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PSICOLOGIA HOSPITALAR X PSICOLOGIA DA SAÚDE O modelo prioriza as ações de saúde no modelo secundário – clínico/assistencialista e em segundo plano as ações de conduta coletiva (modelo sanitarista) Saúde se refere a um conceito complexo relativo às funções orgânicas, físicas e mentais (WHO, 2003) Hospital diz respeito a uma instituição concreta onde se tratam doentes, internados ou não. Objetiva compreender como os fatores biológicos e comportamentais e sociais influenciam na saúde e na doença (APA, 2003) Avalia, diagnostica, trata, modifica e previne os problemas físicos, mentais ou outros relevantes para os processos de saúde e doença (COP, 2003) Local para exercício da função: hospitais, centros de saúde comunitários, organizações não-governamentais e nas próprias casas dos indivíduos Aplicação da Psicologia Clínica no âmbito médico. Rápido crescimento em RH, mas poucos Psicólogos nos setores de saúde. Produção científica ainda é escassa. O psicólogo especialista em Psicologia Hospitalar tem sua função centrada nos âmbitos secundário e terciário de atenção à saúde, atuando em instituições de saúde e realizando atividades como atendimento psicoterapêutico. Grupos psicoterapêuticos. Grupos de psicoprofilaxia. Atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva. Pronto atendimento. Enfermarias em geral. Psicomotricidade no contexto hospitalar. Avaliação diagnóstica. Psicodiagnóstico. Consultoria e Inter consultoria. (CFP, 2003a). DIFERENÇA PSICOLOGIA HOSPITALAR X PSICOLOGIA DA SAÚDE Os conceitos de Psicologia da Saúde e de Psicologia Hospitalar são diferentes, e que essa diferença conceitual está vinculada aos significados das palavras saúde e hospital. Enquanto saúde está relacionada aos processos orgânicos, físicos e mentais, hospital está relacionado a uma estrutura física onde doente são tratados. Psicologia Hospitalar, sua atuação poderia ser incluída nos preceitos da Psicologia da Saúde, limitando-se, entretanto, à instituição-hospital e, em consequência, ao trabalho de prevenção secundária e terciária. (CASTRO E BORNHOLDT, 2004, p. 51) A Psicologia da Saúde amplia a atuação do psicólogo hospitalar. Contudo, é possível que, em muitos hospitais do Brasil, os psicólogos realizem seus trabalhos em distintos setores de acordo com a definição da Psicologia da Saúde. No Brasil, entretanto, oficialmente, essa definição não existe como especialização oficial definida pelo CRP, ao contrário da Psicologia Hospitalar, que é uma especialidade. A especialização na Psicologia, denominada no Brasil de Hospitalar é inexistente em outros países. Em outros países a denominação para Psicologia Hospitalar é Psicologia da Saúde A Psicologia da Saúde-Hospitalar, apesar de tentar firmar-se como uma nova especialidade, ainda mantém um viés do modelo clínico tradicional. PSICOLOGIA HOSPITALAR Psicólogo no Hospital Função de coordenação: relativa às atividades com os funcionários do hospital Função de ajuda à adaptação: em que o psicólogo intervém na qualidade do processo de adaptação e recuperação do paciente internado Função de interconsulta: atua como consultor, ajudando outros profissionais a lidarem com o paciente Função de enlace: intervenção, através do delineamento e execução de programas junto com outros profissionais, para modificar ou instalar comportamentos adequados dos pacientes Função de gestão de recursos humanos: para aprimorar os serviços dos profissionais da organização Formação profissional teórica e técnica. Para atuar em hospitais: bom treinamento em três áreas básicas: clínica, pesquisa e programação. Essa ciência especifica da área da psicologia trata do suporte ao paciente em estágio de adoecimento. Como um campo de amplo tratamento da saúde mental, essa vertente da psicologia não enfrenta apenas as doenças com causas psicológicas denominadas psicossomáticas, mas também afeta aspectos psicológicos em geral, entre toda e qualquer doença. Segundo Queiroz e Araújo o psicólogo hospitalar contribui para a equipe multidisciplinar de saúde participando ativamente da tomada de decisões, principalmente ao fornecer e solicitar mais informações e ao expandir discussões durante as reuniões de equipe. Resultado psicólogo hospitalar: diminuição de custos e aumento dos conhecimentos sobre o comportamento humano e suas relações com a saúde e a doença (Ulla & Remor, 2003). É essencial que o psicólogo entenda os limites de sua atuação para não se tornar um dos elementos invasivos provenientes da hospitalização. PSICOLOGIA DA SAÚDE Muitos dos problemas dos quais o psicólogo passou a deparar-se escapam do domínio da clínica, pois referem-se às condições de vida da população. Tais dificuldades passaram a ser um entrave para as atividades de assistência pública à saúde tendo em vista a falta de preparo nessa área (Dimenstein, 2000) Inserção do psicólogo em equipes de saúde interdisciplinares Participação política das decisões sanitárias Evolução de uma equipe de Psicologia clínica para um trabalho dentro da Psicologia da Saúde Revisão e atualização no nível de formação profissional e nas estratégias de inserção no mercado A formação em Psicologia deixa praticamente de lado temáticas relacionadas às questões macrossociais relativas à saúde, contribuindo para a manutenção das estruturas sociais e das relações de poder sem utilizar todo o seu potencial questionador e transformador (Almeida, 2000; Dimenstein, 2000). Comprometimento social lidar com problemas de saúde de sua região. Atuar em equipe com outros profissionais. Conhecer ferramentas necessárias para uma atuação coletiva de prevenção e intervenção. Deficiência quanto à realidade sanitária do país, à participação em pesquisas e em políticas de saúde. Inabilidade para lidar com o sofrimento físico sobreposto ao sofrimento psíquico, a fome, a violência, etc. Teorias incompatíveis com a demanda e a realidade social, promovendo uma concepção de sujeito desvinculada do seu contexto sociopolítico e cultural. A PC centra sua atuação em diversos contextos e problemáticas em saúde mental, enquanto a Psicologia da Saúde dá ênfase, principalmente, aos aspectos físicos da saúde e da doença (Kerbauy, 2002). ALMEIDA, E. C. O Psicólogo no Hospital Geral. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 20, n. 3, 2000, pp.24-27. APA . American Psychological Association. (2010). Disponível em http://www.health-psych.org/. Acesso em 30/03/2020. CFP. I Fórum Nacional de Psicologia e Saúde Pública. Brasília: CFP, 2003. Dimenstein, M. D. B. (1998). O psicólogo nas unidades básicas de saúde: desafios para a formação e atuação profissionais. Estudos de Psicologia, 3, 53-81. Kerbauy, R. R. (2002). Comportamento e Saúde: doenças e desafios. Psicol. USP 13 (1), 11-28. LEI nº 8.080 de 19 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providênciasde Setembro de 1990 (1990).. Brasília, DF, 1990 ULLA, S. & REMOR, E. La Investigación en el Hospital: Tendiendo Puentes Entre la Teoría y la Práctica. In Remor, E.; Arranz, P. & Ulla, S. (org.). El Psicólogo en el Ámbito Hospitalario. Bilbao: Desclée de Brouwer Biblioteca de Psicologia, 2003, pp. 161-178. WHO . World Health Organization. Página oficial da Instituição, 2003. www.who.int. Acesso em 30/03/2020. REFERÊNCIAS
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