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psicofarmacologia 2

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Psicofarmacologia 
aplicada
Drª Érika Leonardo de Souza 
Psicofarmacologia da 
ansiedade
Transtornos de Ansiedade
Transtornos 
de 
ansiedade
Transtorno de ansiedade generalizada (eventos de vida estressantes ou outras preocupações 
pessoais, com medo de desfechos ameaçadores);
transtorno de ansiedade social (medo da avaliação negativa dos outros em situações sociais);
transtorno do pânico (ocorrência espontânea e inesperada de ataques de pânico, ou seja, 
ocorrências intermitentes de medo ou desconforto intenso, acompanhadas pelo surgimento 
de hiperexcitação fisiológica);
fobia específica (medo de um determinado estímulo ou objeto sem nenhuma razão 
aparente, por exemplo, medo de injeção)
transtorno obsessivo-compulsivo (pensamentos que surgem sem razão aparente e que são inaceitáveis –
obsessões – dos quais tenta se livrar por meio das compulsões – rituais comportamentais ou mentais como 
lavar as mãos repetidamente, evitar sujeita ou repetir silenciosamente um pensamento, por exemplo uma 
reza ou falar consigo mesmo)
transtorno de estresse pós-traumático (lembranças, sensações, 
pensamentos associados com experiências traumáticas passadas).
Tratamento Medicamentoso
• Inibidores de recaptação de serotonina (fluoxetina, paroxetina, 
sertralina, fluvoxamina, citalopram, excitalopram)
• Venlafaxina, Mirtazapina, Trazodona
• Antidepressivos tricíclicos (Clomipramina, Imipramina)
• Benzodiazepínicos (Alprazolam, Clonazepam)
• IMAO (Moclobemida e Tranilcipramina)
Indicação de Medicação por Diagnóstico Principal 
Medicação T. Pânico TAG F. Social Fobias espec TOC TEPT
Fluoxetina +++ +++ +++ + +++ ++
Sertralina +++ +++ +++ + +++ +++
Paroxetina +++ +++ +++ + +++ ++
Fluvoxamina +++ +++ +++ + +++ ++
Citalopram +++ +++ +++ + +++ ++
Escitalopram +++ +++ +++ + +++ ++
Venlafaxina +++ +++ +++ + +++ ++
Mirtazapina +++ +++ +++ + +++ ++
Bupropiona + + ++ + + +
Duloxetina ++ +++ +++ + ++ ++
Reboxetina ++ ++ ++ + + +
Trazodona +++ +++ ++ + + ++
Atomoxetina + + ++ + + +
Milnaciprano ++ ++ ++ + + +
Amitriptilina +++ +++ ++ + ++ +
Imipramina +++ +++ ++ + ++ +
Nortriptilina +++ +++ ++ + + +
Clomipramina +++ +++ ++ + +++ +
Tranilcipramina +++ +++ +++ + +++ +
Moclobemida +++ +++ +++ + ++ +
Haloperidol + + + + + +
Clorpromazina + + + + + ++
Levomepromazina + + + + + ++
Tioridazina + + + + + ++
Periciazina + + + + + ++
Risperidona + + + + ++ +
Aripiprazol + + + + + +
Quetiapina + + + + + ++
Ziprasidona + + + + + +
Olanzapina + + + + + +
Clozapina + + + + 0 +
Lítio + + + + + +
Carbamazepina + + + + + +
Oxcarbamazepina + + + + + +
Valproato + + + + + +
Lamotrigina + + + + + +
Topiramato + + + + + +
Diazepam +++ +++ ++ ++ + ++
Clonazepam +++ +++ ++ ++ ++ ++
Midazolam ++ ++ + + + +
Alprazolam +++ +++ + + + ++
Bromazepam ++ ++ + + + +
Indicação de Medicação por Diagnóstico Principal 
LEGENDA: 
Primeira linha= +++ ; Boa indicação= ++ ; Pouca indicação = +; Sem indicação/Contra-
indicação = 0
Drogas ansiolíticas
Benzodiazepínicos
Barbitúricos
Buspirona
β-bloqueadores
Drogas ansiolíticas
Drogas psicotrópicas mais comumente usadas
A maioria esmagadora das prescrição não é feita por psiquiatras 
(< 20%)
Grande variedade de pacientes que não apresentam um 
transtorno primário de ansiedade
Barbitúricos
primeiro grupo ansiolítico importante
introduzidos no início do sec XX
sedativos, hipnóticos, anticonvulsivantes
menos seguros que os benzodiazepínicos em superdosagem
fenobarbital - único no mercado brasileiro, 
anticonvulsivante
Nomes comerciais
Benzodiazepínicos
ALPRAZOLAM: Apraz, Frontal, Tranquinal 
BROMAZEPAM: Brozepax, Deptran, Lexotam, Nervium, 
Novazepam, Somalium, Sulpam 
CLOBAZAM: Frizium, Urbanil 
CLONAZEPAM: Rivotril 
CLORDIAZEPÓXIDO: Psicosedim 
CLOXAZOLAM: Elum, Olcadil 
DIAZEPAM: Ansilive, Calmociteno, Diazepam, Kiatriun, Noam, 
Somaplus, Valium 
LORAZEPAM: Lorium, Lorax, Mesmerin 
Nomes comerciais
Barbitúricos
Nome Genérico Nome Comercial Duração da Ação
Amobarbital Amytal Ação curta a intermediária
Barbital Veronal Ação prolongada
Butabarbital Butisol Ação curta a intermediária
Fenobarbital Gardenal, Luminal Ação prolongada
Hexobarbital Evipal Ação curta a intermediária 
Mefobarbital Mebaral Ação prolongada
Pentobarbital Nembutal Ação curta a intermediária
Secobarbital Seconal Ação curta a intermediária 
Tiamilal Surital Ação ultra-curta 
Tiopental Delvinal Ação curta a intermediária
Nomes comerciais
Buspirona
Ansitec
Buspanil
Buspar
Nomes comerciais
β-bloqueadores: betabloqueadores se subdividem em cardioseletivos (Metoprolol) e não 
cardioseletivos (Propranolol)
PROPANOLOL – Antitensin; Inderal; Rebaten la
ATENOLOL – Atenopress; Atenol; Ateneo
METOPROLOL – Seloken; Selozok
NADOLOL - Corgard
PINDOLOL - Visken; Viskaldix
Benzodiazepínicos
Desenvolvidos originalmente como relaxantes musculares
Introduzidos nos anos 1960
Propriedades ansiolítico-hipnóticas, maior segurança em superdosagem, potencial para 
dependência
Indicações
ansiedade
tensão muscular
insônia
estado de mal epiléptico
epilepsia
anestesia pré-operatória
abstinência do álcool
Benzodiazepínicos
Eficácia:
transtorno de ansiedade generalizada (FDA)
transtorno do pânico (FDA)
Efeitos colaterais
sedação, fadiga, dependência / abstinência
Segurança em intoxicação
seguros em intoxicações até 30x a dose diária normal
sedação, sonolência, ataxia, fala pastosa
depressão respiratória em combinação com outros depressores do SNC
Suspensão
maximo de 25% da dose total por semana
abstinência inclui: insônia, agitação, ansiedade, convulsões (mais raras)
Benzodiazepínicos
Duração do tratamento
ansiedade mais aguda, estresse específico
1 - 2 semanas
quadros ansiosos mais crônicos (6 meses)
4 - 6 semanas, redução gradual
TAG
tratamentos mais prolongados, vale a pena tentar antidepressivo
Idealmente, tratamento com duração limitada
Mecanismo de ação
facilitam a transmissão GABA (neurotransmissor inibitório)
EFEITOS COLATERAIS DO BZD
• Sedação.
• Diminuição da atenção.
• Fadiga.
• Dependência química (tolerância, síndrome de abstinência)
• Alterações da consciência
• Incoordenação motora.
Buspirona
Ansiolítico não BZD, não sedativo
Percepção de que seja mais fraca e de início mais lento que os BZds não procede
buspirona e BZDs podem levar de 2 - 4 sem
Bem tolerada em pacientes idosos e com doenças clínicas
Efeitos colaterias
cefaléia, náuseas, tonturas e tensão
não deprime função respiratória
não altera coordenação motora
β-bloqueadores
Uso não aprovado pelo FDA para ansiedade
hipertensão, profilaxia de angina, arritmias, cefaléias enxaquecosas e estenose 
hipertrófica subaórtica
Úteis no controle de manifestações somáticas de ansiedade
palpitações, tremores, acatisia
Doses mais baixas que as necessárias para controle de hipertensão
Hipnóticos
Insônia é um problema comum
mais freqüentemente secundário a outra condição
ex. insônia terminal da depressão
apnéia do sono, narcolepsia e síndrome de pernas inquietas
Recomendação para não se utilizar hipnóticos regularmente
BZDs de ação rápida (Clonazepam – Rivotril)
maior potencial para dependência
Zolpidem (Stilnox; Lioram; 
não barbitúrico
quase que totalmente excretado antes da manhã seguite
Psicofarmacologia do 
Transtorno Bipolar
↓ Energia
↓ Humor - ↓ motivação
Anedonia
Lentificação de processos
Psíquicos
↓ concentração, ↓ memória
RACIOCÍNIO LENTO
DIFICULDADE DE ORGANIZAÇÃO E 
PLANEJAMENTO
Indecisão
Apatia
Desânimo
PENSAMENTOS E SENTIMENTOS
NEGATIVOS
(pessimismo, insegurança, baixa 
auto-estima, inutilidade, vazio, 
culpa exagerada, doença, morte, 
preocupações exageradas: ficar 
“minhocando”)
Insônia ou sono demais 
Dores - queixas físicas
↓ Libido
DEPRESSÃO
↓ Energia
↓ Humor - ↓ motivação
Anedonia
↑ Energia/ativação *
humor irritável/ euforia (rara) 
agressividade
“pavio - curto”, pressa
Lentificação de processos
Psíquicos
Aceleração de processos 
Psíquicos
↓ concentração, ↓ memória
RACIOCÍNIO LENTO
DIFICULDADE DE ORGANIZAÇÃO E 
PLANEJAMENTO
Indecisão
ApatiaDesânimo
PENSAMENTOS E SENTIMENTOS
NEGATIVOS
(pessimismo, insegurança, baixa 
auto-estima, inutilidade, vazio, 
culpa exagerada, doença, morte, 
preocupações exageradas: ficar 
“minhocando”)
Insônia ou sono demais 
Dores - queixas físicas
↓ Libido
ACELERAÇÃO DE PENSAMENTOS, 
devaneios, sonhar acordado
distração fácil
↑↑ IDÉIAS E PLANOS
PENSAMENTOS SENTIMENTOS 
POSITIVOS**
↑ IMPULSIVIDADE:
Abuso/dependência de álcool/drogas
↑ gastos/presentes (dívidas)
↑ libido: comportamento sedutor, 
excitabilidade sexual, discurso erotizado
↓ NECESSIDADE SONO
COMEÇAR MUITAS COISAS E NÃO 
TERMINAR
**otimismo exagerado, arrogância, 
superioridade, sentir-se ótimo, pessoa 
importante, o melhor, o dono da razão; 
arriscar em esportes, negócios, etc. 
DEPRESSÃO (HIPO)MANIA
↓ Energia
↓ Humor - ↓ motivação
Anedonia
Depressão + (Hipo)Mania
raiva, ódio 
↑↑ ansiedade = inquietação, 
desassossego, desespero
↑ Energia/ativação*
humor irritável/ euforia (rara) 
agressividade
“pavio - curto”, pressa
Lentificação de processos
Psíquicos
Aceleração / ativação
Lentidão / cansaço
Aceleração de processos 
Psíquicos
↓ concentração, ↓ memória
RACIOCÍNIO LENTO
DIFICULDADE DE ORGANIZAÇÃO E 
PLANEJAMENTO
Indecisão
Apatia
Desânimo
PENSAMENTOS E SENTIMENTOS
NEGATIVOS
(pessimismo, insegurança, baixa 
auto-estima, inutilidade, vazio, 
culpa exagerada, doença, morte, 
preocupações exageradas: ficar 
“minhocando”)
Insônia ou sono demais 
Dores - queixas físicas
↓ Libido
↑↑↑ IMPULSOS 
Dependendo da pessoa:
↑↑ FOME
↑↑ CIGARROS
↑↑ USO DE ÁLCOOL / DROGAS / tranqüilizantes
↑↑ sintomas obsessivo-compulsivos
ataques de pânico
↑ Sexo para alívio de ansiedade
Quando mais grave:
↑↑ idéias de suicídio
↑ VONTADE DE: 
morrer 
quebrar coisas
bater/agredir ou até
ideias de homicídio 
Insônia grave
Trocar dia pela noite
demorar a “desligar” à noite e dificuldade de 
levantar de manhã
ACELERAÇÃO DE PENSAMENTOS, 
devaneios, distração fácil
↑↑ idéias e planos
PENSAMENTOS SENTIMENTOS 
POSITIVOS**
↑ IMPULSIVIDADE:
Abuso/dependência de álcool/drogas
↑ gastos/presentes (dívidas)
↑ libido: comportamento sedutor, 
excitabilidade sexual, discurso erotizado, 
↓ NECESSIDADE SONO
*↑↑ trabalho, estudos, escrever, comprar, 
conversar ao telefone, sexo, exercícios, 
viagens, noites na internet, jogos de azar, 
etc. 
COMEÇAR MUITAS COISAS E NÃO 
TERMINAR
**otimismo exagerado, arrogância, 
superioridade, sentir-se ótimo, pessoa 
importante, o melhor, o dono da razão; 
arriscar em esportes, negócios, etc. 
DEPRESSÃO (HIPO)MANIAESTADO MISTO
Critérios Diagnósticos
Critérios para Episódio Maníaco
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente 
elevado, expansivo ou irritável, durando pelo menos 1 semana 
(ou qualquer duração, se a hospitalização é necessária).
B. Durante o período de perturbação do humor, três (ou mais) 
dos seguintes sintomas persistiram (quatro, se o humor é 
apenas irritável) e estiveram presentes em um grau 
significativo:
(1) auto-estima inflada ou grandiosidade
(2) necessidade de sono diminuída (por ex., sente-se repousado 
depois de apenas 3 horas de sono)
(3) mais loquaz do que o habitual ou pressão por falar
Critérios Diagnósticos
(4) fuga de idéias ou experiência subjetiva de que os 
pensamentos estão correndo
(5) distratibilidade (isto é, a atenção é desviada com excessiva 
facilidade para estímulos externos insignificantes ou 
irrelevantes)
(6) aumento da atividade dirigida a objetivos (socialmente, no 
trabalho, na escola ou sexualmente) ou agitação psicomotora
(7) envolvimento excessivo em atividades prazerosas com um 
alto potencial para consequências dolorosas (por ex., 
envolvimento em surtos incontidos de compras, indiscrições 
sexuais ou investimentos financeiros tolos)
C. Os sintomas não satisfazem os critérios para Episódio Misto
D. A perturbação do humor é suficientemente severa para 
causar prejuízo acentuado no funcionamento ocupacional, nas 
atividades sociais ou relacionamentos costumeiros com outros, 
ou para exigir a hospitalização, como um meio de evitar danos a 
si mesmo e a outros, ou existem aspectos psicóticos.
E. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de 
uma substância (por ex., uma droga de abuso, um medicamento 
ou outro tratamento) ou de uma condição médica geral (por ex., 
hipertiroidismo).
Critérios Diagnósticos
Critérios para Episódio Hipomaníaco
A. Um período distinto de humor persistentemente elevado, 
expansivo ou irritável, durando todo o tempo ao longo de pelo 
menos 4 dias, nitidamente diferente do humor habitual não-
deprimido.
B. Durante o período da perturbação do humor, três (ou mais) 
dos seguintes sintomas persistiram (quatro se o humor é apenas 
irritável) e estiveram presentes em um grau significativo:
(1) auto-estima inflada ou grandiosidade
(2) necessidade de sono diminuída (por ex., sente-se repousado 
depois de apenas 3 horas de sono)
(3) mais loquaz do que o habitual ou pressão por falar
Critérios Diagnósticos
(6) aumento da atividade dirigida a objetivos (socialmente, no 
trabalho, na escola ou sexualmente) ou agitação psicomotora
(7) envolvimento excessivo em atividades prazerosas com alto 
potencial para consequências dolorosas (por ex., envolver-se em 
surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou 
investimentos financeiros tolos)
(4) fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os 
pensamentos estão correndo
(5) distratibilidade (isto é, a atenção é desviada com demasiada 
facilidade para estímulos externos insignificantes ou 
irrelevantes)
Critérios Diagnósticos
C. O episódio está associado com uma inequívoca alteração no 
funcionamento, que não é característica da pessoa quando 
assintomática.
D. A perturbação do humor e a alteração no funcionamento são 
observáveis por outros.
E. O episódio não é suficientemente severo para causar prejuízo 
acentuado no funcionamento social ou ocupacional, ou para 
exigir a hospitalização, nem existem aspectos psicóticos.
F. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de 
uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento, ou 
outro tratamento) ou de uma condição médica geral (por ex., 
hipertiroidismo).
Critérios Diagnósticos
Bipolar tipo I
Representa toda amplitude da variação do humor
É o pico mais alto e pode durar várias semanas, alternando com depressões
graves.
Não é raro apresentar sintomas psicóticos, como delírios, ou mesmo
alucinações.
Caso não seja tratado, em geral, prejudica enormemente o curso da vida do
individuo.
Bipolar tipo I
MANIA
DEPRESSÃO
Bipolar tipo II
A fase maníaca é mais suave e curta, por isso é chamada de
hipomania.
Os sintomas são semelhantes, mas não prejudicam a pessoa de modo
tão significativo.
As depressões, por outro lado, podem ser profundas.
Pode iniciar-se na adolescência, com oscilações do humor.
Bipolar tipo II
HIPOMANIA
DEPRESSÃO
Episódio Misto
Mínimo de duração: uma semana 
São satisfeitos os critérios tanto para Episódio Maníaco quanto para Episódio
Depressivo Maior, quase todos os dias. Ou seja, paciente pode sentir-se deprimido
pela manhã e ao longo do dia tornar-se eufórica, ou vice-versa
Agitação, insônia, desregulação do apetite, características psicóticas e pensamento
suicida
A perturbação deve ser suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado
no funcionamento social ou ocupacional ou de exigir a hospitalização, ou é marcada
pela presença de características psicóticas
A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (p. ex.
droga de abuso, medicamento ou outro tratamento) ou de uma condição médica
geral
Risco de Suicídio
Maior nos deprimidos bipolares do que nos unipolares
Aproximadamente 15% dos pacientes bipolares cometem
suicídio
Acontece, na maioria das vezes, nos períodos de mudanças do
humor - fim do episódio depressivo e início do maníaco
Abuso de drogas é um agravante
ANTICONSULSIVANTES (utilizados 
como estabilizadores do humor)
• Classe heterogênea de medicações utilizadas comfinalidades estabilizadoras do 
humor, anti-impulsivas, antiepilépticas, potencializadores de outras medicações.
• Preços bastante variados.
• Em geral requerem mais que uma tomada diária.
INDICAÇÕES DOS EH
– Transtorno afetivo bipolar (episódios de mania, hipomania e depressão).
– Depressão recorrente (profilaxia).
– Potencialização (acelerar o tratamento ou em casos refratários).
– Transtorno esquizoafetivo.
– Agressividade, transtornos de personalidade (impulsivos, borderline).
ESTABILIZADORES DE HUMOR
- Lítio (Carbolitium®) � único classificado como estabilizador de humor
- Ácido Valpróico e Valproato Sódico (Depakene®, Valpakine®, Depakote®)
- Lamotrigina (Lamictal®)
- Gabapentina (Neurontin®)
- Carbamazepina (Tegretol®)
-Oxcarbazepina (Trileptal®)
Estabilizadores de Humor - Lítio
Mecanismo de ação ainda não foi claramente 
elucidado: mecanismos intracelulares
“Falta Lítio no meu sangue”
Medicação mais usado e a mais eficaz
Ação preventiva especialmente em relação aos 
episódios maníacos. Previne suicídio.
Reduz instabilidade entre os episódios 
Estabilizadores de Humor - Lítio
Efeitos Colaterais
Tremores
Fezes amolecidas
↑ produção de urina
↑ sede
Náuseas ou estomago irritado
Acne
Aumento de peso
Problemas de tireoide
Estabilizadores de Humor - Lítio
Manejo de efeitos colaterais
Tremores � evite bebidas que pioram o tremor: 
refrigerantes tipo cola, chá, café, chocolate em excesso
Fezes amolecidas � evite alimentos que “soltam o 
intestino”
Náuseas ou estomago irritado: tomar junto com as 
refeições ou com algum alimento
Aumento de peso � orientar dieta e exercícios
Problemas na tireoide � controle dos hormônios. No caso 
de hipotireoidismo, medicação.
Estabilizadores de Humor – Anticonvulsivantes
VALPROATO / DIVALPROATO
DEPAKENE ® / DEPAKOTE ®
Medicação de primeira linha
Efetiva em episódios mistos e cicladores rápidos
Proibida para pessoas com problemas hepáticos
Efeitos colaterais: ganho de peso, diarreia, dor de cabeça, 
alterações no fígado e sanguíneas, tremores finos e raramente 
perda de cabelo
Estabilizadores de Humor – Anticonvulsivantes
CARBAMAZEPINA
TEGRETOL ®
Ação anti-impulsividade
Interage com outras medicações
Efeitos colaterais: visão dupla, alterações sanguíneas, 
fadiga, dificuldades para urinar, tonturas, sonolência, 
↓ sódio sanguíneo
Estabilizadores de Humor – Anticonvulsivantes
OXCARBAZEPINA
TRILEPTAL ®
Menos efeitos colaterais do que a CBZ
Efeitos colaterais: ↓ sódio sanguíneo, alergias graves, 
alterações sanguíneas, tontura, visão dupla, cansaço, 
náusea, gastrite, dificuldade de concentração e 
memória
Estabilizadores de Humor – Anticonvulsivantes
LAMOTRIGINA
LAMITOR ® / NEURAL ®
Eficiente estabilizador para depressões bipolares
Efeitos colaterais: alergias de pele, alterações 
sanguíneas, dor de cabeça, visão dupla, visão 
embaçada, rash cutâneo
Outras drogas utilizadas no tratamento 
do TB
Antipsicóticos: atípicos > típícos
Antidepressivos (sempre associado a estabilizador do humor, nunca isoladamente)
Benzodiazepínicos
Stilnox
Farmacologia no abuso 
e dependência de 
substâncias
Abuso e dependência de 
Benzodiazepínicos
Desintoxicação / substituição por um de meia vida longa (rivotril)
Anticonvulsivantes (carbamazepina*, topiramato, gabapentina e ácido 
valpróico)
Anti-hipertensivos (só se falha o tratamento de 1ª linha – carba)
Antidepressivos (se existe depressão)
*única com eficácia comprovada
Abuso e dependência de Nicotina
Bupropiona
Goma de mascar com nicotina
Adesivos
Inalante e spray de nicotina
Abuso e dependência de álcool
Tiamina (vitamina B1)
Dissulfiram
Acamprosato
Naltrexone
Ondansentron
Carbamazepina (diminuiu a procura pela droga)
Benzodiazepínicos (minimiza os efeitos da abstinência alcoólica)
Anti-hipertensivos (diminuir o desconforto da abstinência)
Antidepressivos (quando a depressão é comórbida)
Abuso e dependência de opiáceos
Metadona (1ª linha)
Buprenorfina (alternativa a metadona)
Clonidina (na retirada da metadona – ameniza a abstinência)
Abuso e dependência de cocaína
Nenhuma droga se mostrou eficaz
Psicofarmacologia na 
infância e adolescência
Psicofarmacologia na infância e 
adolescência
Uso generalizado de psicofármacos em crianças não ocorreu antes da 
década de 1980. 
Indevidamente medicadas x não medicadas quando necessário
As medicações não são necessariamente mais danosas nas crianças e 
adolescentes.
Ex antipsicóticos induzem menos acatisia
Taxa de absorção pode ser mais rápida � pico plasmático ocorre mais cedo
Metabolismo hepático é bem maior
Doses são definidas por mg/Kg/dia
Psicofarmacologia na infância e 
adolescência
Metabolizadoras hepáticas mais eficientes = doses proporcionais por mg/kg 
mais altas
Presença de hormônios sexuais competem com as enzimas hepáticas
Respondem de modo diferente devido, por exemplo, a maturação das vias 
neuronais ou de suas funções � alteram o efeito das drogas
Psicofarmacologia na infância e 
adolescência
Metilfenidato – psicoestimulante
Mecanismo de ação não claramente conhecido
Efeitos colaterais: insônia, náuseas, dores abdominais, cefaléia, 
irritabilidade, tristeza, taquicardia, hipertensão, diminuição do apetite.
Todos os psicofármacos podem ser utilizados nessa faixa etária.
ELETROCONVULSOTERA
PIA (ECT)
Introdução
• A eletroconvulsoterapia (ECT) consiste na indução controlada 
de crises com finalidade terapêutica .
• É um dos tratamentos biológicos mais utilizados em psiquiatria.
• O uso da eletroconvulsoterapia tem gerado muita 
controvérsia,mas hoje ela é considerada um tratamento atual e 
seguro.
• Os profissionais da área e familiares que antes combatiam o uso 
da ECT,hoje procuram o tratamento expressando a aceitação.
Histórico
Foi Joseph Von Meduna neuropsiquiatra Húngaro,o primeiro a induzir convulsões 
com finalidade terapêutica;
Utilizando cânfora(planta utilizada para fabricação de incenso e medicamentos).
Em 1934 induziu uma série de convulsões em pacientes com quadros esquizofrênicos 
dos 26 tratados 10 apresentaram recuperação completa; 
Histórico
Em 1937 neuropsiquiatras italianos começaram a induzir convulsões com 
eletricidade;
Era mais fácil produzir convulsões e regular a eletricidade do que com agentes 
farmacológicos;
Tornou-se o principal tratamento biológico em psiquiatria;
Com o surgimento dos fármacos a ECT começou a declinar;
Histórico
Movimentos “antipsiquiátricos” e sensacionalismo dos meios de comunicação 
criaram uma imagem negativa e estigmatizada desse tratamento;
Visto como ultrapassado,cruel e desumano;
Intervenção terapêutica mais polêmica da história;
Criação de leis proibindo o seu uso nos EUA e alguns países; 
Mecanismos de ação
A ECT consiste na indução de uma crise convulsiva pelo uso de corrente elétrica ;
Apesar dos benefícios para o cliente,o mecanismo de ação ainda não é totalmente 
conhecido; 
Indicações
A ECT é um tratamento eficaz e seguro,desde que indicado com critérios definidos ;
Depressão grave com risco de suicídio;
Psicoses agudas acompanhadas de delírios e alucinações;
Esquizofrenia catatônica(pessoa fica parada,quieta e muda);
Contra-indicações
� Não há contra-indicação absoluta para ECT;
� Lesões cerebrais expansivas;
� Aneurisma ou má-formação vascular;
� Doença coronária crônica;
� Hipertensão arterial não controlada;
� Hipertensão intracraniana;
� Glaucoma;
� Deslocamento de retina;
� Acidente vascular recente;
� Luxação e subluxação cervical;
� Contra-indicações de uso anestésico;
Contra-indicações
Não há contra-indicação durante a gravidez,exige-se uma avaliação clinica acurada 
principalmente no terceiro trimestre da gestação.
Atenção especial
Uso de marca-passo cardíaco;
Arritmias;
Osteoporose e doenças ósseas;
Hipertensão arterial sistêmica;
Doença pulmonar;
Diabetes. 
Número e freqüência 
O número total de aplicações da ECT varia de acordo com o quadro clínico e do 
critério médico.
Em geral vai de 6 a 12,podendo chegar a20 sessões.
Sessões variam de 2 a 3 por semana,em dias alternados,para uma melhor 
recuperação cognitiva;
Em alguns casos é necessário tratamento de manutenção em intervalos 
semanais,diminuindo as aplicações.
Equipe de tratamento
Composta por:
Psiquiatra;
Anestesista;
Clínico;
Enfermeiro especialista;
Psicólogo;
Auxiliar de enfermagem;
Avaliação pré-tratamento
�O cliente deve ser submetido a avaliação clinica completa;
�Avaliação neurológica;
�Avaliação psiquiátrica;
�Avaliação odontológica;
�Exames laboratoriais;
�Hemograma completo;
�Glicemia de jejum;
�Raio x de tórax;
�Eletrocardiograma;
�Hormônios tireoideanos.
Equipamento de tratamento
�Uma unidade de terapia intensiva,contendo aparelhos de ECT e de 
eletrocardiograma(ECG) com monitores;
�Oxímetro;
�Aspirador;
�Material completo para atender a uma parada cardiorespiratória;
�Desfibrilador;
�Cardioscópio;
�Material para entubação;
�Sala de recuperação anestésica.
Técnica
Pode ser estimulada por diferentes ondas elétricas;
Semelhante com os sinais elétricos endógenos do cérebro;
A voltagem deve ser ajustada de acordo com cada cliente;
Oscila entre 70 e 110v,quanto menor a voltagem maior a preservação da memória.
Colocação dos eletrodos
Bilateral=colocado frontotemporalmente;
Unilateral=um eletrodo estimulador é colocado na região frontotemporal não 
dominante,geralmente á direita
Duração da crise 
20 segundos para resposta motora;
25 segundos para resposta eletroencefalográfica;
O início da convulsão deve ocorrer entre 20 e 40 segundos após a aplicação;
Caso a crise não ocorra(crise frustra),o médico deve fazer uma nova aplicação.
Reações adversas
Apesar da eficácia e da segurança oferecidas algumas pessoas podem apresentar:
Confusão mental passageira;
Cefaléia;
Dores musculares;
Náuseas;
Sonolência.
Considerações éticas 
�Termo de Consentimento Livre e Esclarecido(que deve ser observado 
rigorosamente);
�A compreensão do conteúdo tanto pelo cliente quanto pela família ou responsável;
�Se o cliente puder assinar,um responsável deve assinalá-lo;
�Realizar avaliação clínica acurada;
�Os procedimentos anestésicos de acordo com Lei n.1640/2002 do Conselho Federal 
de Medicina.
ECT
ECT: antigo aparelho
ECT: Aplicação da ECT
Aparelho de onda sinusoidal
ECT: Aplicação da ECT
Aparelho de pulso breve / onda quadrada
ECT: Aplicação da ECT
Equipamento de pulso breve / onda quadrada
Sala de ECT
ADESÃO AO 
TRATAMENTO 
MEDICAMENTOSO
Importância do tratamento
É fundamental
Interrupção sem perguntar ao médico: 
Causa mais comum de recaídas (> 50%)
Risco de internação 4x maior
↑ suicídio
A rápida retirada de algumas medicações pode causar 
problemas
Fatores que influenciam na adesão ao 
tratamento
Suporte familiar
Não há diferença entre os sexos
Pacientes bem informados aderem melhor ao 
tratamento
Razões de baixa adesão ao tratamento
Efeitos colaterais reais
Medo dos efeitos colaterais
Uso de álcool e drogas
Alterações de personalidade
Disfunções na cognição e na memória
Não perder a sensação de euforia
Negação da doença
Achar que pode controlar o humor sozinho
Razões de baixa adesão ao tratamento
Gravidez
Crenças
Tenho vergonha
Cria dependência
Não é saudável
Não preciso de tratamento
O tratamento não funciona
Baixa adesão ao tratamento – riscos e 
consequências negativas
Perda da estabilidade do humor e de outros ganhos 
terapêuticos 
Instabilidade emocional
Prejuízos afetivos
Prejuízos profissionais
Prejuízos financeiros
Problemas familiares
Baixa adesão ao tratamento – riscos e 
consequências negativas
Prejuízos interpessoais
> risco de internações
> risco de resistência às medicações
↑ número de crises
↑ severidade das crises

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