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Autismo Na Escola

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11
AUTISMO NA INCLUSÃO ESCOLAR
Neuza Costa Ferreira
Simone Aparecida Reis
Soraia Marilac
Daniela Costa
RESUMO
O tema apresentado neste trabalho procurou conhecer como a inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista acontece na prática educativa e os desafios dos professores e pais nesta jornada em nossas escolas através de pesquisas em artigos que discutem o tema. Presume-se que o educador não tem formação para receber este aluno, falta de conhecimento sobre o assunto sendo um grande abalo no aprendizado do mesmo, em alguns casos o autista apresenta problema na linguagem da fala e nos estímulos visuais. . O estudo deste tema é importante para que as escolas juntamente com os professores saibam como trabalhar os alunos autistas no Ensino Fundamental, desenvolvendo práticas inclusivas no trabalho pedagógico e a participação dos pais é essencial neste processo. Esta pesquisa tem por objetivo investigar a formação continuada do professor sobre a educação do autista, mostrando que a criança que tem o diagnostico de autismo deve ser adaptada aos meio sociais, e comunicativos, promovendo a busca pela sociabilidade e independência no ambiente escolar quando tem ações pedagógicas de intervenção pelo professor com este aluno na sala de aula. A metodologia utilizada para a elaboração deste artigo foi á pesquisa bibliográfica, por meio de livros, políticas de educação inclusiva e artigos. Quando mais cedo houver um diagnóstico precoce á maiores chances deste aluno se desenvolver e ser incluso na sociedade. A inclusão de maneira geral ainda é um caminho longo a ser percorrido, que já possui avanços, mas ainda é necessário que haja algumas intervenções na prática educativa.
 Palavras-chave: Inclusão. Transtorno do Espectro Autista. Ensino fundamental
1. INTRODUÇÃO
O transtorno do espectro do autismo vem sendo estudado desde a década de 1940 por diversos autores entre ele Kanner (1943) Hans Asperger (1944), Lorna Wing, (1960). Aos poucos vem sendo foco de pesquisa na atualidade, por se considerar que ainda há muito trabalho a fazer, no sentido de sensibilizar e informar as pessoas á respeito desse distúrbio do desenvolvimento humano. Existe uma grande associação entre o autismo e deficiência mental, desde leve ate severo, sendo que se considera que a gravidade desta deficiência mental não esta necessariamente associada à gravidade do autismo.
 Esta pesquisa está voltada para a inclusão da criança com transtorno do espectro do autista na educação, assunto este discutido, porem, enigmático devido a duvidas de sua causa que não possui resposta exata. Deste modo, o atraso no desenvolvimento da criança compromete principalmente sua comunicação, socialização, iniciativa, imaginação e criatividade, essas limitações fazem com que a criança com transtorno espectro autista tenha certas dificuldades no processo de aprendizagem.
A inclusão escolar é motivo de discussão para o sistema de ensino, principalmente no Brasil, onde estudos mostram que devesse incluir a pessoa com deficiência, independentemente de cor, classe social, condição físicas e psicológicas, sem que haja exclusão. De acordo com a Lei N° 12.764/12, foi reconhecida e oficializada legalmente, que as pessoas com transtorno do espectro autista podem ser consideradas e vista como pessoas com deficiência.
Portanto, se as leis de inclusão fossem cumpridas, as crianças com deficiência receberiam uma educação adequada e vida social de direito, por outro lado existe um receio, pois se essas crianças forem colocadas dentro uma sala de aula sem uma estrutura apropriada e sem gestores capacitados, não ocorrerá inclusão, infelizmente o aluno muitas vezes, é desacreditado pelos profissionais da escola. Mas o que é de fato a inclusão? O que leva as pessoas a terem opiniões e significados tão diferentes? Acabem aqui demostrar algumas reflexões, pois dessa forma estaremos contribuindo para uma pratica menos e preconceituosa.
Neste entendimento o objetivo geral desse trabalho é analisar os elementos que influenciam o método de inclusão escolar. O conteúdo apresentado buscara refletir sobre iniciativas que possam ajudar no processo de inclusão, inclusive as praticas pedagógica.
Diante das reflexões ate aqui os objetivos específicos da pesquisa auxiliam em: investigar pratica pedagógicas de inclusão da criança com transtorno do espectro autista na educação, analisar como os professores e auxiliar de apoio vêm atuando para a inclusão da criança autista.
A justificativa do trabalho foi pelo fato de ser atualmente uma área ampla, por cada dia mais convivermos com seres humanos com tal deficiência para ter mais capacitação sobre essa discussão que já se faz parte do meio escolar, e pela circunstancia que vivencio com um familiar autista, tentam estudar sobre o assunto para que possa ajuda-lo. Acredito que esta pesquisa possa ajudar-nos a aprender ainda mais sobre o autismo, podendo ajudar nossa sociedade a comover com essa deficiência tão oculta e importante, e ainda, por meio de esclarecimentos quebrarem o preconceito que ainda existe atualmente.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O autismo foi denominado pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler em 1908 para identificar pessoas com esquizofrenia. Posteriormente em 1943 Leo Kanner, psiquiatra austríaco utilizou o termo “autismo” para identificar crianças com atrasos no desenvolvimento e com dificuldades de se manter um relacionamento interpessoal (TCHUMAN; RAPIN, 2009, P17).
Em 1944, Hans Asperger, psiquiatra e pesquisador austríaco, escreveu o artigo “psiquiatra autista na infância” neste artigo Hans Asperger relatou padrões e comportamentos e habilidades de crianças com autismo que apresentavam deficiências sociais graves, falta de sintonia, fazia pouco contato com outras crianças e tinham interesse especial em determinados objetos, possuíam movimentos descoordenados, Asperger também observou que o transtorno ocorria especialmente em meninos (VILA; DIOGO; SEQUEIRA, 2009).
Mas só após 40 anos é que o autismo foi delimitado como tal, no DSM-manual diagnostico e estatísticos de transtornos mentais, só a partir da terceira edição do DSM (DSM III, APA, 1980) que foi incluído a expressão TGD- transtornos globais do desenvolvimento que se menciona a um grupo de transtorno do desenvolvimento que são determinados pelo comportamento, incluindo entre eles o autismo clássico.
Segundo Tuchman e Rapin (2009, p.23), “o autismo é uma síndrome, não uma doença, pois apesar de seu notável fenótipo comportamental, falta-lhe uma etiologia singular ou uma patologia especifica”.
O conceito de autismo foi sofrendo alterações ao longo do tempo, foram surgindo novos estudos a respeito do autismo.
A literatura atualmente existente sobre o autismo também destaca os prejuízos no desenvolvimento de suas capacidades interativas, onde a capacidade dessas crianças e inexpressivo (Camargo & Bosa, 2009), contudo, para além das discussões sobre as limitações característica do autismo, faze se necessária e consideração da importância do ambiente no desenvolvimento dessas crianças. O ser humano é um ser social em essência e o seu desenvolvimento prende-se a qualidade das interações sócias que ele experimenta.
As comunicações iniciais com pessoas próximas, em geral os pais e familiares, são de suma importância do desenvolvimento social da criança. Quanto mais cedo houver um diagnóstico e uma intervenção, maior será a chance desses indivíduos desenvolveram suas capacidades e ser incluso na sociedade. As pessoas com transtornos do espectro do autismo, na sua maioria, têm necessidades especiais durante toda a vida assisti-las envolve cuidados muito intensivos, desde a intervenção precoce até sua velhice. Conforme um estudo de Oliveira (2016) para a USP, estima-se que existem cerca de 2 milhões de autistas no Brasil, ainda assim esses milhões de brasileiros com TEA ainda não encontram tratamento adequado ou até mesmo nem recebem o diagnóstico específico.
 É importante que haja um diagnóstico precoce, para isso é necessário que se tenha um trabalho em conjunto comdiversas áreas, principalmente a saúde, educação, ou seja, é necessário que se reconheça e fiquem á tentos as caraterísticas do autismo o mais cedo possível, o mais importante do que o diagnóstico precoce é a intervenção precoce. O trabalho multidisciplinar no tratamento de pessoas com autismo envolve profissionais de diversas áreas como fonoaudiologia, psicologia, fisioterapia, pedagogia, psiquiatria, terapia ocupacional e entre outros. 
Esse trabalho não é realizado às cegas, são determinados objetivos, Mello et al (, 2013, p. 85) aborda que “uma vez selecionados os objetivos a serem trabalhados, o próximo passo é igualmente importante: definir, de modo descritivo, o que se espera do indivíduo dentro de cada área de desempenho. ” A oferta desses serviços no Brasil ainda é muito limitada, cabendo apenas as instituições privadas como as APAEs, AMAs, e clinicas privadas (MELLO et al, 2013, p.37).
Apesar de existirem leis que comprovem a inclusão dessas pessoas ainda há muitas instituições que apenas inserem esses alunos não se preocupando com o seu desenvolvimento, como o Autismo é um espectro, ou seja, não existem dois autistas iguais, pois cada um possui a sua especificidade, como as pessoas com TEA são muito diferentes entre si, cada um precisa de acompanhamentos diferenciado de ensino, com diferentes graus de adaptação e apoio.
Dentro dos Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), temos o autismo, atualmente conhecida como Transtorno do Espectro Autista. Foi a partir da Constituição Federal de 1988 que respalda que a educação é um direito de todos, independentemente de raça, origem, sexo, cor, idade, ou qualquer outra forma de discriminação ou pré-seleção, que garante plena igualdade no acesso e na permanência na escola, já garantiu grandes avanços no âmbito da inclusão de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino (BRASIL, 1988).
 Reforçando assim a ideia de que toda criança tem direito a educação e acesso à escola regular, e devem ter oportunidades de avanço, mostrando caminhos de para que a organização da educação especial seja realizada.
De acordo com a Lei Diretriz e Bases (LDB 9.394/96) no Art. 59. Inciso I “currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;”. Sendo assim podendo realizar algumas adaptações curriculares dependo da necessidade que cada aluno autista apresenta, incluindo atividades que facilitam a interação com os outros alunos da sala.
Existem varias atividades que podem ser apresentadas aos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Ensino Fundamental, brincar com objetos de concretos, cartões com fotos ou desenhos das atividades por períodos, ou símbolos de toda a rotina, cartões com símbolos ou palavra escrita, indicação de toda a rotina por escrito, contar historia, estas atividades podem ser trabalhadas a fim de estimular e acrescentar no desenvolvimento, motor, cognitivo e também afetivo destas crianças Trabalharem junto com a família é um grande ganho tanto para os alunos quantos aos pais e também a escola, onde trabalhando em união podem obter melhores resultados.
Algumas propriedades que os alunos com Transtorno de Espectro Autista apresentam são: Muitas vezes alguns autistas evitam qualquer tipo de contato visual, a linguagem pode ser um pouco diferente, por muitas vezes pode chamá-lo pelo nome e ele não responder, realizam muitos movimentos repetitivos, quando se sentem desorganizados começam a girar, evita barulhos ou contato físico, segue rotinas rigidamente e se senti incomodando quando saem da rotina que a ele é proposto (PRAÇA, 2011). SILVA (2007) aponta que crianças com Transtorno do Espectro autista (TEA), na maioria dos casos, não aprendem pelos métodos de ensino convencionais e para isso é necessário que haja adaptações curriculares.
 O papel da escola, é de se adaptar para atender às especificidades destes alunos, para isso são necessárias mudanças na estrutura e no funcionamento da escola, na formação dos professores e nas relações família-escola. Uma forma de auxiliar a inclusão dos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na escola é o AEE – Atendimento Educacional Especializado que de acordo com o Decreto n° 6571, de 2008, Ou seja, o objetivo do AEE não é substituir ou tirar ou aluno da sala de aula regular, mas de trabalhar em conjunto promovendo recursos que ajudarão o aluno a desenvolver suas habilidades.
O atendimento do AEE deve ser realizado de preferência em uma sala de recursos multifuncionais expressa nas Diretrizes Nacionais da Educação Básica, instituídas pela Resolução CNE/CEB nº 4/2010, conforme disposto no seu Parágrafo 1ºdo Art. 29: Tem também um enorme desafio para que a inclusão ocorra de fato é o despreparo do professor, “preparação apropriada de todos os educadores constitui-se um fator chave na promoção de progresso no sentido do estabelecimento de escolas inclusivas” (BRASIL, 1994) ainda assim o que mais se encontra é profissional que dizem não estarem preparados para trabalhar com o público alvo da Educação Especial.
Os professores costumam dizer que a formação universitária e as práticas tradicionais de ensino não dão conta do aluno que se encontra em sua sala de aula. Isto faz com que se sintam, muitas vezes, atarefados e esgotados mediante dificuldades que se encontram na rotina (LAGO 2007, p. 54).
A sala de aula, se possível, deve ter um número menor de alunos para que o professor atenda a todos de maneira eficaz de modo que ele não seja sobrecarregado. Sendo assim tanto os profissionais da educação como toda a comunidade escolar devem estar preparados para receber esse aluno, através de cursos de formação continuada na área da Educação Especial.
A família é o primeiro lugar de socialização de qualquer indivíduo, são responsáveis pelos valores e também questões culturais, isso faz com que a família consiga junto á escola fazer com que a criança de modo geral se sinta segura e assim tenha uma aprendizagem melhor. A família e a escola são duas bases fortes para a formação de um indivíduo, sendo assim um não pode transferir a responsabilidade para o outro, é obvio que muitos pais não estejam preparados para lidar com um filho especial, e também é compreensivo que a escola por muitas vezes não saiba lidar com esse aluno especial, o que se torna necessário nesses casos é que a escola juntamente com família troque informações a fim de ajudar esse aluno a se adaptar e se sentir acolhido mesmo estando longe da família, criando assim laços que contribuem de forma direta o ensino aprendizagem dos alunos. A escola deverá obter meios para que os pais não participem somente em reuniões ou quando acontece algum problema com o qual ela não consegue resolver sozinha. Em compensação os pais precisam sentir a necessidade de cada vez mais participarem da vida escolar de seus filhos.
Sendo assim a inclusão foi estabelecida a fim de resguardar os direitos a educação a todos, que devem participar e aprender sem qualquer tipo de descriminação, e foi passando por diversas mudanças ao decorrer do tempo. Educação especial é uma modalidade de ensino que passa por todos os níveis e etapas, garantindo participação de todos no ensino regular onde visa o ensino e a escola e não a deficiência de cada aluno, permitindo a convivência de todos. Pensar na inclusão é mais do que simplesmente inserir um aluno dentro da sala de aula regular, é preciso preparação para incluir estes alunos. 
A capacitação, formação continuada dos professores e aperfeiçoamento é um 
dos principais caminhos para que a inclusão seja realizada de fato. O estado, a família, comunidade escolar e a sociedade de modo geral devem assegurar a qualquer pessoa com deficiência, neste caso especificamente as crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA) tenha uma educação de qualidade desde a Educação Infantil até o Ensino Superior. 
Contudo, possibilitar as crianças com autismo chances de conviver com outras da mesma faixa etária facilita o estimulo as suas capacidades interativas e o desenvolvimentoda competência social, fornecendo modelos de interação e evitando o isolamento constante. A inclusão escolar de crianças com autismo surge como um caminho que pode fornecer esses contos sociais e favorecer não só o seu desenvolvimento, mas o das outras crianças, na medida em que aprendem com as diferenças.
Um dos maiores desafios no TRANSTORNO DO ASPECTRO AUTISTA (TEA), geralmente é o comportamento verbal, a criança não consegue comunicar com o outro, neste caso não é somente a fala eles não conseguem expressar o comando, Segundo o relato de (Burrhus, 2019, p. 20.) “dado à abrangência da dificuldade na comunicação, há casos em que a criança autista fala, mas isso não quer dizer que se comunicam”.
O autismo ou transtorno nos espectro (TEA) é um problema psiquiátrico que costuma ser identificado na infância, caracterizados por desafios em habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não verbal, também possuem talentos específicos, que fique claro os autistas apresentam o desenvolvimento físico normal. Vale ressaltar que hoje o autismo é uma classificação única, porém com graus diferentes de funcionalidade. 
Nesse sentido Soraia Yoshida na reportagem dada à revista Nova Escola analisemos a seguir:
Aproximadamente 1 em cada 160 crianças em todo o mundo possui algum transtorno espectro autista, de acordo com dados de organização mundial de saúde, uma criança autista apresenta dificuldades no desenvolvimento da linguagem , nos processos de comunicação , interação e comportamento social. Mas estudos já mostraram que programas de treinamento e educação podem evoluir essas dificuldades. (YOSHIDA, 2018) 
Segundo a psicóloga Boselli (2019) o censo escolar 2018, divulgado em janeiro deste ano, aponta um grande índice de alunos matriculados com TRANSTORNO DO AUTISMO (TEA). Receber uma criança com ASPECTRO, na escola é um desafio muito grande para os gestores e uma grande insegurança para a família, uma vez que os modos como elas se relacionam e aprendem variam caso a caso, essas crianças precisam de um acompanhante especializado e principalmente com comprometimento em ajuda – lós. É preciso estabelecer uma conciliação entre a escola, a família, psicólogos, fonoaudiólogo e outros especialistas de acordo com a necessidade da criança para que ela possa evoluir. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa foi realizada através de um questionário aplicado em uma escola da região metropolitana de Belo Horizonte, a escola possui sala recursos com professores especialistas que atendem os alunos no turno contrario, os participantes envolvidos nesta pesquisa são três professores que trabalham com alunos na educação inclusiva, sendo um deles regente em sala de aula, outro desenvolve um trabalho na sala recurso e o apoio pedagógico acompanha uma criança com autismo.
A pesquisa tem como objetivo analisar as ações pedagógicas de inclusão da criança com transtorno do espectro do autismo, investigar como os professores e auxiliares de apoio vem atuando para a inclusão dessas crianças seja realizada de fato. Reunindo as informações obtidas e lhes dando sentido, procuro analisar as respostas significativas às questões da pesquisa.
Por isso, as ferramentas selecionadas para observação dos dados coletados direta, a entrevista semiestruturada e a analise documental, buscando maior dos fatos presentes no campo de pesquisa. Para desenvolvimento do trabalho em destaque, selecionamos os provimentos metodológicos característicos da pesquisa qualitativa.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O quadro (1) representa uma síntese da analise da entrevista com três professores que tem no ambiente escolar aluno com autismo e outras necessidades especiais. Durante a entrevista foram esclarecidas as característica e diferenças, se a escola e professores estão preparados para receber essas crianças.
QUADRO 1- QUESTIONARIO DO PROFESSOR
	Perguntas
	Professor 1
	Professor 2
	Professor 3
	1°. O que de fato e a inclusão?
	A inclusão e a pessoa ser inserida na sociedade, com igualdade de direitos e valorização das diferenças, como garante a constituição brasileira. E com isso, garantir o acesso a partir da aprendizagem de todos.
	A inclusão e um olhar humanizado que busca garantir ao aluno com deficiência, igualdade de direito no processo ensino aprendizagem.
	E difícil dizer ao certo o que seja educação inclusiva, pois ainda e uma área bem complicada, eu entendo como educação inclusiva uma área voltada à cidadania geral, livres de preconceitos em que se valorizam as diferenças.
	2°. O que leva as pessoas a terem opiniões e significados tão diferentes da inclusão?
	São vários fatores como falta de informações, não ter conhecimento das leis da inclusão, de não compreender que a partir das diferenças que se valoriza o todo.
	Incluir perpassa pela subjetividade dos valores que as pessoas envolvidas neste processo educacional trazem consigo. Além desses valores, outro aspectro fundamental e a formação e conhecimento das possibilidades de trabalho com os alunos da educação especial.
	Ao meu entendimento as divergências de opiniões se da à maioria das vezes por falta de instrução de muitas pessoas, algumas não sabem como lidar com as diferenças casos de inclusão e acham mais fácil excluir.
	3°. Os professores e a escola estão preparados para receber essas crianças com autismo?
	Infelizmente, não está preparada, a lei da inclusão nas escolas brasileiras, ainda esta em processo de adaptação. E um grande desafio, pois e muito difícil fazer um trabalho diferenciado com este aluno.
	Depende do querer fazer acontecer e também de politicas públicas que de fato ofereça proposta pedagógica, equipamentos acessíveis para minimizar as barreiras e uma equipe multidisciplinar que entenda as especificidades das demandas.
	As escolas estão se preparando, eu não estou preparada para receber essas crianças.
	4°. O que fazer para melhorar?
	E investigar na formação dos professores e funcionários da escola, conscientizar toda a comunidade.
	Continuar investindo em formação continuada, aumentar o quantificador do quadro da equipe multidisciplinar, e garantir apoio pedagógico individualizado para atender suas necessidades.
	Capacitar todos os funcionários, não somente os professores, todos os que convivem com os alunos diretamente (cursos, palestras e seminários).
	5°. Qual a relação dos colegas de classe com este aluno autista?
	Os alunos respeitam o aluno autista, mais o mesmo tempo não interagi devido a dificuldade na fala do colega.
	Alguns a turma tenta se aproximar, mas o mesmo não se comunica. Mas estão bem habituados com a presença da criança com autismo
	Os colegas trata bem o aluno com autismo, mas o mesmo tem dificuldade em se comunicar com os outros.
	6°. Os pais participam da educação dessas crianças? Demostram interesse no processo de aprendizagem?
	Não participam, para a família, só a interação social, já e o suficiente, já que não acreditam no porcentual dos seus filhos, Não compreendem que eles podem aprender que tem direito as atividades adaptadas, e que através da estimulação, podem apresentar varias habilidades.
	Assim como a sala de aula comum, temos pais bastante participativos e atuantes e outros desinteressados e desmotivados diante dos desafios enfrentados.
	A participação dos pais e familiares é fundamental para uma boa inclusão sem o apoio deles fica um pouco complicado, nem sempre eles participam ativamente dificultando o trabalho dos docentes.
Analisando as entrevistas é possível observar que a inclusão vem tomando cada vez mais espaço, mas o assunto inclusão ainda e muito discutido, as pessoas tem pouco conhecimento sobre o assunto, sabem que existe uma lei que ampara o direito das crianças com deficiência, mas não sabem nada sobre a ela, nem mesmos os pais dessas crianças. Sobre a inclusão, “a inclusão é um olhar humanizado que busca garantir ao aluno com deficiência, igualdade de direito no processo ensino aprendizado” (prof. 2 ).
É possível observar nas falas dos professores que eles e as escolas não estão preparadospara receber essas crianças com Transtorno de espectro de autismo, falta conhecimento para fazer um trabalho diferenciado, os professores não tem conhecimento sobre as necessidades do autismo, falta investir na formação continuada como cursos e palestras. 
Os docentes explicam “infelizmente, não estou preparada as leis de inclusão nas escolas brasileiras ainda esta em processo de adaptação.” (prof 1)
Segundo os professores as crianças com autismo têm dificuldades em se relacionar com as outras crianças devido a comunicação oral da criança com autismo, diante disso fica evidente que o professor deve ficar atento ao planejar e desenvolver uma pratica pedagógico, devem fazer brincadeiras que estimulem a aproximação das outras crianças. Com a metodologia diferenciada e o envolvimento do aluno e professor preste uma maior assistência à necessidade individual do mesmo sem que afetem o nível de desenvolvimento de toda a sala que o docente ainda em como responsabilidade, a professora deve contar com ajuda do apoio pedagógico no qual a criança tem o direito. Sobre tudo para que esta assistência possa ser aplicada de forma efetiva tem como necessidade criar também rotinas de trabalho, atividades que de linguagem oral, sensoriais que buscam ter o envolvimento deste aluno com autismo. 
O pai tem um papel fundamental no processo de inclusão e muito importante que eles participem de todo processo, muito pais levam seus filhos na escola somente para interagir não acreditam que eles possam aprender, não compreendem que eles têm o direito de ter atividades adaptadas acompanhando seu ritmo e com estímulos podem se desenvolver, mas também tem alguns pais participativos e procuram todo atendimento no qual seus filhos têm direito. “Assim como na sala de aula comum, temos pais bastante participativos e atuantes e outros desinteressados e desmotivados diante dos desafios enfrentados.” (prof 2).
Entretanto a participação da família junto às atividades escolares contribuir para definir o sucesso ou fracasso do processo inclusivo do aluno autista na escola, a família lida e tem responsabilidades em acompanhar na sala de AEE, acreditando no seu filho que pode desenvolver suas habilidades com as praticas pedagógicas do professor da sala recursos multifuncionais. Sendo o papel do docente importante como agente mediador nessa relação entre o cumprimento e o apoio que a família recebe para o meio social.
O processo de contribuição da educação de alunos autistas, observamos que não e uma tarefa apenas do educador também de todos que inserido na educação regular, no momento o papel, bem como relação professor e aluno e importantíssimo para o ensino e aprendizagem de qualidade e respeitando suas limitações, mas deve também propor atividades que possam incentivar seus estímulos e a quem sabe sua superação. 
5. CONCLUSÃO
Esta pesquisa teve com objetivo geral analisar o processo de inclusão com alunos autistas no ambiente escolar, tem sido um grande desafio para professores e todos que trabalham diretamente com essas crianças. O conceito de inclusão ainda é interpretado de maneira errônea, os professores e os demais profissionais da área da educação entendem que a inclusão é apenas matricular o aluno e nada mais, a inclusão é mais ampla, propõe que aluno se desenvolva, aprenda apesar das suas limitações.
Para que a inclusão ocorra de fato é necessário que haja uma conscientização, aceitar as diferenças e aprender a conviver com a diversidade, essa convivência é benéfica tanto para o professor tanto para os demais alunos e todos os demais indivíduos da comunidade escolar. O professor também deve estar bem preparado para atender os alunos com deficiência, especialmente o aluno autista e suas peculiaridades, buscando obter uma formação continuada, cursos na área da educação especial e refletir sobre o tema. O professor deverá fazer as adaptações curriculares necessárias, para que o aluno com Transtorno do Espectro Autista aprenda como os demais alunos. 
Em relação aos alunos com Transtorno do Espectro Autista, por ser um assunto pouco conhecido, muitos chegam à escola sem diagnóstico fechado, o professor então deverá analisar como esse aluno age em sala de aula, isso tudo também depende de quais tipos de informação sobre o transtorno que o professor possui, e encaminhar para a direção da escola que tomarão as devidas providências possivelmente comunicando aos pais para que esses procurem auxílio médico. A inclusão não só dos alunos com TEA, mas tanto de maneira geral, ainda é um caminho longo a ser percorrido, que já possui avanços, mas ainda é necessário que haja algumas intervenções na prática educativa.
REFERÊNCIAS
BERNARDO, Nairim. Nova Escola. Autismo como estabelecer uma boa relação entre escola e famílias de alunos, 2019. 
(https://novaescola.org.br/conteudo/11604/7-perguntas-e-respostas-sobre-autismo). Acesso em 26 de ago. 2019.
KANNER, Leo. Distúrbios do Autismo do contato afetivo. Revista, Nervous Children, 1943.
Lei n° 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases de educação nacional. Disponível em<http:www.planalto.gov.br/ccivil-03LEIS/19394.HTM>Acesso em: 29 set. 2019.
TCHUMAN, Roberto, RAPAIN, Isabelle. Autismo abordagem neurológica. Porto Alegre Editora, 2009.
VILA, Carlos; DIOGO, Sandra; SEQUEIRA, Sara. Autismo Síndrome de Asperger. 2009. Disponível em <http://www.psicologia.pt/artigo/textos/tl0140. P.f.>acesso: 05 de out. de 2016.
VICHESSI, Beatriz. Nova Escola. Disponível em: https: novaescola.org.br/conteúdo/18118/autismo-com-desenvolver-a-comunicação-e-relação-com-o-outro. Acesso em: 02 set. 2019.
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa

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