Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO CONSTITUCIONAL II - CCJ0228 Título Caso Concreto 9 Descrição O deputado estadual Zezinho de Souza do estado X, ao se sentir pressionado por seus eleitores insatisfeitos com a remuneração inerente a determinado cargo público na administração pública estadual, resolve criar Projeto de Lei que dispõe sobre gratificação para os servidores locais. Tal PL é aprovado pela Assembleia Legislativa e é encaminhado para deliberação do Chefe do Poder Executivo estadual que o sanciona cinco dias após o seu recebimento dando origem à Lei nº 123/2019. Pergunta-se: Considerando o que foi aprendido sobre as regras referentes a processo legislativo na Constituição Federal, a Lei nº 123/2019 padece de algum vício de constitucionalidade? Resposta: Há vicio de constitucionalidade formal subjetiva, pois o projeto de lei foi iniciado por um Deputado Estadual, violando e desrespeitando o artigo 61 da CF, parágrafo 1°, alínea a, onde expressa que a competência para aumento de remuneração de cargos públicos na administração direta e autárquica, é privativa do Presidente da República. Quando se trata de reajuste de remuneração de servidores estaduais da administração direta e autárquica incumbirá o início de processo legislativo por meio de proposta do Governador. No âmbito municipal a iniciativa será por ato do Prefeito. Tanto em um caso quanto no outro há aplicação do Art. 61 § 1º se dá por meio do princípio da simetria. Observe-se que em se tratando de remuneração de servidores do judiciário, do legislativo e de qualquer outro órgão independente incumbirá ao chefe de tais instituições a iniciativa do projeto de Lei.
Compartilhar