QUESTIONÁRIO PROCESSO CIVIL III

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QUESTIONÁRIO PROCESSO CIVIL III
· Conceitue recurso com suas palavras.
É o meio pelo qual se pede o reexame de uma decisão judicial, buscando a reforma, invalidação ou esclarecimento daquilo que foi julgado. 
2. Qual a diferença básica entre renúncia ao direito de recorrer e desistência do recurso?
Desistência do recurso: ocorre quando a parte, após a interposição do recurso, deseja desistir do feito. Deverá manifestar sua vontade de que o recurso não seja levado a julgamento, mediante petição. Será considerada revogação da interposição e é exercitável a qualquer tempo, independente da manifestação da outra parte ou dos demais litisconsortes. 
Renúncia: ocorre antes da interposição de recurso, a parte vencida previamente abre mão do direito de recorrer. Também não depende de manifestação da parte contrária. 
3. Cite um exemplo de aceitação tácita da sentença e desistência tácita do recurso.
Um exemplo claro de aceitação tácita da sentença é quando houve a ausência de interposição de recurso apelatorio no prazo legal aonde configura a aceitação tácita
4. O que é remessa oficial?
Ocorre quando o próprio juiz remete o processo para o Tribunal, nos caos em que o juiz julga em desfavor da Fazenda Pública, isto é, em sentença proferida contra a União, os Estados, Distrito Federal e os Municípios, no todo ou em parte, só surtirão efeitos depois de reexaminadas pelos Tribunais. Sendo definido que o juiz ordenará a remessa dos autos ao Tribunal e se não o fizer o presidente do tribunal a avocará. È dedicado os processos nos Tribunais por que diz respeito ao reexame compulsório que aqueles órgãos jurisdicionais farão das sentenças proferidas em desfavor de pessoas de direito público. 
5. Qual é o momento processual em que o recurso adesivo perde o caráter de dependência do recurso principal?
6. Em se tratando de prazo para interposição de recursos deve-se levar em consideração o dispositivo no art 221 c/c art 313, I e VI do CPC? Justifique.
Não; mais o que está disposto no artigo 1004, pois o prazo volta do zero. O art 221 trata da suspensão do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte e o art 313 complementa os casos de suspensão, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação. 
7. Defina resumidamente o efeito devolutivo recursal sob o aspecto horizontal e cite um exemplo.
Também chamado de efeito translativo, se dá quando há possibilidade do julgamento recursal extrapolar os limites do que foi efetivamente impugnado. Assim, a interposição de recurso devolve as matérias que, mesmo não impugnadas, se relacionam com o objeto do recurso. Ex: pedido de incidência de juros de mora sobre o valor da indenização que não foi apreciada em razão do juiz ter rejeitado o pedido. 
8. O que são vícios de atividade (errores in procedendo in pejus) e vícios de juízos (errores in judicando)? Cite exemplos de cada modalidade.
 Vícios de Atividade: ocorre quando a anulação pode ser pleiteada quando há vício formal na própria decisão, erro de procedimento e quando a decisão não foi devidamente fundamentada. Na própria decisão padece de nulidade e o processo padece de vício que afeta o procedimento, no todo ou em parte, assim como, a própria decisão. Diz respeito a nulidade da decisão. Tem efeitos rescisórios. Ex: Extra petita, Citra petita e Ultra petita.
Vícios de Juízos: o pedido de reforma do julgamento é baseado na injustiça da decisão, na má apreciação da prova e do direito aplicado, no erro do julgador. Diz respeito a injustiça da decisão, as falhas do julgador na analise das questões fáticas e nas questões de direito. Tem efeito substitutivo. Ex: 
9. O que é um acórdão? 
É a decisão do órgão colegiado de um tribunal, que se diferencia da sentença, da decisão interlocutória e do despacho, ou seja, é o nome dados as decisões colegiadas no âmbito dos Tribunais, sendo indiferente qual seja seu conteúdo ou sua finalidade.
10. Em que consiste o principio da proibição da refomatio in pejus? 
Consiste na vedação de reforma da decisão impugnada em prejuízo do recorrente e, consequentemente, em benefício do recorrido, ou seja, interposto o recurso por determinado motivo, o órgão julgador só poderá alterar a decisão nos limites em que ela foi impugnada, não podendo ir além. 
11. O que é coisa julgada material? 
Ocorre com o transito em julgado da sentença; a sentença transitada em julgado não só encerra a relação processual, mas compõe o litígio, havendo modificação qualitativa na relação de direito material. 
Além do efeito formal, a sentença definitiva que não estar mais sujeita a recurso, produz alteração na relação de direito material, ou seja, a sentença imutável recai tanto sobre a relação processual quanto sobre o direito material controvertido. Obsta a reabertura da relação processual já decidida em sentença, assim como, qualquer discussão acerca do direito material objeto da decisão definitiva. 
12. O que é coisa julgada formal?
Quando a sentença terminativa transita em julgado, havendo extinção da relação processual, onde nada mais pode ser discutido naquele processo. Não há alteração, nem repercussão de direito material, portanto, nada impede que o autor ajuíze outra ação, instaurando novo processo, a fim de que o juiz regule o caso concreto. 
13. O que é coisa soberanamente julgada?
14. O que é princípio da unirrecorribilidade?
Também chamado de princípio da singularidade, define que cada decisão comporta em uma única espécie. Não se admite a divisão de ato judicial para efeito de recorribilidade, devendo para aferir o recurso cabível, o conteúdo mais abrangente da decisão no sentido finalístico. 
Há exceção a este princípio que trata da possibilidade de interposição de recurso extraordinário e especial, havendo apena uma infringência aparente , tendo em vista que o recurso extraordinário relaciona-se a matéria constitucional enquanto o recurso especial à matéria infraconstitucional. 
15. O que é princípio da taxatividade?
Consideram-se recursos somente aqueles designados por lei federal, pois compete privativamente a União legislar sobre material processual. O CPC estabelece um rol de recursos cabíveis, sendo que estes não são exaustivos, havendo outros recursos previstos em lei extravagante. 
16. O que é o preparo recursal?
É o pagamento das despesas processuais correspondente aos recursos interpostos, que compreendem as custas e o porte de remessa e de retorno. Em regra, os recursos estão sujeito a preparo, tendo como exceção os embargos de declaração; os recursos interpostos pelo Ministério Público, União, DF, Estados e Municípios. 
Quando exigido pela legislação, o preparo deve ser comprovado no ato de interposição de recurso, é a regra do preparo imediato. 
Assim, é o adiantamento das despesas relativas ao processamento do recurso, é uma causa objetiva de admissibilidade e independe de qualquer indagação quanto à vontade do omissivo. 
17. Qual a diferença entre suspensão e interrupção do prazo?
Na interrupção os prazos são contados até a data em que acontece o fato interruptivo e depois a contagem é retomada desde inicio, isto é, faz com que os prazos voltem a correr por inteiro quando encerrar o motivo da interrupção. 
Na suspensão os prazos são contados até a data em que acontece o fato suspensivo e depois a contagem é retomada de onde parou, ou seja, parem de correr e em sua retomada, voltem de onde parou. 
18. O que é efeito suspensivo do recursal?
A regra é a não suspensividade da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial. Quando a lei for omissa, o recurso não produz afeito suspensivo, ou seja, a decisão será eficaz e produzirá efeitos. Quando há o efeito suspensivo ope legis, isto é, há previsão legal par sua atribuição, pois há decisão recorrível. Caso seja interposto o recurso com efeito suspensivo prolonga-se a ineficácia da decisão. Está presente em todas as espécies de agravos. 
19. O que é efeito regressivo recursal?
É o efeito que permite ao próprio juiz prolator da decisão impugnada rever sua decisão. Sempreque for aberto um juiz de retratação ao órgão prolator da decisão, pode-se falar em efeito regressivo. Assim, permite que por via do recurso a causa volte ao conhecimento do juízo prolator da decisão, isto não significa que ele seja o competente para o julgamento do recurso, mas em razão de expressa previsão legal poderia rever sua própria decisão. 
20. O que é sentença?
Trata-se da decisão final, compondo a lide ou apenas extinguindo o processo, proferida por juiz de primeiro grau de jurisdição, isto é, o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento, põe fim a fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. Quando resolve o mérito recebe o nome de sentença definitiva; quando apenas põe fim a relação processual denomina-se sentença terminativa. 
21. O que é uma decisão interlocutória? 
É todo pronunciamento judicial que não se enquandra no conceito de sentença, ou seja, todo pronunciamento judicial, com conteúdo decisório, que não se enquadra no conceito de sentença nem acórdão e não põe fim ao processo. 
22. O Ministério Público é parte legitima para recorrer quando funcional como fiscal da ordem jurídica? Justifique e fundamente sua resposta
Sim; o Ministério Público possui legitimidade para recorrer tanto quando for parte como quando atua como fiscal da ordem jurídica. Entretanto, o fato de ter condição de parte ou ter oficiado como fiscal da ordem pública não lhe confere interesse para recorrer. Há súmula 99 do STJ reafirma tal possibilidade argumentando que o interesse processual deriva do poder que o legislador outorgou ao MP e que o interesse de agir do MP é presumido quando a lei lhe confere legitimidade para intervir por que lhe presume o interesse. 
23. Cite exemplo de isenção subjetiva do preparo recursal e explique.
Nome tecnico para pagamento das despesas recursais. Pessoas que lhe tiram pela assistencia judiciaria - MP; Fazenda Pública, União, Estados, Municipios e Autarquias; Pessoas que tem a gratuidade 
24. Cite um exemplo de isenção objetiva do preparo recursal e explique. 
Proprio recurso que não tem despesas. Embargos de Declaração; Agravo; Recurso especial; Recuso extraordinario.
25. O que é um recurso intempestivo? 
É o recurso interposto fora do prazo legal, sendo o recurso manifestadamente inadmissível. 
26. Se houver julgamento de improcedência total dos pedidos do autor cabe a interposição de recurso adesivo. Justifique
Não, porque se houve improcedência total do autor quem pode recorrer é só autor então não tem sucumbencia reciproca.
27. Qual a diferença entre conhecer do recurso e dar provimento ao recurso?
O Conhecimento do recurso quer dizer que ele atende a todos os requisitos de admissibilidade e o Provimento do Recurso significa que a decisão proferida pelo tribunal modificou a sentença favoravelmente a quem recorreu.
28. cite uma hipótese em que o magistrado não está obrigado a proceder a remessa oficial quando julga contra a fazenda pública. 
(não entendi a resposta da professora ) (art. 496) 
Os casos dos mandados de segurança de competência original de tribunais julgados procedentes ou os casos dos recursos extraordinários lato sensu. Partindo-se do pressuposto que o segundo grau de jurisdição tem sempre que reanalisar matéria de fato e de direito, sob pena de não se celebrar uma jurisdição completa, não haverá segundo grau nestas hipóteses; haverá, isto sim, uma instância superior, extraordinária, de análise unicamente do direito
29. Se a parte vencida falece no decurso do prazo par interposição recursal este prazo é suspenso ou interrompido? Explique 
 A morte da parte provoca a extinção do processo se a ação versar sobre direito intransmissível (art. 485, IX, CPC/2015). É o que ocorre, por exemplo, nas ações de alimentos. Versando a demanda sobre direito transmissível, se não for ajuizada a habilitação (arts. 687 e SS do CPC/2015), o juiz deve determinar a suspensão do processo e a intimação do espólio ou dos herdeiros para que promovam a habilitação. Caso não o façam no prazo designado, o juiz poderá extinguir o feito sem resolução do mérito.
30. O que é deserção? 
Deserção, no âmbito do processo civil, é o abandono processual pelas partes em decorrência do não recolhimento das custas devidas, em prazo regimental.
31. O que é a preclusão recursal e quais são as formas em que ocorre no processo?
Preclusão é a perda da possibilidade de executar determinado ato processual.
Preclusão temporal: decorre da inércia da parte que deixa de praticar um ato
no tempo devido.
Preclusão lógica: decorre da incompatibilidade entre o ato praticado e outro,
que se queria praticar também (art. 1.000, parágrafo único). Ao cumprir o
julgado, perde a parte o interesse no recurso.
Preclusão consumativa: origina­se do fato de ter praticado o ato, não importa
se bem ou mal. Uma vez praticado, não será possível realizá­lo novamente.
32. Ocorre a formação da coisa julgada antes do trânsito em julgado da sentença? Explique.
Não, porque primeiro transita em julgado e depois forma a coisa julgada. A coisa julgada é posterior.
33. Cite exemplos de pronunciamentos judiciais, tais como decisões monocráticas, das quais não caiba recurso e explique de forma justificada e fundamentada.
34. Porque o mérito do recurso nem sempre se confunde com o mérito da causa? Explique
 O mérito do recurso nem sempre envolve o mérito da causa, no agravo de instrumento, por exemplo, é sempre matéria processual. Há temas que tem a natureza preliminar quanto ao processo, que no recurso adquire, caracteristicas de mérito. Assim, na apelação quando recorrente pretende a anulação da sentença por cerceamento ao exercicio do direito de defesa, o pormenor não se confunde com o meritum causae, mas é mérito do apelo. 
35. Qual é a diferença do efeito devolutivo quanto á extensão e quanto à profundidade no recurso de apelação? Explique e fundamente.
Este efeito permite que seja devolvido ao tribunal ad quem o conhecimento de toda matéria impugnada, formulando-se pedido para que ela seja reexaminada. A extensão, o efeito devolutivo da apelação abrange tão somente a matéria impugnada, em atenção ao princípio tantum devolutum quantum appellatum. Quanto a profundidade o que importa são os fundamentos utilizados para embasar a pretensão do autor ou a defesa do réu.. Esse dispositivo, portanto, trata dos fundamentos, uma vez que todos os pedidos devem, necessariamente, ser apreciados na sentença, sob pena dela ser declarada citra petita (aquém do pedido).
36. O princípio do tantum devolutum quantum appellatum está diretamente ligado ao efeito devolutivo da apelação sob o aspecto horizontal ou vertical? Explique 
Extensão ou horizontal, só pode se pronunciar e levado ao tribunal só pode tratar aquilo que foi impugnado. 
37. Explique o que é apelação total e apelação voluntariamente e necessariamente parcial, citando um exemplo de caso concreto.
Apelação total, ataca a decisão como um todo então se eu perdi em danos materias e morais eu posso fazer a apelação dos dois.
Em apelação voluntariamente eu decido se vou entrar em recurso material apenas ou moral.
necessariamente parcial sucumbencia reciproca julgou os materiais e improcedente os morais e só posso recorrer a parte que perdi.
38. Defina resumidamente o efeito devolutivo impróprio recursal e 
cite um exemplo.