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Transtornos de Humor e Depressão

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PsiquiatriaPsiquiatria
03 Transtornos de humor I
12 Transtornos de humor II
21 Transtornos de ansiedade
30 Transtornos psicóticos 
40 Transtornos alimentares e sexuais 
48 Distúrbios do sono
57 Transtorno de personalidade
66 Urgências clínico-psiquiátricas 
75 Transtornos relacionados a substância psicoativas I
82 Transtornos relacionados a substância psicoativas II
Sumário
Humor e afeto:
✓ Emoções 
✓ Sentimentos 
✓ Afetividade 
✓ Hipertímico ou exalado ou excitado 
✓ Eutímico ou normal
✓ Hipotímico ou triste ou depressão
Transtornos de humor I
Depressão
Humor Afeto
Definições
Critérios Diagnóstico
Tratamento
Dicas
Humor X Afeto
3
Tônus afetivo, estado emocional basal e difuso
Humor
Tônus emocional que acompanha uma ideia ou representação mental
Afeto
✓ Apresentação descuidada 
✓ Consciência: vigil 
✓ Orientação: orientado auto e alopsiquicamente 
✓ Atenção: globalmente diminuída ou hipertenacidade 
✓ Pensamento: lentificado com forma e conteúdo normais 
✓ Psicomotricidade: diminuída 
✓ Humor: hipotímico com afeto sintônico 
✓ Sensopercepção: normal
✓ Volição: diminuída 
✓ Memória: normal 
✓ Crítica e noção de doença: presente 
Exame psíquico: onde descrevo a tristeza? 
Quais os quadros de humor?
Distimia
Transtorno disfórico pré-menstrual
Transtorno depressivo maior
Transtorno disruptivo da desregulação do humor
Ciclotimia
Quadro relacionados a drogas
Transtorno bipolar
Quadros relacionados a medicações
Quadros relacionados a condições clínicas
Quando a tristeza vira patológica?
É normal que nosso humor oscile ao longo do tempo
Tristeza, melancolia, angústia, infelicidade são naturais dos seres humanos
4
Depressão 
Existe muito julgamento moral
Preconceito
Diagnóstico difícil
Demora para buscar ajuda e tratamento
Etiologia multifatorial
Epidemiologia 
Pode ocorrer em crianças, adolescentes e em idosos
Prevalência vara entre locais: 8 a 16,8%
Incidência universal e relatada há milênios
Mulheres > Homens
Suicídio: entre as 3 principais causas de mortes em jovens
Idade: 20 aos 40 anos (média 29)
Depressão vai além da tristeza!
Tristeza ou anedonia
Falta de ânimo, cansaço e fadiga
Normalmente de início insidioso e subagudo
Apatia
Alterações de sono, apetite e de libido
Alterações de psicomotricidade
Lentificados Catatônicos Agitados Inquietos
Sintomas
Baixa auto estima
Desesperança
Culpa, inutilidade
5
Ideia de ruína
Irritabilidade
Pensamentos de morte e idealização suicida
Critérios diagnósticos - DSM 5
Anedonia
Alterações de apetite ou de peso
Tristeza
Alterações de sono
Fatiga ou falta de energia
Alterações de psicomotricidade
Inutilidade, culpa ou atorrecriminação
Pensamentos recorrentes de morte
Alterações de concentração ou indecisão
Tem que ter 5 desses 9
sintomas, sendo o 1 ou 2
obrigatórios
6
Causando prejuízo e sofrimento
Excluída outras causas
Durante mais de 15 dias, a maior parte dos dias
Nunca houve mania ou hipomania
Diagnóstico 
Uso de medicação
Excluir outras causas de alterações de comportamento
Drogas lícitas ou ilícitas
Comorbidades e causas clínicas
Solicitar exames?
Humor Curso Pensamento Morte
Persistente,
deprimido ou
anedônico
Vazio ou perda,
humor oscila,
"ondas do luto"
Estável ou
progressivo
Alivia com o tempo
Negativo, pessimista
ou autocrítica
Culpa, lembranças
do falecido
Idealização suicida,
parar de dar trabalho
Se juntar ao falecido
Depressão X Luto 
Problemas de vida como perdas, desemprego, separações, doenças médicas
podem gerar sintomas de "depressão-like":
Tristeza, ruminações, alterações de sono e do apetite
Depressão X Ajustamento 
Ajustamento é um quadro leve e transitório: 
O episódio depressivo vai além do esperado (resposta normal em uma situação
dessa)
Esses episódios podem ser o desencadeante do quadro depressivo
7
Tratamento 
Terapia
Medida
Antidepressivos
Medicações
Tratamento não farmacológico 
Higiene do sono
Diminuir estressores
Exercício físico
Melhorar alimentação
Melhorar funcionamento social
Melhorar relações sociais
Práticas integrativas e alternativas
8
Diversas linhas, abordagens e vertentes
Terapia
Maior evidência: TCC, TIP e ativação comportamental 
Tratamento farmacológico 
Inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina e de serotonina (ISRNS)
Antidepressivos tricíclicos (ADT)
Inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS)
Inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina e dopamina
Inibidor da monoaminoxidase (IMAO)
Atípicos
Antidepressivos 1ª linha:
Inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN ou duais)
Antidepressivos tricíclicos
Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS)
Outros ou atípicos:
Mirtazapina, bupropiona, agomelatina, trazodona, maprotilina e reboxetina
Antidepressivos 1ª linha: ISRS
Medicação
Fluoxetina
Sertralina
Paroxetina
Citalopram
Escitalopram
Fluvoxamina
Dose
20 a 80mg
50 a 200mg
20 a 60mg
20 a 60mg
10 a 30mg
50 a 300mg
1ª escolha:
Começar com dose mínima e aumentar gradualmente! Uso: VO, dose única diária, normalmente de manhã
Medicação
Medicação
Nortriptilina
Imipramina
Antidepressivos 1ª linha: Duais 
Venlafaxina
Desvenlafaxina
Duloxetina
Dose
75 a 300mg
50 a 200mg
30 a 120mg
Potentes, pouca interação, menos efeitos colaterais que ADT
Muitos sintomas de introdução e retirada
Efeito noradrenérgico: modulação de dor
Uso: dose única, pela manhã
Antidepressivos 1ª linha: ADT
Amitripilina
Clomipramina
Doxepina
Dose
75 a 300mg
75 a 300mg
25 a 200mg
100 a 300mg
75 a 300mg
Efeito anticolinérgicos (centrais e periféricos), causam sono e aumentam o apetite, em dose baixas
modulam a dor (efeito noradrenérgico), pouco utilizado em idosos (menos ruim: nortriptilina)
Dose terapêutica X Dose de apresentação
9
Tratamento farmacológico 
Depende da medicação e do paciente
Qual antidepressivo usar?
Iniciar com dose mínima ou até subdose
Aumentos graduais
Período de latência para iniciar: 15 dias
Esperar 2 a 4 semanas em cada dose para avaliar a resposta
Aumentar sempre que tiver resposta parcial
Como tratar?
Medidas não farmacológicas (psicoterapia e mudança no estilo de visa)
Leve
Psicoterapia OU medicação
Moderada
Se não responder: terapia + medicação
Já começar com associação de medicação 1ª linha + terapia
Grave
1ª escolha: ISRS
Dose e tempo suficiente
Parcial = potencializa
Sem resposta = trocar por outro ISRS
Parcial = potencializa
Sem resposta = trocar por outra CATEGORIA
Casos graves ou refratários 
Associação de potencializadores (Lítio, APA, T3)
Terapias orgânicas
Associações de AD
Uso de quetamina
Estimulação magnética
transcraniana (TMS)
Eletroconvulsoterapia (ECT)
Se nunca tratou: começar com ISRS
Dicas de tratamento farmacológico
Ver histórico familiar de uso de medicações e resposta
Se o paciente já tratou antes: investigar histórico e se teve resposta. Pode
começar com esse AD.
10
Fluoxetina 20mg, 1cp, VO, manhã
A. 4 semanas: 2cp, VO, manhã
B. 4 semanas: 3cp, VO, manhã
Prescrições possíveis
Sertralina 50mg, 1cp, VO, manhã
A. 4 semanas: 2cp, VO, manhã
B. 4 semanas: 3cp, VO, manhã
11
Causas de "pseudoresistência" ou "pseudorefratariedade":
Não adesão ao tratamento 
Dose errada
Dicas de tratamento farmacológico
Fase de manutenção: manter dose que tirou paciente da crise
Por quanto tempo?
Causam sono: ADT, paroxetina, mirtazapina, trazodona e agomelatina
Aumenta apetite: paroxetina, ADT e mirtazapina
Diminui peso: bupropiona e fluoxetina
Afeta menos libido: buptopiona, trazodona, mirtazapina e vortioxetina
Dores crônicas: medicações noradrenérgicas (duais e ADT)
Benzodiazepínicos
Drogas "Z": zolpidem, zopiclone e escopiclone
Antidepressivos sedativos: ADT (dose baixa), mirtazapina, trazodona e
agomelatina
Antipsicóticos (doses baixas): quetiapina, cloprormazina e levomepromazina
Anticonvulsivantes: pregabalina e gabapentina
Adjuvantes para sono: 
Conceitos chaves:
✓ Diferença entre humor e afeto
✓ Depressão vai além da tristeza
✓ Tratado com medidas não farmacológicase farmacológicas
✓ Principais medicações são os ISRS
Transtornos de humor II
Transtorno bipolar
Introdução Epidemiologia
Quadro clínico
Mania Depressão
Tratamento
Lítio
12
Lítio
✓ Apresentação: extravagante, maquiagem pesada
✓ Consciência: vigil 
✓ Orientação: desorientado em tempo, orientado em espaço e
autopsiquicamente
✓ Atenção: hipervigil e hipotenaz 
✓ Pensamento: aceleração, forma com fuga de ideias e conteúdo
com delírios de grandeza
✓ Psicomotricidade: aumentada (inquieto)
✓ Humor: hipertímico com afeto sintônico 
✓ Sensopercepção: normal
✓ Volição: aumentada
✓ Memória: normal 
✓ Crítica e noção de doença: ausente
Exame psíquico: onde descrevo a mania? 
Oscilações de humor entre dois polos
O que é o transtorno bipolar?
Transtorno de humor crônico e recorrente
Intercalados por períodos eutímicos
Etiologia multifatorial
Depressão Mania
E quando a alegria (ou raiva) vira patológica?
Natural nosso humor oscilar
13
TB X Labilidade emocional
Tipos de TB
TB tipo I
TB tipo I = 0,9%
Hipomania
Mania
Depressões
Mistos
TB tipo II
TB tipo II = 1,1 a 2,4%
HipomaniaDepressões
Mais leve, mas menos diagnosticado
Quadro clínico
Alegria ou raiva exagerada
Mania ou hipomania
Grandiosidade
Aceleração do pensamento
Aumento de comportamento de risco
14
Tristeza
Anedonia
Culpa
Pensamentos de morte
Depressão
Dificuldade de concentração
Um pouco dos dois polos
Misto
Critérios diagnósticos - Mania
Redução da necessidade de sono
Fala acelerada (loquaz) ou pressão para falar
Grandiosidade ou autoestima elevada
Pensamento acelerado ou fuga de ideias
Aumento da atividade ou da agitação psicomotora
Distrabilidade
Envolvimento em atividades com risco
Tem que ter 7 dias de
humor elevado ou disfórico
Mania X Hipomania
Quadro mais leve
Hipomania
Menos sintomas e sintomas mais leves
Menos impacto funcional
Nunca tem sintomas psicóticos
Mais curto (pelo menos 4 dias)
Critérios diagnósticos - Depressão
Anedonia
Alterações de apetite ou de peso
Tristeza
Alterações de sono
Alterações de psicomotricidade
15
Fatiga ou falta de energia
Inutilidade, culpa ou atorrecriminação
Pensamentos recorrentes de morte
Alterações de concentração ou indecisão
Tem que ter 5 desses 9
sintomas, sendo o 1 ou 2
obrigatórios
Causando prejuízo e sofrimento
Excluída outras causas
Durante mais de 15 dias, a maior parte dos dias
Fatores de risco para depressão bipolar
Anamnese
Início mais precoce
Depressão bipolar tem
Episódios mais frequentes
Inícios mais abruptos
Mais sintomas psicóticos
Maior risco de suicídio
Mais retardamento psicomotor
Mais sintomas atípicos (depressão agitada)
História familiar positiva para TB
Como diferenciar depressão unipolar de bipolar?
Diagnóstico
Distribuição igual entre sexos
Maior risco de suicídio
Alta herdabilidade e grande influência genética
Início mais precoce que depressão (20 anos)
Lembrar de excluir outras causas de alteração de comportamento
Diagnóstico clínico
Especialmente se o paciente estiver psicótico
16
Tratamento
Medidas não farmacológicas
Psicoeducação
Melhora de sono e de alimentação
Terapia
Mindfulness
Medicação padrão
Anticonvulsivante
Estabilizadores de humor
Lítio
Antipsicóticos atípicos
Tratamento farmacológico 
Lítio
Ácido valpróico 750 a 2000mg
Anticonvulsivantes
Lamotrigina 100 a 400mg
Carbamazepina
Oxicarbazepina
Dose dependente de litemia, médica: 600 a 1200mg
1ª escolha
2ª ou 3ª escolha
Antipsicóticos (especialmente atípicos)
Quetiapina
Lurasidona
Olanzapina
Risperidona
Típicos (como Haldol): 3ª ou 4ª escolha nos guidelines
Medicação Apresentação Dose terapêutica Observações
Lítio
Ácido valpróico
300 a 450 mg
250, 300 e 500mg
Xarope
(250mg/5mL)
Depende da litemia:
0,6 a 1,2meq/dL (faixa
600 a 1500mg)
750 a 2000mg
Litemias, função
renal e tireoidiana
regulares
Monitorar função
hepática e
hemograma
17
Lamotrigina
Carbamazepina 
Oxicarbazepina
25, 50 e 100mg
200 e 400mg
300 e 600mg
100 a 400mg
400 a 800mg
600 a 1800mg
Doses baixas com
aumentos devagar
Muita interação e
pouca eficácia
Quetiapina
Olanzapina
25, 50, 100 e
200mg
2,5, 5 e 10mg
200 a 800mg
5 a 30mg
Melhora na
depressão bipolar 
Muito aumento de
peso e sonolência
Risperidona
Haloperidol
1, 2 e 3mg
Solução oral
1 e 5 mg
Solução oral
2 a 8mg
1 a 20mg
Melhora na mania
bipolar
Muito SEP
Lítio
VO, de 300 a 450mg
Apresentação
Íon: não há evidências que seja essencial para o desenvolvimento
300mg, VO, 1 ou 2x ao dia
Dose inicial
Depende da litemia
Dose terapêutica
Entre 0,6 a 1,3 mEq/L (habitual 600 a 1500mg)
Jovens
18
Leve (1,5 a 2) Moderada (2 a 2,5)
Entre 0,4 a 0,8
Idosos
Não se liga a proteínas plasmáticas e sua eliminação é renal
Lembrar de função renal e tireoidiana
Grave (>2,5)
Náuseas e vômitos,
dor abdominal,
diarreia, boca seca,
ataxia, fala
arrastada, nistagmo
e letargia
Náuseas e vômitos
persistentes, visão
turva, fasciculações
musculares, reflexos
tendíneos
hiperativos, sincopes
e alterações em ECG
Convulsões, oligúria,
IRA e morte
Intoxicação por lítio
Gastrointestinais Cardíacos e musculares Neurológicos
Monitorar: vias aéreas, sinais vitais e circulação. Exame neurológico
Pedir: função renal, eletrólitos, litemia e ECG
Não há antídoto, então diminuir tempo de exposição ao "agressor"
Descontaminação gastrointestinal
Diálise se acima de 4 ou acima de 2,5 com sintomas importantes
Hidratação para aumentar clearance
Uso de antidepressivos em TB
NUNCA devem ser usados em monoterapia
Risco de induzir mania, hipomania, episódios mistos ou não tratar
De maneira geral, EVITAR
19
Iniciar com EH
Se quiser começar
Chegar em dose terapêutica
Começar o AD
Preferência pelos com menor risco de virada
Bupropiona + Lítio ou Ácido Valpróico
ISRS + Olanzapina
Conceitos chaves:
✓ O que é transtorno bipolar
✓ Caracterização de cada um dos polos que caracteriza a doença
✓ Tratamento é com estabilizador de humor
20
Transtornos de ansiedade
Transtornos ansiosos
O que é ansiedade?
21
4 transtornos ansiosos
Clínica
Tratamento dos quadros ansiosos
✓ Apresentação: Adequada
✓ Consciência: vigil 
✓ Orientação: Orientado auto e alopsiquicamente
✓ Atenção: hipervigil e hipotenaz 
✓ Pensamento: acelerado, com forma e conteúdo normais 
✓ Psicomotricidade: inadequado ou aumentada
✓ Humor: ansioso
✓ Sensopercepção: normal
✓ Volição: normal
✓ Memória: normal 
✓ Crítica e noção de doença: presente
Exame psíquico: onde descrevo a ansiedade?
O que é ansiedade? 
Medo ou preocupação
Sensação subjetiva e desgradável
As maneiras como esse sintomas se expressa variam muito com cultura, idade,
grau de instrução, entre outros: 
Como sentimos
Comportamentos motores e esquiva
Resposta endócrina
Resposta respiratória
Resposta do SNA e sintomas físicos
Gera memória
Gradação
Ansiedade é um sentimento normal
Ansiedade normal X Ansiedade exagerada X Transtorno de ansiedade
3 critérios para definir patológico: intensidade de sintomas + tempo + grau de
prejuízo ou sofrimento
Tempo
An
sie
da
de
Patológico
Transtornos ansiosos
Fobia social
Fobia específica
Transtorno de pânico
Transtorno de ansiedade generalizada
Transtorno do espectro obsessivo compulsivo
Transtornos dissociativos
Transtornos relacionados a traumas e estressores
Transtornos de sintomas somáticos e relacionados
22
Os 4 transtornos 
Transtorno de ansiedade generalizada
Ansiedade geral
Perpassando várias áreas associado a insônia e sintomas físicos
Transtorno de pânico
Crises agudas de ansiedade
Autolimitadas
Sem fatores desencadeantes
Sintomas físicos e psíquicos
Fobia específica
Medo de algo específico
Causa prejuízo de vida
Fobia social (ansiedade social)
Medo de exposição e julgamento
Medo em situações que se expõe socialmente
National Comorbidity Survey São Paulo Megacity
Transtorno de pânico
Fobia específica
Fobia social
TAG 5,7%
4,7%
12,5%
12,1%
1,6%
4,8%
3,5%
4,2%
Fisiopatologia
Medo = amigdala
Preocupação = Alças cortico-estriato-tálamo-corticais (CETC)Serotonina: neurotransmissor essencial
Outros neurotransmissores: GABA, noradrenalina
23
Intersecção com quadros depressivos
Transtorno de ansiedade generalizada - TAG
Diversos eventos ou atividades
Indivíduo considera difícil controlar a ansiedade
Ansiedade e preocupações excessivas
Maioria dos dias, por no mínimo 6 MESES
Causam prejuízo/sofrimento
Associado a:
Inquietação ou sensação de estar com os nervos a flor da pele
Fatigabilidade
Dificuldade de concentração ou brancos
Irritabilidade
Tensão muscular
Alterações de sono
Ataque de pânico 
Alcança pico em minutos
Ataques abruptos de medo ou desconforto intensos
4 ou mais dos seguintes sintomas
Palpitação, taquicardia, coração acelerado
Sudorese
Tremores ou abalos
24
Sensação de falta de ar e sufocamento
Sensação de asfixia
Dor ou desconforto torácico
Náusea ou desconforto abdominal
Tontura, instabilidade, vertigem
Calafrios ou ondas de calor
Paresias
Desrealização ou despersonalização
Medo de morrer
Medo de perder o controle ou de enlouquecer
Sem fatores desencadeantes
Ataques de pânico RECORRENTES
Seguidos de um mês de:
Preocupações com ter novos ataques
Comportamento evitativo, mudança desadaptativa por medos de crises
Medo intenso das consequências das crises
ou
ou
Medo intenso de:
Pode ser um especificados do T. de pânico OU uma doença a parte
2 ou mais!
Transporte público
Espaços abertos demais
Locais fechados
Ficar em fila ou no meio da multidão
Sair de casa sozinho
Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais
Interações sociais
Ser observados
Situações de desempenho
Fobia social (Transtorno de Ansiedade Social)
Situações sociais provocam medo ou ansiedade
Teme agir de forma vergonhosa ou constrangedora
25
Tais situações são ativamente evitadas ou suportadas com sofrimento
Medo é desproporcional a situação e persistente
Causam sofrimento ou prejuízo funcional
Fobia específica
Mais comuns: animais, ambientes naturais, sangue/injeção/ferimentos
Tais objetos e situações causam resposta imediata de medo ou ansiedade
Medo ou ansiedade intensos acerca de um objeto ou de uma situação
Situação ou objeto são ativamente evitados ou suportados com intenso sofrimento
Medo é desproporcional
PERSISTENTE (mais de 6 meses)
Causam sofrimento ou prejuízo significativo
Diagnóstico 
Excluir as outras causas de ansiedade ou crises
Não é qualquer ansiedade que considera transtorno e oferece tratamento
Diagnóstico é clínico
Medidas não farmacológicas
Tratamento 
Medidas farmacológicas
Principal
Medidas não farmacológicas
Terapias psicológicas (terapia cognitivo comportamental)
Exercício físico
Higiene do sono
Boa alimentação (evitar bebidas estimulantes e fumo)
Terapias alternativas (yoga, mindfullnes, acupuntura)
26
Medidas farmacológicas
ISRS (sertralina, paroxetina e citalopram)
Duais (venlafaxina)
Tricíclicos (clomipramina, nortriptilina e amitriptilina)
Algumas observações:
Começar com dose baixa e ir titulando a partir da resposta 
Resposta terapêutica demorada
Pode experimentar discreta piora no início do tratamento
Medicação durante 4 a 8 semanas para avaliar resposta
Após resposta: medicação por 6 a 12 meses
Outras medicações com efeito ansiolítico 
Buspirona (Ansitec)
Antipsicóticos atípicos (quetiapina)
Pregabalina e gabapentina
Ácido valpróico
Mirtazapina e trazodona
E os benzodiazepínicos? 
Dentro da amigdala principal neurotransmissor é o GABA
Benzodiazepínicos inibem a resposta ansiosa, mas não modulam nem
agem no hipocampo para extinção da ansiedade
Diminuem a ansiedade existente, mas não podem preveni-la
Muito úteis para uso curto ou em crises agudas
Começar com doses baixas
Retirada gradual se uso após 15 dias
Evitar uso crônico
Ação rápida e meia vida reduzida = hipnóticos
Tempo de início intermediário e meia vida longa = ansiolítico
27
Apresentação Dose terapêutica
Sertralina
Venlafaxina 37,5mg, 75mg e 150mg
Amitriptilina
Gabapentina 300mg e 600mg
Buspirona
Paroxetina
Citalopram
25mg e 50mg
12,5mg, 20mg e 25mg
20mg
50mg e 200mg
20mg e 60mg
20mg e 60mg
75mg e 300mg
Medicamento 
Clomipramina
Pregabalina
25mg e 75mg
25mg e 75mg
75mg e 150mg
75mg e 250mg
75mg e 300mg
75mg e 300mg
900mg e 1800mg
Diazepam
Clonazepam
Alprazolam 0,25mg, 0,5mg, 1mg e 2mg
5mg e 10mg
5mg e 10mg
0,25mg, 0,5mg, 2mg e 2,5mg
20mg e 60mg
5mg e 20mg
0,5mg e 2mg
0,5mg e 2mg
Farmacologia dos transtornos: TAG
Farmacologia dos transtornos: TAG
Paroxetina 20mg, VO, pela manhã
Zolpidem 5mg ou quetiapina, VO, a noite
Farmacologia dos transtornos: pânico
28
Farmacologia dos transtornos: pânico
Sertralina 50mg, VO, pela manhã
Clonazepam 0,25mg, sublingual, se crise de ansiedade
Conceitos chaves:
✓ O que é ansiedade 
✓ Entender os 4 principais transtornos ansiosos 
✓ Medidas não farmacológicas são muito importantes para ansiedade
✓Antidepressivos ISRS são medidas farmacológicas para ansiedade
29
Transtornos psicóticos
Psicose e esquizofrenia
O que é psicose? Diagnósticos diferenciais
Esquizofrenia
Introdução Clínica
Antipsicóticos
30
Psicopatologia: o que é psicose?
Desorganização
Delírios
Alucinações
Caracterizada por uma desconexão com a realidade
Alucinações
Sentidos: audição, visão, tato...
Alucinações auditivas, visuais, táteis...
Alteração da sensopercepção
Alteração de como percebemos a realidade
Delírios
Ideia fixa, irremovível, não passível de argumentação lógica, "certeza patológica"
Podem ter vários tipos: persecutório, grandioso, místico, religioso, ruína...
Alteração do pensamento (conteúdo)
Alteração na interpretação da realidade
Desorganização 
Pensamento (forma) desorganizado
Comportamento desorganizado ou fracamente bizarro
Delírios (conteúdo)
✓ Apresentação
✓ Consciência
✓ Orientação
✓ Atenção
✓ Pensamento
✓ Psicomotricidade
✓ Humor
✓ Sensopercepção
✓ Volição
✓ Memória
✓ Crítica e noção de doença
Exame psíquico: onde descrevo a psicose?
Alucinações
Primária
Psicose 
Esquizofrenia
Outros transtornos psicóticos:
T. delirante persistente
T. psicótico breve
T. esquizofreniforme
T. esquizofetivo
31
Secundária
Psiquiátricas: 
Depressão com sintomas
psicóticos
Manias com sintomas psicóticos
Clínicas:
Delirium, tireoide, fígado, rim e
doenças neurológicas
Drogas e medicações: 
Tanto intoxicação como
abstinência de drogas, intoxicação
por estimulantes ou síndrome de
abstinência alcóolica. Várias
medicações pode dar sintomas
psicóticos: corticoides,
antibióticos e psicotrópicos
Delírio e/ou alucinação?
Secundários a condição médico-geral?
Secundários a uso de substâncias
Transtorno do humos com sintomas psicóticos?
Critérios para psicose primária?
Esquizofrenia
Esquizofrenia 
Delírios e alucinações
Quadro psicótico primário grave
Cursando com deterioração progressiva das funções cognitivas e dos
afetos ao longo dos anos
Pico: adultos jovens (16 a 24 anos)
Segundo pico (menor): 40 anos; após 40 anos: já é considerado tardio.
Atinge cerca de 1% da população
Homens (1.4) > Mulheres (1)
Feminino: mais tardio
Muito rara antes dos 12 anos e após os 60 anos
Alta mortalidade
32
Fatores genéticos, risco:
10% para quem tem 1 irmão
18% de irmão gêmeo dizigótico
50% para irmão gêmeo monozigótico 
Dezenas de genes "candidatos": neuregulina1, disbindina, gene da COMT, receptor 5HT2A, DISC,
DRD1 a 4, GRM3
No entanto, 85% das pessoas não tem parentes próximos com esquizofrenia
Etiologia, fatores ambientais:
Complicações de gestação e parto
Problemas no desenvolvimento neuropsicomotor 
Abuso físico na infância 
TCE
Uso de drogas 
Urbanidade e migração
Baixa condição sócio econômica 
33
Doença neurodegenerativa 
Doença do neurodesenvolvimento 
Esquizofrenia: os sintomas 
Especialmente via mesolímbica
Não é causa, mas via final comum
Sintoma psicótico = excesso de dopamina
Gera saliência aberrante
Prognóstico 
34
Esquizofrenia
Critérios diagnósticos 
Alucinações
Discurso desorganizado
Delírios
Desorganização de comportamento
Sintomas negativos(avolia, embotamento)
+ de 6 meses de sintomas com pelo menos 1m de uma crise marcada
Prejuízo funcional
Sem outras causas
2 ou mais de 5 sintomas:
35
Solicita exames? Sim!
Para excluir outras causas de alteração de comportamento
Mandatório: primeiro episódio psicótico pedir exame de imagem da cabeça e exames gerais 
Medidas não farmacológicas
Tratamento 
Medidas farmacológicas
Antipsicóticos típicos
Haloperidol
Clorpromazina
Levopromazina
Periciazina
Pimozida
Clipixol
Tratamento farmacológico
Antipsicóticos atípicos
Risperidona
Quetiapina
Olanzapina
Aripiprazol
Ziprazidona
Lurasidona
Amilsulprida
Clozapina
Tratamento não farmacológico 
Terapia ocupacional
Psicoterapias individuais e em grupo
Intervenção psicossocial
Treino de habilidades sociais
Intervenção familiar
Emprego protegido
Antipsicóticos tratam a psicose, não a esquizofrenia!
36
Antipsicóticos 
4 vias dopaminérgicas
Antidopamina
Vias dopaminérgicas 
Via mesolímbica
Prazer, estímulo
Dopamina em excesso na esquizofrenia
Sintomas positivos, agressivos e afetivos
Via nigroestriatal
Movimento
Normal na esquizofrenia
Antipsicóticos inibem essas vias e causas SEP
Via mesocortical
Comportamento
Relacionada a sintomas negativos, cognitivos e afetivos
Via túbero infundibular
Relacionado a liberação de prolactina
Normais na esquizofrenia
Inibidas pelos antipsicóticos causando hiperprolactinemia
Via mesolímbica e mesocortical = foco do tratamento
Via nigroestriatal e túbero infundibular = principais
efeitos colaterais
37
Típicos, antigos, 1ª geração
Antipsicóticos 
Atípicos, novos, 2ª geraçãoSintomas extrapiramidais
O que são sintomas extrapiramidais? 
Agudos
Parkinsonismo secundário (rigidez, bradicinesia, tremor)
Acatisia
Distonia aguda
Crônicos
Discinesia tardia
Distonia crônica
Típicos, antigos, 1ª geração
Forte inibição dopaminérgica
Clinicamente: causam mais sintomas extrapiramidais (SEP) e
aumento de prolactina
Antipsicóticos 
Atípicos, novos, 2ª geração
Ação dopaminérgica + ação serotoninérgica
Causam: menos SEP e menos hiperprolactinemia; podem agir também
em sintomas negativos, cognitivos e depressivos
Efeito indesejado: síndrome meabólica
Apresentação Dose habitual
Risperidona
Quetiapina 25, 50, 100, 200 e 300mg
Aripiprazol
Clozapina
Olanzapina
1mg, 2 mg e 1mg/mL
25 e 100mg
2,5, 5 e 10mg
4-6
300-500
10-20
400-600
Medicamento 
10, 15 e 30 mg 15-30
Dose terapêutica
2-16
50-90
5-30
100-800
10-30
38
Apresentação Dose habitual
Clorpramazina (amplictil)
Pimozida (orap) 2 e 4mg
Haloperidol (haldol)
Levomepromazina (neozine)
Periciazina (neuleptil)
25, 100mg IV/IM
25 e 100mg Gts 4%
Gotas 1 a 4%
300-800
100-400
10-20
4-8
Medicamento 
2mg/mL, 1mg, 5 mg, 5mg/mL 5-10
Dose terapêutica
25-1200
25-600
5-60
1-12
1-30
Principais antipsicóticos:
Típicos
Haloperidol 5mg, metade a 2 comprimidos, VO, noite
Clorpromazina 100mg, 1 a 4 comprimidos, VO, noite
Atípicos
Risperidona 2mg, 1 a 3 comprimidos, VO, noite
Olanzapina 5mg, 1 a 3 comprimidos, VO, noite
Quetiapina 100 ou 200mg, 1 comprimido pela manhã e 2 comprimidos a
noite
Efeito sobre o peso:
Menos engordam: haloperidol, aripiprazol, lurasidona e ziprazidona
 
Intermediário: risperidona e quetiapina
 
Mais engordam: olanzapina e clozapina
Mais sedativos:
Menos sedativos: aripiprazol, lurasidona e ziprazidona
 
Intermediário: risperidona e haloperidol
 
Mais sedativos: quetiapina, olanzapina e clozapina
Conceitos chaves:
✓ O que é psicose Delírios, alucinações e desorganização 
✓ Raciocínio clínico nas psicoses (diagnóstico diferencial): não há exames diagnósticos
✓ Esquizofrenia é um quadro grave e crônico
✓ Tratamento é com antipsicóticos + medidas não farmacológicas
✓ Antipsicóticos são divididos em 2 tipos: típicos e atípicos
39
Transtornos alimentares
Transtornos alimentares
Anorexia Bulimia
Transtornos sexuais
Disfunções sexuais Parafilias
40
Disforia de gênero
Clínica Clínica
Tratamento Tratamento
Alimentação
Dimensão fisiológica-nutritiva
Dimensão afetiva e relacional
Dimensão social e cultura
A etiologia dos transtornos alimentares é complexo
Transtornos alimentares 
Perturbação persistente na alimentação ou no comportamento
relacionado à alimentação
Alimentação é um ato necessário para sobrevivência
Resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos
Prejuízo a saúde física ou o funcionamento psicossocial
Anorexia nervosa
Existem vários transtornos alimentares
Bulimia nervosa
Transtorno de compulsão alimentar
Pica
Transtorno de ruminação
Transtorno alimentar restritivo
Anorexia
Alteração de autoimagem
Mais comum em mulheres
Restrição alimentar
Prevalência: 0,5%
Muito comum ter outras comorbidades psiquiátricas
Comum em pessoas que trabalham com o corpo
Personalidades difíceis, controladas-controladores, perfeccionistas
Anorexia - quadro clínico
Medo intenso de engordar ou comportamentos para evitar ganho de peso
Alteração de autoimagem e autoavaliação
Restrição alimentar: baixo peso
Percepção do próprio corpo não corresponde a realidade
Perde convivência, atividades acadêmica e laborais por medo de engordar
Sintomas relacionados a própria provação alimentar
Preocupações com alimentação e corpo viram centrais na vida da pessoa
Amenorreia e problemas clínicos (desnutrição, anemia, arritmias..)
Restritivo Compulsivo - purgativo
41
Leve: IMC > 17 Kg/m²
Moderada: IMC 16 a 16,99 Kg/m²
Grave: IMC 15 a 15,99 Kg/m²
Extrema: IMC < 15 Kg/m²
Anorexia - tratamento
Objetivo é reestabelecer padrão alimentar saudável + visão saudável do corpo
Equipe multiprofissional é essencial: psicólogo, nutricionista e psiquiatra
Tratamento difícil, quadro é egosintônico
Medicação: tratar comorbidades
Internação: perda de peso, suicídio, IMC baixo, psicose, cardiovascular
As vezes é necessário internação e terapia nutricional por SNG
Cuidado com síndrome de realimentação
Bulimia nervosa
Seguidos de comportamento compensatório
Mais comum em mulheres
Episódios de compulsão alimentar
Prevalência: 1 a 4% (mais prevalente que anorexia)
Muito comum ter outras comorbidades psiquiátricas
Em geral, insatisfeitas com o corpo, mas sem alteração de autopercepção
Episódios de compulsão alimentar: grande quantidade de comida em
pouco tempo + sensação de falta de controle ou culpa
Bulimia nervosa - quadro clínico
Comportamento compensatório inapropiado
1x por semana, há 3 meses
42
Excluído anorexia
Avaliação relacionada ao corpo
Insatisfação com o corpo + grande medo de engordar
Cíclico
Corpo normal ou acima do peso
Restrição
Compulsão
Compensação
Culpa e baixa autoestima
Métodos compensatórios são vistos como culpa e sofrimento (egodistônico)
Bulimia nervosa - tratamento
Objetivo é reestabelecer padrão alimentar saudável + visão saudável do corpo
Equipe multiprofissional é essencial: psicólogo, nutricionista e psiquiatra
Medicação
ISRS (fluoxetina) e topiramato
Bulimia
Muito magras
Restrição alimentar é critério diagnóstico
Alteração da imagem corporal
Pode ter compulsão seguida de purgação
No peso ou até acima do peso
Baixa autoestima e medo de engordar
Compulsão seguida de purgação é critério diagnóstico
Anorexia
Pode haver jejuns prolongados
Sexualidade
Dimensão biológica (neuronais, hormonais e anatomofisiológicos)
Dimensão psicológica
Dimensão social e cultura
43
Sexo biológico:
Genética (XX e XY)
Fenótipo (masculino e feminino)
Sexo genital (pênis e vagina)
Transtornos sexuais 
Disfunções sexuais
Ejaculação retardada
Ejaculação prematura (precoce)
Transtorno erétil
Transtorno do orgasmo feminino
Transtorno de interesse/excitação sexual feminino
Transtorno da dor gênito-pélvica/penetração
Transtorno do desejo sexual masculino hipoativo
Disfunção sexual induzida por substância/medicamento
Outra disfunção sexual especificada e disfunção sexual não
especificada
44
Transtornos parafílicos
Transtorno voyeurista
Transtorno exibicionista
Transtorno frotteurista
Transtorno masoquismo sexual
Transtorno do sadismosexual
Transtorno pedofílico 
Transtorno fetichista
Transtorno transvéstico
Disforia de gênero
Adulto e adolescente
Criança
Etiologia
Doenças físicas
Doenças psiquiátricas
Hábitos de vida não saudáveis
Uso de medicamentos
Distúrbios hormonais
Normas culturais (tabus, mitos, preconceitos)
Expectativas errôneas
Condições socioeconômicas
Conflitos relacionais
Dificuldade de acesso aos serviços de saúde
Violência física e sexual
Autocontrole excessivo
Transtornos sexuais 
Questionar, com tato mas diretamente
Cuidado com julgamentos e opiniões
Diagnóstico é clínico
45
Ejaculação prematura (precoce)
Transtorno estéril
Ejaculação retardada
Transtorno do interesse/excitação sexual feminino
Transtorno da dor gênito-pélvica/penetração
Transtorno do orgasmo feminino
Transtorno do desejo sexual masculino hipoativo
Transtornos parafílicos
Parafilia
Qualquer interesse sexual intenso e persistente
Não voltado para a estimulação genital ou para carícias preliminares
Com parceiros humanos, que consentem e apresentam fenótipo
normal e maturidade física
Transtorno voyeurista
Epiar outras pessoas em atividades privadas
Transtorno exibicionista
Expor os genitais
Transtorno frotteurista
Tocar ou esfregar-se em indivíduo que não consentiu
Transtorno do masoquismo sexual
Passar por humilhação, submissão ou sofrimento
Transtorno do sadismo sexual
Inflingir humilhação, submissão ou sofrimento
Transtorno pedofílico
Foco sexual em crianças
Transtorno fetichista
Usar objetos inanimados ou ter foco específico em partes não genitais
Transtorno transvérico
Vestir roupas do sexo oposto visando excitação sexual
46
Transtornos parafílicos 
Medicamento que diminuam ou inibam a libido (ISRS,
antipsicótico e bloqueios hormonais)
Terapia
Disforia de gênero
Forte desejo de livar-se das próprias características sexuais
Forte desejo pelas características do sexo oposto, pertencer a ele
e ser tratado como outro gênero
Incongruência entre identidade de gênero e gênero biológico
Tratar pelo gênero expresso
Identidade de gênero (trans ou cis) X Orientação sexual (homo ou hétero)
Tem direito a nome social
Disforia de gênero - tratamento 
Fazer um diagnóstico preciso
Pode ter hormonização e cirurgia de redesignação sexual
Cuidado de equipe multiprofissional
No Brasil, lista de espera imensa para cirurgia
Conceitos chaves:
✓ Conhecer os 2 principais transtornos alimentares: anorexia nervosa e
bulimia nervosa
✓ Conhecer as 3 principais categorias de problemas sexuais: transtornos
parafílicos, disfunções sexuais e disforia de gênero 
47
Lítio
Lítio
Fisiologia do sono
Distúrbios do sono
Sono
Sono fisiológico Sono patológico
Insônia
Quadro clínico
48
Diagnóstico
Tratamento
Ciclo de interação complexa entre 2 processos
Sono
Atividades elétricas características
Postura tipicamente relaxada e em decúbito
O sono é um processo fisiológico
Fechamento dos olhos
Horários: 22h as 6h
Variantes: vespertino e matutino
Descanso e regeneração
Conservação de energia
Diversas funções
Consolidação de aprendizados e memória
Sono varia conforme idade, sexo e características individuais
Sono normal
Influenciado por diversos comportamentos, processos internos e
externos, substâncias externas, citocinas e hormônios
Média de sono: 7h30/dia
Dormidor curto Dormidor longo
Processos internos e externos
Noites mal dormidas
Fadiga, cansaço e indisposição
Sintomas cognitivos: atenção, velocidade e momória
Causam problemas sociais, cognitivos e psicológicos
Rendimento escolar ou no trabalho e risco de acidentes
Complicações cardiovasculares (menos de 6h/dia)
Fator de risco ara vários quadros psiquiátricos
49
Sono
Processo cíclico ao longo da noite
Sono não é algo estanque
Sono REM Sono NREM
Anamnese e exame físico
Horários e hábitos noturnos
Hábitos diurnos
Anamnese do sono
Condições ambientais
Comorbidades clínicas a psiquiátricas
Uso de medicações e drogas
História familiar de alterações de sono
Exame físico
Exames complementares 
Testes da múltiplas latência de sono
Teste de manutenção de vigília
Polissonografia
Actigrafia
50
Diário do sono
Escala de sonolência de Epworth
Pode usar escalas
Índice de gravidade de insônia
Principais queixas:
Insônia
Sonolência excessiva
Incapacidade de dormir ou de acordar na hora desejada
Eventos (movimentos e comportamentos) anormais durante o sono
Sempre associar com história objetiva: cônjuge, pais, filhos e amigos
DSM 5
Hipersonias
Transtornos relacionados a respiração
Insônias
Transtornos do ritmo circadiano
Parassonias
Outros
Sistema reticular ativador ascendente:
Histamina
Dopamina
Serotonina
Noradrenalina
Acetilcolina
51
Indutores do sono:
Gaba 
Melatonina
Interruptor do sono
NTM promotor vigília
LAT
NSQ
POVL promotor do sono
Orexina
Melatonina
Neurônio gabaérgico
Neurônio HA
Insônia
Insatisfação com a quantidade ou a qualidade de sono associadas a um
(ou mais) dos seguintes sintomas
Dificuldade para
iniciar o sono
(insônia inicial)
Dificuldade para se
manter dormindo
(insônia
intermediária)
Despertar precoce
(insônia terminal)
Sono não reparador
Ocorre mesmo com adequada oportunidade e circustâncias
Resulta em problemas diurnos
Insônia como sintomas Insônia como doença
52
Epidemiologia
Doença do sono mais comum na população em geral
Prevalência do transtorno: 6 a 10%
1/3 dos adultos relatam queixas de insônia
Mais comum em mulheres e em idosos
Grande impacto oessoal e social
Causas de noites mal dormidas
Variantes da normalidade
Dominador curto
Outros quadros de sono
Transtorno de ritmo circadiano
SAOS
Insônia com sintoma de
Doenças mentais: depressão e ansiedade
Doenças clínicas: DRGE, captopril, doenças neurológicas, infecção
Doenças e medicações: estimulantes a noite, sedativos de dia
Condições inadequadas para o sono
Sociedade moderna
Sociedade moderna a "não valorização" do sono
Questões comportamentais: cochilos diurnos
Má higiene do sono: uso de telas
Questões volitivas e voluntárias
Trabalho, estudo, rendimento e crescimento pessoal estão do
sono, da saúde física e da saúde mental
Critérios diagnóstico 
Insatisfação com a quantidade ou a qualidade do sono junto a um ou
mais dos sintomas
Causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no
funcionamento
53
Pelo menos três noites por semana
Permanecem durante pelo menos três meses
Ocorrem a despeito de oportunidades adequadas para dormir
Não melhor explicada por outros transtornos
Investigação 
Boa anamnese
Excluir causas secundárias
Diagnóstico é clínico
Investigar higiene do sono e condições para dormir
Exames gerais para excluir outras causas
Polissonografia: sem indicação de rotina
Dúvida diagnóstica
Caso haja suspeita de outra doença do sono (SAOS ou SPI)
Refratariedade ao tratamento
Verificar o grau de má percepção do sono
Medidas não farmacológicas
Tratamento 
Medidas farmacológicas
Medidas não farmacológicas
Tratar doenças e quadros que possam atrapalhar o sono
Higiene do sono
Exercício físico (no mínimo, 2 horas antes de dormir)
Mindfulness ou meditação
Terapia cognitivo comportamental
Evitar café e estimulantes a noite
Higiene do sono
Diminuir luzes a noite
Cuidado com excesso de uso de telas a noite
Se expor a luz de dia
54
Colchão e travesseiros adequados
Cuidado com companheiros de cama
Ambiente do quarto adequado
Evitar dormir com fome, mas também evitar refeições intensas
Beber líquido durante o dia, evitar antes de dormir
Exercício físico ajuda muito, longe do horário de dormir
Ter horários regulares para deitar e levantar
Ter um ritual (sequência de ações) para dormir ajuda
Evitar cochilos diurnos
TCC para sono
Aumenta tempo de remissão e aumenta resposta a medicação
Psicoeducação e higiene do sono
Terapia de controle de estímulos
Técnicas de relaxamento e mindfullnes
Interação paradoxal e biofeedback
Terapia cognitiva e reestruturação cognitiva
Restrição de sono e de tempo de cama
Aumenta a eficácia de sono
Combate vínculose crenças negativas: estado de hipervigilância
Tratamento farmacológico 
Ação melatoninérgica
Antagonizar orexina/hipocretina
Ação gabaérgica: benzodiazepínicos e agonista seletivo
Antagonizar histamina (antihistaminérgica)
Triazolam e Temazepam, Bromazapem e lorazepam
Zolpidem, zopicione e zaleplon
Ramelton
Suvorexant
55
Anticonvulsivantes
Pregabalina e gabapentina
Antidepressivos sedativos
ADT, mirtazapina, trazadona e agomelatina
Antipsicóticos
Quetiapina, olanzapina, difenidramina e dimenidrato
Fitoterápico: melatonina, valeriana, passiflora, camomila e tritofano
Guideline Brasileiro (2013):
1ª escolha: gabaérgico não benzodiazepínico
2ª escolha: GABA não-BZD ou antidepressivo sedativo
3ª escolha: benzodiazepínicos
4ª escolha: associações
Evitar uso de benzodiazepíncio:
Efeitos colaterais, vícios e dependência e consequências de uso a
longo prazo
A curto prazo (4 semanas) melhor indicado
Principal questão: baixo custo e alta acessibilidade
Como não usar benzodiazepínico:
Investigue quadro de base e uso algo relacionado
Tente indutores do sono e antidepressivos 
Sempre oriente higiene do sono e exercício físico
Idoso: tente trazodana, mirtazapina, gabapentina e pregabalina
Conceitos chaves:
✓ O que é um sono normal
✓ Insônia: quadro clínico, causas e tratamentos
56
Transtornos de personalidade
Transtorno de personalidade
O que é? Classificação
Transtorno de personalidade Borderline
Quadro clínico Tratamento
Transtorno de personalidade Anancástico
57
Quadro clínico Tratamento
O que é personalidade?
"O modo característico como uma pessoa sente, pensa, reage, se
comporta e se relaciona com as outras pessoas." (Widiger, 2011)
Características individuais e relações com o meio
"Características inatas e experiências adquiridas."
Constituição corporal
O que é personalidade?
Temperamento
Caráter
Quando uma personalidade vira patológica?
Uma personalidade "diferente" a um ponto que causa prejuízo
Causa sofrimento pra si, para a sociedade e pessoas com quem
convive
Variação extrema de medianas ou normas populacionais
Problemas comportamentais, emocionais
Surgir entre final da adolescência e início do
período adulto
Estável e duradouro. Persiste e inflexível.
Conjunto amplo de comportamentos e experiências
Envolvendo vários aspectos da vida e da experiência
do indivíduo
Desvia acentuadamente das expectativas culturais
Provoca sofrimento e prejuízo para o indivíduo e
/ou para as pessoas que com eles convivem
Contribui para pior desempenho ocupacional (no
trabalho, nos estudos) e social (com familiares,
amigos, colegas de trabakhi ou estudo)
Minha personalidade tá errada?
É comum se identificar com algumas características ou identificar
características em pessoas próximas
Cada transtorno de personalidade é formado por um CONJUNTO de
características (não uma penas)
A personalidade de ninguém é perfeita, mas algumas pessoas chegam
a extremos
58
Transtorno de personalidade 
Envolve o jeito de ser da pessoa
Comorbidade é a regra
Quadro complexo
Tratamento é com psicoterapia
Transtorno de personalidade X Quadros agudos 
Quadros agudos - crises e remissões
TP = jeito de ser, constante no tempo
Diagnóstico de TP é SEMPRE longitudinal
Clusters do transtornos 
Cluster A: esquisitos e desconfiados
Paranoides
Esquizoides
Esquizotípicos
Cluster A: instáveis e manipuladores
Histriônicos
Narcísicos
Antissociais
Boderline ou limítroge
Cluster C: ansiosos, controlados ou controladores
Anancásticos ou TPOC
Evitativos
Dependentes
E o psicopata? 
Já foi usado como sinônimo de TP
Hoje, mais relacionada ao TP antissocial
Já foi usada como sinônimo de doença mental
Hoje tem cunho mais popular/jurídico do que psiquiátrico
59
Transferência e contratransferência
Comum causar raiva, irritação, impaciência
Podem ser manipuladores ou chatos ou sedutores
Sensação que devem ser mais sentidas, elaboradas e utilizadas no
processo terapêutico.
Postura do médico frio e distante causa tanto prejuízo quando o
médico excessivamente próximo e envolvido.
Consciente X Inconsciente
O que NÃO temos ciência determina muito mais nosso
comportamento do que temos ciência
Muitos dos comportamentos do paciente Borderline é incoscicente
Transtorno de personalidade Borderline 
Bastante relacionado a traumas infantis
Prevalência 1,8 a 4,7%
Etiologia multifuncional
3x mais comum em mulheres
Mais prevalente nos ambulatórios
Quadro clínico 
Relacionamentos instáveis
Sintomas de humor sem caracterizar um quadro completo
Falha do senso de identidade e autoimagem
Labilidade emocional e raiva inadequada ou intensa
Impulsividade
Critérios diagnósticos 
"Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e dos afetos e de
impulsividade acentuada que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme
indicado ou cinco (ou mais) dos seguintes"
60
Medo intenso de abandono
Relacionamentos instáveis
Alterações de identidade: instabilidade,
autoimagem , baixa autoestima
Impulsividade
Comportamentos, gestos ou ameaças suicidas ou
automutilação
Instabilidade afetiva + reatividade de humor
Vazio crônico
Raiva intensa, brigas e irritação
Ideação paranoide transitória ou sintomas
dissociados
Prejuízos 
Baixa capacidade de adaptação ao estresse
Dificuldade em se manter em trabalhos
Muita dificuldade nos relacionamentos interpessoais
Incapacidade de aprender com erros
Alta procura por serviços de saúde
Border e suicídio
Tentativas são comuns e recorrentes
Impulsivas e após estressores pessoais
Suicídio 50x maior que na população em geral
Costumam causar contransferência ruim
Cuidado com esses pacientes! Border se suicida sim!!
61
Curso e tratamento
Comorbidade é a regra
História de vida difícil
Gravidade pode variar muito
Comum atenuar alguns sintomas ao longo das décadas
Terapia é o foco do tratamento: terapia comportamental dialética
e terapias psicodinâmicas, entre outras
Medicação é para tratar comorbidades OU sintomática
Eles tem um sofrimento real (para eles)
Como ter paciência
Tente ter empatia
Abordagem prática:
Tentem estabelecer bom vínculo
Aprendam a colocar limites e fazer acordos
Investiguem e tratem as comorbidade
Sempre encaminhem para terpias
Border e medicação
Impulsividade e labilidade emocional: estabilizador de humor e
antipsicóticos
Vazio e sintomas depressivos: antidepressivo
Sintomas psicóticos e dissociativos: antipsicóticos
Egosintônico X Egodistônico
Egodistônico: experienciados como indesejáveis, contrários aos
valores morais e anseios do paciente
Egosintônico: algo "em sintonia" com suas vontades, afetos e anseios
62
Rigidez, controle (de si ou dos
outros) e perfeccionismo extremos
Quadro de personalidade
Pensamentos obsessivos
acompanhado de rituais (obsessões
para aliviar a angústia do
pensamento)
Transtorno de personalidade Anancástica
Prevalência variam 2,1 a 7,9%
Preocupação com detalhes, metódicas e perfeccionismo
Transtorno de personalidade obsessivo compulsivo (TPOC)
Devoção excessiva ao trabalho e produtividade
Controladores, incapacidade de delegar tarefas
Rigidez, teimosia, "cabeça dura"
TPOC
Alerta: TPOC X TOC
TOC
É egosintônico
Quadro agudo/subagudo
Obsessões são egodistônicas
É tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem, organização
ou horários, que o objetivo principal da atividade se perde
Demostra perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas
(não consegue completar um projeto porque seus padrões próprios
demasiadamente rígidos não são atingidos).
É excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em
detrimento de atividades de lazer e amizades (não explicado por
uma óbvia necessidade financeira)
Critérios diagnósticos 
Um padrão difuso de preocupação com ordem, perfeccionismo e controle mental e
interpessoal à custa de flexibilidade, abertura e eficiência, que surge no início da vida adulta
e está presente em vários contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:
63Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas, a
menos que elas se submetam à sua forma exata de fazer as coisas
É excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível quanto a
assuntos de moralidade, ética ou valores (não explicado por
identificação cultural ou religiosa)
É incapaz de descartar objetos usados ou sem valor mesmo quando
não têm valor sentimental
Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas, a
menos que elas se submetam à sua forma exata de fazer as coisas
Adoram o estilo miserável de gastos em relação a si e a outros; o
dinheiro é visto como algo a ser acumulado para futuras catástrofes
Preocupado com detalhes, regras,, listas, ordem, organização ou
horários
Perfeccionismo (que interfere na conclusão de tarefas)
Dedicado ao trabalho e à produtividade (não explicados por
necessidade financeira)
Preocupação com ordem, perfeccionismo e controle mental e interpessoal:
Rígidos e teimosos
Muito éticas e escrupulosas
Dificuldade em descartar objetos
Dificuldade em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas
Avarento
Curso 
Egosintônico
Não buscam ajuda
64
Pessoas produtivas, mas muito difíceis de conviver
Quadro tende a ir ficando mais intenso ao longo dos anos
Tratamento 
Medicação: Ansiolíticos? Antidepressivos?
Terapia: TCC ou TC
Na vida, equilíbrio é fundamental
Conceitos chaves:
✓ Entender a questão dos transtornos de personalidade e quando uma
personalidade vira patológica
✓ Conhecer melhor 2 TP: borderline e anacástico
65
Urgências clínico psiquiátricas
Urgências clínico psiquiátricas
Agitação psicomotora
66
Crise de ansiedade
Síndrome de abstinência alcóolica
Por que urgências CLÍNICO psiquiátricas?
Diagnóstico psiquiátrico é SEMPRE de exclusão!
Suicídio
Sensação de tensão interna
Agitação psicomotora - quadro clínico 
Atividade motora excessiva
Ocorre num "espectro"
Cuidado com hostilidade e preconceito
Diagnóstico diferencial 
Agitação decorrente de condição médica legal
Trauma cranioencefálico
Encefalite, meningite ou outra infecção
Encefalopatia (principalmente hepática e renal)
Exposição a toxinas ambientais
Distúrbio metabólico (hiponatremia, hipocalemia, hipoglicemia)
Hipóxia
Doença da tireoide
Convulsão (estado pós-ictal)
Intoxicação medicamentosa (psicofármacos ou anticonvulsivantes)
Agitação decorrente de intoxicação ou abstinência
Álcool
Drogas ilícitas (cocaína, ecstasy, quetamina, sais de banho, inalantes)
Agitação decorrente de doença psiquiátrica
Transtornos psicóticos
Mania
Transtornos de ansiedade
Transtornos de personalidade
Abordagem - objetivos
Coleta de informações rápida
Diminuir riscos e segurança
Sequência de ações:
Manejo verbal
Medicação oral
Medicação intramuscular
Contenção mecânica ou restrição física
Segurança
Acionar equipe, incluindo de equipe de segurança
Ambiente preparado e amplo
Segurança em primeiro lugar
Rota de fuga
Cuidado com materiais em cima da mesa
Sistema de alarme ou botão de segurança
Manejo verbal 
Evitar fazer anotações
Apresentar-se e apresentar a equipe presente
Manter certa distância
Assegurar ao paciente que você pretende ajudá-lo
67
Deixar o paciente falar, estimulando-o a se expressar
Fazer perguntas claras e diretas
Contenção física
Indicações
Agitação psicomotora grave
Confusão mental
Agressividade e violência
Risco de quedas
Pacientes não cooperativo, como medida protetiva para ele (uso de cateter, dreno)
Risco suicida iminente
NUNCA deve ser feita de maneira punitiva
Técnica
Uso de faixas ou tecidos
Fica o paciente ao leito em 4, 5 ou 9 pontos
De preferência: 4 a 5 pessoas
Registrar tudo em prontuário 
Mínimo de tempo possível
Medicação 
Exemplos: haloperidol, risperidona, olanzapina
Via: VO > IM > IV
Medicação de primeira escolha: antipsicóticos
NUNCA combinar 3 a 4 medicações ou 2 ampolas da mesma medicação ao
mesmo tempo. 
Aplica, reavalia e reaplica se necessário
Haloperidol IM: pode ser feito a cada 30 minutos, máximo de 20mg em 24 horas
(ou seja, 4 ampolas).
E o benzodiazepínico?
Pode usar associado com antipsicóticos.
Cuidado com acontraindicações: idoso, gestante e lactante, TEPT, problemas
pulmonares, dilirium.
Exemplos: diazepam, clonazepam ou lorazepam
68
SAA
Contraindicação aos antipsicóticos 
Intoxicação por estimulantes
Benzodiazepínico sozinho
VO: qualquer um
IM: apenas midazolam (diazepam não)
IV: midazolam ou diazepam
Exemplos de uso de medicações
VO:
Olanzapina 5mg ou 10 mg
Risperidona 2mg + Clonazepam 2mg
Haloperidol 5mg + Diazepam 5mg
IM:
Haloperidol 5mg/mL - 1 ampola, IM, agora
Haloperidol 5mg/mL - 1 ampola + prometazina 25mg/mL - 1 ampola, IM, agora
Haloperidol 5mg/mL - 1 ampola + Midazolam 15mg/3mL - 1/2 ampola, IM,
agora
Clorpromazina 25mg/mL - 1 ampola, IM, agora
Abordagem 
Anamnese: fatores de risco e proteção
Ideação suicida
Suporte social
Ideação suicida 
Ideação suicida
Pensamento de morte
Planejamento suicida
Ato suicida
Fatores de risco 
Tentativa prévias de suicídio
Doença mental
69
Outros: 
Homem > Mulheres
Jovens e idosos
Usuários de drogas
Não-casados
Ateus
Algumas profissões (médicos)
Acontecimentos adversos recentes
Desempregados e aposentados
Presença de doenças crônicas ou incapacitantes 
Abuso na infância 
Fatores de personalidade: impulsividade
História familiar de suicídio
Suporte social 
Amigos
Colegas de trabalho
Família
Centros de crise
Profissionais da saúde
Clérigos
Abordagem 
Baixo risco (pensamento e ideação)
Manejado por qualquer membro da equipe. Apoio, suporte emocional e tratamento da
causa base.
Médio risco (plano suicida)
Pronta atenção multiprofissional. Apoio, contrato de vida, orientação familiar,
medidas de prevenção aos meios e consulta rápida. 
Alto risco (planejamento iminente, ato ou tentativa)
Apoio e ficar junto 24 horas. Manejar riscos imediatos, contrato de vida, internação,
informar a família, acolhimento em serviço de emergência.
70
Existe medicação para suicídio?
Quadro de humor: lítio
Quadros psicóticos: clozapina
Crise de ansiedade?
Crise de pânico
Crise pânico-like secundária e outros quadros psiquiátricos ou clínicos
Somatização 
Dissociação
Conversão
Ansiedade secundária a outros quadros psiquiátricos ou clínicos
Quadros de ajustamento e RAE
Crise de ansiedade SOE
Crise de pânico
Atingem um pico em poucos minutos
Presença de sintomas físicos e/ou psíquicos e cognitivos
Ataque abrupto de ansiedade, medo intenso ou desconforto
Palpitação e taquicardia
Sudorese
Tremores
Falta de ar
Dores 
Tontura
Ondas de calor
Parestesias
Despersonalização
Desrealização
Medo de perder o controle ou
enlouquecer
Medo de morrer
Diagnóstico diferencial
Ataque de pânico pode ser comórbido ao quadro clínico
Ataques de pânico podem ter causas orgânicas
Pode acontecer no contexto de outras doenças psiquiátricas
71
Manejo medicamentoso pânico
Diazepam 5 a 10 mg VO
Clonazepam gotas ou 0,5 a 2mg VO
Alprazolam 0,25 a 1mg VO
Quetiapina 25 a 50mg VO
Risperidona 0,5 a 1mg VO
Propanolol 40mg VO
Dipirona 500mg VO
Síndrome de abstinência alcoólica:
Droga mais consumida no mundo
Age no receptor GABA
Álcool - depressor do SNC
Abordagem 
Medidas não farmacológicas
Suporte emocional
Mindfullnes
Respiração diafragmática
Psicoeducação
Medidas farmacológicas
Benzodiazepínicos
Antipsicóticos (dose baixa)
Betabloqueadores
Sintomáticos
Consumo de álcool
Efeito agudo do álcoolEstado de abstinência
Recuperação da adaptação
Síndrome da abstinência
Interrupção do consumo
Tolerância ao álcool
Adaptação de oposição
72
SAA - quadro clínico
Inicia 4 a 12 horas após interrupção ou diminuição
Sintomas físicos e cognitivos/psíquicos:
Tremor, náuseas e vômitos
Sintomas autonômicos: taquicardia, aumento de temperatura e hipertensão
Ansiedade, irritação e agressividade
Enjoo, tremor, sudorese, coceiras e sensação no corpo, som e alucinações
auditivas, luzes e alucinações visuais, nervosismo e ansiedade, tonturas e
cefaleia, agitação e orientação.
Critérios diagnósticos
0-9 SAAleve
10-18 SAA moderada
>18 SAA grave
73
Atendimento inicial - Resumo
Suporte clínico e aferição de SSVV
Glicemia capilar e hidratação
Benzodiazepínicos: diazepam VO
Tiamina IM ou IV
Antipsicóticos, se agitação
Solicitação de exames (HMG, rim e eletrólitos, fígado, glicose)
Benzodiazepínicos 
1ª escolha: benzodiazepínicos
Diazepam (5 e 10mg) ou lorazepam (2mg) - Hepatopatas
VO > IV
Intramuscular: midazolam (diazepam NÃO)
Dose fixa ou TGS
Complicações
Síndrome de Wernicke-korsakoff
Delirium Tremens
Crise epilépticas
Intoxicação
Intoxicação alcóolica X Abstinência alcóolica 
Uso agudo
Efeito agudo da droga: depressão de SNC
Tempo: durante uso ou logo após
Tratamento: suporte
Evitar benzodiazepínico
Abstinência
Após cessação ou diminuição
Falta de droga: paciente "ativado"
Tempo: após uso (horas ou dias)
Tratamento: benzodiazepínico
Conceitos chaves:
✓ Lidar com as principais urgências clínicas psiquiátricas 
✓ Agitação psicomotora a abordagem é manejo verbal e uso de antipsicótico
✓ Suicídio é um tema complexo que requer muita paciência do médico
✓ Crises de ansiedade são tratadas com benzodiazepínicos, VO, em dose baixa
✓ SAA é um quadro frequente (na prática e na prova) e é tratada com suporte, tiamina e benzodiazepíncio 
74
Via mesolímbica e mesocortical
Neurobiologia da dependência:
✓ Sistema de recompensa, localizado no núcleus accumbens
✓ Região da motivação no córtex orbitofrontal 
✓ Circuito da memória e aprendizagem localizada na amigdala e no
hipocampo 
✓ Região de controle e planejamento, localizado no córtex pré-frontal e no
giro do cíngulo anterior
Transtornos por uso de substâncias I
Transtorno por uso de substâncias
Neurobiologia Conceitos gerais
Álcool
Intoxicação Dependência
Abordagem
75
SAA
Sistema de recompensa, localizado no núcleus accumbens
Dopamina
Transtorno por uso de substâncias 
Prescritas: opióides e benzodiazepínicos
Ilegais: canabis, crack/cocaína e club drugs
Legais: álcool, tabaco
Uso patológico de substâncias que alteram nosso estado mental
Problema grave de saúde pública
Relacionado a violência e criminalidade
Maioria dos casos
A queixa principal não está relacionada ao uso
Depende de várias questões
Questões sociais e morais (questões ambientais)
Questões biológicas e genéticas (susceptibilidade individual)
Efeito da droga e via de uso (poder de reforço)
Critérios para dependência 
Desejo ou esforço mal sucedido de parar (baixo controle)
Muito tempo gasto
Maior quantidade ou tempo
Problemas, trabalho, escola ou casa (prejuízo social)
Fracasso em cumprir obrigações
Fissura ou desejo forte de uso
Uso mesmo depois de perceber que tem um problema
Uso apesar de perigos físicos (uso arriscado)
Perda de outras atividades sociais e recreacionais
Abstinência (critério farmacológico)
Causa prejuízo ou sofrimento
Tolerância (critério farmacológico)
Padrão de uso farmacológico
76
Depressoras do SNC: 
Álcool e benzodiazepínicos = GABA
Opioides = sistema opioide
 
Estimulantes do SNC:
Crack/cocaína = noradrenalina/dopamina
Nicotina, anfetaminas e club drugs
 
Outras ações:
Canabis = sistema canabinoide
LSD e club drugs
Mecanismo de ação básico de cada droga
Poder ativo de uma droga
Efeito: mais rápida, maior pico, mais curto
Via: VO < IM < VF < IV
Álcool 
Doses intermediárias e altas: rebaixamento do nível de consciência
Muito aceita socialmente
Doses baixas: discreta euforia e relaxamento
Droga mais consumida do mundo
Uso baixo risco Uso nocivo e dependência
Binge drinking Beber pesado episódico
Epidemiologia 
77
Um (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas: 
Fala arrastada
Incoordenação
Instabilidade na marcha
Nistagmo
Comprometimento da atenção ou da memória
Estupor ou coma
Rapidamente absorvido (80% intestino)
Alcoolemia depende de vários fatores
Alta distribuição pelos tecidos
Farmacocinética e farmacodinâmica 
Metabolização: fígado (álcool desidrogenase e acetaldeído
desidrogenase)
Exceção: pulmões, urina e suor
Metaboliza e excreta cerca de 1 dose por hora
Intoxicação aguda
Síndrome abstinência
Dependência
Diagnóstico 
Intoxixação 
Ingestão recente de álcool
Alterações comportamentais ou psicológicas, exemplo:
comportamento sexual ou agressivo inadequado, humor
instável, julgamento prejudicado
Tratamento = suporte clínico + sintomáticos
78
Se agitado: usar antipsicóticos e EVITAR benzodiazepínicos
Benzodiazepínicos (diazepam e lorazepam)
 
Suporte clínico e aferição de SSVV
Glicemia capilar e hidratação
Benzodiazepínicos: diazepam VO
Tiamina IM ou IV
Antipsicóticos, se agitação
Solicitação de exames (HMG, Rim e eletrólitos, fígado)
Inicia 4 a 12 horas após interrupção ou diminuição
 
Sintomas físicos e cognitivos/psíquicos:
Tremor, náusea e vômitos
Ansiedade, irritação, agressividade e sintomaspsicóticos
Sintomas autonômicos: taquicardia, aumento de temperatura e hipertensão
Síndrome de abstinência alcoolica 
Síndrome de abstinência alcoólica
Principais complicações:
Convulsão
Delirium tremens
Síndrome de Wernicke Korsakoff
Medicação de primeira escolha
79
Desejo ou esforço mal sucedido de parar 
Muito tempo gasto
Maior quantidade ou tempo
Problemas, trabalho, escola ou casa 
Fracasso em cumprir obrigações
Fissura ou desejo forte de uso
Uso mesmo depois de perceber que tem um problema
Uso apesar de perigos físicos
Perda de outras atividades sociais e recreacionais
Abstinência 
Tolerância
Uso rotineiro vira patológico
Dependência ao álcool
Dependência ao álcool CAGE
Cut down, Annoyed, Guilty, Eye-opener
Já se aborreceu por alguém criticar seu modo de beber?
Já se sentiu mal ou culpado sobre seu modo de beber?
Você já sentiu que deveria beber menos?
Já tomou uma dose pela manhã, logo ao acordar?
80
Medidas não farmacológicas
Terapia
Grupos de mútua ajuda - AA
Reabilitação social e reformulação de vínculos
Medicações
Naltrexona
Dissulfiram
Acamprosato
Topiramato
Tratamento
Dica prática:
Intoxicação = ação aguda da droga
Abstinência = "contrário" da ação da droga
Conceitos chaves:
✓ Entender os problemas relacionados ao álcool
✓ Farmacologia e farmacodinâmica
✓ Intoxicação
✓ Abestinência
✓ Dependência 
81
Transtornos por uso de substâncias II
Transtorno por uso de substâncias
Tabaco Maconha
Abordagem
82
Cocaína/Crack Opióides
Abordagem
Estágio motivacional
Estágio Características do indivíduo
Pré contemplação
Contemplação
O indivíduo não tem a intenção de mudar nos próximos seis
meses. Encontra-se desmotivado e bastante resistente às
orientações
O indivíduo está ciente do problema que existe, e há intenção de
mudanças nos próximos meses. No entanto, há uma ambivalência
quanto à perspectiva de mudanças
O indivíduo tem intenções de realizar mudanças no próximo mês,
e já podem observar pequenas mudanças comportamentais
O indivíduo tem modificado seu comportamento num período
inferior de seis meses e superou de alguma forma as barreiras
antes percebidas
O indivíduo se esforça para prevenir recaídas e consolidar o
comportamento saudável
Ação
Preparação
Manutenção
Principal fator de risco modificável da doença
10% da população é dependente
Grandes riscos a saúde a longo prazo
Apenas 5% dos usuários conseguem parar sem ajuda
Droga com maior capacidade de vício
Tabagismo
Quanto tempo após acordar você fuma o seu primeiro cigarro?
Você acha difícil não fumar em locais onde o fumo é proibido?
Qual cigarro do dia traz mais satisfação (o que mais detestaria
deixar de fumar)
Rastreio - Teste Fargerstrom 
Quantos cigarros você fuma por dia?
Você fuma mais frequentemente pela manhã (ou nas primeiras
horas do dia) que no resto do dia?
Você fuma mesmo quando está tão doente que precisa ficar de
cama a maior parte do tempo
Medidas não farmacológicas Tratamento de comorbidades
Tratamento
Terapias medicamentosas:
Terapia de reposição de nicotina 
Bupropiona
Vareniclina
Nortriptilina
83
Terapia de reposição de nicotina 
Goma de mascar (2mg e 4mg)
Balas
Adesivo (21mg, 14mg e 7mg)
Spray nasalPastilhas
Diminui fissuras e sintomas de abstinência
Início de uso após cessação do tabagismo
Todas as formulações liberam nicotina mais lentamente que o cigarro e fazem menor pico
Cuidado: pós IAM imediato, arritmias cardíacas graves, angina instável e AVC recente 
Tempo médio de tratamento: 6 a 12 semanas
Bupropiona 
Não substitui a nicotina
Muito comum associar TRN
Inibidor de recaptação de noradrenalina e dopamina
Atrapalha sono e pode piorar ansiedade
Leve diminuição do apetite
Risco de convulsão
Vareniclina 
0,5mg 1x ao dia - 1ºao 3º dia
0,5mg 2x ao dia - 4º ao 7º dia
Agonista parcial seletivo dos receptores de nicotina
1mg 2x ao dia a partir do 8º dia
Total do tratamento: 12 semanas
Cuidado com: suicídio e ideação suicida
84
Relacionada a legalização e impressão que é uma droga de menos dano
Canabis
Cannabis sativa, Cannabis indica e Cannabis ruderalis
Droga ilícita mais utilizada no mundo
Maconha não é uma coisa única
Aumento de uso
80 canabinoides: THC e CBD
Epidemiologia
Medidas não farmacológicas Sem medicações até o momento
Tratamento
Intoxicação
Relaxamento e leve euforia
Alterações de memória, cognição e atenção
Alterações fisiológicas (taquicardia e aumento de PA, enrubescimento de
conjuntivas e boca seca)
Pode gerar crise de ansiedade, quadros psicóticos transitórios
Intoxicação e abstinência 
Tratamento = suporte
85
Abstinência
Quadro raro 
Sintomas inespecíficos
Tratamento = suporte
Derivado de coca
Erythroxylon coca
Cocaína e crack
Usada a milhares de anos pelos povos pré colombianos
Problema muito grave de saúde pública
Cocaína
Sal em pó, inalado
Crack
Pasta, fumaça. Preço inferior, ação intensa e muito rápida
Intoxicação 
Hipervigilância e alerta. Midríase
Ansiedade, tensão ou raiva
Euforia e autoconfiança elevada
Sintomas psicóticos
Associado a: taquicardia, dilatação pupilar e PA elevada
Pode evoluir para: IAM ou arritmias cardíacas, convulsões e hipertermia
Suporte clínico + Sedativos (benzodiazepínicos ou antipsicóticos) + Sintomáticos
Tratamento
Cuidado com uso de betabloqueadores em pacientes intoxicados por cocaína
Cessação de uso pesado e prolongado
Abstinência 
86
Humor deprimido
Fadiga
Sintomas
Insônia ou hipersonia
Aumento de apetite
Sonhos vívidos e desagradáveis
Retardamento psicomotor
Suporte
Sintomáticos
Tratamento
Terapias
Abordagem motivacional
Reinserção social
Aspectos laborais
Terapias de grupo
Grupo mútua ajuda (NA)
Terapia individuais
Dependência - Tratamento
Tratar comorbidades
Farmacologia
Topiramato
Dissulfiram
Modafinil
Derivado da ópio
Papaver somniferum
Opioides 
Serve para
Tranquilização/sedação, analgesia
Anestesia, antitussígeno e antidiarréico
Depressor do SNC
Age no sistema opioide
87
Classificação 
Intoxicação 
Boca seca e rubor facial
Coceira
Euforia e calor
Alterações de humor
Alucinações, desrealização e despersonalização
Analgesia
Miose
Torpor e sonolência
Hipotensão e taquicardia
Depressão respiratória
Suporte ventilatório Corrigir hipotensão
Tratamento
Depressão respiratória e coma
Antagonista opioide
Naloxone (IV) - Narcan - 0,8mg, IV
Naltrexona (VO) - Revia - 50mg, VO
88
Cessação de uso pesado e prolongado OU administração de antagonista para
usuários crônicos
Abstinência 
Sintomas
Humor disfórico
Náuseas e vômitos
Dores musculares 
Lacrimejamento e rinorreia
Midríase, piloereção ou sodorese
Diarreia
Bocejos
Febre
Insônia
Terapia substitutiva Sintomáticos
Tratamento
Opioide meia vida longa
Metadona VO
Outras medicações
Clonidina
AINES para dores
Antieméticos para náuseas e vômitos
Sedativos para distúrbios do sono
Conceitos chaves:
✓ Conhecer um pouco sobre demais drogas
✓ Tabaco
✓ Canabis
✓ Opioides
✓ Cocaína/Crack
89

Outros materiais