenção, inicialmente foi mostrado que 133 vacas foram selecionadas de um grupo de 280 não especificando o critério de seleção, outro elemento importante é a quantidade de animais utilizados no estudo, sendo considerado um N baixo para fins científicos.
Não foi utilizado um grupo controle para comparar os dados obtidos durante o período de quase 2 anos. 
O histórico de saúde dos animais é dado importante que interfere diretamente na produção de leite.
A genética dos animais não é especificada não podendo ter certeza se os animais realmente são os melhores produtores, se restringindo a informar que são de animais de origem americana, porém a utilização de animais selecionados e adaptados ao clima brasileiro pudesse trazer outros resultados.
Em todo artigo ocorre divergências em qual animal a produção é melhor isso se da pelo fato de não ter sido estipulado parâmetros de comparação, em momentos é levado em consideração o volume de leite produzido, outros a convergência alimentar, a expectativa de vida, problemas de saúde dos animais de determinado em tamanho, dessa forma o estudo deveria ser objetivo no que pretende comprovar, a pergunta seria qual animal produz mais leite em volume absoluto, qual animal é mais rentável para o produtor, a ênfase no estudo direciona os parâmetros a serem avaliados.
Além desses elementos a abrangência do estudo não é suficiente para ser usado como um consenso, apenas com um estudo de campo aplicado a realidade daquela fazenda, sendo necessário maior numero de animais em regiões diferentes com protocolos mais estabelecidos, especificando a qualidade do manejo da animal, protocolos que proporcionem o bem estar animal, elementos que feitos de forma diferente impactam na produção.

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