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DEFINIÇÃO: GESTÃO DO CONHECIMENTO A Gestão do Conhecimento é um processo para criação, captura, armazenamento, disseminação, uso e proteção do conhecimento importante para a empresa. A Gestão do Conhecimento, por meio de suas práticas, objetiva organizar de forma estratégica os conhecimentos dos colaboradores e os conhecimentos externos, que são fundamentais para o sucesso do negócio. GESTÃO DO CONHECIMENTO SEGUNDO NONAKA E TAKEUSHI Observam que o “conhecimento, diferente da informação, refere-se a crenças e compromisso”. Estes autores classificaram o conhecimento humano em dois tipos: Conhecimento tácito e conhecimento explícito. O conhecimento tácito é difícil de ser articulado na linguagem formal, é um tipo de conhecimento mais importante. É o conhecimento pessoal incorporado à experiência individual e envolve fatores intangíveis como por exemplo, crenças pessoais, perspectivas, sistema de valor, insights, intuições, emoções, habilidades. Só pode ser avaliado por meio da ação. O conhecimento explícito é o que pode ser articulado na linguagem formal, inclusive em afirmações gramaticais, expressões matemáticas, especificações, manuais etc., facilmente transmitido, sistematizado e comunicado. Ele pode ser transmitido formal e facilmente entre os indivíduos. Esse foi o modo dominante de conhecimento na tradição filosófica ocidental. Os conhecimentos tácito e explícito são unidades estruturais básicas que se complementam e a interação entre eles é a principal dinâmica da criação do conhecimento na organização. Quatro Modos de Conversão do Conhecimento: O presuposto de que o conhecimento é criado por meio da interação entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito permitiu postular quatro modos diferentes de conversão do conhecimento. São eles: 1. De conhecimento tácito em conhecimento tácito, que chamamos de Socialização; 2. De conhecimento tácito em conhecimento explícito, que denominamos de Externalização; 3. De conhecimento explícito em conhecimento explícito, ou Combinação e 4. De conhecimento explícito para conhecimento tácito, ou Internalização. GESTÃO DO CONHECIMENTO SEGUNDO KNOWLEDGE MANAGEMENT Gestão do Conhecimento refere-se à criação, identificação, integração, recuperação, compartilhamento e utilização do conhecimento dentro da empresa. O “KM”, como é conhecido, é considerado um sistema de gerenciamento corporativo. Tendo em vista as mudanças ocorridas, como a globalização da economia, o avanço tecnológico, o conhecimento tornou-se valioso. As empresas passaram por três etapas: era industrial clássica, era industrial neoclássica e era da informação. A Tecnologia da Informação aliada à Gestão do Conhecimento, torna-se um meio e não um fim, para o sucesso de uma estratégia. Ao contrário do que acontecia antigamente, em que as empresas guardavam seus conhecimentos a sete chaves, com a Gestão do Conhecimento, toda informação deve ser transformada em conhecimento e distribuída a todos interessados. O segredo está em divulgá-lo em toda organização, e não mais detê-lo. O conhecimento passa a ser ativo da empresa, portanto motivar, recompensar e reter as pessoas que têm conhecimento é um foco das empresas bem sucedidas. Com a adoção do “KM”, um dos principais benefícios, além de outros, é o melhor aproveitamento do conhecimento já existente na empresa. É como se o próprio valor da empresa se tornasse maior a cada momento, em cada ação bem sucedida de pessoas comprometidas. Agregando valores as pessoas e à empresa. A Gestão do Conhecimento é um valioso recurso estratégico para a vida das pessoas e das empresas, que a médio e longo prazo colherá frutos. A agilidade e rapidez passam a ser característica das empresas que adotam o Knowledge Management. Constatado que a principal fonte de conhecimento já se encontra na própria empresa, faz-se necessário o seu gerenciamento. Não menosprezando esta fonte, existem outras fontes complementares, que devem ser reconhecidas, como por exemplo: fornecedores, Internet, consultorias, relatórios financeiros de concorrentes e universidades. Cada vez mais, a Gestão do Conhecimento é uma realidade no mundo dos negócios, pois o conhecimento numa empresa não a torna mais competitiva, e sim o seu gerenciamento que faz a diferença. Com a Gestão do Conhecimento temos a “venda” do projeto para todos os colaboradores; a importância do treinamento, a educação; todos participantes ativos ou receptivos serão beneficiados pela estratégia; a premiação, como forma de reconhecimento; e a comunicação clara, atingindo todos os níveis afetados. A Knowledge Management, vem de encontro com o capital intelectual e a Tecnologia da Informação; sendo que precisamos reorganizar esses valores, que muitas vezes se encontram dispersos. Trata-se de uma mudança de comportamento para se agregar valores, o segredo está nas pessoas, nada mais é que criação de valor. Artigo : Natura Cosméticos a) Como favorecer a criação do conhecimento novo na empresa? Valorizar a grande bagagem de conhecimento existente em cada indivíduo dentro da empresa ( funcionários) e até mesmo fora da empresa ( clientes, fornecedores, concorrentes etc.), transformando tal conhecimento individual tácito em conhecimento organizacional explícito. Valorizando assim, não só o conhecimento científico, mas também o não científico. b) Como fazer com que todos os colaboradores se apropriem deste conhecimento novo? As empresas devem se adequar radicalmente ao novo conhecimento, mesmo que continuem com métodos da era industrial. Em geral as empresas produzem mais informação e serviços e não somente bens físicos. Os colaboradores passam a se adaptar rapidamente a esse novo conceito já que a demanda é grande e o ambiente competitivo vem aumentando. Normalmente quem tem o conhecimento tem um bom futuro dentro das empresas e consecutivamente tem um crescimento dentro da empresa. “A criação e a implantação de processos que gerem, armazenem, gerenciem e disseminem o conhecimento representam o mais novo desafio a ser enfrentado pelas empresas”. É a capacidade de a empresa captar, gerar, analisar, traduzir, transformar, armazenar, disseminar, implantar e gerenciar a informação, tanto interna como externamente, transformando em conhecimento acessível aos interessados. c) Como reter o conhecimento do funcionário que se afasta da organização? Para reter o conhecimento de um funcionário que por ventura virá a se afastar da organização, uma ótima saída seria fazer com que os funcionários mais velhos de casa comecem a treinar os funcionários mais novos em diversos departamentos da organização. Isto deveria ser feito antes mesmo que o colaborador venha a deixar a empresa, ou até mesmo que ele se aposente. Agilizando o crescimento empresarial, fazendo com que ela se torne competitiva no mercado e inovadora dando valor ao ser humano “colaborador e cliente”, e também com bons salários e oportunidades de promoção. d) Descreva os quatro processos de conversão do conhecimento – Processo SECI – e faça um desenho ilustrativo. Socialização: é o processo através do qual experiências são compartilhadas e o conhecimento tácito ou modelos mentais e habilidades técnicas são criados. Na prática da vida das empresas, ocorreria através de atividades, como treinamento no local de trabalho, sessões informais e brainstorms, interações com os clientes etc. Na tradição da literatura ocidental, este conceito seria próximo ao da cultura organizacional. Externalização: este seria o modo de conversão mais importante, porque permite a criação de novos e explícitos conceitos. Envolve, no caso das empresas japonesas, a articulação do conhecimento tácito em explícito através do uso frequente de metáforas,analogias, conceitos, hipóteses e modelos. Esta prática seria importante por facilitar a comunicação dos conhecimentostácitos que, normalmente, são de difícil verbalização. Nonaka & Takeuchi incluem, em sua obra, vários exemplos de metáforas e analogias utilizadas por empresas japonesas em seu processo de inovação, como por exemplo: "Automobile Evolution" e "The Sphere" (Honda), "Aluminum Beer Can" (Canon), "Hotel Bread" (Matsushita) etc. Combinação: este seria o processo preferido no Ocidente, na medida em que se baseia na troca de informações explícitas e no paradigma da tecnologia de informação. Envolve, pois, bastante o uso de mídias como documentos, reuniões formais, conversas telefônicas e, também, o de redes computadorizadas. A educação formal, da mesma maneira, se encaixaria neste tipo de conversão. Internalização: este último método seria semelhante ao do "learning by doing" em que os membros da organização passariam a vivenciar o resultado prático do novo "conhecimento", ou seja, desenvolveriam um conhecimento operacional. Os autores identificam este processo com os conceitos das "learning organizations".
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