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Luizze Santos BASES DA ESPIROMETRIA OBJETIVOS PRINCIPAIS: • Compreender as bases de ar e volume • Realizar a interpretação volumétrica dos valores de fluxo • Registrar as conformações no gráfico de espirografia • Detectar disfunções e alterações de pneumopatias (diferenciando a doença obstrutiva do problema orgânico) • Detectar as disfunções pulmonares via inspiração prejudicada ou problemas de complascência • Direcionar conduta nos pacientes portadores de cardiopatias • Subsidiar a saúde do trabalhador (medicina do trabalho) ALGUMAS INFORMAÇÕES COM DADOS ESPIROGRÁFICOS • VOLUME CORRENTE DE AR (VC) É o volume relacionado ao ar que adentra ou que sai, durante uma única inspiração o expiração. Em média possui valor em torno de 500ml, sendo alterado nos casos de tosse, por exemplo. • VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO (VRI) Define-se como volume adicional, a mais de ar inspirado, sendo relativamente superior ao volume corrente. Pode ser notado, sobretudo, durante a inspiração com força total (inspiração forçada), tendo valor médio entre 300ml nos homens e 1900ml nas mulheres. • VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIO (VRE) Corresponde ao volume de ar expirado vigorosamente, após uma expiração realizada. Varia de uma faixa de 1100ml nos homens, e 700ml nas mulheres. • VOLUME RESIDUAL (VR) É o volume de ar que permanece no pulmão após a realização de uma expiração máxima. Está relacionado à pressão intrapleural (aderência dos pulmões às costelas). Nas mulheres chega a valores de 1200ml, enquanto que nos homens a 1100 ml. Capacidade é a soma de dois ou mais volumes: • CAPACIDADE INSPIRATÓRIA: Vc+ VRI • CAPACIDADE VITAL: é o maior valor de ar mobilizado, podendo ser aferido tantos na inspiração quanto na expiração:Vc+ VRI + VRE • CAPACIDADE PULMONAR TOTAL: corresponde ao volume de ar no pulmões após a inspiração máxima : Vc+ VRI + VRE • CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL: é o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração usual, em volume corrente: VRI+VR CAPACIDADES E O CICLO RESPIRATÓRIO O ciclo respiratório consiste assim, em inspirar a maior quantidade de ar possível e expirar o maior volume possível também. Mediante isso, podemos analisar que o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) Legenda: FEF = fluxo expiratório forçado durante a expiração de 25–75% da expiração CVF; forçado médio na faixa intermediária da CVF, isto é, entre 25 e 75% da curva de CVF FEV1= volume expiratório forçado no primeiro segundo da manobra de capacidade vital forçada; CVF = capacidade vital forçada (a quantidade máxima de ar expirada vigorosamente após a inspiração máxima). Caso hajam problemas de obstrução, no entanto: Observar as alterações presentes nas curvas 2 e 3: para os casos de asma e restrições COMO É REALIZADA E SUBDIVIDA A ESPIROMETRIA? A espirometria completa é capaz de fornecer todos os volumes e capacidades expiratórias, identificando esses valores por meio do uso do gás Hélio. É aferido o volume residual (VR) e capacidade pulmonar total (CT). Assim, consegue de fato representar o espaço morto pulmonar. Já a espirometria simples ou convencional, apesar de ser capaz de determinar todos os valores referentes a fluxo e capacidade, não determina o volume residual (VR), sendo costumeiramente utilizada em pesquisas. Luizze Santos ÍNDICE DE TIFFENEAU O Índice de Tiffeneau (VEF/CVF): significa o resultado da fração que representa o VEF1 em relação à CVF. A partir de suas porcentagens, é possível estabelecer uma faixa para os distúrbios ventilatórios – restritivas ou obstrutivas. Por exemplo, sabe-se que quando esse índice é menor que 70%, quando VEF1 é inferior a 80% pode-se estabelecer o diagnóstico de DPOC. RESPOSTA VEF1 CVF VEF1/CVF APÓS BD NORMAL >= 80% >= 80% >= 75% - OBSTRUTIVA < 80% >= 80% < 75% (70%) + ou - RESTRITIVA >= 80% < 80% >= 75% - MISTA < 80% < 80% < 75% + ou - Vamos analisar, por exemplo, quais são as características de uma a) aumento do fluxo de ar no início da expiração - a curva é muto acentuada, sendo quase vertical b) corresponde ao fluxo máximo pontiagudo c) equivale a descida em linha reta para diminuir o volume pulmonar (como já dito antes, esse volume não chega a valores nulos, sobretudo devido a pressão intrapleural e aderência torácica) d) a curva desce até atingir o valor 0 e) equivale a fase inspiratória, que é circular DÉFICTS RESTRITIVOS • Fibrose intersticial • Doenças neuromusculares • Obesidade • Fratura de costela DÉFICITS OBSTRUTIVOS • Asma • Bronquite • Enfisema Mediante a análise da curva normal, podemos fazer um quadro comparativo com diversas pneumopatias, mediante a sobreposição gráfica a seguir:
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