Buscar

CASOS - EMP. APLICADO

Prévia do material em texto

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II 
 
CASO CONCRETO 1 
 
Fernando emitiu um título de crédito em favor de Renata, o qual circulou através de 
diversos endossos até o atual portador. Após o prazo de vencimento, o portador 
decidiu executar um dos endossantes, tendo em vista que o título não foi pago pelo 
devedor original. Todavia, ao ser executado, o endossante alegou em sua defesa 
que não poderia ser executado, haja vista que recebeu o título de um menor, o qual 
não teria capacidade civil, e o que tornaria nula a cadeia de endossos. Diante dessa 
situação hipotética, pergunta-se: 
a) Tem fundamento a defesa apresentada pelo endossante? 
Não, pois as obrigações são autônomas. Não merece ser acolhida a defesa apresentada, 
tendo em vista que ao lançar sua assinatura no título o endossante vincula sua obrigação de 
pagar como garantidor, sendo que as obrigações são autônomas e independentes. 
b) Qual o princípio que pode ser aplicado no caso em tela? 
Princípio da autonomia, em que cada obrigação é autônoma com relação às demais, 
independentemente da situação (arts. 7 e 17 da LUG, 57663/1966). 
QUESTÃO OBJETIVA 1: 
 
São princípios gerais dos títulos de crédito: 
 
a) literalidade, forma e causa. 
b) forma, causa e abstração. 
c) negociabilidade, anterioridade e literalidade. 
d) modelo, cártula e autonomia 
e) cartularidade, literalidade e autonomia 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2: 
Quanto à classificação dos títulos de crédito, é ​incorreto ​afirmar: 
a) Quanto ao m4odelo, os títulos podem ser classificados como livres (letra de 
câmbio e nota promissória) e vinculados (cheque e duplicata). 
b) quanto à estrutura, os títulos se classificam como ordem de pagamento ou 
promessa de pagamento. 
c) como exemplo de ordem de pagamento, temos a letra de câmbio, e como 
promessa de pagamento a nota promissória. 
d) quanto às hipóteses de emissão, os títulos de créditos podem ser classificados 
em causais e não causais. 
e) todos os títulos de crédito existentes no Brasil podem ser considerados não 
causais, visto que não dependem de causa específica para serem emitidos. 
 
CASO CONCRETO 2 
Fernando Lopes emite uma letra de câmbio em face de Luan e a favor de Eduarda, 
que a endossa em branco para Rebeca, a qual endossa em preto para Maria que, 
por sua vez, também endossa em preto para João. Este endossa em branco e 
repassa o título para Dora, que repassa o título por tradição para Eunice, e assim vai 
por Emerson e Vitor. Por fim, Vitor transmite o título para Miro, através de endosso 
em preto. Diante disso: 
a) Determine quais os obrigados pelo pagamento do referido título. 
Os coobrigados ao pagamento do título são Luan (devedor principal), Eduarda, Rebeca, 
Maria, João e Vitor (endossantes) e Fernando (sacador). 
b) Especifique o principal efeito do endosso realizado por Vitor. 
O endosso dado por Vitor, qual seja, o endosso em preto, além de transferir o crédito 
e vincular o endossante ao pagamento do título, obriga o endossatário (Miro) a transmitir o título 
também por endosso. 
QUESTÃO OBJETIVA: 
No que se refere ao instituto do aval, assinale a alternativa correta: 
a) o aval tem exatamente os mesmos efeitos do endosso. 
b) em qualquer título de crédito, é vedado o aval parcial, conforme determina 
o artigo 897, parágrafo único do Código Civil. 
c) no caso das letras de câmbio, é permitido o aval parcial, por força de 
previsão em legislação especial. 
d) o aval corresponde a um tipo de fiança, tendo em vista que possui as 
mesmas características. 
e) assim como a fiança, o aval admite benefício de ordem, ou seja, 
primeiramente a cobrança deve recair sobre o avalizado, e depois sobre o 
avalista. 
 
 
 
CASO CONCRETO 3 
(VIII Exame Unificado da OAB – 2a Fase – Empresarial – Prático-Profissional – 
2012) Pedro emite nota promissória para o beneficiário João, com o aval de Bianca. 
Antes do vencimento, João endossa a respectiva nota promissória para Caio. Na 
data de vencimento, Caio cobra o título de Pedro, mas esse não realiza o 
pagamento, sob a alegação de que sua assinatura foi falsificada. Após realizar o 
protesto da nota promissória, Caio procura um advogado com as seguintes 
indagações: 
a) Tendo em vista que a obrigação de Pedro é nula, o aval dado por Bianca é 
válido? 
Sim. Um dos princípios é o da autonomia das obrigações cambiárias, o que significa 
que um vício ou nulidade contida numa determinada etapa da cadeia de obrigações, 
não invalida, em regra, as outras etapas. Dessa forma prevê o art. 32 da LUG. 
b) Contra qual(is) devedor(es) cambiário(s) Caio poderia cobrar sua nota 
promissória? 
Caio poderá cobrar de Bianca, avalista, e de João, endossante, somente ficando 
fora da cadeira obrigacional, Pedro, que teve sua assinatura falsificada. A 
responsabilidade do avalista e do endossante é solidária, nos termos do art. 47 da 
LUG. 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(MAGISTRATURA/MG – VUNESP – 2012) É correto afirmar que o cancelamento do 
protesto, após quitação do débito: 
 
a) é ônus do credor 
b) é ônus do devedor 
c) é ônus do tabelião de protestos, que deverá proceder de ofício. 
d) dependerá sempre de intervenção do Poder Judiciário, mediante alvará ou 
mandado, conforme seja jurisdição voluntária ou contenciosa. 
 
 
CASO CONCRETO 4 
 
(OAB – XIV Exme – Prático-Profissional – 2a Fase – 2014) Uma letra de câmbio foi 
sacada por Celso Ramos com cláusula “sem despesas” e vencimento no dia 
11.09.2013. O tomador, Antônio Olinto, transferiu a cambial por endosso para Pedro 
Afonso no dia 03.09.2013. O título recebeu três avais, todos antes do vencimento, 
sendo dois em branco e superpostos, e um aval em preto em favor de Antônio 
Olinto. A letra de câmbio foi aceita e o endossatário apresentou o título para 
pagamento ao aceitante no dia 12.09.2013. Diante da recusa, o portador, no mesmo 
dia, apresentou o título a protesto por falta de pagamento, que foi lavrado no dia 
18.09.2013. 
 
Com base nas informações contidas no texto e na legislação cambial, responda aos 
seguintes itens: 
 
a) Quem é o avalizado nos avais em branco prestados na letra de câmbio? São 
avais simultâneos ou sucessivos? Justifique. 
Celso Ramos com base no art. 31 do Dec 57663/66 (LUG). Os avais em brancos, e 
superexpostos são considerados simultâneos, súmula 189 do STF, assim cada avalista é 
responsável por uma cota parte e todos respondem pela integridade perante o portador. 
b) Nas condições descritas no enunciado, indique e justifique quem poderá ser 
demandado em eventual ação cambial proposta pelo endossatário? 
Só poderá ser demanda perante o aceitante em virtude do título ter sido apresentado após 
prazo para a apresentação, segundo o art. 20 do Dec 2044/88 e também o art. 53 do Dec 
57663/66 (LUG). 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
 
(TJMG – Juiz – 2014) Com relação à nota promissória, analise as afirmativas, 
assinalando com ​V ​as ​verdadeiras ​e com ​F ​as ​falsas​. 
 
(V) O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota 
promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao 
vencimento do título. 
(F) A ação cambial contra o endossador e o avalista da nota promissória prescreve 
em trinta e seis meses contados do dia em que ação pode ser proposta. 
(V) O devedor somente poderá opor ao portador da nota promissória exceção 
fundada em direito pessoal, na nulidade de sua obrigação e na falta de requisito 
necessário ao exercício da ação cambial. 
(V) Sendo a nota promissória rural, emitida por uma cooperativa em favor de seus 
cooperados, um título de créditode natureza causal, a respectiva execução se 
encontra vinculada à eficácia do negócio jurídico subjacente. 
 
Assinale a alternativa que apresenta sequência ​CORRETA​. 
 
a) FVVF 
 
b) VFVV 
 
c) VVFF 
 
d) FFFV 
 
CASO CONCRETO 5 
Maria e Bernardo são casados e possuem conta corrente no Banco Brasileiro S.A. 
Para efetuar o pagamento de um tratamento dentário da esposa, Bernardo emite um 
cheque no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em favor do dentista Alberto. Sendo 
assim, o dentista depositou o cheque e foi surpreendido pela devolução do cheque 
por falta de fundos. Tendo em vista que não conseguiu o pagamento do cheque, 
Alberto promoveu execução em face de Maria, tendo em vista que foi a usuária do 
tratamento dentário. Analisando caso concreto, responda às seguintes questões: 
a) Tendo em vista que a conta corrente é conjunta, será procedente a 
execução em face de Maria? 
Não, segundo o entendimento pacificado no STJ, apenas o assinante da cártula, ainda que 
pertencente à conta conjunta, deve responder pela falta de pagamento de fundos de cheque, 
havendo assim uma legitimidade passiva da esposa no caso em tela. Nesse sentido: TJ-RS - 
Apelação Cível AC 70061224341 RS (TJ-RS), data da publicação: 17/09/14. 
b) Quais os requisitos legais que devem conter em um cheque? 
O art. 1º da Lei nº 7357;85, expõe os requisitos essenciais que o cheque deve conter. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
 
(TJCE – Juiz – 2014) Antônio emitiu um cheque nominativo a José contra o Banco 
Brasileiro S.A. No mesmo dia, José endossou o cheque a Ricardo, fazendo constar 
do título que não garantiria o seu pagamento e que a eficácia do endosso estava 
subordinada à condição de que Maria, irmã de Ricardo, lhe pagasse uma dívida que 
venceria dali a dez (10) dias. Vinte (20) dias depois da emissão do título e sem que 
Maria tivesse honrado a dívida para com José, Ricardo apresentou o cheque para 
pagamento, mas o título lhe foi devolvido porque João não mantinha fundos 
disponíveis em poder do sacado. Nesse caso, 
 
a) Ricardo não poderá endossar o cheque a terceiro, pois o cheque só admite um 
único endosso. 
b) o endosso em preto de cheque nominativo exonera o emitente do título de 
responsabilidade pelo seu pagamento. 
c) por força de lei, o emitente do cheque deve ter fundos disponíveis em poder do 
sacado, e a infração desse preceito prejudica a validade do título como cheque. 
d) José responderá perante Ricardo pelo pagamento do cheque, porque se reputa 
não escrita cláusula que isente o endossante de responsabilidade pelo pagamento 
do título. 
e) a despeito do inadimplemento de Maria, Ricardo ostenta legitimidade para 
cobrar o pagamento do título porque se reputa não escrita qualquer condição 
a que o endosso seja subordinado. 
 
 
 
CASO CONCRETO 6 
(TJ/ DF /Juiz/ 2012) A respeito da assim chamada "duplicata virtual '', "duplicata 
escritural" ou "duplicata eletrônica", esclareça como se dá o seu saque e quais são 
os requisitos necessários para que tenha eficácia executiva, bem como forneça dois 
argumentos, retirados exclusivamente da Lei 5.474168 que, em tese, não 
permitiriam a constituição do crédito cambial na forma esclarecida. 
 
R: A duplicata é o título casual pelo qual só pode ser emitido havendo causa específica, ou 
seja, nos casos de compra mercantil ou prestação de serviços. Na duplicata virtual, uma 
mitigação no princípio da cartularidade visto que de acordo com tal princípio, os títulos de 
créditos devem se consubstanciar do documento físico. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
 
(Magistratura PE – FCC/2011) No que tange à duplicata: 
 
a) o comprador poderá deixar de aceitá-la por vícios, defeitos e diferenças na 
qualidade ou na quantidade das mercadorias, exclusivamente. 
 
b) é lícito ao comprador resgatá-la antes do aceite, mas não antes do vencimento. 
 
c) trata-se de título causal, que por isso não admite reforma ou prorrogação do 
prazo de vencimento. 
 
d) é título protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, 
podendo o protesto ser tirado mediante apresentação da duplicata, da 
triplicata, ou ainda por simples indicações do portador, na falta de devolução 
do título. 
 
e) em nenhum caso poderá o sacado reter a duplicata em seu poder até a data do 
vencimento, devendo comunicar eventuais divergências à apresentante com a 
devolução do título. 
 
CASO CONCRETO 7 
 
(TJRJ – XLIV Concurso – Magistratura – 2ª fase – adaptada) A Representações de 
Papéis Ltda, com sede nesta cidade, é notificada por B Celulose S/A, dando conta 
da extinção do contrato firmado entre as partes, em maio de 2017, que vigorava por 
prazo indeterminado. Na oportunidade, foi esclarecido que a partir do recebimento 
da referida notificação, novos negócios em nome da notificante, não poderiam ser 
realizados, pois esta passaria a operar diretamente com os clientes os respectivos 
pedidos. Inconformada, A propõe ação em face de B, onde sustenta que fez 
grandes investimentos no interesse desta última, não deu causa à extinção do 
contrato, cujos negócios dele oriundos representavam 80% do seu faturamento, não 
tendo sido observado o prazo legal para que a notificação pudesse surtir o efeito 
pretendido. Além disso, a cessação abrupta da atividade desenvolvida acarretará 
danos materiais e morais que pretendia ver indenizados. ​Esclareça qual a 
disciplina legal a ser adotada, bem como explique as peculiaridades do 
contrato e o alegado direito à indenização. 
 
No caso em tela, deve ser aplicado o princípio da continuidade contratual, o qual aduz sobre 
a obrigatoriedade do cumprimento dos contratos (pacta sur servanda). Além disso, nos 
termos do código civil vigente, não há como se conceber a extinção do contrato de forma 
unilateral na espécie, visto a grandeza dos investimentos aplicados pela empresa notificada 
e que ainda, pelo curto espaço de tempo entre a aplicação dos valores e a extinção 
contratual, não restou possibilidade de a mesma ter retorno dos recursos aplicados, devendo 
sim, caso não haja a prorrogação do contrato até que se dê o tempo razoável a fim de 
mitigar os prejuízos, a parte prejudicada ser indenizada pelos danos materiais decorrentes 
dos investimentos que fez ainda na vigência da avença e que serão certamente perdidos, 
em razão da forma repentina em que se dera a quebra contratual. Nesse sentido é 
expressão do código civil pátrio, vejamos: 
Art.473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente permita, 
opera mediante denúncia notificada à outra parte. 
Parágrafo único: Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito 
investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito 
depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. (CC) 
Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar 
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. (CC) 
QUESTÃO OBJETIVA: 
 
(ADVOGADO PETROBRÁS – CESGRANRIO/2011) Quando um empresário licencia 
o uso de sua marca a outro, prestando-lhe serviços de organização empresarial, 
com ou sem venda de produtos, mediante remuneração direta ou indireta, sem que 
fique caracterizado vínculo empregatício, tem-se um contrato de: 
 
a) compra e venda mercantil. 
 
b) comodato. 
 
c) franquia. 
 
d) corretagem. 
 
e) comissão mercantil. 
 
 
 
CASO CONCRETO 8 
 
(XIII Exame OAB - 2014.1 (FGV – MAR/14) Direito Empresarial Banco Colares S/A, 
com fundamento no inadimplemento de contrato de alienação fiduciária em garantia 
celebrado nos termos do artigo 66-B, da Lei no 4.728/65, requereu a busca e 
apreensão do bem, compedido de liminar. Previamente ao pedido, o fiduciário 
comprovou o não pagamento por Augusto Corrêa, fiduciante, das quatro últimas 
parcelas do financiamento. O pedido foi deferido e a liminar executada. O fiduciante 
não apresentou resposta no prazo legal, porém, dois dias após executada a liminar, 
pagou a integralidade da dívida pendente, em conformidade com os valores 
apresentados pelo fiduciário na inicial. Diante do pagamento comprovado nos autos, 
o Juiz determinou a entrega do bem livre de ônus, mas este já havia sido alienado 
pelo fiduciário durante o prazo legal para o pagamento da dívida. O fiduciário 
justificou sua conduta pela ausência de resposta do fiduciante ao pedido de busca e 
apreensão. 
a) Poderá ser aplicada alguma penalidade ao fiduciário pela alienação do bem, 
ou este agiu em exercício regular do direito? Justifique. 
Sim, é possível a aplicação de penalidade de multa em favor do fiduciante, uma vez 
que o fiduciário realizou a alienação antes da consolidação da propriedade e posse 
plena do bem no seu patrimônio. Com o pagamento integral da dívida dois após a 
execução da liminar, o fiduciante tem direito à restituição do bem, com base no § 2º 
e no § 6º do artigo 3 do decreto de lei 911/69. 
b) Comprovado pelo fiduciante que a alienação do bem lhe causou danos 
emergentes e lucros cessantes, que medida poderá propor seu advogado em 
face do fiduciário? 
O advogado poderá pleitear em juízo, através de ação própria, o pagamento de indenização 
pelo fiduciário, diante da ilicitude de sua conduta pois a imposição de multa pelo juiz não 
exclui a responsabilidade por perdas e danos, com base no artigo 3º, § 7º do decreto lei nº 
911/69. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
 
(MAGISTRATURA/DF – 2011) Espécie de leasing em que o bem arrendado já 
pertence à empresa arrendadora é: 
 
a) leasing financeiro; 
 
b) leasing de retorno; 
 
c) leasing operacional; 
 
d) nenhuma das alternativas anteriores é correta. 
 
 
 
 
 
 
Descrição 
CASO CONCRETO 9 
(XXII Exame de Ordem Unificado – 2017.1) Na recuperação judicial de Têxtil Sonora 
S/A, o Banco Japurá S/A, titular de 58% dos créditos com garantia real, indicou ao 
juiz os representantes e suplentes de sua classe no Comitê de Credores. Xinguara 
Participações S/A, credora da mesma classe, impugnou a referida indicação, 
alegando descumprimento do Art. 35, inciso I, alínea b, da Lei no 11.101/2005, 
porque a assembleia-geral de credores tem por atribuições deliberar sobre a 
constituição do Comitê de Credores, assim como escolher seus membros e sua 
substituição, não tendo havido deliberação nesse sentido. Ademais, aduz a 
impugnante que não houve manifestação do Comitê de Credores, já constituído 
apenas com representantes dos credores trabalhistas e quirografários, sobre a 
proposta do devedor de alienação de unidade produtiva isolada não prevista no 
plano de recuperação. Ouvido o administrador judicial, este não se manifestou sobre 
a primeira impugnação e, em relação à segunda, opinou pela sua improcedência em 
razão de não constar do rol de atribuições legais do Comitê manifestar-se sobre a 
proposta do devedor. Com base na hipótese apresentada, responda aos itens a 
seguir. 
 
a) Deveria ter sido convocada assembleia de credores para eleição dos 
representantes da classe dos credores com garantia real, como sustenta a 
credora Xinguara Participações S/A? 
Não. O juiz determinará, mediante requerimento subscrito por credores que 
representem a maioria dos créditos de uma classe (no caso o Banco Japurá tem 
58% do total dos créditos da classe II ), independentemente da realização de 
assembleia, a nomeação do representante e dos suplentes da respectiva classe 
ainda não representada no Comitê. Consta do enunciado que o Comitê ainda não 
tem representante da classe dos credores com garantia real, portanto não deve ser 
convocada assembleia de credores, com fundamento no Art. 26, § 2º, inciso I, da Lei 
nº 11.101/2005. 
 
b) Deve ser acatada a opinião do administrador judicial sobre a dispensa de 
oitiva do Comitê de Credores por falta de previsão legal? 
Não. De acordo com o Art. 27, inciso I, alínea f, da Lei nº 11.101/2005, o Comitê de 
Credores terá a atribuição, na recuperação judicial, de se manifestar nas hipóteses 
previstas nesta Lei. Uma dessas hipóteses está consignada no Art. 66, que se refere 
exatamente à proposta de alienação de bens do ativo permanente pelo devedor, 
caso o bem não esteja previamente relacionado no plano de recuperação. Portanto, 
não deve ser acolhida a opinião do administrador judicial de dispensa de 
manifestação do Comitê por não constar do rol de suas atribuições. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
 
(Ministério Público/SP – 2011) A atual Lei de Falências, que regula a Recuperação 
Judicial, a Extrajudicial e a Falência do empresário e da sociedade empresária, 
instituída por meio da Lei n.o 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, trouxe uma 
profunda reforma no direito falimentar brasileiro. Das alternativas a seguir, a única 
correta é: 
 
a) a suspensão das ações de execução contra o devedor, na Recuperação Judicial, 
não excederá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados do deferimento do 
processamento da Recuperação, prorrogáveis uma única vez por 60 (sessenta) 
dias, a critério do Juiz. 
 
b) a remuneração do administrador judicial não pode exceder a 10% (dez por 
cento) do valor devido aos credores submetidos à Recuperação Judicial. 
 
c) a constituição do Comitê de Credores é obrigatória, na Falência e na 
Recuperação Judicial, e, dentre suas responsabilidades, estão a fiscalização e o 
exame das contas do administrador judicial. 
 
d) havendo objeção ao Plano de Recuperação Judicial, o Juiz deverá deliberar 
sobre o assunto, após parecer do Comitê de Credores, administrador judicial e 
Ministério Público. 
 
e) a intimação do Ministério Público será realizada, no processo de Recuperação 
Judicial, após o deferimento do processamento da Recuperação Judicial. 
 
CASO CONCRETO 10 
 
(FGV - OAB – VIII Exame – Prova Prático-Profissional – 2014 – adaptada) Em 
29/01/2010, ABC Barraca de Areia Ltda. ajuizou sua recuperação judicial, distribuída 
à 1a Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. Em 
03/02/2010, quarta-feira, foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico do Rio de 
Janeiro (“DJE-RJ”) a decisão do juiz que deferiu o processamento da recuperação 
judicial e, dentre outras providências, nomeou o economista João como 
administrador judicial da sociedade. Decorridos 15 (quinze) dias, alguns credores 
apresentaram a João as informações que entenderam corretas acerca da 
classificação e do valor de seus créditos. Quarenta e cinco dias depois, foi 
publicado, no DJE-RJ e num jornal de grande circulação, novo edital, contendo a 
relação dos credores elaborada por João. No dia 20/04/2010, você é procurado 
pelos representantes de XYZ Cadeiras Ltda., os quais lhe apresentam um contrato 
de compra e venda firmado com ABC Barraca de Areia Ltda., datado de 04/12/2009, 
pelo qual aquela forneceu a esta 1.000 (mil) cadeiras, pelo preço de R$ 100.000,00 
(cem mil reais), que deveria ter sido pago em 28/01/2010, mas não o foi. Diligente, 
você verifica no edital mais recente que, da relação de credores, não consta o 
credor XYZ Cadeiras Ltda. E, examinando os autos em cartório, constata que o 
quadro-geral de credores ainda não foi homologado pelo juiz. 
Diante da situação narrada no enunciado da questão, qual seria amedida 
processual cabível e o respectivo fundamento legal para que a sociedade XYZ 
Cadeiras Ltda. possa ser incluída no quadro de credores da referida 
recuperação judicial? 
Este credor será considerado credor retardatário, e deverá se habilitar por pedido de 
habilitação de créditos retardatários, conforme artigo 10, caput, e §5º, da lei. Os 
interessados poderão impugnar este ato sob o fundamento de que esta habilitação 
deveria ser determinada em processo apensado e teria que pagar custas judiciais, e 
não ingressar diretamente nos autos principais. 
QUESTÕES OBJETIVAS: 
 
1. (CESPE – OAB/SP – 2007) No tocante à habilitação de crédito e impugnação 
previstas na Lei n.o 11.101/05, é correto afirmar que: 
 
a) na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, com exceção 
daqueles derivados da relação de trabalho, não terão direito a voto nas 
deliberações da assembléia geral de credores, ressalvada a hipótese de 
homologação do quadro geral de credores contendo tais créditos. 
 
b) na falência, os credores retardatários farão jus aos rateios extras eventualmente 
realizados, mas ficarão sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os 
acessórios compreendidos entre o término do prazo e a data do pedido de 
habilitação. 
 
c) após a homologação do quadro geral de credores, é vedado qualquer pedido de 
retificação para inclusão de créditos retardatários. 
 
d) da decisão judicial sobre a impugnação caberá recurso de apelação. 
 
2. (EJEF – Juiz Estadual/MG – 2008) Quanto à falência e à recuperação judicial, é 
INCORRETO​ afirmar que: 
 
a) Na falência, os créditos retardatários perderão o direito a rateios eventualmente 
realizados e ficarão sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os 
acessórios compreendidos entre o término do prazo e a data do pedido de 
habilitação. 
 
b) Após a homologação do quadro-geral de credores, aqueles que não habilitaram 
seu crédito poderão, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto 
no Código de Processo Civil, requerer ao juízo da falência ou da recuperação 
judicial a retificação do quadro-geral para inclusão do respectivo crédito. 
 
c) Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários têm direito a voto 
nas deliberações da assembléia-geral de credores. 
 
d) As habilitações de crédito retardatárias, se apresentadas antes da homologação 
do quadro-geral de credores, serão recebidas como impugnação. 
 
CASO CONCRETO 11 
 
(BNDES – Advocacia – 2010) Uma empresa propôs aos seus credores recuperação 
extrajudicial em 15 de janeiro de 2014, solicitando a homologação judicial 2 (dois) 
meses depois, com a assinatura de 2/3 (dois terços) das dívidas com credores 
trabalhistas e 3/5 (três quintos) das dívidas com credores quirografários. Esse 
pedido foi acompanhado do respectivo plano de recuperação, nos mesmos moldes 
do que havia sido concedido em dezembro de 2012 pelo mesmo Juízo. O 
procedimento adotado pela empresa teve como principal finalidade afastar qualquer 
possibilidade de pedido de falência, bem como priorizar o recebimento dos créditos 
que estavam vencidos em detrimento dos vincendos, caso a falência fosse 
decretada. ​Considerando esses dados, emita sua opinião legal, de maneira 
fundamentada, com base no pedido formulado pela empresa, à luz do 
ordenamento jurídico em vigor. 
O pedido deve ser indeferido, por não atendimento dos requisitos básicos para 
propositura da recuperação extrajudicial, tendo em vista que ela já tinha pedido 
recuperação a menos de 2 anos e o art 161, §3 da lei de falências é bem claro 
ao dizer que o devedor não pode requerer a homologação de plano extrajudicial, 
se houver obtido recuperação judicial ou homologação de outro plano de 
recuperação extrajudicial há menos de 2 anos. Além disso, este pedido envolve 
créditos trabalhistas, e o art. 161, § 1º diz que estes créditos não entram na 
recuperação extrajudicial. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
 
(MPT – Procurador do Trabalho – 2008) A respeito da recuperação extrajudicial 
assinale a alternativa ​CORRETA​: 
a) os credores trabalhistas, tributários, titulares de posição de proprietário 
fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário 
ou promitente vendedor de imóveis cujos respectivos contratos contenham 
cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, e de proprietário em contrato 
de venda com reserva de domínio e o credor decorrente de adiantamento de 
contrato de câmbio para exportação, não serão atingidos pelo plano de 
recuperação extrajudicial; 
 
b) para simplesmente procurar seus credores e tentar encontrar, junto com eles, 
uma saída negociada para a crise, o empresário ou sociedade empresária precisará 
atender aos requisitos da Lei para a recuperação extrajudicial; 
 
c) não haverá qualquer requisito a ser preenchido pelo empresário e a sociedade 
empresária para requerer a homologação do acordo de recuperação extrajudicial; 
 
d) a desistência da adesão ao plano por parte do credor poderá ocorrer a qualquer 
momento, independentemente da distribuição do pedido de homologação; 
 
Descriçã
o 
CASO CONCRETO 12 
(TJRJ – Juiz - 2013) Determinada empresa ingressa com pedido de recuperação 
judicial perante uma das Varas Empresariais do Tribunal de Justiça do Rio de 
Janeiro, tendo o juiz deferido seu processamento. 
a) Discorra sobre a possibilidade, ou não, da prorrogação do prazo de 180 dias 
previsto no art. 6o, parágrafo 4o da Lei no 11.101/2005. 
Conforme interpretação do § 4º do art. 6º da Lei, o prazo é de 180 dias e é 
improrrogável, contudo a doutrina especializada e o STJ, entendem que há 
possibilidade de prorrogação de tal prazo, principalmente se o atraso não ocorrer 
por culpa do devedor - enunciado 42 do CJF 
 
b) Responda, de forma fundamentada, se o crédito decorrente de 
adiantamento de contrato de câmbio se sujeita à recuperação judicial. 
Não, conforme art. 49, § 4º, combinado com o art. 89, II, ambos da lei 11.101/05. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1. (TJDFT – Juiz Substituto/2005) Assinale a alternativa incorreta. Nos termos da Lei 
no 11.101/2005, na hipótese de recuperação judicial, pode-se afirmar que: 
 
a) não tem legitimidade para obter o benefício quem já o obteve há menos de 5 
anos; 
 
b) se o sócio controlador tiver sido condenado por crime falimentar. 
 
c) pode ser requerida pelos herdeiros do devedor. 
 
d) que são legitimados para o pedido apenas as sociedades empresárias e não o 
empresário individual. 
 
2. (FCC – TRT 6a Região/PE – Juiz do Trabalho – 2013) O plano de recuperação 
judicial poderá prever, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros 
meios de recuperação, 
 
a) a ineficácia dos contratos de alienação fiduciária. 
 
b) a alienação de bem objeto de garantia real, com a supressão da garantia, 
independente de aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia. 
 
c) nos créditos em moeda estrangeira, o afastamento da variação cambial, 
independentemente de aprovação expressa do credor titular do respectivo crédito. 
 
d) a redução salarial e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva. 
 
e) o parcelamento dos créditos tributários no prazo máximo de quinze anos. 
CASO CONCRETO 13 
 
(OAB – XI Exame de Ordem – Prático Profissional – 2013) José, empresário 
individual que teve sua falência decretada em 20.10.2011, vendeu um sítio de sua 
propriedade para Antônio, em agosto de 2011. Antônio prenotou a escritura de 
compra e venda do sítio em 18.10.2011, mas o registro da transferência imobiliária 
só foi efetuado em 05.11.2011, 15 (quinze) dias após a decretação da falência. Isto 
posto, responda aositens a seguir. 
a) É válida e eficaz a compra e venda acima referida? 
Será deferida, considerando que esta compra e venda é válida, uma vez que o registro foi 
realizado anteriormente à decretação da falência. 
 
b) A referida compra e venda poderia eventualmente vir a ser revogada? 
A compra e venda poderia ser revogada, por meio de ação revocatória com base no art.130 da Lei 
n. 11.101/05, na hipótese de se tratar de ato com o intuito de prejudicar credores, mediante prova 
de eventual conluio fraudulento entre José e Antônio e do prejuízo sofrido pela massa. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1. (TJDFT – Juiz Substituto/DF – 2007) Assinale a assertiva correta: 
 
a) A falência cessa os efeitos do mandato, cabendo ao mandatário, de imediato, 
prestar contas de sua gestão ao juízo falimentar. 
 
b) Os juros bancários posteriores à decretação da falência, debitados da conta do 
falido, devem ser creditados de novo, a não ser que o banco depositário 
desconhecesse a falência de seu cliente quando apurou o lançamento. 
 
c) O credor de coobrigados solidários cujas falências sejam decretadas tem o direito 
de concorrer em apenas uma delas, pela totalidade de seu crédito. 
 
d) A decretação da falência não suspende o exercício do direito de retenção sobre 
os bens sujeitos à arrecadação. 
 
2. (VUNESP – Procurador do Município/Ribeirão Preto-SP – 2007) O prazo de 
contestação na ação de falência será de: 
a) 24 horas 
b) 48 horas 
c) 5 dias 
d) 10 dias 
e) 15 dias 
 
 
CASO CONCRETO 14 
(FGV – OAB - XV Exame de Ordem Unificado – 2014 - Adaptada) João Lima Artigos 
Esportivos Ltda. celebrou contrato de locação de imóvel comercial, localizado na 
Galeria Madureira, para a instalação do estabelecimento comercial da sociedade. 
Atingida por forte crise setorial, a sociedade acumulou dívidas vultosas e não 
conseguiu honrá-las. Com a decretação da falência, como ficaria a situação do 
contrato de locação comercial celebrado pelo locatário? 
O contrato de locação poderá ser mantido, podendo ser denunciado, a qualquer 
tempo, pelo administrador judicial da massa falida, de acordo com o art. 119, VII. 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
(OAB/MG – 2007) São efeitos da sentença declaratória da falência, exceto: 
 
a) a perda da administração dos bens do falido, que passam a ser guardados e 
conservados pelo administrador judicial nomeado pelo juiz. 
 
b) a sujeição dos credores ao concurso universal da falência. 
 
c) o encerramento dos contratos bilaterais do falido. 
 
d) o encerramento das contas correntes do falido. 
 
o 
 
CASO CONCRETO 15 
 
(FGV – OAB - XIII Exame de Ordem Unificado – 2014 - Adaptada) A assembleia 
geral de credores da sociedade falida “Concessionária de Veículos Pereira Ltda.” 
aprovou, com o voto favorável de credores que representam 3/4 (três quartos) dos 
créditos presentes à assembleia, a constituição de sociedade formada pelos 
empregados do próprio devedor. Sobre esta modalidade de realização do ativo, 
determinado credor que votou contrariamente, questiona sobre a legalidade desse 
procedimento. ​Responda ao questionamento do credor, fundamentando sua 
resposta. 
 
Sim, é cabível essa modalidade de constituição conforme prevê o art. 145, e 
também §§1º e 2º do art. 145, da lei 11.101/05. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1. (OAB/MG – 2008) Na falência, o crédito trabalhista habilitado conta com posição 
de destaque na hierarquia da classificação dos credores até o valor de 150 salários 
mínimos. Em relação ao credor trabalhista cujo crédito superar esse limite, é 
verdade afirmar: 
 
a) os saldos excedentes do seu crédito serão incluídos na classe dos créditos 
quirografários. 
 
b) os saldos excedentes do seu crédito serão incluídos na classe dos créditos 
subordinados. 
 
c) os saldos excedentes do seu crédito serão incluídos na classe dos créditos com 
privilégio especial. 
 
d) os saldos excedentes do seu crédito não poderão ser reclamados na falência. 
 
2. (OAB/MG – 2008) A preferência do crédito com garantia real na falência: 
 
a) é limitada a 150 (cento e cinquenta) salários mínimos. 
b) é limitada a ao valor do bem gravado. 
c) é limitada a 50% da avaliação dos bens arrecadados. 
d) é ilimitada. 
 
CASO CONCRETO 16 
 
(FGV – OAB - XIV Exame de Ordem Unificado – 2014 - Adaptada) Passa Sete 
Serviços Médicos S/A apresentou a seus credores plano de recuperação 
extrajudicial, que obteve a aprovação de mais de quatro quintos dos créditos de 
todas as classes por ele abrangidas. O plano estabeleceu a produção de efeitos 
anteriores à homologação judicial, exclusivamente, em relação à forma de 
pagamento dos credores signatários que a ele aderiram, alterando o valor dos 
créditos com deságio de 30% (trinta por cento). Diante do caso em tela, a 
companhia questiona sobre a possibilidade e a licitude do plano de recuperação 
judicial apresentado. ​Responda ao questionamento da companhia, 
fundamentando sua resposta. 
 
A possibilidade do plano ser homologado é total, uma vez que o devedor conseguiu 
4/5 dos créditos e só precisava de 3/5, logo, atendeu ao requisito do artigo 163 da 
11.101/05. Quanto à licitude, não obstante o artigo 165 informe que os efeitos do 
plano só valer após a homologação judicial, o devedor pode produzir efeitos 
anteriores a sua homologação por expressa previsão do §1º do artigo 165, todos d a 
11.101/05, logo, é lícito. 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1. (TJGO – Juiz - 2007) Assinale a alternativa que especifica um dos requisitos 
objetivos para a homologação do plano de recuperação extrajudicial: 
 
a) Existência de plano de reestruturação do capital, propiciando o ingresso de 
recursos. 
 
b) Não pode ser previsto no plano o pagamento antecipado de nenhuma dívida. 
 
c) Previsão de realização parcial do ativo para obtenção de recursos necessários ao 
plano de recuperação da empresa. 
 
d) Previsão de equalização de encargos financeiros, com redução de direitos 
creditórios dos credores da empresa. 
 
2. (VUNESP – TJ/SP – 2013) Submetem-se aos efeitos da recuperação os 
seguintes créditos: 
 
a) Garantidos por propriedade fiduciária de bens móveis ou imóveis e de 
arrendamento mercantil. 
 
b) Fiscais e parafiscais. 
 
c) Debêntures com garantia real. 
 
d) Importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de 
adiantamento a contrato de câmbio para exportação (ACC).

Continue navegando