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Noções de criminologia
PC-SP
Noções de Criminologia
Livro Eletrônico
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NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA
Noções de Criminologia
Profa. Mariana Barreiras
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SUMÁRIO
Conceito, Método, Objeto e Finalidade da Criminologia ....................................4
Apresentação .............................................................................................4
Conceito ....................................................................................................5
Métodos: Empirismo e Interdisciplinaridade....................................................7
Objetos da Criminologia ............................................................................10
Delito......................................................................................................10
Delinquente .............................................................................................12
Vítima .....................................................................................................14
Controle Social .........................................................................................17
Finalidade da Criminologia .........................................................................20
Questões de Concurso ...............................................................................28
Gabarito ..................................................................................................34
Gabarito Comentado .................................................................................35
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CONCEITO, MÉTODO, OBJETO E FINALIDADE DA CRIMINOLOGIA
Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a),
Vou começar essa aula me apresentando. Sou formada em Direito pela Univer-
sidade de São Paulo (USP). Desde o começo da faculdade, sempre gostei muito das 
matérias penais. Por isso, já na graduação fiz o laboratório de iniciação científica do 
Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, oportunidade em que escrevi sobre a de-
linquência feminina. Logo depois da graduação, tornei-me servidora do Ministério 
Público do Estado de São Paulo e ingressei no mestrado em Direito Penal e Crimi-
nologia, novamente na USP. Na dissertação de mestrado, escrevi sobre a presença 
de mulheres na Polícia Militar, com foco nos temas de criminologia. Sou servidora 
pública desde 2006 e professora de cursos preparatórios para concursos nas maté-
rias Atividade de Inteligência e Legislação Correlata, Direito Penal e Criminologia.
Vou ministrar para você esse curso de Criminologia e tentarei fazer de manei-
ra bem didática, para ajudar tanto quem nunca teve contato com a matéria como 
quem já estudou e precisa rever os conceitos de forma sistematizada.
Nesse curso, vamos dividir o conteúdo do teu edital em cinco aulas:
1. Conceito, método, objeto e finalidade da Criminologia;
2. Teorias sociológicas da criminalidade;
3. Vitimologia;
4. O Estado Democrático de Direito e a prevenção da infração penal;
5. Criminologia e o papel da Polícia Judiciária.
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Conceito
A criminologia é uma ciência interdisciplinar e empírica, que se ocupa do estudo 
do crime, do delinquente, da vítima e dos mecanismos de controle social.
Assim, a criminologia se aproxima do fenômeno criminal com o intuito de en-
tender sua origem, suas causas, individuais e sociais, suas consequências e o fun-
cionamento das instâncias de controle.
As bancas adoram usar o termo “etiologia”. Ele se refere ao estudo das causas da 
criminalidade. Às vezes, as bancas usam palavras parecidas apenas para confundir 
o(a) candidato(a), como, por exemplo, “etimologia”. Você já não vai errar isso!
Enquanto o direito penal valora a sociedade, dizendo o que pode e o que não 
pode ser feito e prevendo a aplicação de sanções para o descumprimento das nor-
mas, a criminologia se encarrega de encarar o fenômeno de forma objetiva, sem 
conotação valorativa, sem mediação, sem julgamentos. Entre a criminologia e o di-
reito penal se interpõe a política criminal, disciplina que está a todo tempo avalian-
do se o direito penal está cumprindo seus objetivos, sejam eles de proteção do bem 
jurídico, de prevenção ou de repressão. A política criminal oferece aos governantes 
opções concretas para bem equacionar a questão criminal. Na imagem representa-
tiva abaixo, colocamos a política criminal como uma ponte entre a criminologia e o 
direito penal, mas inserimos uma seta bidirecional conectando as disciplinas. Afinal, 
ao mesmo tempo em que a criminologia estuda a realidade e tenta compreender 
o crime, a vítima, o criminoso e o controle social, com isso fornecendo ao direito 
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penal um arcabouço fenomenológico traduzido em opções concretas pela política 
criminal, o próprio direito penal molda a atuação das instâncias de controle social, 
que são objeto da criminologia. Uma disciplina conversa com a outra a todo tempo.
EXEMPLIFICANDO
Imagine que você tenha seu celular roubado.
A criminologia pode se ocupar desse fenômeno de muitas maneiras, como, por 
exemplo: por que o criminoso praticou o crime? Quais características do criminoso 
o tornaram mais propenso a decidir pelo crime? Por que o sistema de justiça cri-
minal mantém preso esse ladrão, mas não consegue ser eficiente em relação aos 
criminosos poderosos? O Estado, antes de punir o criminoso, poderia ter ofertado 
mais educação, esporte, lazer, cultura a esse criminoso? Quais as consequências 
da pena que a ele será aplicada? Qual o impacto que esse evento terá na vida da 
vítima? Quais os bairros da cidade onde mais se cometem esse tipo de crime? Em 
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todos esses casos, o fenômeno criminal está sendo analisado de modo empírico e 
interdisciplinar para que conclusões mais genéricas sejam elaboradas, dentro de 
uma dinâmica indutiva.
A política criminal se ocupará do fenômeno raciocinando, por exemplo, sobre a 
suficiência das atuais leis penais para o crime de furto; sobre a eficiência dos ins-
trumentos manejados pelas instâncias de controle social; sobre as regras do pro-
cesso criminal e de execução penal.
O direito penal, por sua vez, se ocupa, basicamente, de punir o delinquente, 
aplicando àquele caso concreto regras penais genéricas, numaoperação dedutiva.
Criminologia  Indução  Parte-se do caso concreto para se tentar elaborar regras 
genéricas.
Direito penal  Dedução  Parte-se de regras genéricas que devem ser aplicadas 
aos casos concretos.
Métodos: Empirismo e Interdisciplinaridade
Assim como ocorre com as demais ciências, os estudos criminológicos não pos-
suem uma lista fechada de métodos que podem ser utilizados. As técnicas têm, no 
entanto, como traços genéricos o empirismo e a interdisciplinaridade.
Empírico é o conhecimento obtido pelos sentidos humanos. No empirismo, a 
experiência humana sensorial é a base para a compreensão do mundo. Uma ci-
ência empírica, portanto, se baseia na experiência, na observação. Desse modo, 
podemos afirmar que as teorias criminológicas devem ser formuladas e explicadas 
a partir da observação do mundo.
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Nesse ponto, a criminologia difere-se bastante do direito. Enquanto a crimino-
logia observa o fenômeno criminal, analisa-o, inserindo-se no mundo real, verifi-
cável, o direito valora o mundo, dizendo como as pessoas devem se comportar e 
quais são as sanções para o descumprimento da norma.
Como ciência empírica que é, a criminologia se vale de método indutivo, que 
mencionei agora há pouco. No método indutivo, o raciocínio parte de dados particu-
lares (fatos observados, experiências) e, por meio de uma sequência de operações 
cognitivas, chega a leis ou conceitos mais gerais, indo dos efeitos à causa, das con-
sequências ao princípio, da experiência à teoria. Esse método empírico e indutivo 
se opõe ao método abstrato e dedutivo largamente utilizado no direito. No método 
dedutivo parte-se de uma premissa geral (lei) para uma premissa particular (caso 
concreto ao qual a lei deve ser aplicada). Já na indução, a observação das situações 
particulares leva à formulação de um padrão, um conhecimento genérico que se 
aplicará a casos parecidos com aqueles analisados.
Como exemplo de técnicas empíricas – de observação da realidade – utilizadas 
pela criminologia podemos mencionar:
inquéritos sociais (social surveys): interrogatório direto feito a um número consi-
derado de pessoas sobre itens criminologicamente relevantes;
entrevistas;
estudos biográficos de casos individuais: estudos descritivos e analíticos de experi-
ências criminais de um ou vários casos individuais;
observação participante: participação ativa do investigador na vida do grupo objeto 
de investigação;
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estudos de follow up: acompanhamento do desenvolvimento das carreiras delin-
quentes e do comportamento dos delinquentes durante e após um tratamento ins-
titucional;
grupos de controle: estabelecimento de comparações estatísticas entre um grupo 
envolvido com o fenômeno criminal (grupo experimental) e um grupo sem envolvi-
mento (grupo de controle) para o estabelecimento de conclusões sobre a relevância 
de determinada variável no fenômeno;
testes: instrumento padronizado de medida objetiva de determinados aspectos da 
personalidade;
tipologia: organização dos fenômenos criminológicos em tipos que reduzem uma 
multiplicidade de fenômenos a um conjunto articulado de características (ex.: cri-
minoso nato, louco, ocasional, habitual ou passional);
estatísticas criminais: registros relativos à criminalidade das instâncias formais de 
controle social (ex.: estatísticas policiais, do Ministério Público, judiciais, penitenci-
árias, etc.) somados à criminalidade oculta;
inquéritos de vitimização: inquéritos sociais em que as pessoas são interrogadas 
sobre suas experiências como vítimas de crime;
criminologia comparada: comparações de dados relativos a diferentes contextos 
culturais, sociais ou nacionais;
tábuas de prognose: enunciados de probabilidade estatística sobre o comporta-
mento futuro, penalmente relevante, de um indivíduo.
Além de empírica, a criminologia é interdisciplinar, ou seja: dentro do que se co-
nhece por criminologia, estão estudiosos das mais variadas áreas do conhecimento. 
A criminologia se realiza com a cooperação de várias disciplinas. A sociologia, a psi-
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cologia, a medicina, o direito, a biologia, a antropologia, a estatística, a assistência 
social, todos esses e outros campos do saber fornecem ferramentas úteis para a 
compreensão do fenômeno criminal.
Para que se possa falar em real existência de interdisciplinaridade, deve haver 
conjugação, integração desses saberes especializados. Caso contrário, não haveria 
sequer a própria criminologia: cada ramo do conhecimento seguiria construindo 
suas teorias de modo isolado. Quando a interdisciplinaridade realmente se verifica, 
o estudo é inteiramente planejado em conjunto e no resultado dificilmente se con-
segue discernir as contribuições de cada estudioso de forma isolada.
A criminologia deve, portanto, estudar o fenômeno criminal levando em consi-
deração as pessoas envolvidas, seus corpos, suas mentes, a sociedade em que se 
inserem, tudo ao mesmo tempo, de maneira muito dinâmica e empírica.
Objetos da Criminologia
Delito
O conceito de delito para a criminologia não é o mesmo conceito utilizado pelo 
direito penal. Juridicamente, crime é o fato típico, ilícito e culpável. Ou seja, em re-
sumo bem apertado, pode-se dizer que uma conduta é delitiva para o direito penal 
se ela se submete à descrição de uma norma penal proibitiva; não se encaixa em ne-
nhuma das hipóteses de exclusão da ilicitude (estado de necessidade, legítima defe-
sa, exercício regular do direito e estrito cumprimento do dever legal); e é reprovável.
Para a criminologia, no entanto, os requisitos a serem preenchidos para que 
uma conduta seja considerada criminosa são outros.
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Segundo Salomão Shecaira, uma conduta para ser considerada crime pela cri-
minologia deve apresentar:
•	 incidência massiva na população
Não devem ser consideradas criminosas as condutas isoladas, que não se 
reiteram.
Segundo esse critério, não é razoável, por exemplo, criminalizar a conduta de moles-
tar cetáceo (baleias, golfinhos), pois não é algo que ocorre com frequência no país 
(Lei n. 7.643/1987, Art. 1º Fica proibida a pesca, ou qualquer forma de molesta-
mento intencional, de toda espécie de cetáceo nas águas jurisdicionais brasileiras);
•	 incidênciaaflitiva
Crime é algo que causa dor. Não devem ser previstas como crimes condutas que 
não causem sofrimento.
Segundo esse critério, não é razoável que seja considerada crime a conduta de 
utilizar o termo “couro sintético” para denominar produtos que não sejam obtidos 
exclusivamente de pele animal (Lei n. 4.888/1965);
•	 persistência espaço-temporal
Se a conduta não se distribui por nosso território ao longo de um certo tempo, 
ela não deve ser criminalizada.
Imagine, por exemplo, um país que não receba muitos turistas. Nesse caso, é 
impensável que seja razoável criminalizar especificamente a conduta de aplicar 
golpes em turistas, ou aplicar uma pena mais alta a essa prática se comparada ao 
estelionato comum;
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•	 inequívoco consenso social
É necessário que haja inequívoco consenso social sobre a razoabilidade de se 
criminalizar a conduta.
Ainda, por exemplo, que se saiba que o álcool é uma droga e que ele produz con-
sequências nefastas, não há consenso sobre a razoabilidade de se proibir o seu uso 
e comércio1.
Delito e crime podem ser usados como sinônimo. No direito penal, crime (ou delito) 
e contravenção são espécies de infração penal. Em linhas gerais, pode-se dizer que 
a contravenção é um crime menor, menos grave. A criminologia utiliza, normal-
mente, o termo delito ou crime para se referir a todas as infrações penais.
Crime para a Criminologia Crime para o Direito Penal
Incidência massiva na população Tipicidade
Incidência aflitiva Ilicitude (Antijuridicidade)
Persistência espaço-temporal
Culpabilidade
Inequívoco consenso social
Delinquente
A criminologia passa a estudar o delinquente a partir da segunda metade do 
século XIX, com o advento da filosofia positivista. Antes disso, predominavam os 
estudos dos teóricos clássicos, ou iluministas.
1 SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 2 ed. São Paulo: RT, 2008, p. 50 e ss.
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Segundo os autores clássicos, as pessoas possuem livre-arbítrio, ou seja, po-
dem fazer escolhas. O cometimento de um crime é fruto de uma decisão que im-
plica quebra do pacto social de convivência pacífica. O delinquente deve ser punido 
pelo mal que causou com a sua escolha. A ele, então, são aplicáveis as penas pre-
vistas no ordenamento jurídico, utilizando-se a técnica dedutiva de subsumir uma 
conduta a uma norma penal incriminadora.
Os postulados racionais do Iluminismo foram sintetizados na célebre obra de 
Cesare de Bonesana, o Marquês de Beccaria, Dos Delitos e das Penas (1764). Ela 
serviu de base para a valorização da dignidade das pessoas e para a consequente 
humanização das penas, em contraposição à crueldade das sanções existentes até 
a primeira metade do século XVIII. O indivíduo escolhe ou não obedecer às leis, 
mas o Estado não pode escolher tratamentos cruéis e desumanos.
A partir da segunda metade do século XIX, as teorias positivistas começam a 
ganhar força. Opondo-se ao racionalismo dedutivo dos clássicos, os positivistas 
defendem a observação dos fenômenos criminais, com primazia para a experiência 
sensitiva humana. A ideia era aplicar, nas ciências humanas, métodos oriundos das 
ciências naturais. Como não era possível realizar essa aplicação em relação às nor-
mas, começa-se a estudar o próprio delinquente. Muitos autores identificam que aí 
nasce, verdadeiramente, a criminologia como ciência.
Para os positivistas, o livre-arbítrio era uma ilusão. O delinquente era escravo 
do determinismo biológico ou do determinismo social. No determinismo biológico 
acredita-se que diferenças genéticas entre os indivíduos os tornam mais propensos 
ao crime. São doenças, patologias que levam o indivíduo a se tornar um delinquen-
te. No determinismo social, são as características do ambiente social que levam um 
indivíduo ao crime. Em ambos os casos, não há espaço para a escolha do indivíduo.
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É típica do pensamento clássico a adoção de penas proporcionais ao mal causa-
do. É característica do pensamento positivista a adoção de medidas de segurança 
com finalidade curativa, pelo tempo em que persistisse a patologia.
Há, ainda, a visão correcionalista, para a qual o criminoso é um fraco, uma 
pessoa cuja vontade deve ser direcionada. O delinquente não é capaz de dirigir a 
sua vida, sendo necessária a intervenção do Estado, que deve adotar postura pe-
dagógica e de piedade. Aqui se encaixam as reprovações, no ordenamento jurídico 
brasileiro, dos atos infracionais praticados por adolescentes.
Para o marxismo, por sua vez, a sociedade é culpável pelo crime. O delinquen-
te é vítima inocente e fungível (substituível) das estruturas econômicas injustas 
da sociedade.
Essas visões não são necessariamente excludentes entre si. O delinquente pode 
estar sujeito às influências do meio, mas ser capaz de superá-las por sua vontade. 
Tudo isso demonstra como o delinquente se tornou e tem um peso muito importan-
te nos estudos de criminologia.
Vítima
Em relação à vítima, os estudos criminais, de maneira geral, passaram por três 
grandes momentos.
•	 Idade de ouro da vítima: perdura desde os primórdios da civilização até o 
fim da Alta Idade Média. Nessa época, havia a possibilidade de autotutela, ou 
seja, de fazer justiça pelas próprias mãos.
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Hoje a autotutela é crime. Trata-se do delito de exercício arbitrário das próprias 
razões, do art. 345 do Código Penal: exercício arbitrário das próprias razões
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legíti-
ma, salvo quando a lei o permite:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à 
violência.
Parágrafo único. Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
Havia também, na idade de ouro, a possibilidade de aplicação da lei de talião. 
Conhecida pela máxima “olho por olho, dente por dente”, essa regra traz a ideia de 
correspondência entre o mal causado a alguém e o castigo que deve receber. A um 
homicida, por exemplo, poderia ser imposta a pena de morte.
Atualmente, no Brasil, existe previsão de pena de morte no Código PenalMilitar para 
crimes militares em tempo de guerra, tais como traição, espionagem, favorecimento 
do inimigo, aliciação de militar, ato prejudicial à eficiência da tropa, fuga em presen-
ça do inimigo, motim, revolta, conspiração, rendição, epidemia, envenenamento ou 
corrupção (poluição) de água potável, forragem ou víveres, dentre outros.
Foi durante a era de ouro da vítima que se desenvolveu o processo penal acusa-
tório, em que as funções de acusar, julgar e defender estavam em mãos distintas. 
As partes tinham iniciativa probatória, diante de um juiz inerte, que não podia pro-
duzir as provas independentemente da provocação do autor e do réu.
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•	 Neutralização do poder da vítima: essa fase tem início com a adoção do pro-
cesso penal inquisitivo, no século XII. Em oposição ao processo acusatório, 
o processo inquisitivo concentra as funções de acusar e julgar nas mãos do 
juiz. Ou seja, o juiz passou a ter a iniciativa da própria acusação ao mesmo 
tempo em que continuava a exercer a competência de julgar a causa. A ideia 
inicial era diminuir a impunidade, já que essa acabava sendo a consequência 
em muitos casos quando a iniciativa extremamente dispendiosa de acusar es-
tava nas mãos de um particular durante o processo acusatório. No entanto, o 
processo inquisitório acabou se revelando problemático por dificultar a impar-
cialidade do juiz, que deixou de ser um árbitro e passou a ser um inquisidor.
Nessa fase de neutralização, a vítima perdeu, portanto, o poder de reação ao 
fato delituoso, que passou para as mãos da administração pública. A pena não 
era mais dirigida a compensar a dor da vítima ou mesmo determinada em função 
dessa dor. A sanção penal passou a ser uma garantia para o grupo social de que 
eles podiam ter expectativa na norma, pois a frustração de seus comandos geraria 
uma consequência.
Desapareceu, nessa fase, a autotutela. A vítima perdeu seu poder na persecu-
ção penal.
•	 Revalorização do poder da vítima: essa fase tem início no século XVIII e per-
dura até os dias atuais. Considera-se que a vítima havia sido esquecida pelo 
processo criminal e que é necessário recuperar certa parcela de seu prota-
gonismo. Os autores penalistas clássicos (séculos XVIII e XIX) começam a 
mencionar a importância da vítima, mas é com a consolidação da criminologia 
que os discursos de que a vítima deve ter proeminência ganham força.
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Esse discurso se verifica de maneira pronunciada com Benjamim Mendelsohn, 
advogado israelita que utiliza o termo vitimologia em 1947 para descrever o sofri-
mento dos judeus nos campos de concentração de Alemanha nazista.
A vitimologia procura entender qual o papel desempenhado pela vítima no fenô-
meno criminal; qual tipo de assistência é necessária para fazer frente aos traumas 
deixados pelo evento criminoso; e quais são as taxas reais de criminalidade.
Um dos problemas verificados nessa etapa de revalorização do poder da vítima 
é a pressão que as vítimas ou seus parentes exercem em nossa sociedade, legisla-
dores e julgadores para que haja punições extremamente severas em função da dor 
que estão sentindo, o que pode levar a um movimento de punitivismo exacerbado.
Controle Social
Controle social é o conjunto de meios de intervenção, quer positivos, quer ne-
gativos, acionados por cada sociedade ou grupo social a fim de induzir os próprios 
membros a se conformarem às normas.
Shecaira de modo conciso e bastante elucidativo, explica que controle social é 
o conjunto de mecanismos e sanções sociais que pretendem submeter o indivíduo 
aos modelos e normas comunitários.2
Controle social, portanto, são os freios que a sociedade apresenta aos indivíduos 
que almejam a prática de alguma conduta antissocial. Existem inúmeros critérios 
para classificar as instâncias de controle social. A dualidade mais comumente utili-
zada na criminologia é aquela que separa controle social formal de controle social 
informal. O critério que diferencia uma categoria da outra é a presença (controle 
social formal) ou ausência (controle social informal) de Estado.
2 SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 2 ed. São Paulo: RT, 2008, p. 60.
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Como exemplos de freios sociais informais podem ser citados a família, a vizinhan-
ça, o trabalho, a igreja, a opinião pública, os clubes, as associações, os meios de 
comunicação de massa. Já os agentes de controle social formal são a polícia, o 
Poder Judiciário, a administração penitenciária, o sistema penal, etc.
A criminologia deu seus primeiros passos para incluir o controle social entre 
seus objetos de estudo no começo do século XX. Isso se deu com a Escola de Chi-
cago e seu enfoque empírico e transdisciplinar, que se propôs a discutir múltiplos 
aspectos da vida humana, todos relacionados com a vida na cidade.
Entre os anos 1920 e 1930, Robert Ezra Park, Ernest W. Burgess e seus alunos 
produziram mais de 20 obras sobre a ecologia urbana da cidade de Chicago, abor-
dando problemas como falta de moradia, desorganização social, guetos, zonas re-
sidenciais ricas e pobres, distribuição de doentes mentais na cidade, entre outros. 
Em diversas dessas obras, os bairros de Chicago são divididos e analisados de acor-
do com seus problemas sociais. Esses bairros ou áreas seriam analisados também 
a partir das possibilidades moralizadoras ou de controle social que geravam em 
seus habitantes. A cidade em geral permitia a confusão, a mobilidade e, portanto, 
o refúgio e a criação de personalidades conflitivas, como vagabundos, alcoólatras, 
prostitutas e delinquentes. Todos eles, porém, seriam reprimidos e censurados em 
determinadas áreas morais, nas quais, em virtude desse controle social, não se 
verificariam conflitos sociais significativos.
Percebe-se, assim, que as instâncias de controle social, sobretudo as informais, 
começaram a ser estudadas como fatores que influenciam a criminalidade de um 
determinado local. No entanto, não foi ainda nessa oportunidade que o controle 
social se consolidou como objeto da criminologia, até mesmo porque o papel das 
agências formais no fenômeno criminoso ainda não era olhado com interesse.
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Isso viria a ocorrer algumas décadas mais tarde, sobretudo a partir dos anos de 
1960, nos Estados Unidos, com o labelling approach, também conhecido como teo-
ria do etiquetamento, teoria da rotulação social ou teoria interacionista. Rompendo 
com o ideal consensual de sociedade, o labelling propugnava que estudar a realida-
de social implicava estudar os processos de interação individual ocorridos no seio 
da própria sociedade. Ou seja, não se pode compreender o crime prescindindo do 
entendimento da própria reação social. O desvio não é uma qualidade intrínseca da 
conduta, mas um atributo que lhe é conferido por meio de complexos processos de 
interação social. É decisivo, então, para compreender o crime, compreender como 
funcionam os mecanismos sociais que atribuem o status de delinquente a alguém.
Conforme os teóricos interacionistas, para cada uma das ações desviadas é pos-
sível encontrar inúmeras ações similares que não serão rotuladas de criminosas, 
por não serem levadas em consideração ou por não se apresentarem de maneira 
evidente como desviadas. Diante de cada fato, as instituições atuam como filtros, 
definindo sua natureza. Frente às condutas humanas, portanto, as agências for-
mais de controle social atuam como uma grande peneira, a separar quais devem 
ser etiquetadas como criminosas e quais não merecem o rótulo.
Assim, o labelling approach reconhece o caráter constitutivo do controle social 
formal: as instâncias de controle social formal são parte da constituição do crime. 
Os mecanismos e instituições de direito penal são instrumentos seletivos e discri-
minatórios. Deixa-se de questionar por que um indivíduo comete crimes e passa-se 
a indagar a razão de certa conduta ser etiquetada com o rótulo de desviada. Nes-
se questionamento, as agências de controle social adquirem enorme importância 
e passam a ser estudadas criteriosamente. Se hoje é comum que haja capítulos 
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sobre a polícia, o Ministério Público, as instituições prisionais, o sistema judiciário 
nos livros e manuais de criminologia, isto, em grande parte, deve-se ao paradigma 
inaugurado pelo labelling approach, que tanto valor atribuiu aos respectivos papéis 
na constituição do delito.
Finalidade da Criminologia
A criminologia possui variadas finalidades ou funções, que estão interligadas.
Uma das principais funções da criminologia reside no fornecimento de informa-
ções confiáveis para que o fenômeno criminal seja compreendido e para que pos-
sam ser realizadas intervenções preventivas.
A criminologia se aproxima da realidade social sem valorá-la para conhecer e ex-
plicar como é o fenômeno criminal e para tentar, ademais, transformar a sociedade.
Nesse ponto, lembre-se de que a criminologia não se preocupa especificamente 
em analisar a subsunção de uma conduta a um tipo penal. Isto é tarefa do direito 
penal. A criminologia tem por função conhecer quais os crimes que vêm sendo pra-
ticados, a razão do seu cometimento, o impacto deles na sociedade e nas vítimas 
específicas do caso, a consequência das penas para aqueles delinquentes, etc.
Lembre-se de que a criminologia, para cumprir sua função, pode tentar com-
preender as causas do crime, e a isso se dá o nome de “etiologia”. No desempenho 
dessa função etiológica, deve-se considerar que o crime, na maioria das vezes, terá 
causas multifatoriais. Não se trata da existência de apenas uma causa para o cri-
me, mas sim da coexistência dinâmica de fatores sociais, biológicos, psíquicos, etc.
Nessa sistemática de compreender a etiologia do crime, os profissionais da cri-
minologia traçam perfis antropológicos, sociais, culturais ou psicológicos do crimi-
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noso. Esses perfis, somados a determinantes endógenas (interiores ao indivíduo) 
e exógenas (exteriores ao indivíduo), ajudam a criminologia a tentar compreender 
como se chegou ao cometimento do crime.
No desempenho dessas funções, já deve ter ficado claro que a criminologia não 
desempenha um papel matemático. É uma ciência humana e, portanto, considera 
o ser humano em suas múltiplas facetas. Pode se utilizar de números – sobretudo 
em seu viés estatístico –, mas não se resume a eles e deles pode prescindir. Quan-
do os dados estatísticos criminais são utilizados ou produzidos por profissionais da 
criminologia, eles servem de base para a análise de algum fenômeno criminal ou 
para mensuração das propostas de equacionamento do crime.
Como um resumo do que apresentei até agora, podemos citar as palavras de 
García-Pablos de Molina, para quem a criminologia é
uma ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa 
do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo, e que trata de 
subministrar uma informação válida, contrastada, sobre a gênese, dinâmica e variáveis 
principais do crime – contemplando este como problema individual e como problema 
social –, assim como sobre os programas de prevenção eficaz do mesmo e técnicas de 
intervenção positiva do homem delinquente3.
Outra função importante da criminologia é fazer com que o direito penal dialo-
gue com as demais ciências que tratam do fenômeno criminal. O crime é, sempre, 
um fenômeno complexo, resultado da interação entre humanos em sociedade. O 
direito penal se aproxima do fenômeno criminal valorando os aspectos da vida con-
siderados graves, de forma normativa e dogmática.
3 GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antonio; GOMES, Luis Flávio. Criminologia: introdução a seus fundamentos 
teóricos; introdução às bases criminológicas da Lei n. 9.099/95, Lei dos Juizados Especiais Criminais. 5.ed. 
São Paulo: RT, 2006. p. 33.
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As bancas gostam de questionar se a criminologia é uma ciência normativa, dog-
mática, dedutiva. A resposta é NÃO! Esses são traços distintivos do direito penal, 
que o distanciam da criminologia. O direito penal se baseia em normas – é nor-
mativo; é construído em torno de uma série de princípios, dogmas – é dogmático; 
parte de regras gerais que devem ser aplicadas a um caso concreto – é dedutivo. A 
criminologia, por sua vez, se baseia na observação da realidade – é empírica; não 
possui dogmas; parte do caso concreto para tentar, deles, formular hipóteses de 
generalização – é indutiva.
Ao ter os mecanismos de controle social como objeto de estudo, a criminologiadesempenha outra importante função: a de demonstrar a ineficácia do direito pe-
nal. A criminologia mostra que a prevenção criminal não é efetiva, que o sistema 
penal é estigmatizante e fundamental para que a etiqueta de criminoso seja atri-
buída a alguém de maneira efetiva. Nessa função, a criminologia demonstra que a 
seleção pelos mecanismos penais não apenas é ineficaz como ainda tem o condão 
de acelerar uma carreira criminal e consolidar o “status” de desviado.
As teorias da reação social dizem que o Direito penal causa estigmas: quem é sele-
cionado pelos filtros de reação social – polícia, Ministério Público, Poder Judiciário, 
penitenciárias – passa a ser marcado com sinais sociais que o inabilitam para a plena 
aceitação social. É muito difícil, se não impossível, que essa pessoa se livre da eti-
queta de criminoso depois de sua passagem pelas engrenagens de controle penal.
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Ainda sobre as instâncias de controle social como objeto de estudo, a crimino-
logia desempenha a função de demonstrar que a rapidez e a certeza da aplicação 
da sanção penal são mais importantes do que a sua gravidade. Sabe aquela sen-
sação de impunidade que reina no Brasil? Pois bem, estudos criminológicos têm 
demonstrado que o mais importante para o fim dessa sensação não é a previsão ou 
aplicação de uma pena severa, longa, extensa, mas sim a existência de uma pena 
que seja aplicada de forma célere e certa.
Especificamente em relação ao delinquente, pode-se afirmar que a criminolo-
gia é uma ciência que tem por função intervir no criminoso, para que ele não volte 
a delinquir, para que ele seja ressocializado. Nesse aspecto, pesquisas criminoló-
gicas têm demonstrado o potencial estigmatizante da pena privativa de liberdade 
e a importância das modalidades alternativas de cumprimento de pena, como as 
penas restritivas de direito e a pena de multa. Ademais, a criminologia ressalta a 
importância de o direito penal continuar apresentando traços de subsidiariedade 
e fragmentariedade.
De acordo com o princípio da fragmentariedade, o direito penal deve agir como um 
postulado de intervenção mínima, protegendo apenas os bens jurídicos mais rele-
vantes da sociedade e somente quando forem alvo de ataques intoleráveis. Diz-se 
que o direito penal é um arquipélago de pequenas ilhas de condutas consideradas 
ilícitas espalhadas pelo mar do penalmente indiferente.
O princípio da subsidiariedade impõe, a seu turno, que o direito penal somente 
deve ser utilizado quando outras instâncias de controle não puderem equacionar a 
questão de maneira satisfatória. Assim, se um problema social pode ser enfrentado 
pelas regras do direito civil ou administrativo, não deve ser invocado o direito pe-
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nal. Se uma questão pode ser solucionada no âmbito familiar, não há que se aplicar 
direito penal. Voltarei a esta questão mais ao final desta aula. Já adianto que esse 
princípio é também conhecido pela expressão latina “ultima ratio”, que significa, em 
tradução bem livre, “última instância”.
Em relação à prevenção do delito, as teorias criminológicas têm demonstrado 
como são importantes intervenções na sociedade que extrapolem a esfera penal. 
Não basta colocar polícia nos lugares onde há maior atividade delitiva. A depender 
do caso, podem ser necessárias ações diversionistas, como iluminar a área, remo-
ver detritos, instalar serviços, construir escolas e áreas de lazer, podar árvores, 
alterar rotas de meios de transporte público, asfaltar vias públicas, apenas para 
mencionar alguns exemplos. Especificamente em relação à prevenção direcionada 
ao delinquente, são necessárias intervenções que forneçam melhora nas condições 
de vida e que, consequentemente, possibilitem sua reinserção.
Outra função da criminologia é tentar fornecer uma análise totalizadora do deli-
to. O crime é visto em todos os seus aspectos e não apenas como fato típico, ilícito 
e culpável.
Interessa à criminologia não tanto a qualificação formal correta de um acontecimento 
penalmente relevante, senão a imagem global do fato e do seu autor: a etiologia do fato 
real, sua estrutura interna e dinâmica, formas de manifestação, técnicas de prevenção 
e programas de intervenção junto ao infrator4.
A criminologia desempenha, ainda, a função de demonstrar que o crime é pro-
blema de toda a sociedade, pois possui como causas, entre outros, fatores sociais 
e porque afeta toda a população de uma dada localidade, e não apenas a vítima 
4 SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 2 ed. São Paulo: RT, 2008, p. 44.
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direta. Cada vez que um crime é cometido e noticiado, cresce o medo da popula-
ção, muda a maneira como as pessoas interagem com o espaço e com as demais 
pessoas, transforma-se a crença que os seres humanos depositam na norma e no 
sistema jurídico como um todo.
Cuidando dos envolvidos no fenômeno criminal, a criminologia tem se preocu-
pado em demonstrar a importância de mecanismos que pacifiquem as situações 
que estão na base dos delitos. Desse modo, a criminologia objetiva colocar a vítima 
frente a frente com o delinquente em casos em que seja recomendado, para que 
não exista apenas punição, mas também diálogo, composição de prejuízos, repara-
ção de danos e pacificação social.
Destrinchando ainda mais a função, devemos explicitar que, ao realizar o for-
necimento de informações válidas e confiáveis para que o fenômeno criminal seja 
compreendido e para que possam ser realizadas intervenções preventivas, a cri-
minologia não pretende eliminar o crime. Deseja-se, sem dúvida, que o crime 
seja controlado, que se faça prevenção do delito, que o delinquente não volte a 
delinquir, que as taxas criminais diminuam. No entanto, dizer que a criminologia 
pretende acabar com o crime é inexato. Afinal, a criminologia reconhece o caráter 
perene do delito. Enquanto houver sociedade, haverá crime.
Por fim, podemos afirmar ainda que a criminologia não pretende apresentar 
conclusões universais. Ela não é uma ciência “dura”, mas sim humana, e, como 
tal, apresenta um conhecimento parcial, provisório, fragmentado, fluido. O saber 
criminológico deve se adaptar à realidade local e às evoluções históricas e sociais.
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Mapa Mental
Características da criminologia
Objetos da criminologia
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Finalidades da criminologia
Finalidades da Criminologia
Compreensão do fenômeno criminal
Fornecimento de informações para intervenções preventivas
Compreensão da etiologia do crime
Defesa da necessidade de rapidez e a certeza da aplicação da sanção penal
Estabelecimento de diálogo entre o direito penal e outros saberes relativos ao fenômeno delitivo
Demonstração da ineficácia do direito penal
Avaliação dos diferentes modelos de resposta ao crime
Demonstração das dimensões individual e social do fenômeno criminal
Diálogo entre protagonistas do crime
Reparação do dano
Pacificação social
Elementos do crime
Crime para a Criminologia Crime para o Direito Penal
Incidência massiva na população Tipicidade
Incidência aflitiva Ilicitude (Antijuridicidade)
Persistência espaço-temporal
Culpabilidade
Inequívoco consenso social
Etapas do estudo da vítima
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (VUNESP/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/2013) Os objetos de estudo da 
moderna Criminologia são:
a) a vítima e o delinquente.
b) o crime, o criminoso, a vítima e o controle social.
c) o delito e o delinquente.
d) o problema social, suas causas biológicas e o mimetismo.
e) o crime e os fatores biopsicológicos decorrentes de sua prática.
2. (IESES/AUXILIAR PERICIAL – LABORATÓRIO/IGP-SC/2014) Ciência empírica e 
interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima, 
do controle social e do comportamento delitivo. Este é conceito atribuído a qual das 
ciências abaixo relacionadas:
a) Criminologia.
b) Perícia Criminal.
c) Criminalística.
d) Medicina Legal.
3. (VUNESP/FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL/PC-SP/2014) Assinale a alternativa 
que indica um dos objetos de estudo da criminologia moderna.
a) O controle social.
b) A justiça.
c) O direito penal.
d) O desiquilíbrio psicológico.
e) A lei.
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4. (VUNESP/MÉDICO LEGISTA/PC-SP/2014) O método de estudo da Criminologia 
reúne as seguintes características:
a) silogismo; vedação de interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
b) empirismo; vedação de interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
c) racionalismo; interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
d) empirismo; interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
e) racionalismo; interdisciplinaridade; visão dedutiva da realidade.
5. (VUNESP/DESENHISTA TÉCNICO-PERICIAL/PC-SP/2014). Os objetos de estudo 
da criminologia são: o crime, o criminoso, a vítima e __________________. Assi-
nale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto.
a) a participação da vítima no crime
b) as classes sociais
c) as leis
d) o controle social
e) o Poder Público
6. (CEFET-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-BA/2008) No âmbito da criminologia da 
reação social, o trabalho da Polícia Civil pode ser considerado como a
a) expressão do controle social informal.
b) contribuição de uma agência do controle social formal.
c) manifestação do controle social difuso.
d) manifestação do controle empresarial.
e) expressão particular de uma visão de justiça.
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7. (QUESTÃO INÉDITA) Ao conjunto de mecanismos que pretendem submeter o 
indivíduo aos modelos e normas comunitários se dá o nome:
a) Controle social
b) Freios e contrapesos
c) Cifra oculta
d) Grupo de controle
8. (QUESTÃO INÉDITA) A Escola de Chicago começou a se desenvolver ______:
a) No século XIX
b) Com o Iluminismo
c) Na década de 1920
d) Na década de 1960
9. (QUESTÃO INÉDITA) O processo penal de tipo acusatório é típico:
a) da era de ouro da vítima.
b) do período de neutralização do poder da vítima
c) do período de revalorização da vítima
d) da primeira metade do século XXI
10. (QUESTÃO INÉDITA) Marques de Beccaria foi um dos expoentes _______
a) do positivismo criminológico.
b) do pensamento clássico.
c) do labelling approach
d) da Escola de Chicago
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11. (QUESTÃO INÉDITA) Robert Ezra Park e Ernest W. Burgess são teóricos rela-
cionados com:
a) a Escola de Chicago
b) a teoria da anomia
c) o pensamento clássico penal
d) a criminologia radical
12. (QUESTÃO INÉDITA) A culpabilidade é um dos elementos do crime para a cri-
minologia.
13. (QUESTÃO INÉDITA) A criminologia contemporânea abandonou os inquéritos 
de vitimização em virtude de carecerem de cientificidade.
14. (QUESTÃO INÉDITA) Na observação participante, uma das técnicas utilizadas 
pela criminologia, o pesquisador atua de forma ativa na vida do grupo objeto de 
investigação.
15. (QUESTÃO INÉDITA) A criminologia pode ter, entre seus objetivos, a compre-
ensão da etiologia do crime.
16. (QUESTÃO INÉDITA) No Brasil, atualmente, não existe previsão de pena de 
morte, por vedação constitucional.
17. (QUESTÃO INÉDITA) A previsão da autotutela foi traço característico da era de 
ouro da vítima.
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18. (QUESTÃO INÉDITA) A percepção do crime como fruto do livre-arbítrio humano 
é um dos principais postulados das escolas positivistas.
19. (QUESTÃO INÉDITA) Apesar de ser interdisciplinar, a criminologia não conta 
com contribuições de juristas dado o caráter normativo do direito.
20. (QUESTÃO INÉDITA) Para as teorias interacionistas, a polícia apresentaassi-
metria nas relações com o cidadão e é seletiva e estigmatizante.
21. (QUESTÃO INÉDITA) O labelling approach entende que as instâncias de con-
trole social formal é que definem se uma dada conduta será rotulada de criminosa.
22. (QUESTÃO INÉDITA) Incidência aflitiva e massiva são traços caracterizadores 
do delito para a criminologia.
23. (QUESTÃO INÉDITA) O termo vitimologia surge na década de 1940 em contex-
to relacionado com os campos de concentração da Alemanha nazista.
24. (QUESTÃO INÉDITA) O positivismo foi fundamental para a inclusão do controle 
social como um dos objetos de estudo da criminologia.
25. (QUESTÃO INÉDITA) As penitenciárias podem ser consideradas objeto de es-
tudo da criminologia.
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26. (QUESTÃO INÉDITA) Benjamim Mendelsohn é considerado um expoente da 
escola clássica criminológica.
27. (QUESTÃO INÉDITA) Para a visão correcionalista, o delinquente é um inimigo 
que escolheu se colocar fora do pacto de paz social.
28. (QUESTÃO INÉDITA) Para o determinismo social, as características do ambien-
te social levam um indivíduo ao crime.
29. (QUESTÃO INÉDITA) O labelling approach é uma corrente de pensamento de-
terminista.
30. (QUESTÃO INÉDITA) Punitivismo exacerbado foi uma consequência indesejada 
do período de neutralização da vítima.
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GABARITO
1. b
2. a
3. a
4. d
5. d
6. b
7. a
8. c
9. a
10. b
11. a
12. E
13. E
14. C
15. C
16. E
17. C
18. E
19. E
20. C
21. C
22. C
23. C
24. E
25. C
26. E
27. E
28. C
29. E
30. E
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NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA
Noções de Criminologia
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GABARITO COMENTADO
1. (VUNESP/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/2013) Os objetos de estudo da 
moderna Criminologia são:
a) a vítima e o delinquente.
b) o crime, o criminoso, a vítima e o controle social.
c) o delito e o delinquente.
d) o problema social, suas causas biológicas e o mimetismo.
e) o crime e os fatores biopsicológicos decorrentes de sua prática.
Letra b.
Essa é exatamente a lista com todos os objetos de estudo da Criminologia, con-
forme verificada a evolução da disciplina. As letras a e c não estão erradas, mas 
incompletas.
2. (IESES/AUXILIAR PERICIAL – LABORATÓRIO/IGP-SC/2014) Ciência empírica e 
interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima, 
do controle social e do comportamento delitivo. Este é conceito atribuído a qual das 
ciências abaixo relacionadas:
a) Criminologia.
b) Perícia Criminal.
c) Criminalística.
d) Medicina Legal.
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NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA
Noções de Criminologia
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Letra a.
O enunciado traz traços característicos da criminologia (empirismo, interdisciplina-
ridade) e seus objetos de estudo (delito, delinquente, vítima e controle social).
3. (VUNESP/FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL/PC-SP/2014) Assinale a alternativa 
que indica um dos objetos de estudo da criminologia moderna.
a) O controle social.
b) A justiça.
c) O direito penal.
d) O desiquilíbrio psicológico.
e) A lei.
Letra a.
Tecnicamente, a resposta correta é a, pois os objetos da criminologia são delito, 
delinquente, vítima e controle social. A justiça, o direito penal e a lei, de maneira 
mais genérica, podem ser incluídos no estudo da criminologia, mas exatamente 
como mecanismos ou instrumentos de controle social. Dessa maneira, a melhor 
alternativa, sem dúvida, é a letra a.
4. (VUNESP/MÉDICO LEGISTA/PC-SP/2014) O método de estudo da Criminologia 
reúne as seguintes características:
a) silogismo; vedação de interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
b) empirismo; vedação de interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
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c) racionalismo; interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
d) empirismo; interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
e) racionalismo; interdisciplinaridade; visão dedutiva da realidade.
Letra d.
A criminologia é empírica, pois se baseia na experiência, na observação do fenôme-
no criminal. É interdisciplinar, pois necessita do aporte de profissionais de diversos 
ramos do saber. É indutiva, pois parte de dados particulares (fatos observados, 
experiências) e, por meio de uma sequência de operações cognitivas, chega a leis 
ou conceitos mais gerais, indo dos efeitos à causa, das consequências ao princípio, 
da experiência à teoria.
5. (VUNESP/DESENHISTA TÉCNICO-PERICIAL/PC-SP/2014). Os objetos de estudo 
da criminologia são: o crime, o criminoso, a vítima e __________________. Assi-
nale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto.
a) a participação da vítima no crime
b) as classes sociais
c) as leis
d) o controle social
e) o Poder Público
Letra d.
Os objetos de estudo da criminologia são o crime (ou delito), o criminoso (ou de-
linquente), a vítima e o controle social.
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6. (CEFET-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-BA/2008) No âmbito da criminologia da 
reação social, o trabalho da Polícia Civil pode ser considerado como a
a) expressão do controle social informal.
b) contribuição de uma agência do controle social formal.
c) manifestação do controle social difuso.
d) manifestação do controle empresarial.
e) expressão particular de uma visão de justiça.
Letra b.
As teorias de reação social fizeram com que o controle social integrasse definitiva-
mente o rol de objetos de estudo da criminologia. Controle social, portanto, são os 
freios que a sociedade apresenta aos indivíduos que almejam a prática de alguma 
conduta antissocial. O critério que diferencia controle social formal de controleso-
cial informal é a presença ou ausência de Estado. Como exemplos de controle social 
formal, podem ser citados a polícia, o Poder Judiciário, a administração penitenciá-
ria, o sistema penal, etc.
7. (QUESTÃO INÉDITA) Ao conjunto de mecanismos que pretendem submeter o 
indivíduo aos modelos e normas comunitários se dá o nome:
a) Controle social
b) Freios e contrapesos
c) Cifra oculta
d) Grupo de controle
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Letra a.
Controle social é o conjunto de mecanismos e sanções sociais que pretendem sub-
meter o indivíduo aos modelos e normas comunitários. Freios e contrapesos são 
mecanismos de separação dos poderes. Cifra oculta é o nome que se dá à crimi-
nalidade que não chega ao conhecimento das agências estatais. Grupo de controle 
é uma técnica empírica de estabelecimento de comparações estatísticas entre um 
grupo envolvido com o fenômeno criminal (grupo experimental) e um grupo sem 
envolvimento (grupo de controle) para o estabelecimento de conclusões sobre a 
relevância de determinada variável no fenômeno.
8. (QUESTÃO INÉDITA) A Escola de Chicago começou a se desenvolver ______:
a) No século XIX
b) Com o Iluminismo
c) Na década de 1920
d) Na década de 1960
Letra c.
Entre os anos 1920 e 1930, Robert Ezra Park, Ernest W. Burgess e seus alunos 
produziram mais de 20 obras sobre a ecologia urbana da cidade de Chicago, abor-
dando problemas como falta de moradia, desorganização social, guetos, zonas re-
sidenciais ricas e pobres, distribuição de doentes mentais na cidade, entre outros.
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9. (QUESTÃO INÉDITA) O processo penal de tipo acusatório é típico:
a) da era de ouro da vítima.
b) do período de neutralização do poder da vítima
c) do período de revalorização da vítima
d) da primeira metade do século XXI
Letra a.
O processo penal de tipo acusatório é típico da era de ouro da vítima. Foi exatamen-
te durante a era de ouro da vítima que se desenvolveu o processo penal acusatório, 
em que as funções de acusar, julgar e defender estavam em mãos distintas. As par-
tes, aí incluída a vítima, tinham iniciativa probatória, diante de um juiz inerte, que 
não podia produzir as provas independentemente da provocação do autor e do réu.
10. (QUESTÃO INÉDITA) Marques de Beccaria foi um dos expoentes _______
a) do positivismo criminológico.
b) do pensamento clássico.
c) do labelling approach
d) da Escola de Chicago
Letra b.
Cesare de Beccaria, autor da obra Dos Delitos e das Penas (1764), é considerado 
um autor da escola clássica que sintetizou os postulados racionais do Iluminismo.
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11. (QUESTÃO INÉDITA) Robert Ezra Park e Ernest W. Burgess são teóricos rela-
cionados com:
a) a Escola de Chicago
b) a teoria da anomia
c) o pensamento clássico penal
d) a criminologia radical
Letra a.
A criminologia deu seus primeiros passos para incluir o controle social entre seus 
objetos de estudo no começo do século XX. Isso se deu com a Escola de Chicago, 
entre os anos 1920 e 1930, com Robert Ezra Park e Ernest W. Burgess.
12. (QUESTÃO INÉDITA) A culpabilidade é um dos elementos do crime para a cri-
minologia.
Errado.
A culpabilidade é um dos elementos do crime para o Direito Penal.
13. (QUESTÃO INÉDITA) A criminologia contemporânea abandonou os inquéritos 
de vitimização em virtude de carecerem de cientificidade.
Errado.
Inquéritos de vitimização constituem uma das técnicas empíricas da criminologia. 
Trata-se de inquéritos sociais em que as pessoas são interrogadas sobre suas 
experiências como vítimas de crime. São ferramentas importantes para o estudo 
da vitimologia.
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14. (QUESTÃO INÉDITA) Na observação participante, uma das técnicas utilizadas 
pela criminologia, o pesquisador atua de forma ativa na vida do grupo objeto de 
investigação.
Certo.
A observação participante é uma das técnicas empíricas utilizadas por estudiosos 
da criminologia para se aproximar dos seus objetos de investigação.
15. (QUESTÃO INÉDITA) A criminologia pode ter, entre seus objetivos, a compre-
ensão da etiologia do crime.
Certo.
As bancas adoram esse termo. A etiologia é o estudo das causas do crime. Muitas 
escolas criminológicas abandonaram essa aproximação, mas ela pode ser, sem dú-
vida, um dos objetivos dos estudos criminológicos.
16. (QUESTÃO INÉDITA) No Brasil, atualmente, não existe previsão de pena de 
morte, por vedação constitucional.
Errado.
A Constituição Federal permite, e o Código Penal Militar prevê, a adoção de pena de 
morte em caso de crimes de guerra.
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17. (QUESTÃO INÉDITA) A previsão da autotutela foi traço característico da era de 
ouro da vítima.
Certo.
Autotutela é a possibilidade de fazer justiça com as próprias mãos. Na era de ouro 
da vítima, a prática era permitida. Hoje, é crime.
18. (QUESTÃO INÉDITA) A percepção do crime como fruto do livre-arbítrio humano 
é um dos principais postulados das escolas positivistas.
Errado.
As escolas positivistas negam o livre-arbítrio e postulam que o crime é fruto de 
determinismo, seja biológico, seja social.
19. (QUESTÃO INÉDITA) Apesar de ser interdisciplinar, a criminologia não conta 
com contribuições de juristas dado o caráter normativo do direito.
Errado.
Operadores do direito são alguns dos profissionais que contribuem com a formata-
ção da criminologia, que tem essencialmente caráter interdisciplinar.
20. (QUESTÃO INÉDITA) Para as teorias interacionistas, a polícia apresenta assi-
metria nas relações com o cidadão e é seletiva e estigmatizante.
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Certo.
As teorias de interação social, como a do labelling approach, defendem que em toda 
interação entre policial e cidadão a possibilidade de uso da força se faz presente, 
gerando uma assimetria em que o detentor do monopólio do uso da força está em 
posição de superioridade. Além disso, a polícia seleciona, geralmente entre as ca-
madas mais inferiores da população, sua “clientela”, selecionando aqueles indivíduos 
que vão receber a etiqueta de criminoso. A polícia é estigmatizante porque, em ra-
ras oportunidades, o contato entre cidadão e polícia não gera marcas na população.
21. (QUESTÃO INÉDITA) O labelling approach entende que as instâncias de con-
trole social formal é que definem se uma dada conduta será rotulada de criminosa.
Certo.
Para o labelling approach, as condutas não são crimes ontologicamente. As instân-
cias de controle social formal possuem papel definidor dos crimes, pois elas irão 
selecionar os indivíduos a serem considerados criminosos.
22. (QUESTÃO INÉDITA) Incidência aflitiva e massiva são traços caracterizadores 
do delito para a criminologia.
Certo.
Incidência aflitiva e massiva, persistência espaço-temporal e inequívoco consenso 
da população sobre a necessidade e efetividade de tipificar a conduta são elemen-
tos que definem um crime para a criminologia.
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23. (QUESTÃO INÉDITA) O termo vitimologia surge na década de 1940 em contex-
to relacionado com os campos de concentração da Alemanha nazista.
Certo.
Benjamim Mendelsohn, advogado israelita, utiliza o termo vitimologia em 1947 
para descrever o sofrimento dos judeus nos campos de concentração de Alema-
nha nazista.
24. (QUESTÃO INÉDITA) O positivismo foi fundamental para a inclusão do controle 
social como um dos objetos de estudo da criminologia.
Errado.
O positivismo foi fundamental para a inclusão do delinquente como objeto de es-
tudo da criminologia. As instâncias de controle social passaram a ser objeto da 
criminologia com a Escola de Chicago e, sobretudo, com as teorias interacionistas.
25. (QUESTÃO INÉDITA) As penitenciárias podem ser consideradas objeto de es-
tudo da criminologia.
Certo.
As penitenciárias são uma das ferramentas de controle social formal do crime. 
Logo, podem ser objeto de estudo da criminologia.
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26. (QUESTÃO INÉDITA) Benjamim Mendelsohn é considerado um expoente da 
escola clássica criminológica.
Errado.
A escola clássica situa-se nos séculos XVIII e XIX. Mendelsohn viveu no século XX 
e foi fundamental para o fortalecimento do estudo do papel da vítima no delito.
27. (QUESTÃO INÉDITA) Para a visão correcionalista, o delinquente é um inimigo 
que escolheu se colocar fora do pacto de paz social.
Errado.
Os correcionalistas veem o delinquente como um fraco, débil, que não possui capa-
cidade de dirigir a sua vida.
28. (QUESTÃO INÉDITA) Para o determinismo social, as características do ambien-
te social levam um indivíduo ao crime.
Certo.
Típico das teorias positivistas, o determinismo social nega o livre-arbítrio e postula 
que as características do ambiente social levam um indivíduo ao crime.
29. (QUESTÃO INÉDITA) O labelling approach é uma corrente de pensamento de-
terminista.
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Errado.
O labelling approach entende que as instâncias de controle social rotulam as pes-
soas como criminosas, mas não é considerada uma teoria determinista, pois não 
nega o livre-arbítrio.
30. (QUESTÃO INÉDITA) Punitivismo exacerbado foi uma consequência indesejada 
do período de neutralização da vítima.
Errado.
O punitivismo exacerbado tem sido visto como uma consequência indesejada do 
período de ressurgimento da vítima na criminologia.
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