Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof.: Phelipe Macedo phelipe.macedo@ibmr.br Rio de Janeiro, 2020 TOXICOLOGIA OCUPACIONAL ANÁLISES TOXICOLÓGICAS E AMBIENTAIS Panorama Mundial Na UE, a cada ano, morrem cerca de 167 mil trabalhadores em consequência do trabalho. Expert forecast on emerging chemical risks related to occupational safety and health (2009). Jukka Takala, Diretor da Agência Europeia para Segurança e Saúde no Trabalho. Panorama Mundial Em torno de 159.500 dessas mortes podem ser atribuídas a doenças relacionadas ao trabalho, das quais 74.000 decorrentes da exposição a substâncias perigosas. Expert forecast on emerging chemical risks related to occupational safety and health (2009). Jukka Takala, Diretor da Agência Europeia para Segurança e Saúde no Trabalho. Panorama Mundial Em particular, os cânceres estão entre as principais causas - se não a principal - de mortes relacionadas às condições de trabalho, na Europa. Monitoramento Ocupacional • Porque monitorar? • O que medir? • Onde medir? • Quais os valores de referência? Estratégias de Monitoramento Ocupacional • Monitoramento Ambiental • Monitoramento Biológico Monitorização de Exposição interpretação de parâmetros ambientais e/ou, biológicos com Procedimento que consiste em uma rotina de avaliação e a finalidade de detectar os possíveis riscos à saúde. Monitorização ambiental Avaliação da concentração do agente químico em amostras ambientais (p. ex.: ar inspirado, água, solo, plantas). Monitorização biológica (animal e/ou humana) Avaliação através de parâmetros biológicos, denominados indicadores biológicos, bioindicadores ou biomarcadores. Monitoramento Ambiental • Preferível • Estabelecer limites de tolerância • No Brasil: • Portaria 3.214 (MT e Previ, 1978) • NR15, anexo 11 (agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho) • EUA: Threshold Limit Value (TLV), ACGIH Monitoramento Biológico Atividade sistemática destinada a quantificar os níveis de agentes químicos e/ou seus produtos de biotransformação, ou ainda, alterações biológicas (bioquímica, fisiológica, morfológica) que ainda não tem relação com agravo a saúde, em tecidos, fluidos, excreções, ar exalado, com o objetivo de caracterizar os riscos a saúde decorrentes da exposição a substâncias químicas Indicadores biológicos de exposição (IBE) Fases da Intoxicação Monitoramento Ambiental Monitoramento Biológico Vigilância da Saúde Vantagens do Monitoramento Biológico • Exposição relativa a um período de tempo prolongado; • Absorção de uma substância, através de várias vias de introdução; • Individualizado (qtd da substância absorvida pelo trabalhador em função de fatores individuais) Fatores que interferem na monitorização Biológica (ocupacional) Trabalhadores com mais de um emprego podem apresentar superexposição ou exposição cruzada. Também podem interferir no resultado: • Momento da coleta da amostra biológica, • Seu armazenamento, • Transporte e método laboratorial, • Etc... Bioindicador Biológico Demonstração da presença de um agente químico ou seus metabólitos num líquido orgânico, secreção ou ar expirado; Indicação do comprometimento de uma função biológica específica. Indicadores Biológicos Indicadores biológicos de dose interna A medida e avaliação de AT e seus produtos de biotransformação em tecidos, secreções, excreções, ar exalado ou alguma combinação desses, para estimar exposição ou risco à saúde quando comparados com uma referência apropriada. • Chumbo no sangue, fenol urinário para compostos com anel benzênico. Indicadores biológicos de efeito A medida e avaliação de efeitos precoces, para os quais ainda não foram estabelecida relação com prejuízos à saúde, em trabalhadores expostos, para estimar exposição ou risco à saúde quando comparados com uma referência apropriada. • Acetilcolinesterase para organofosforados e carbamatos Amostras Urina: Utilizar frascos limpos de polietileno ou vidro, conforme indicado para a análise em questão, com tampa mosqueada e 100 ml de capacidade. O orifício uretra e as mãos dos trabalhadores devem ser limpos, antes da coleta da amostra, dando-se preferência ao banho completo. O primeiro jato de urina deve ser desprezado. Coletar aproximadamente 100 ml de urina: caso não seja possível, enviar no mínimo 50 ml para o laboratório. Quando for indicado “coleta de final da jornada de trabalho”, a amostra deverá ser obtida nas duas últimas horas da jornada diária. Sangue: Limpar a pele antes da coleta da amostra. O paciente deve ficar sentado cerca de 15 minutos antes da punção venosa e o torniquete deve ser evitado ou utilizado o menor tempo possível. Não deve ser realizado exercício físico antes da coleta. Enviar as amostras de sangue na própria seringa ou “vacutainer”. PRESENÇA DA SUBSTÂNCIA OU METABÓLITO PRESENÇA DA SUBSTÂNCIA NO AMBIENTE INVESTIGAÇÃO CLÍNICA POSITIVA - SINTOMATOLOGIA Monitorização Ocupacional SANGUE URINA AR EXPIRADO + + Metais Pesados Arsênio, Cádmio e Chumbo Arsênio Arsênio A exposição ocupacional ao arsênio ocorre na fabricação de praguicidas, herbicidas e outros produtos agrícolas. A elevada exposição a fumos e poeiras de elemento acontece em indústrias de fundição. A exposição ambiental ao elemento acontece principalmente pela ingestão de água potável contaminada com o metal, frequentemente proveniente de fontes naturais. A exposição ambiental ao arsênio também decorre da queima de carvão con- tendo níveis naturalmente altos do metal. Alimentos, em especial frutos do mar, podem contribuir de maneira significativa para a ingestão diária de arsênio. Segundo o pesquisador, o nível médio de arsênio encontrado em amostras de arroz brasileiro que examinou foi de 222 nanogramas por grama de arroz. “Em especial o arroz integral apresentou maiores concentrações, pois, em geral, o arsênio pode se acumular no farelo”, explica o autor da pesquisa Bruno Lemos Batista, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Uma das principais razões para a presença de arsênio é o uso de agrotóxicos que poluem o solo e a água, diz Batista. Arsênio Pode penetrar no organismo por inalação dos seus vapores ou através da pele. Os compostos trivalentes são corrosivos e o pentóxido de arsênio provoca sensibilização da pele e dermatite de contato. A inalação provoca dores abdominais, mal estar geral, prurido, dor nas articulações, perda gradual da força física, diarreia, coriza e traqueobronquite leve. A perfuração do septo nasal é comum. Há relatos de danos hepático e miocárdico. O arsênico e certos arsenais são considerados carcinogênicos. Arsênio - Riscos Todos os profissionais que trabalham na área de: fabricantes de inseticidas, raticidas, cerâmicas, vidros,herbicidas, pigmentos, farmacêutica, metalúrgica e petroquímica, aplicadores de pesticidas, etc. O arsênico é contaminante de vários alimentos (especialmente peixes e crustáceos) e da água; portanto dieta e também as fontes não ocupacionais devem ser avaliadas para melhor correlacionar os níveis urinários do arsênico com a exposição no ambiente de trabalho. Arsênio - Riscos O arsênio é um carcinogênico humano conhecido, associado com tumores de pele, pulmões e bexiga e, possivelmente, de rins, fígado e próstata. O câncer de pele induzido pelo arsênio inclui carcinomas basocelulares e carcinomas de células escamosas (espinocelular ou planocelular), ambos originados em áreas de hiperqueratose induzida pelo arsênio. Em humanos, o aumento da mortalidade associa-se ao câncer de pul- mão em adultos jovens após a exposição uterina a arsênio. Assim, o feto em desenvolvimento parece ser hipersensível à ação carcinoge ̂nica do metal Arsênio – Detecção Indicador biológico: Arsênico na urina. Exame médico: Coletar a sua urina no final do último dia da jornada da semana. Mínimo de 100 ml, em frasco de polietileno.Recomenda-se iniciar a monitorização após seis meses de exposição na área. Valor de referência da normalidade: até 10µg/g de creatinina (NR-7). Índice biológico máximo permitido: 50 µg/g de creatinina (NR-7). Cádmio Cerca de 75% do cádmio produzido é usado em baterias, em especial as baterias de níquel-cádmio. Devido às suas propriedades não corrosivas, o cádmio tem sido usado na galvanoplastia ou ligas para resistência à corrosão. Também é usado como pigmento de cor para tintas e plásticos. Esse metal é obtido como um subproduto da fundição de zinco e chumbo. Cádmio Penetra no organismo principalmente por via respiratória, causando irritação pulmonar. Pode ser absorvido também por via digestiva. Em exposições prolongadas pode causar anemia, anosmia e dificuldade para respirar; atua sobre o sistema nervoso central e rins. É comum o aparecimento de um anel amarelado no colo dos dentes, podendo causar também lesões ósseas. Possui ação carcinogênica. O tabagismo é a principal fonte não ocupacional de exposição ao cádmio. Cádmio - Riscos As ocupações potencialmente sob risco na exposição ao cádmio incluem aquelas envolvidas com o refino de minérios de zinco e chumbo, produção de ferro, fabricação de cimento, indústrias envolvendo a queima de combustíveis fósseis, fabricação de pigmentos de tintas, baterias de níquel-cádmio e galvanoplastia. Cádmio - Riscos A toxicidade aguda pela ingestão de elevadas concentrac ̧ões de cádmio na forma de bebidas ou alimentos altamente contaminados causa irritação grave do epitélio gastrintestinal, levando a náuseas, vômitos e dor abdominal. A inalação de fumos de cádmio ou outros materiais aquecidos contendo o metal pode produzir pneumonite aguda com edema pulmonar. Os principais efeitos tóxicos a longo prazo resultantes da exposição a baixos níveis de cádmio são danos renais, doenças pulmonares obstrutivas, osteoporose e doenças cardiovasculares. O câncer é uma grande preocupação na exposição ocupacional ao metal. Os efeitos tóxicos crônicos do cádmio são claramente uma preocupação muito maior do que as raras exposições agudas ao metal Cádmio – Detecção Indicador biológico: Cádmio na urina. Exame médico: Coletar a sua urina no final do último dia da jornada da semana. Mínimo de 100 ml, em frasco de polietileno. Recomenda-se iniciar a monitorização após seis meses de exposição na área. Valor de referência da normalidade: até 2,0µg/g de creatinina (NR-7). Índice biológico máximo permitido: 5,0 µg/g de creatinina (NR-7). Chumbo O chumbo é um elemento especialmente importante em saúde ocupacional, devido a sua ampla utilização em processos industriais e sua toxicidade aguda e crônica. A intoxicação profissional pelo chumbo, por ser uma doença grave, incapacitante e de grande incidência ocupacional, é considerada um problema de saúde pública. O principal efeito tóxico do chumbo ocorre no sistema hematopoiético com a redução dos níveis do grupo prostético heme, causado pela inibição de algumas enzimas utilizadas na síntese da hemoglobina e levando ao acúmulo do ácido delta aminolevulínico (ALA) no sangue e na urina. Chumbo A eliminação gradual do uso da gasolina aditivada com chumbo e sua remoção de tintas, soldas e canos de fornecimento de água têm diminuído significativamente os níveis do metal no sangue da população em geral. A exposição ao chumbo em crianças ainda constitui um grave problema de saúde Chumbo As vias de absorção do chumbo são respiratória, cutânea e digestiva, em relação à exposição ocupacional, a via mais importante é a respiratória. Apresenta efeito cumulativo no organismo. Intoxicações crônicas causam anemia, cefaléia, fadiga, irritabilidade, distúrbios visuais, alterações sensoriais e renais, além de dores nos ossos e músculos. Podem surgir dores abdominais semelhantes ao quadro de abdômen agudo, acompanhadas de náuseas, vômitos e perda de peso. Nas intoxicações agudas, ocorre cefaléia intensa, convulsões e delírios, podendo provocar a morte Chumbo - Riscos A tinta contendo chumbo é a principal fonte de exposic ̧ão ao metal em crianças. Uma das maiores fontes ambientais de chumbo para bebês e crianças de até 4 anos de idade é a transferência do metal presente em lascas de tinta e na poeira do chão de casas mais antigas pelo hábito de levar as mãos à boca. O chumbo na poeira doméstica pode também vir de fora da residência (p. ex., do solo). A principal rota de exposição para a populac ̧ão em geral é por meio do alimento e da água. A ingestão de chumbo tem diminuído drasticamente nos últimos anos. Outras fontes potenciais de exposição ao metal são a prática recreativa de tiro, o carregamento manual de munição, a solda, a fabricação de joias, de cerâmica, de armas, o polimento de vidro, a pintura e a fabricação de vidros coloridos. Chumbo - Riscos Os efeitos tóxicos variam da inibição de enzimas à produção de patologias graves ou morte. As crianças são mais sensíveis aos efeitos no sistema nervoso central, enquanto a neuropatia periférica, a nefropatia crônica e a hipertensão são preocupações em adultos. Outros tecidos-alvo incluem os sistemas digestório, imune, esquelético e reprodutivo. Os efeitos na biossíntese do heme fornecem um indicador bioquímico sensível, mesmo na ausência de outros efeitos detectáveis. Chumbo – Detecção Indicador biológico: Ácido delta – aminolevulínico na urina (ALA-U): indicador de efeito mais apropriado. Chumbo Na urina – utilizado no acompanhamento do tratamento clínico (quelação) da intoxicação com chumbo inorgânico. Chumbo no sangue – melhor indicador de dose interna. Exame: ALA-U – urina coletada a partir de um mês de exposição. Não coletar amostrar às segundas-feiras. Mínimo 50 ml em frasco de polietileno ou vidro âmbar. Chumbo urinário – Na avaliação da terapia com lentes, e enviar urina de 24 horas, de cada dia em que é realizado o tratamento (quelação). Chumbo no sangue – sangue total coletado após exposição de um mês. Mínimo 10 ml, em seringa plástica heparinizada ou (vacutainer). Chumbo – Detecção Valores de referência da normalidade: - ALA-U – até 4,5 mg/g creatinina (NR-7). - Chumbo urinário – até 50µg/g creatinina (NR-7) - Chumbo no sangue – até 40µg/100 ml (NR-7). Índice biológico máximo permitido : - ALA-U – 10 mg/g creatinina (NR-7). - Chumbo urinário - 100µg/g creatinina (NR-7) - Chumbo no sangue: 60-µg/ 100 ml (NR-7) Outros metais importantes.... Mercúrio (Hg) Exposição alimentar, ocupacional e acidental. Nefrotoxicidade, Neurotoxicidade. Danos inespecíficos às células, inibição de enzimas, estresse oxidativo... Níquel (Ni) Exposição ocupacional Dermatite de contato, câncer no sistema respiratório. Cobre (Cu) Alimentos, bebidas e água potável Distúrbios gastrointestinais Pesticidas Organofosforados e Carbamatos Organofosforados e carbamatos Os agrotóxicos são largamente utilizados no mundo todo, notadamente nos países menos desenvolvidos. A OMS (1990) estima que ocorram no mundo cerca de três milhões de intoxicações agudas por agrotóxicos com 220 mil mortes por ano; dessas, cerca de 70% ocorrem em países do chamado Terceiro Mundo. O SINITOX (1999) registrou no país 66.584 casos de intoxicação humana notificados aos CIT’s; destes, 4125 casos por agrotóxicos de uso agrícola, que foram responsáveis pela maior letalidade no período: 3,4%. No Paraná, em 1993 e 1994, os agrotóxicos aparecem em segundo lugar como causa de intoxicação humana. A maioria dos casos são registros de intoxicação aguda. https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2019/04/10/interna_inte rnacional,1045300/no-brasil-agrotoxicos-tem-futuro-garantido.shtml https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2019/04/10/interna_internacional,1045300/no-brasil-agrotoxicos-tem-futuro-garantido.shtml Organofosforados e carbamatos Os inseticidas Organofosforados (OF) ligam-se ao centro esterásicoda acetilcolinesterase (AChe), impossibilitando-a de exercer sua função de hidrolisar o neurotransmissor acetilcolina em colina e ácido acético. Os inseticidas carbamatos agem de modo semelhante aos OF, mas formam um complexo menos estável com a colinesterase, permitindo a recuperação da enzima mais rapidamente. A AChe está presente no sistema nervoso central (SNC), sistema nervoso periférico (SNP) e também nos eritrócitos. Inativa a acetilcolina, responsável pela transmissão do impulso nervoso no SNC, nas fibras pré-ganglionares, simpáticas e parassimpáticas e na placa mioreural. Organofosforados e carbamatos A absorção se dá por todas as vias uma vez que são, em sua maioria, líquidos e altamente lipossolúveis. São inibidores da colinesterase, sendo que a exposição excessiva a estes pesticidas provoca um quadro de intoxicação colinérgica. Os pesticidas organofosforados são inibidores irreversíveis da acetilcolinesterase, enquanto os carbamatos são inibidores reversíveis. OF e CARB - Riscos Todos os profissionais desta área; pesquisadores científicos, universitários, industriais, manipuladores e aplicadores de pesticidas e agricultores, etc. OF e CARB – Detecção Indicador biológico: Acetilcolinesterase eritrocitária: melhor relacionada à inibição da enzima cerebral. Demora mais a retornar aos níveis normais, sendo indicada na avaliação de exposições crônicas. Colinesterase plasmática: após a exposição aguda é a primeira a ser afetada. Exame: Sangue total heparinizado, coletado após exposição mínima de quatro semanas. Mínima de quatro semanas.. Mínimo 5 ml em seringa plástica descartável ou vacutainer. OF e CARB – Detecção Valores de referência da normalidade: Determinar a atividade pré-ocupacional. Índice biológico máximo permitido: Acetilcolinesterase eritrocitária: Depressão de 30% em relação a atividade inicial da enzima (NR-7). Colinesterase plasmática: Depressão de 50% de 25% em relação a atividade inicial das enzimas (NR-7). Solventes Benzeno Benzeno O benzeno comercialmente produzido é um derivado do petróleo e é amplamente utilizado como solvente bem como na síntese de outros compostos químicos. Desta forma, está diretamente inserido em diversos setores da indústria tornado possível a exposição dos trabalhadores no ambiente de trabalho. Benzeno Grande parte da substância é eliminada na expiração, entretanto uma parte é absorvida pela corrente sanguínea e se acumula principalmente em tecido com alto teor de lipídeos. É biotransformado principalmente no fígado e na medula óssea e eliminado na urina na forma de produtos da biotransformação como fenol, catecol, hidroquinona, ácido fenil mercaptúrico e ácido transmucônico. A biotransformação ocorre primeiramente no fígado, embora a biotransformação na medula óssea tenha importante função na mielotoxicidade Benzeno O benzeno em altas concentrações é uma substância bastante irritante para as mucosas (olhos, nariz, boca etc.) e, quando aspirado, pode provocar edema (inflamação aguda) pulmonar e hemorragia nas áreas de contato. Também provoca efeitos tóxicos para o sistema nervoso central, causando, de acordo com a quantidade absorvida: períodos de sonolência e excitação, tontura, dor de cabeça, enjoo, náusea, taquicardia, dificuldade respiratória, tremores, convulsão, perda da consciência e morte Benzeno – Detecção Indicador biológico: Os biomarcadores comumente utilizados na exposição ao benzeno são o próprio xenobiótico ou seus metabólitos, como o ácido trans,trans-mucônico e o ácido S-fenilmercaptúrico Benzeno – Detecção Benzeno – Detecção Como não há concentração limite segura de exposição ao benzeno, por se tratar de um composto comprovadamente genotóxico e cancerígeno, também não há limite seguro para seus metabólitos, que devem se apresentar zerados nos exames de biomarcadores de efeito avaliados nos trabalhadores. O ácido trans,trans-mucônico (TTM) urinário, biomarcador de exposição adotado no Brasil pela Portaria do Ministério do Trabalho, a prática de sua avaliação pelas empresas começou a considerar como “referência” o valor de 0,2 mg/g de creatinina (limite de detecção do método).
Compartilhar