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Formulações Cosméticas para 
Esteticistas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
91 
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MÓDULO II 
 
 
6. ATIVOS DESPIGMENTANTES 
 
As discromias, patogenias caracterizadas por alteração da cor natural da 
pele, deixam marcas ou máculas mais escuras (hipercromia) ou mais claras 
(hipocromia), relacionadas ao aumento (melanodermias) ou diminuição de melanina 
(leucodermias). 
Essas desordens pigmentárias, locais ou generalizadas são classificadas de 
acordo com a distribuição anômala de melanina em: acromias (ausência), 
hipocromias (diminuição) e hipercromias (aumento). 
 
 
Distribuição dos melanócitos e melanina nas camadas da epiderme. Fonte: Tutoria e Interação. 
 
 
 
 
 
 
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Doenças relacionadas à pigmentação da pele são muito frequentes e 
dependentes tanto de fatores genéticos como ambientais. Entre essas doenças, as 
causadas por excesso de melanina são as mais frequentes e particularmente 
problemáticas para negros, pelo tipo de melanina. 
A estimulação do melanócito por fatores endógenos (internos) ou exógenos 
(externos) leva a um aumento da produção de melanina epidérmica ou dérmica, o 
que causa manchas hipercrômicas. Estas manchas, quando se apresentam 
circunscritas (restritas, pontuais), são chamadas de máculas e quando difusas 
(espalhadas) melanodermias. 
No tratamento das hiperpigmentações, os cosméticos podem agir de várias 
formas, seja pela destruição dos melanócitos, pela inativação da tirosinase, pela 
redução da melanina oxidada e pela inibição do transporte de melanina para as 
células. 
Entre as indicações para o uso de despigmentantes temos: melasmas, 
efélides (sardas), hiperpigmentações pós-inflamatórias, hiperpigmentação periorbital 
(olheiras) e lentigos. 
Os pacientes com distúrbios de pigmentação excessiva devem ser 
estimulados a se exporem pouco ao sol, que é um fator de agravação ao problema. 
O uso de filtro solar para estas pessoas é indispensável. 
As condutas para despigmentação cutânea devem considerar o fototipo do 
cliente, bem como propensão a cicatrizes e quelóides. A esfoliação química ou física 
e aplicação de cosméticos despigmentantes são os procedimentos indicados nestes 
casos. 
Os agentes despigmentantes ou hipopigmentantes são capazes de alterar a 
pigmentação da pele, atuando sobre os melanócitos, nas diversas etapas da 
melanogênese e/ou na transferência da melanina para os queratinócitos das 
seguintes formas: 
• Por seletividade, destruindo ou descaracterizando os melanócitos; 
• Pela interferência com a biossíntese da melanina e precursores; 
 
 
 
 
 
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• Pela inativação ou impedimento da biossíntese da enzima tirosinase; 
• Pela interferência no transporte dos grânulos de melanina para células 
malpighianas por inibição da fagocitose do dendrito de melanócito ou por causar 
edema celular; 
• Pela alteração química da melanina. 
 
Vários agentes despigmentantes estão disponíveis para comercialização, 
contendo um ou mais fármacos em associação. Estas formulações podem ser de 
medicamentos de prescrição, de venda livres ou cosméticos. Essas associações têm 
a perspectiva de melhora no perfil de eficácia e tolerabilidade por meio de 
mecanismos de ação complementar ou sinérgico entre os fármacos. 
Por necessitar de penetração cutânea para ação nos melanócitos e 
camadas epidérmicas mais profundas, os veículos de escolha para produtos 
despigmentantes são as emulsões (cremes e loções). Em casos de peles acneicas 
ou seborreicas, optar por emulsões fluidas com menor teor de material graxo ou géis 
creme. 
 
6.1 Possíveis mecanismos de ação de despigmentantes 
 
1 - Por seletividade, destruindo ou descaracterizando os melanócitos. 
Compostos que são antioxidantes podem alterar as reações metabólicas 
(fosforilação oxidativa) in vivo por depleção de quantidade de oxigênio disponível 
nas células; 
2 - Pela interferência com a biossíntese da melanina e precursores; 
3 - Pela inativação ou impedimento da biossíntese da enzima tirosinase. 
Poderia reagir com o centro ativo da enzima ou com os grupamentos vizinhos que 
podem ser essenciais para a atividade enzimática; 
 
 
 
 
 
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4 - Pela interferência no transporte dos grânulos de melanina para células 
malpighianas por inibição da fagacitose do dentrito do melanócito ou por causar 
edema intercelular; 
5 - Pela alteração (capacidade de redução) da melanina marrom presente 
nos melanossomas (forma oxidada) para uma coloração mais clara (forma reduzida). 
 
Cada composto com ação despigmentante apresenta características 
próprias quanto à sua introdução na preparação, ou seja, aspectos como a 
possibilidade/necessidade ou não de ser associado a outros compostos de mesma 
função, ou mesmo que possam intensificar ou favorecer o clareamento quanto às 
características físico-químicas, quanto à forma de apresentação mais adequada em 
função da utilização de excipientes específicos e, principalmente quanto à 
estabilidade (física, química, terapêutica, microbiológica e toxicológica). 
Paralelamente, deverão ser observadas as normas legais estabelecidas de 
autorização de emprego deste tipo de composto e concentrações permitidas, em 
cada país. A estes aspectos abordados deverão, ainda, e em igual importância, 
estar disponíveis as informações sobre recomendações de uso, como a necessidade 
ou não de utilização de filtro solar e, ainda, a possibilidade do aparecimento de 
reações adversas. 
 
6.2 Compostos despigmentantes/clareadores de uso tópico 
 
Ácido ascórbico 
O ácido ascórbico (Vitamina C) é conhecido como agente inibidor da 
formação da melanina pela redução na formação da o-quinona e da melanina 
oxidada. Trata-se de uma substância antioxidante que age sinergicamente com a 
vitamina E em uma série de passos oxidativos da síntese de melanina, sendo muito 
instável e rapidamente oxidada em solução aquosa. 
 
 
 
 
 
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Além da ação despigmentante, a vitamina C tópica tem ação refirmadora por 
contribuir para a formação de novas fibras colágenas, melhorando a elasticidade e a 
firmeza cutânea e atuando contra o estresse oxidativo da pele. 
Associações com vitamina A e E são benéficas à sua ação. Utiliza-se a 
vitamina C estabilizada ou microencapsulada, pois não se deve tentar incorporar a 
vitamina C pura às bases para aplicação dérmica, pois esta não é estável, e 
rapidamente irá oxidar e se hidrolisar. 
Existem vários tipos de vitamina C (ácido ascórbico) disponíveis no mercado 
cosmético, a saber: 
 
• Ascarbosilane C: silício orgânico do ácido ascórbico e pectina. Ativo 
redutor dos radicais livres, protetor da membrana celular, regenerador dos tecidos e 
normalizador da pigmentação cutânea. Utilizado na concentração de 3 a 4% e seu 
pH de estabilidade varia entre 4,0 a 6,5; 
 
• Glycospheres de Vitamina C: nanosferas contendo ácido ascórbico. 
Suporta meios com pH extremos(2-10) e grande quantidades de água em seu 
interior. Manter em recipiente hermeticamente fechado, abaixo de 4ºC e ao abrigo da 
luz. Recomenda-se utilizar um sequestrante eu antioxidante. Utilizado na 
concentração de 1 a 5% e seu pH de estabilidade varia entre 2,0 e 4,0; 
 
• Nanosferas de Vitamina C: ácido ascórbico nanosferizados ou vitamina 
C biovetorizada, possuem biodisponibilidade aumentada, liberação prolongada e 
gradativa, e ação direcionada para camadas internas da pele. Utilizado nas 
concentrações de 0,5 a 2% e seu pH de estabilidade é 7,0; 
 
• Palmitato de Ascobila: incompatível com óleo, luz, uv, metais pesados, 
oxigênio e altas temperaturas. Recomenda-se utilizar embalagens opacas e EDTA 
 
 
 
 
 
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dissódico a 0,1% para proteger a formulação. Utilizado nas concentrações de 3 a 4% 
e seu pH de estabilidade varia entre 4,0 a 7,0; 
 
• Thalasferas de Vitamina C: VC-PMG englobado em microesferas de 
colágeno marinho, recoberto com glicosaminoglicanas, que possui ação prolongada 
(cerca de 12 horas). Incrementa a retenção de água e a elasticidade da pele. 
Utilizado em concentrações de 1 a 10% em emulsões e 5% em géis, e seu pH de 
estabilidade é 7,0; 
 
• VC-IP: derivado estável da vitamina C, tetraisopalmitato de ascorbila, que 
se decompõe em vitamina C após penetração na pele. Usado como 
despigmentante, na síntese de colágeno e na inibição da peroxidação lipídica. 
Recomenda-se acrescentar um antioxidante para preservar a fórmula. Utilizado em 
concentrações de 0,05 a 1% e seu ph de estabilidade varia de 4,0 a 6,0; 
 
• VC-PMG: Ascorbil-fosfato de magnésio, derivado da vitamina C capaz de 
liberar L-ácido ascórbico livre (vitamina C) nas camadas internas da epiderme, cuja 
ação é controlar a melanogênese, prevenir o envelhecimento da pele e promover o 
clareamento das manchas. É recomendado utilizar tampões para manter o pH 
estável e um antioxidante. Utilizado em concentrações de 1 a 3% e seu ph de 
estabilidade varia entre 7,0 a 7,5; 
 
• Vitazine C: vitamina C complexada com polipeptídios, utilizada em 
soluções aquosas e géis. Seu pH de estabilidade varia de 3,0 a 5,5 e é utilizado em 
concentrações de 0,6 a 3%; 
 
• Whitesphere H: encapsulado de vitamina C, estimulante da síntese de 
colágeno. Indicado para produtos antienvelhecimento, hidratantes, regeneradores e 
despigmentantes. Seu pH de estabilidade é 6,0 e utilizada na concentração de 25% 
 
 
 
 
 
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para despigmentantes; 
 
• Éster de vitamina C: Ascorbato mineral, uma forma não ácida de 
vitamina C dissolvida em meio neutro que retém mais de 90% de ácido ascórbico 
ativo. Utilizado em concentrações de 1 a 2% em cremes faciais, 1% em cremes 
clareadores, 0,25% em filtros solares e 0,2% em loções e esfoliantes; 
 
• Arbutin®: derivado da Hidroquinona, sem apresentar seus efeitos 
citotóxicos, age por inibição competitiva da tirosinase. Sua ação despigmentante é 
superior à da Vitamina C e Ácido Kojico. Pode ser associado à Antipollon HT® e VC- 
PMG. Concentração usual de 1 a 3% e pH de estabilidade de 5 a 8; 
 
• Biowhite®: mistura de estratos vegetais (Morus nigra, Sascifra 
stolonifera, Scutellaria baicalensis, Vitis vinifera), proporciona ação despigmentante 
por inibição da Tirosinase. Ação em concentrações de 1 a 4%% e pH estável de 6,5 
a 7,5; 
 
• Fructinase®: mistura de proteinases vegetais e ácidos de frutas, é um 
excelente esfoliante químico sem os efeitos colaterais dos alfa-hidroxiácidos. 
Hidrolisa as células queratinizadas da superfície cutânea, proporcionando toque 
mais suave e aparência menos pesada à pele. Pode ser preparado na forma de 
sabonete ou gel de aplicação diária, em concentrações a 1%; 
 
• Hidroquinona: é um dos agentes despigmentantes mais comumente 
utilizados e historicamente o primeiro a demonstrar sua atividade. Acredita-se que 
seu mecanismo de ação esteja ligado à inibição da tirosinase, impedindo esta de 
realizar a conversão da tirosina em DOPA (diidrofenilalanina) e DOPA em 
dopaquinona. Sua eficácia clínica depende da concentração do fármaco, da 
natureza do veículo e da estabilidade da formulação. As concentrações usuais são 
 
 
 
 
 
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de 2 a 10%, sendo que, na indústria de cosméticos é permitido até 2%. O pH de 
estabilidade varia de 4,5 a 5,0. Sofre auto-oxidação (coloração do agente fica 
marrom), daí a importância de se usar antioxidantes, como metabissulfito de sódio 
(10% do peso da hidroquinona) ou associação da vitamina C e vitamina E, ambas a 
1% do peso total da preparação. Temperaturas baixas diminuem a velocidade de 
oxidação, por isso a necessidade de conservá-la em geladeira. É incompatível com 
bases não-iônicas, ácido fítico, ácido kójico, Antipollon e ácido glicólico. Compatível 
com emulsão aniônica, do tipo Lanette. 
Por apresentar efeito citotóxico sobre os melanócitos, a hidroquinona pode 
causar efeitos colaterais como: irritações cutâneas (queimação, vermelhidão) e 
fotossensibilização, por esse motivo, vários estudos já contraindicam o uso deste 
agente despigmentante. Não é recomendado utilizar durante a gravidez. 
Embora a hidroquinona esteja sendo usada há muito tempo, 
progressivamente ela vem sendo substituída por outros compostos que se 
apresentam menos irritantes (é proibida em países como África do Sul e Tailândia). 
Outro inconveniente de sua utilização é a instabilidade química, pois facilmente se 
oxida, primeiro para a forma de quinona de coloração amarela que, por sua vez, 
sofre oxidação para hidroxiquinona (coloração amarela), que se apresenta instável e 
se polimeriza, originando produtos de coloração marrom escuro. Por esta razão, o 
Arbutin, glicosídeo da hidroquinona, tem sido empregado, uma vez que não têm sido 
observadas reações de sensibilização, sendo, ainda, quimicamente menos instável; 
 
• Melawhite®: apesar de nomes semelhantes, não é um contratipo de 
Biowhite®. É um composto de peptídeos fracionados de extrato aquosos de 
leucócitos que age inibindo a Tirosinase e degrada a melanina existente. Com pH de 
estabilidade entre 4 e 5,5, pode ser usado nas concentrações de 2 a 5%. 
Conceitualmente são produtos que ajudam a reduzir a hiperpigmentação, em 
certos casos. 
O tratamento para hipercromias baseia-se na utilização de substâncias 
despigmentantes que deverão atuar em região específica do corpo, por mecanismos 
 
 
 
 
 
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diversos. Os despigmentantes podem estar disponíveis em várias formas de 
apresentação como pomadas, cremes evanescentes, loções, entre outras. 
A cor da pele depende do número, do tamanho, da composição e da 
distribuição dos melanossomas produzidos pelos melanócitos e distribuídos aos 
queratinócitos vizinhos por meio dos dentritos, porém, o número de melanócitos por 
unidade de susperfície é o mesmo. Nos indivíduos de cor branca, os melanócitos 
funcionam mais lentamente sem a estimulação dos raios solares e fabricam 
melanossomas de tamanho pequeno (400 nm) reunidos em pequenos grupos no 
interior dos queratinócitos. Estes melanossomas, nos quais predomina a 
feomelanina, são degradados antes de atingirem a camada córnea. Ao contrário, os 
melanócitos dos negros produzem, permanentemente, com ou sem sol, 
melanossomas duas vezes maiores (800 nm) que estão dispersos individualmente 
no citoplasma e cheios de eumelanina. 
Praticamente não estão degradados e ocupam todaa altura da epiderme até 
a camada córnea, onde chegam intactos. Na pele dos orientais há uma mistura de 
melanossomas de tamanhos grande e pequeno. De maneira geral, o tratamento da 
pele que apresenta hiperpigmentação não é fácil de ser realizado porque muitos 
compostos efetivos para este propósito apresentam-se como irritantes e podem 
promover a descamação (peeling) além do que o resultado nem sempre é imediato 
e, sim, gradual. 
Não são poucos os relatos na literatura envolvendo estudos na tentativa de 
desenvolvimento de despigmentantes mais efetivos, com maior estabilidade química 
e com mais ação duradoura que os convencionais, além de inúmeras patentes. A 
maior parte dos cosméticos despigmentantes utilizam inibidores da tirosinase para 
reduzir a produção de melanina. Entretanto, há outras enzimas que fazem parte 
deste processo. Estudo recente avalia a inibição não somente da tirosinase, mas 
também, da TRP-1 (tyrosinase-related-protein-1) que catalisa a oxidação do 
intermediário melanogênico ácido 5,6-diidroxiindol-2-carboxílico, obtendo bons 
resultados na redução da hiperpigmentação UVB-induzida em humanos; 
 
 
 
 
 
 
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• Ácido azeláico (ácido 1,7-dicarboxílico nítrico nonadícico): é eficaz no 
tratamento de hiperpigmentação pós-inflamatória e melasma, devido à sua ação 
antitirosinase, à inibição da energia produzida durante os processos de síntese da 
célula e à ação antirradicais; 
 
• Ácido glicólico: usado como despigmentante por sua ação de 
descamação (peeling) em concentrações variáveis e tempo de exposição conforme 
a necessidade apresentada; 
 
• Ácido kójico (5-hidróxi-2-hidroxi-metil-4H-piran-4-ona): apresenta 
grande eficácia na despigmentação porque inibe a ação da tirosinase como quelante 
de íons e promove a diminuição da eumelanina e seu monômero precursor. O 
dipalmitato kójico, que também inibe a tirosinase, não tem seu mecanismo de ação 
elucidado. Pode ser clivado em ácido kójico pela esterase após a absorção pelas 
células da pele agindo, portanto, como um ácido kójico produzido in situ; 
 
• Ácido retinóico: usado como despigmentante por sua ação de 
descamação (peeling). Diminui a pigmentação, principalmente o melasma 
epidérmico. 
 
6.3 Outros despigmentantes descritos em patentes: 
 
- Extrato de bétula e amora associado ao ácido kójico: ação 
despigmentante por ação inibidora da tirosinase; 
- Extrato de uva-ursina (Melableach): extraído da Arctosphylos uva-ursi 
L. Spreng: que apresenta ação inibidora da tirosinase e também degrada a 
melanina existente na pele, provocando modificações estruturais nas membranas 
das organelas dos melanócitos e apresenta efeito cumulativo; 
 
 
 
 
 
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- Flavonóides: são antioxidantes naturais e possuem boa atividade inibidora 
da tirosinase por possuírem estrutura fenólica; 
- Mercaptominas (N-dimetil-amina [2-mercapto-etila]) e cloreto de 
betacaroteno-etilamina: têm efeito citotóxico seletivo sobre os melanócitos; 
- Silicato sintético de alumínio (Antipollon HT): absorve a melanina já 
formada; utilizado no tratamento de hiperpigmentação de pele como os cloasmas; 
- Ácido glicirrizínico (patente da Kanebo Ltd.): mecanismo de 
despigmentação não divulgado; 
- 3-Aminotirosina (patente da Kanebo Ltd.): inibição da tirosinase; 
- Betaínas (patente da Shiseido Co.): aceleram a penetrabilidade de 
agentes despigmentantes; 
- Cisteína e triptofano (patente japonesa da Yakult Honsha Kk): inibem a 
formação de melanina e promovem a decomposição de peróxidos lipídicos; 
- Derivados da 4-tioresorcina (patente da L’Oreal): inibição da tirosinase; 
- Derivados do ácido benzóico (patente da Kao Corp.): metil 4-benziloxi-
2-hidroxibenzoato e ácido 4-benziloxi-2-hidroxibenzóico agem por formação de 
inibidores da melanina; 
- 5-Hidroxi-2-hidroximetil-g-pirodona (patente da Sansei Pharmaceutical 
Co. Ltd.): seu efeito despigmentante foi avaliado em cultura de células de melanoma 
B16, apresentando–se superior ao ácido kójico; 
- Extrato de Catharanthus roseus (patente da Shiseido Co.): o 
componente ativo extraído desta planta é um glicosídio da hidroquinona, similar ao 
Arbutin; 
- Extratos de Fomes japonicus e Ganoderma (patente da Sunstar Inc.): 
preveniram a pigmentação UV-induzida em pele de porquinho-da-índia; 
- Proteoglicanas (patente da Nonogawa Shoji Y. K.): de origem animal e 
utilizada em associação com ascorbatos, apresentam ação de clareamento de pele; 
 
 
 
 
 
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- Oligopeptídios (patente da Sansei Seiyaky Kk): inibem a formação de 
melanina. 
 
7. HIDRATANTES CUTÂNEOS 
 
7.1 Hidratação cutânea 
 
A hidratação natural da pele ocorre de duas formas: 
- Endógena: o caminho percorrido pela água, por meio da difusão, segue 
desde a derme até a superfície cutânea (perspiração invisível) e por sudação 
(transpiração); 
- Exógena: o fornecimento de água é realizado pelo contato ambiente/pele, o 
qual deve estar saturado de água, ou pela aplicação de cosméticos. 
A adequada função da pele está diretamente relacionada com uma boa 
hidratação. Peles hidratadas respondem melhor aos tratamentos cosméticos de um 
modo geral e exercem melhor sua função protetora. 
A camada córnea possui 10 a 20% de água, substâncias hidrossolúveis e 
queratinas. A água está relacionada às propriedades mecânicas da pele 
(plasticidade, elasticidade e flexibilidade), sendo associada às moléculas solúveis do 
fator de hidratação natural – NMF (Natural Moistrizing Factor) e às proteínas da 
epiderme. O fator de hidratação natural da pele (NMF) mantém a água no interior 
das células quando íntegra, na presença de ácidos graxos essenciais como os 
ácidos linolênicos, linoleicos e oleicos, esfingomielinas e colesterol. 
Além do NMF, a pele possui uma emulsão natural que auxilia na retenção de 
água, uma mistura entre o suor (água) e substâncias gordurosas da pele (sebo). 
Essa mistura forma uma proteção hidrolipídica sobre a superfície mantendo o grau 
de hidratação (equilíbrio entre o fornecimento de água e sua perda por evaporação 
na atmosfera). Sendo assim, a evaporação cutânea é um fator importante que 
 
 
 
 
 
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exerce efeito sobre o NMF, devendo ser reduzida a perda de água pelo mecanismo 
natural, mantendo a hidratação pela retenção de água através das moléculas com 
características higroscópicas da camada córnea. Contudo, nem sempre o sistema de 
hidratação é eficaz, levando à desidratação pele. 
Como manifestações clínicas comuns das peles desidratadas estão a 
descamação e fissuras (rachaduras), diminuição da elasticidade e brilho, aspereza, 
aspecto envelhecido, irritação e prurido (coceira), diminuição da secreção sebácea e 
sudorípara. Nestas situações, a proteção da pele contra microorganismos e agentes 
externos está diminuída. 
A maior parte da água da pele está localizada na derme, o percentual geral 
de água é de 70%. É a estrutura dos tecidos que determina a localização da água. 
A água do tecido conjuntivo é, na maioria das vezes, uma água ligada às 
macromoléculas da matriz intercelular. Entre estas macromoléculas estão os GAG, 
cujo ácido hialurônico desempenha um papel importante na hidratação do tecido 
conjuntivo. 
A camada córnea é um tecido epitelial estratificado no qual as células são 
agrupadas. A água se encontra, então, na sua maior parte, no interior das células: é 
a água intercelular. Os elementosconstrutivos da camada córnea lhes permitem 
fixar a água e se opor ao desperdício. 
 
São eles: 
1. As células córneas ou corneócitos, cuja membrana espessa, contituída 
por lipídeos, formam uma barreira, opondo-se à perda de água. Contém substâncias 
hidroscópicas (NMF) capazes de fixar a água; 
2. O NMF (fator natural de hidratação) provém da degradação de uma 
proteína da epiderme, a filagrina. Seus componentes essenciais são: a ureia, o ácido 
úrico, o ácido lático, os aminoácidos, o ácido porrilidônico carboxílico (PcaNa) e os 
glicídios. Está situado no interior dos corneócitos e na superfície da epiderme, na 
 
 
 
 
 
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fração hidrossolúvel do filme hidrolipídico,. Tem a função de fixar a água nos 
corneócitos, esta é feita por meio da ligação química com as moléculas da água; 
3. O filme hidrolipídico: é uma emulsão tipo A/O que recobre a camada 
córnea. 
 
• Fração hidrossolúvel, cuja origem é, sobretudo, sudoral 
- A água provém, sobretudo, da secreção sudoral e da perspiração cutânea; 
- O cloreto de sódio o potássio, o cálcio e o magnésio; 
- Substâncias orgânicas como ureia, amoníaco, aminoácidos, vitaminas, 
glicose, etc. 
 
• Fração Lipossolúvel, cuja origem é dupla: sebácea e epidérmica 
- Colesterol: origem epidérmica; 
- Ceras e esqualenos: origem sebácea; 
- Triglicerídeos: origem sebácea e epidérmica; 
- Ácidos Graxos livres: origem sebácea e epidérmica. 
 
Funções do filme hidrolipídico 
- Mantém a hidratação da camada córnea graças à presença dos 
componentes do NMF; 
- Mantém a acidez cutânea graças ao poder tampão dos aminoácidos; 
- Esta propriedade permitirá a pele se defender contra as agressões 
microbianas e fúngicas; 
- Desempenha uma “função de barreira”, com ajuda da camada córnea, 
contra as agressões externas; 
 
 
 
 
 
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- Permite a presença de uma flora saprófita que defende a pele contra os 
germes patogênicos; 
- Permite à pele lutar contra o excesso de umidificação e dessecação. 
 
Variações do filme hidrolipídico 
A composição do filme hidrolipídico varia conforme: 
- Idade: a percentagem de lipídeos, elevada no nascimento, abaixa durante 
a infância, eleva-se na puberdade e abaixa novamente no envelhecimento; 
- Sexo: A percentagem de lipídeos é mais elevada no homem do que na 
mulher; 
- Regiões do corpo: a face e o tórax têm uma taxa lipídica mais elevada do 
que o abdômen, os braços e as pernas. 
 
7.2 Modificações da taxa hídrica cutânea 
 
• No nível da epiderme 
As células córneas ou corneócitos contém compostos hidroscópicos ou NMF 
(Natural Noisturizing Factor), que são protegidos por lipídeos complexos da 
membrana celular. 
Se a membrana celular é agredida, ocorre a destruição do NMF e a camada 
córnea se desidrata. É uma desidratação superficial, podendo ocorrer em todas as 
idades. 
• No nível da derme 
No decorrer do envelhecimento cutâneo, as macromoléculas da matriz 
intercelular se ramificam e o teor da derme na água extracelular diminui. 
A desidratação é mais profunda, atingindo o indivíduo a partir da terceira 
década e se intensifica nas exposições de UV. 
 
 
 
 
 
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7.3 Hidratação e Regeneração da Pele 
 
O processo de hidratação da pele humana acontece por duas vias: a via 
interna e a externa. Na via interna acontece quando o suor, que é constituído por 
água e sais minerais, atravessa as camadas de pele e chega à epiderme. Já a 
hidratação por via externa acontece quando introduzimos na pele substâncias 
cosméticas e farmacêuticas com capacidades de umedecer as camadas externas da 
pele. 
Para hidratar a pele de forma natural é necessária a ingestão de bastante 
líquido. A água é a melhor das opções, porém, sucos naturais e água de côco 
também são excelentes opções. 
No verão, embora o fato de suarmos muito nos leve a ter maior aporte de 
líquidos dos estratos mais profundos da pele para a epiderme, as pessoas que 
gostam de expor-se demasiadamente ao sol deverão ter cuidados redobrados com a 
pele para evitar a perda excessiva de água para o meio externo. No inverno, quase 
não suamos, por isto, portanto, teremos uma epiderme carente de umidade, o que 
nos leva a lançar mão de hidratantes cosméticos, principalmente aqueles que têm 
em sua composição os componentes do NMF, confirmando assim a teoria dos 
autores citados. 
 
1. Qual a tecnologia mais avançada neste caso? 
Para hidratar a pele há somente duas alternativas: ou introduzir a água ou 
evitar a perda dela para o meio externo. 
A melhor maneira de introduzir água na pele é através da corrente galvânica, 
utilizando soluções eletrolíticas contendo em sua composição ativos capazes de 
manter a umectação dos estratos da epiderme. 
Outra alternativa é evitar a perda transdérmica, isto é, a perda que ocorre 
pela evaporação através da epiderme, utilizando substâncias oclusivas como óleo 
de gérmen de trigo, semente de uva, girassol entre outros. 
 
 
 
 
 
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Os constituintes naturais do estrato córneo são formados por aminoácidos 
carboxilato pirrolidone (PcaNa), ureia, sais minerais, água e lactatos. 
As gorduras de superfície (sebo) como colesterol, ácidos graxos e ceramidas 
também são importantes para evitar a perda de água. 
As pessoas adultas devem usar hidratante em toda a pele pelo menos uma 
vez ao dia. Devem também evitar substâncias irritantes e que provoquem 
desidratação como sabões, detergentes, álcool. 
 
7.4 Permeabilidade cutânea 
 
A seletividade da pele às substâncias permite a classificação de três tipos de 
ocorrências, quando falamos de permeabilidade cutânea: 
• Permeabilidade: quando a substância possui afinidade bioquímica com a 
pele suficientemente para que esta permita sua entrada sem maiores resistências; 
• Semipermeabilidade: a pele não oferece resistência completa à 
substância, mas essa encontra dificuldades para permear as camadas celulares; 
• Impermeabilidade: quando não há semelhanças químicas da substância 
com a pele, ou o tamanho das moléculas do composto e seu peso molecular não 
permitem a passagem. 
 
O processo de permeabilidade cutânea, ou seja, a entrada de substâncias 
pela pele está associada a fatores que podem ser relacionados à própria pele ou ao 
cosmético que se pretende introduzir. A pele possui uma capacidade de seleção 
para as substâncias que deixa passar através de suas células. 
 
 
 
 
 
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Permeabilidade cutânea (Rangarajan, 1999). 
 
a) Fatores que afetam a permeabilidade cutânea: 
 
Relacionados à pele temos: 
• Vascularização local: quanto mais vascularizado o local de aplicação do 
cosmético melhor será a permeabilidade do mesmo. Desta forma, justifica-se o 
emprego dos chamados “hiperemiantes”, que são cosméticos com ativos que 
aumentam imediatamente a circulação local, causando vermelhidão e aquecimento 
na pele; 
• Nível de hidratação: uma pele bem hidratada tem melhor permeabilidade; 
• Nível de queratinização da epiderme: quanto maior a camada córnea, mais 
queratina tem o local, logo, mais impermeável. A queratina confere dureza à pele e 
impermeabilidade. Por isso, muitas vezes, a necessidade de uma esfoliação prévia, 
para melhor ação dos ativos; 
• Região do corpo: locais com pele maisfina e mais vascularizada tem maior 
permeabilidade; 
• pH da pele: as alterações de pH da pele influem em sua permeabilidade. 
 
 
 
 
 
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Relacionados ao cosmético temos: 
• Potencial químico de semelhanças à pele: a pele tem uma característica 
hidrolipídica por conta da constituição das membranas celulares. Quanto mais 
parecido com a pele for o cosmético, maior permeabilidade terá; 
• Tipo de veículo cosmético: veículos do tipo emulsão têm potencial químico 
semelhante ao da pele com maior permeabilidade. Veículos como soluções e géis, 
não permeiam a pele, pois não possuem caráter lipídico; 
• Presença de carreadores específicos: servem para levar princípios ativos 
através da pele, independente de suas propriedades químicas. Podemos citar as 
nanoesferas, glicosferas; 
• Manobras estéticas e uso de equipamentos: qualquer ação física que 
aumente a permeabilidade vascular ou altere o potencial das membranas celulares 
aumentando a permeabilidade celular, melhora a permeabilidade cutânea; 
• Peso molecular: produtos de alto peso molecular são impermeáveis à pele, 
como por exemplo, os polímeros formadores de géis (hidroxietilcelulose, 
carboximetilcelulose, carbômeros). 
 
7.5 ATIVOS HIDRATANTES 
 
Os mecanismos de atuação desses produtos podem ser de três tipos: 
- Oclusão: Promovido por ingredientes lipídicos ou emolientes (óleos 
vegetais, lanolina, ésteres de ácidos graxos, etc.); 
- Umectação: Por aplicação de substâncias hidroscópicas, que retém água 
na superfície da pele (glicerina, sorbitol, propilenoglicol); 
- Hidratação ativa: Oferecida por ingredientes intracelulares com 
capacidade higroscópica, como os constituintes do fator de hidratação natural ou por 
meio da ação na estrutura celular, como os alfa-hidroxiácidos ( AHAs ) e seus 
 
 
 
 
 
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derivados. Produtos com estes princípios ativos são também chamados de 
"hidratantes terapêuticos". 
 
8. PEELING 
 
O peeling é um protocolo que tem como base de procedimento a 
descamação. Este processo consiste em provocar ou induzir abrasões ou 
esfoliações na pele por meio da aplicação de um agente indutor da descamação 
(AID), que pode ser: mecânico; físico ou químico. O tipo mecânico consiste nas 
microdermoabrasões; os físicos em laser; os químicos em substâncias químicas 
isoladas ou combinadas adequadamente para cada tipo de pele e profundidade da 
esfoliação. 
 
8.1 Classificação dos peelings 
 
- Quanto ao agente: mecânico, físico, químico; 
- Quanto à profundidade: muito superficial, superficial, médio e profundo; 
- Quanto ao local de aplicação: faciais, não faciais. 
 
- Quanto a sua profundidade pode ser dos tipos: 
- Muito superficial: camada córnea (podem ser realizados até 1 vez por 
semana); ácido retinóico 3%, ácido glicólico 50-70%, ácido salicilico 10-25%, 
TCA 10%, Jessner (ácido salicilico 1¨%+acido lático 14%+resorcina 14% em 
álcool 95%). 
*avermelhamento / 3-5 descamação. 
- Superficial: da camada córnea até a derme papilar (podem ser repetidos 
a cada 2 a 6 semanas ). 
 
 
 
 
 
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O peeling superficial tem ação na epiderme e utiliza como substâncias 
ativas os alfa-hidroxiácidos (AHAs), beta-hidroxiácidos (ácido salicílico), ácido 
tricloroacético (TCA), resorcinol, ácido azelaico, solução de Jessner, dióxido de 
carbono (CO2) e tretinoína. 
**É indicado para casos de acne, fotoenvelhecimento leve, eczema 
hiperquerostático, queratose actínica, rugas finas e melasma. 
- Médio: da derme papilar até a derme reticular superior (podem ser 
repetidos a cada 3 a 6 meses) solução Jessner, ácido glicólico 70%, TCA 30-
35%. 
***Escurece após 48h e descama 7-10 dias. 
- Profundo: com ação na derme reticular média e profunda, o peeling 
profundo tem ação na derme reticular. São utilizados como componentes ativos o 
TCA a 50% e o fenol, entre outros. 
****É indicado para os casos de lesões epidérmicas, manchas, cicatrizes, 
discromias actínicas, rugas moderadas, queratoses, melasmas e lentigos. 
 
Procedimento básico: 
- Limpar (loção) e desengordurar (álcool ou acetona) a pele; 
- Aplicar com pincel 1-3 camadas dependendo do produto; 
- Deixar agir; 
- Limpar o excesso com água; 
- Aplicar hidratante com fator de proteção solar. 
 
O procedimento pode implicar em complicações que variam de acordo com a 
sua profundidade. Em geral, um tratamento rápido e apropriado corrige essas 
complicações com um resultado estético aceitável. 
 
 
 
 
 
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As complicações mais comuns são: esfoliação prematura, infecção, 
equimoses, hiperpigmentação pós-inflamatória, hipopigmentação, reações alérgicas 
e eritema. 
Como resultado da aplicação dos procedimentos devem ocorrer alterações da 
pele, algumas das alterações celulares que desencadeiam esse processo são: 
• Hiperplasia dos queratinócitos; 
• Aumento da espessura da epiderme; 
• Diminuição da quantidade de melanina depositada; 
• Aumento da permeabilidade cutânea, favorecendo a penetração de 
princípios ativos necessários para o tratamento pós-peeling e uma reepitelização 
completa da pele. 
A reepitelização deve ser adequada para que marcas indesejadas não 
permaneçam na pele, portanto o peeling tem como objetivo criar um ambiente que 
conduza à migração rápida das células epiteliais, acelerando dessa maneira a 
cicatrização da lesão. 
Quanto à aplicação podem-se classificar os peelings em: 
 
Classificação dos peelings quanto à aplicação. Fonte: PHARMA. 
Observações Peelings faciais Peeling não faciais 
Local da aplicação Face Dorso, tórax, mãos e 
antebraço 
Finalidade Minimizar manchas na pele, 
rugas e textura áspera da face 
Remoção de sardas, cicatrizes 
de acne, rugas superficiais e 
textura áspera 
Duração Reepitelização rápida Reepitelização prolongada 
 
 
 
 
 
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Número de 
folículos 
Maior número de folículos 
pilossebáceos 
Menor número de folículos 
pilossebáceos 
Risco Menor risco de complicações 
pós peeling 
Maior risco de complicações 
pós peeling 
 
8.2 Agentes indutores da descamação 
 
Há agentes químicos indutores da descamação aplicáveis a cada anomalia, 
as substâncias mais conhecidas são: 
• Acido retínoico; 
• 5-Fluorouracil (5-Fu); 
• Solução de Jessner; 
• Resorcina ; 
• Acido salicílico; 
• Acido tricloracetico (TCA); 
• Alfa-Hidrossi-Acido (AHAs) ; 
• Alfa-Keto-acido (acido pirúvico); 
• Fenol. 
 
- Solução de Jessner 
A solução de Jessner é utilizada para descamações leves ou no preparo para 
uma descamação com o ácido tricloroacético. 
 
Prós: 
-· Dificilmente ocorre descamação excessiva causando lesões profundas; 
 
 
 
 
 
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-· Pode ser utilizado em peles finas e sensíveis; 
-· Propicia uma esfoliação razoavelmente uniforme; 
-· Útil no tratamento de discromias por provocar uma boa esfoliação quando o intuito 
é diminuir o número de queratinócitos que contém melanina; 
-· Como a concentração de resorcina na solução de Jessner é baixa, há um menor 
risco de toxicidade do que um peeling com resorcina na concentração usual. 
Contra: 
-· Causa grande esfoliação,o que alguns pacientes não gostam de ver; 
-· É possível que haja toxicidade devido a resorcina e o ácido salicílico; 
-· Apesar de ser uma descamação superficial, causa ardor e queimação 
significativos e é mais incômodo do que o processo realizado com ácido 
tricloroacético (TCA) a 10%. 
 
- Ácido glicólico 
Os peelings com AHA são úteis no tratamento da pele de textura áspera, 
discromias e rugas finas. 
Prós: 
-· Não são tóxicos e, portanto, são seguros sistemicamente; 
-· Promovem uma descamação muito superficial e poucas complicações; 
-· Como ocorre com outros agentes esfoliantes não fenólicos, quanto maior a 
concentração do ácido mais agressiva será a ação e profundidade do peeling; 
-· As descamações são bem toleradas pelos pacientes. 
Contras: 
-· Precisa ser neutralizado para pôr fim à sua ação; 
-· Há uma enorme variabilidade de reatividade e eficácia de um paciente para outro; 
-· Devido ao tamanho muito pequeno das moléculas de ácido glicólico, a sua 
penetração na pele tende a ser desigual. 
 
 
 
 
 
 
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- Ácido salicílico 
O ácido salicílico é muito utilizado em peelings não faciais, principalmente nos 
braços e mãos para tratar manchas senis, ceratoses actínicas e perda de 
elasticidade. 
Prós: 
-· São tecnicamente fáceis de executar; 
-· Apresenta baixa incidência de complicações significativas; 
-· É difícil o agente esfoliante penetrar profundamente. 
Contras: 
-· Formas discretas de salicilismo são comuns, razão pela qual o procedimento deve 
ser apenas em um braço de cada vez; 
-· O Período de cicatrização é prolongado. 
 
- Ácido tricloroacético 
Os peelings com ácido tricloroacético são muito versáteis em promover 
descamações de diferentes profundidades. Apresenta ótima estabilidade e baixo 
custo. 
Prós: 
-· Atóxico, não causando toxicidade sistêmica; 
-· A profundidade da descamação está correlacionada com a intensidade do 
enregelamento cutâneo; 
-· Não é necessário neutralizar o peeling com TCA; 
-· O uso do TCA em peelings profundos apresenta a vantagem sobre o peeling de 
fenol pela ausência de cardiotoxicidade e causar menos hipopigmentação. 
Contras: 
-· Concentrações mais elevadas (acima de 40%) parecem mais propensas a causar 
cicatriz. 
 
 
 
 
 
 
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Tratamento das cicatrizes de acne com ácido tricloroacético: método de 
reconstrução química das cicatrizes de acne. 
Participaram dos estudos pacientes que apresentavam cicatrizes de acne 
atróficas: 33 pacientes foram tratados com TCA 65% outros 32 pacientes foram 
tratados com TCA 100%. 
Resultados: 27 dos 33 pacientes tratados com TCA 65% e 30 dos 33 
tratados com TCA 100% apresentaram uma boa resposta clínica. Não houve casos 
de complicações significativas. Conclusão: TCA é um tratamento seguro e efetivo 
para cicatrizes de acne atróficas, sem complicações significativas. 
 
- Ácido retinoico 
 Os peelings de ácido retinoico promovem uma dermoesfoliação superficial. 
Muito usado no tratamento da acne por ter ação comedolítica e esfoliante. 
Prós: 
-· Descamação discreta; 
-· Não provoca dor; 
-· Garante uma uniformidade na aplicação; 
-· Promove uma reepitelização rápida; 
-· O peeling de ácido retinóico pode ser repetido a cada 15 dias. 
Contras: 
-· Requer tempo de permanência do produto sobre a pele de 6 a 8 horas; 
-· Apresenta coloração amarelada que geralmente incomoda o paciente. 
 
- Ácido mandélico 
Os peelings de ácido mandélico são utilizados para o tratamento de 
problemas comuns de pele, tais como fotoenvelhecimento, pigmentação irregular e 
acne. 
 
 
 
 
 
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Apresenta molécula maior que a do ácido glicólico, penetrando lentamente na 
pele. É um ativo seguro para ser aplicado em peles étnicas. 
Prós: 
-· Atua de maneira homogênea e superficial; 
-· Apresenta ação anti-séptica somada as atividades alfa-hidroxiácidos; 
-· Bem tolerado pela maioria dos pacientes; 
-· Menos eritema e outros efeitos adversos na epiderme quando comparado ao ácido 
glicólico. 
Contras: 
-· Não causa descamação excessiva, o que alguns pacientes podem não gostar; 
-· Por ser um peeling superficial, não é indicado para rugas profundas. 
 
Peelings Combinados 
 
 A combinação de dois agentes é feita na tentativa de obter uma descamação 
mais profunda. 
 
- Solução de Jessner e TCA 
Como a solução de Jessner rompe a função de barreira da pele, o TCA 
penetra mais rápido e uniformemente do que se fosse aplicado na pele sem 
tratamento. 
Pode-se usar essa combinação com TCA a 35%, 40%, 50%, ou a critério 
médico. 
 
- Ácido Glicólico e TCA 
O objetivo desse procedimento é conseguir uma descamação mais uniforme e 
profunda do que apenas com TCA. 
 
 
 
 
 
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- Solução de Jessner e Ácido Glicólico 
 A solução de Jessner acaba com a função de barreira da pele, permitindo que 
o ácido glicólico origine uma descamação profunda mais uniforme. A solução de 
Jessner normalmente causa esfoliação cutânea, enquanto o ácido glicólico não pode 
fazer isso. Portanto, o uso de ambos os agentes juntos dá ao paciente os benefícios 
imediatos da esfoliação, bem como alguns dos benefícios estimulantes de um 
peeling com ácido glicólico. 
 
- Peeling com cristais 
O peeling com cristais é um método novo que consta de uma microabrasão 
com cristais de óxido de alumínio, por meio de equipamento específico que 
impulsionam os cristais em uma única direção sobre a pele com regulação de 
intensidade, permitindo tratar diferentes patologias. As vantagens do peeling com 
cristais são, entre outras, não necessitar de preparação prévia da pele, tratar-se de 
método indolor e proporcionar resultados muito satisfatórios. 
 
- Peeling Enzimas proteolíticas 
 
 Combinação de ácidos e enzimas proteolíticas que combinados agem como 
um peeling superficial renovando as células e acelerando sua multiplicação. 
Composição: Frutal extrato de mamão e extrato de abacaxi, Flores Acido de flores. 
Indicações: Tratamentos para hiperpigmentações recentes; Cloasmas; 
Hiperpigmentações recorrentes de peelings agressivos; manchas senis; 
rejuvenescimento facial; estrias; flacidez; e acne. 
Obs.: Pode ser utilizado inclusive para peles jovens. 
 
 
 
 
 
 
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- Peeling Glico Beta 
 
 Combinação de AHA e BHA que combinados agem como um peeling 
superficial renovando as células e acelerando sua multiplicação. 
Composição: Acido glicólico e Acido Salicílico. 
Indicações: Tratamentos para hiperpigmentações recentes; Cloasmas; 
Hiperpigmentações recorrentes de peelings agressivos; manchas senis; 
rejuvenescimento facial; estrias; flacidez; e acne. 
Obs.: Pode ser utilizado para os tipos de pele de I a III, inclusive para peles jovens. 
 
- Repeeling 
 
 Geralmente após os peelings superficiais e de média profundidade é 
recomendável um Repeeling, que deve ser realizado com cautela, de acordo com o 
tempo de cicatrização da pele de cada indivíduo, minimizando as chances de uma 
descamação mais profunda e complicações. Algumas diretrizes para a frequência 
dos Repeeling seguros são: 
- Peelings muito superficiais: podem ser realizados até 1 vez por semana; 
- Peelings superficiais: podem ser repetidos a cada 2 a 6 semanas,dependendo da quantidade de necrose epidérmica secundária. 
Um peeling epidérmico de espessura total não deve ser repetido durante um 
período de pelo menos 6 semanas, enquanto que um de espessura epidérmica 
parcial pode ser repetido em 2 a 3 semanas; 
- Peeling de média profundidade: podem ser repetidos a cada 3 a 6 meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8.3 Preparo e cuidados da pele antes e depois do peeling 
 
O preparo da pele antes do peeling deve ser realizado pelo menos de 10 a 
15 dias antes do primeiro peeling. 
Este preparo tem como objetivo: 
1. Reduzir o tempo de cicatrização da lesão; 
2. Permitir a penetração mais uniforme do agente esfoliante; 
3. Diminuir o risco de complicações; 
4. Enfatizar o conceito de um esquema de manutenção e determinar qual 
tipo de produto a pele do paciente tolera. 
 
8.4 Peeling físico 
 
- Dermoabrasão - (Peeling Jet): equipamento de ação mecânica que emite 
jatos contínuos de cristais de alumínio provocando uma abrasão que poderá atingir a 
camada superficial, média ou profunda dependendo do controle de ajuste do 
aparelho; 
- Dermoabrasão Mecânica: lixamento que provoca a remoção da epiderme e 
da derme papilar; 
- Neve Carbônica - Crioterapia: procedimento utilizado para a 
despigmentação com dióxido de carbono comprimido em cilindro e depositado numa 
pistola apropriada, procedendo a esfoliação da área. 
 
9. ATIVOS PARA TRATAMENTO ESTÉTICO DE ACNE 
 
 
 
 
 
 
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Acne. Fonte: www.hipertrofia.org. 
 
Os procedimentos estéticos escolhidos para acompanhamento de peles 
acneicas devem priorizar a diminuição dos sintomas, como aspecto oleoso, 
hiperqueratinização e lesões inflamatórias. 
Neste sentido, são prioridades no atendimento: 
• Controle da secreção sebácea – por meio do uso de cosméticos 
antisseborreicos e higienização diária da face com produtos adequados ao 
tipo de pele; 
• Redução da queratinização folicular – aplicação de cosméticos esfoliantes 
e esfoliação física reduzem a camada córnea e a queratinização cutânea; 
• Extração de comedões – realizado durante as sessões de limpeza de pele; 
• Drenagem das lesões purulentas – realizado durante as sessões de 
limpeza de pele. 
Além disso, o paciente deve ser estimulado a manter hábitos de higiene 
diária com a pele, para manutenção dos resultados obtidos no tratamento estético. 
 
 
 
 
 
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É importante lembrar que qualquer veículo com caráter oleoso, do tipo 
emulsão (cremes e loções) são contraindicados para produtos no tratamento da 
acne. Como opção, produtos na forma de gel e/ ou sabonetes, assim como produtos 
aquosos do tipo soluções (tônicos) são as melhores escolhas nesta situação. 
 
9.1 Sensorial das formas cosméticas no tratamento da pele acneica. 
 
As formas cosméticas utilizadas no tratamento da pele acneica devem ser 
aplicadas na seguinte sequência: 
*sabonete líquido, tônico facial álcool free, gel ou gel-creme ou máscaras 
faciais. 
Todas estas formas cosméticas devem conter os seus respectivos ativos 
para a pele acneica. 
Além de preocupar-se com as substâncias ativas o profissional deverá 
também atentar ao sensorial dos produtos cosméticos, pois se este não for 
agradável ao contato do produto com a pele não haverá adesão do paciente ao 
tratamento cosmético. As sensações das formas cosméticas que podem ser 
percebidas são: 
• Refrescância (sensação de pele fresca); 
• Estiramento da pele (sensação de pele esticada); 
• Aveludada (sensação de pele macia, com toque aveludado); 
• Sedosa (sensação de pele macia, com toque sedoso); 
• Oleosa (sensação de pele com toque pegajoso). 
 
Visto que avaliar e conhecer o sensorial das formas cosméticas é importante 
na adesão do paciente ao tratamento cosmético, na tabela a seguir está 
discriminada a relação do sensorial e as formas cosméticas. 
 
 
 
 
 
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 Formas cosméticas e o sensorial 
Forma cosmética Sensorial 
Sabonete líquido frescor 
Tônico facial álcool free frescor 
Tônico facial adstringente Frescor e/ou estiramento da 
pele 
Gel frescor 
Gel-creme Aveludado e/ou sedoso 
Máscara facial Frescor e/ou estiramento da 
pele 
 
A sensação de frescor do sabonete líquido, tônico facial e gel é dada em 
função do alto percentual de água presente na composição destas formas 
cosméticas. 
O sensorial aveludado ou sedoso do gel-creme é dado em função dos 
emolientes e silicones presentes na formulação, mas em concentrações adequadas 
que não conferem sensorial oleoso. 
Já a sensação de estiramento da pele pelos tônicos faciais é dada pelas 
substâncias adstringentes, e das máscaras faciais, pelos polímeros. 
É importante, ainda, saber que dependendo dos ativos adicionadas às bases 
dos produtos cosméticos, pode ocorrer alteração no sensorial da formulação. 
 
9.2 Sensorial e as substâncias ativas 
 
 
 
 
 
 
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As substâncias ou ativos cosméticos podem alterar o sensorial das formas 
cosméticas, tais como as vitaminas oleosas (vitaminas A, D e E), que devem ser 
adicionadas em pequenas concentrações para não conferir um sensorial oleoso. 
Outras vitaminas, tais como a vitamina B6 e C, não conferem sensorial oleoso. 
As substâncias como mentol e a cânfora conferem sensação de frio à pele. 
O álcool também confere esta mesma sensação, porém desidrata a pele. 
Alguns despigmentantes (ácido glicólico, ácido málico) e queratolíticos 
(ácido salicílico) podem conferir a sensação de ardor. 
O sulfato de zinco e o extrato de hamamelis são substâncias que conferem a 
sensação de estiramento da pele. 
Os esfoliantes naturais como o pó do caroço de damasco e o pó de bambu 
conferem a sensação arenosa no contato com a pele. 
Portanto, dependendo da substância ativa incorporada na fórmula, o sensorial 
da base cosmética será alterado. 
 
9.3 Principais ativos utilizados em acne 
 
Ácido azeláico 
Indicado em acnes de grau I e II, antibacteriano, antiinflamatório e 
comedolítico. Usado em concentrações de 15 a 20%, em gel creme. Sua ação 
levemente irritativa pode ocasionar alergias em peles mais sensíveis. De uso 
noturno, indica-se lavar a face pela manhã. O uso de filtro solar é obrigatório. 
O ácido azelaico, também conhecido como ácido nanodióico, é um ácido 
dicarboxílico de cadeia saturada, naturalmente encontrado no trigo, centeio e 
cevada. 
Consiste numa substância natural produzida pelo fungo Malassezia furfur 
(também conhecido como Pityrosporum ovale), uma levedura que vive naturalmente 
 
 
 
 
 
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na pele. É muito eficaz no tratamento da acne e também como estimulante para o 
crescimento de cabelo. 
 
Possui a fórmula molecular C7H14(COOH)2 e alta solubilidade quando 
misturado ao álcool ou éter. 
 
 
 
Fonte: www.gerbras.com.br. 
 
Propriedades: 
O ácido azelaico é: Bactericida: reduz o crescimento de bactérias no folículo 
piloso (Propionibacterium acnes e Staphylococcus epidermidis); Eliminador de 
radicais livres; Reduz a inflamação; Reduz a pigmentação em pacientes com 
melasma. Não tóxico, e tolerável pela maioria dospacientes. 
Nos casos de acne, em que geralmente se usa o ácido azelaico na 
concentração de 20%, seu uso pode causar irritação na pele, portanto deve ser 
usado somente sob orientação de um dermatologista. 
**No Brasil, o uso de ácido azelaico na fabricação de cosméticos, em 
qualquer concentração, está proibido, conforme parecer da ANVISA. 
 
Ácido glicólico 
 
Atua no rejuvenescimento da pele, provoca vasodilatação, diminui a 
espessura e a compactação do extrato córneo, acelera a renovação celular da 
epiderme, estimula a síntese de colágeno. A concentração usual em produtos 
 
 
 
 
 
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antiacne é de 2 a 10%. De 30 a 70%, é usado em “peelings”. Em cosméticos o pH 
recomendado é de 6, enquanto que para produtos manipulados é de 4. 
O ácido glicólico é o mais simples dos alfa-hidroxiácidos. 
Ele é um ácido orgânico carboxílico com um radical alcoólico (hidroxila) ao 
carbono adjacente ao grupo carboxílico na posição 2 ou alfa. 
O ácido glicólico é também chamado de ácido alfa-hidroxiacético ou ácido 
hidroxietanoico. As principais fontes naturais de ácido glicólico são a cana de açúcar, 
uva e beterraba. 
 
Dermatologia 
Em dermatologia, o ácido glicólico é a substância mais comumente usada 
para induzir o “peeling” superficial químico. Para tal uso, concentrações de 50 a 70% 
são usadas. Alguns autores relatam o uso de ácido glicólico em tratamentos 
antiacne, ou em associação com agentes comedolíticos, como um hidratante e como 
um ativo anti-rugas em produtos para face e corpo. 
 
 
Fonte: www.gerbras.com.br/produtos. 
 
Ácido salicílico 
 
Com efeito queratolítico entre 5 a 10% (uso facial), tem ação direta sobre o 
comedão, diminuindo-o. A diminuição da queratinização epidérmica na face suaviza 
a aparência da pele acneica. Pode ser indicado a 20% em gel como secativo, para 
 
 
 
 
 
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ser aplicado em pequenos pontos de comedões. Cuidado com pacientes sensíveis e 
com histórico alérgico a salicilatos. 
 
 
Fonte: www.gerbras.com.br/produtos. 
 
O ácido salicílico é um Beta-Hidroxiácido (ß-Hidroxiácido) com 
propriedades queratolíticas (esfoliantes) e antimicrobianas, o que significa que afina 
a camada espessada da pele e age evitando a contaminação por bactérias e fungos 
oportunistas. 
É um ácido utilizado no tratamento de pele hiperqueratótica, isto é, super 
espessada, em condições de descamação como: caspa, dermatite seborréica, 
ictiose, psoríase e acne, problemas que atingem facilmente a ala masculina. 
É caracterizado ainda por ser um regularizador da oleosidade e também um 
antiinflamatório potencial. 
A grande vantagem deste ácido é que apresenta um bom poder esfoliativo e 
também uma ação hidratante, cuja característica principal é a capacidade de 
penetração nos poros ajudando na remoção da camada queratinizada com uma 
ação irritante muito menor que os outros ingredientes. 
É considerado um hidroxiácido de fundamental importância para o 
melhoramento da aparência da pele envelhecida 
 
Asebiol® 
 
 
 
 
 
 
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Produto com ação sinérgica da mistura de hidrolisados de proteínas, 
piridoxina, nicotinamida, pantenol, biotina e alantoína. É adstringente e regulador da 
secreção sebácea, além de hidratante. Não provoca efeito rebote, indicado de 3 a 
5% em cosméticos, inclusive sabonetes líquidos. O pH de estabilidade varia entre 
5,5 a 6. 
 
Enxofre 
 
É parasiticida, fungicida e antibacteriano. Em concentrações abaixo de 3% é 
queratoplástico e de 3 a 12% é queratolítico suave. Pode ser usado na forma de 
sabonetes e soluções, em concentrações usuais de 5 a 8%. 
 
Hamamélis (extrato glicólico) 
 
Planta com ativos adstringentes, este extrato pode ser usado em tônicos e 
também em sabonetes de limpeza nas peles acneicas. Indicação de uso de 5 a 
15%. 
 
Nicotinamida 
 
É a forma amida da vitamina B3 (niacina). Esta forma da vitamina B3 
apresenta efeito no tratamento da acne vulgar tipo I e II. Tem propriedades 
antiinflamatórias. Apresenta também atividade hidratante e antienvelhecimento por 
oferecer proteção contra a oxidação de proteínas e peroxidação lipídica. Usada na 
concentração de 4% em formulações anti-acne. 
 
Peróxido de benzoíla 
 
 
 
 
 
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É bactericida porque libera oxigênio gradualmente, principalmente contra 
bactérias anaeróbicas ou microaerofílicas. Tem ação queratolítica e antisseborreica. 
Usado na forma de géis, seu uso pode ocasionar descamação da pele com 1 a 2 
semanas. Verificar se a cliente não está em uso de ácido retinoico ou derivados, 
uma vez que o oxigênio liberado reage com duplas ligações dos retinoides, 
inativando-os. O uso dessas duas substâncias pode ser feito de forma alternada, 
como por exemplo, usar o creme com ácido retinoico à noite e gel com peróxido de 
benzoíla pela manhã. Indicado nas concentrações de 2,5 a 8% em gel. Importante o 
uso do filtro solar. 
 
Própolis (extrato glicólico) 
 
A consagrada ação antibacteriana deste extrato indica seu uso após 
extrações, em soluções (tônicos) adstringentes ou como gel secativo. Usado em 
concentrações de 5 a 20%. 
 
Sepicontrol® 
 
É um ativo composto por glicina e extrato de Cinnamomum (canela). A 
glicina é um aminoácido essencial à pele, constituindo sua estrutura proteica. 
Reforça as barreiras cutâneas das agressões externas. Os taninos do extrato de 
canela agem como adstringentes fracos enquanto o ácido cinâmico regula a flora 
bacteriana. 
Assim, este ativo regula a produção sebácea, inibindo a ação da 5 alfa 
redutase, reequilibrando o microambiente cutâneo, agindo contra a proliferação de 
bactérias estranhas à flora residente. Inibe a formação de ácidos graxos livres, 
agindo contra as lípases bacterianas e protege a pele contra ação dos radicais 
 
 
 
 
 
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livres. Também reduz o aparecimento de comedões e a taxa de produção de 
lipídeos cutâneos. 
Seu pH de estabilidade varia entre 5 e 7 e é utilizado em concentrações a 
4% em sabonetes líquidos e géis. 
 
Tretinoína 
 
A tretinoína (ácido retinoíco – vitamina A) é considerada um fraco agente 
despigmentante, agindo sobre os melanossomos nos queratinócitos e acelerando a 
taxa de renovação da epiderme (efeito esfoliativo). 
É largamente utilizado como preventivo da hiperpigmentação pós-
inflamatória na acne, garante uma uniformidade na aplicação do agente peeling e 
promove uma reepitelização mais rápida. 
As formulações que contém este ácido oxidam-se facilmente. Com isso, 
recomenda-se o uso de um sistema antioxidante, como o metabissulfito de sódio 
(0,1%), ácido cítrico (0,5%) e EDTA dissódico (0,1 a 0,2%). O pH de estabilidade 
varia de 4,5 a 6,5 e a sua concentração utilizada varia de 0,01% a 0,05%, ou até 5% 
para uso em consultórios para remoção de estrias. 
Seu principal efeito adverso é a irritação gerada no local da aplicação. Seu 
efeito teratogênico deve ser considerado durante a prescrição. É proibido em 
formulações cosméticas industriais, sendo considerado um medicamento. Não pode 
ser usado por grávidas e lactantes. 
 
Zincidone® 
 
É uma mistura de ácido carboxipirrolidônico e zinco. Possui ação 
antisseborreica pela inibição da enzima 5-alfa redutase, que catalisa a131 
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transformação de esteróides na pele. Usado em concentrações de 1 a 10% é 
incompatível com géis de carbômero (Carbopol®). O pH de estabilidade é de 5,5. 
 
9.4 Acne e Hidratação 
 
Em função da importância da hidratação da pele, principalmente da pele 
acneica, o tratamento hidratante deve se iniciar logo na fase de limpeza, tonificação, 
tratamento antiacneico e fotoproteção. 
Portanto, é necessário hidratar a pele em todas as fases do tratamento 
cosmético da pele acneica, com o intuito de manter todo sistema bioquímico e 
fisiológico da pele com pleno funcionamento. 
Desta maneira, a pele fica suave e macia, beneficiando a ação dos produtos 
cosméticos por facilitar a permeabilidade cutânea dos ativos. 
A hidratação da pele pode ser feita pelo uso de substâncias umectantes 
(“molha a pele”), emolientes (“forma um filme na pele”) e os hidratantes, que atuam 
de forma ativa ao nível intracelular. 
 
Descrição de substâncias hidratantes usadas para acne e alguns exemplos. 
Tipo Função Exemplos 
Emoliente Matérias-primas destinadas a evitar ou atenuar o 
ressecamento da pele. Amaciam a pele 
Silicones, óleos 
vegetais, vitamina E, 
vitamina A 
Umectante Matérias-primas com propriedades 
higroscópicas, capazes de absorver água e 
“molhar” a superfície da pele 
 
Glicerina, sorbitol, 
propilenoglicol 
 
 
 
 
 
 
 
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Hidratante 
Matérias-primas higroscópicas intracelulares, ou 
seja, que intervêm no processo de reposição de 
água da pele de maneira ativa, e por isso 
diferencia-se dos umectantes e emolientes que 
são um processo passivo. 
PCA-Na, hidroviton, 
aminoácidos, ácido 
hialurônico 
 
 
10. ATIVOS ANTIENVELHECIMENTO 
 
10.1 Introdução Ao Estudo dos Ativos Antienvelhecimento 
 
10.1.1 Tipos de Envelhecimento e aparecimento das rugas 
 
• Envelhecimento verdadeiro intrínseco: esperado – previsível, inevitável 
e progressivo; 
• Envelhecimento extrínseco ou fotoenvelhecimento: por exposição 
continuada, abusiva aos raios solares. A pele apresenta, precocemente, alterações 
comuns à pele senil. 
 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
 
 
Fonte: Tutoria e Interação. 
 
 
10.1.2 Modificações da pele e formação das rugas 
 
• Epiderme: a epiderme se adelgaça devido ao aplainamento dos cones 
interpapilares e da diminuição do número e volume das células; 
• Derme: na derme ocorre a atrofia por destruição das fibras colágenas e 
fibras elásticas, dando à pele um aspecto característico, chamado de elastose solar. 
Ocorre frequentemente em regiões expostas às radiações dos raios ultravioletas do 
sol; 
• Hipoderme: a alteração da epiderme e da derme caracteriza-se pelo 
afinamento da pele, cuja cor adquire tonalidade ligeiramente amarelada, 
aparecimento de pregas, rugas, telengectasias (pequenos vasos), manchas escuras 
(melanose solar). 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
 
 
 
Modificações na pele. Disponível em: <http://nuskin.sites.uol.com.br/ProDerm>. 
 
10.1.2.1 As Rugas Dividem-se em: 
 
Rugas primárias – É uma depressão linear que interrompe a uniformidade 
da superfície cutânea por diminuição da camada hipodérmica ou por atrofia dérmica; 
Rugas secundárias – São continuações das rugas da primeira fase. A troca 
de fase é variável no tempo e depende de cada indivíduo, acentuando a 
profundidade inicial; 
Rugas terciárias – A aparição tardia das rugas ocorre por ptose cutânea 
(queda ou deslocamento). É observável em uma pele que perdeu sua elasticidade e 
tonicidade pelo peso do tecido, ou seja, por flacidez, levando ao deslocamento em 
queda da pele da face. 
 
10.1.2.2 Tipos de Rugas 
 
• Rugas de Expressão – É a acentuação permanente das pregas 
normais da face. Exemplo: pés-de-galinha (pequenas rugas do ângulo externo do 
olho), pequenas rugas peribucais (em torno da boca) tornando difícil a maquiagem 
dos lábios; 
• Sulcos – Os sulcos são secundários ao afrouxamento cutâneo-
muscular por alteração da derme-hipoderme e ação da gravidade. Exemplo: Queixo 
Tamanho poros Linhas e rugas Descoloração Textura 
 
 
 
 
 
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duplo. Sulcos nasogenianos – queda do tecido gorduroso contribui para acentuação 
dos sulcos (do nariz aos lábios). 
 
10.1.2.3 Rugas Faciais 
 
As rugas faciais constituem-se num dos parâmetros mais visíveis do 
fenômeno fisiológico do envelhecimento cutâneo. 
O envelhecimento da pele é um fenômeno fisiológico irreversível e evolutivo. 
Constitui-se num reflexo da idade biológica do indivíduo e, nem sempre, 
corresponde à idade cronológica. 
O envelhecimento celular é acelerado sob a influência do meio ambiente. 
Num mesmo indivíduo, a pele pode estar preservada em áreas cobertas pela 
roupa, normalmente, e mais envelhecida em áreas expostas à ação cumulativa das 
radiações actínias do sol favorecendo a formação de rugas. 
O estudo do envelhecimento é complexo e multidisciplinar, envolvendo a 
área da Dermatologia, Clínica Médica, Oncologia da Cirurgia plástica, Farmacologia 
e de Biologia Celular e Molecular. 
 
10.1.2.4 Envelhecimento das Mãos 
 
Nas mãos, o envelhecimento ocorre igualmente como no rosto, pois é uma 
área muito exposta ao sol. O indivíduo não dedica os mesmos cuidados da face, 
geralmente é mais danificada. 
Os recursos para tratamento das mãos são os mesmos do rosto. Exemplo: 
cremes, peeling, laser, implantes. 
 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
 
10.2 TRATAMENTO DAS RUGAS 
 
Atualmente, existem várias técnicas eficazes de tratamento. 
 
10.2.1 Tratamento Cirúrgico das rugas 
 
• Laser – Por meio de um feixe de raios, as rugas da pele são vaporizadas; 
• Lifting Facial – Levantamento cirúrgico da face que provoca uma boa 
melhora na consistência facial diminuindo as rugas; 
• Blefaroplastia – Plástica das pálpebras, bom para rugas nesta região. 
 
10.2.2 Tratamento Clínico das rugas 
 
• Cremes – Substâncias antioxidantes, ácidos retinóicos e outros ácidos. 
Existem também substâncias precursoras de colágeno, em fórmulas e 
concentrações recomendadas por profissionais da área de dermatologia e Medicina 
Estética; 
• Peeling – Aplicação de substâncias químicas que provocam a 
descamação da pele, amenizando o aspecto das rugas; 
• Dermoabrasão – Utilizando-se um instrumento rotativo-abrasivo, procede-
se a um lixamento mecânico da pele provocando uma diminuição no aspecto das 
rugas; 
• Implantes – Substâncias de preenchimento para corrigir rugas e sulcos. 
Exemplo: colágeno, ácido hialurônico; 
• Toxina Botulínica – Quando injetada na pele relaxa temporariamente o 
músculo que causa ruga, excelente para rugas de expressão. 
 
 
 
 
 
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10.2.2.1 Ativos antienvelhecimento 
 
Agentes tensores 
 
• Conhecidos como agentes do “Efeito Cinderela", derivam de 
substâncias extraídas do trigo que, em contato com a pele, promovem um 
enrijecimento imediato que dura de 4 a 6 horas. Passado o efeito, a pele volta ao 
normal; 
• São componentes de alto peso molecular queremodelam o relevo da 
pele, deixando-a tonificada e jovial; 
• Encontrados, sobretudo na forma de gel, eles devem ser aplicados uma 
hora antes de sair de casa. 
 
DMAE 
 
Substância encontrada em peixes como salmão, sardinha e anchova. 
Como precursora da acetilcolina (neurotransmissor que participa do 
processo de contração muscular), interage com a musculatura e ajuda a fortalecê-la. 
Quando um músculo se tonifica, aumenta de volume, e a pele que o recobre 
é automaticamente esticada para acompanhar o movimento. Assim, o rosto ganha 
um aspecto vigoroso, reduzindo-se visivelmente a flacidez. 
O produto pode ser incluído em fórmulas cosméticas ou usado em 
tratamentos estéticos. 
Algumas clínicas dermatológicas oferecem a aplicação de uma máscara com 
DMAE concentrado. 
 
 
 
 
 
 
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O preparado é espalhado no rosto e, durante 15 minutos, um aparelho 
ionizador é deslizado na pele para aumentar a penetração do produto. Dez sessões 
do tratamento equivalem a um ano de uso de um creme com a mesma substância. 
 
Raffermine 
 
Extraído da soja é potente agente firmador, fortalecendo a estrutura 
molecular da derme, aumentando a firmeza de peles flácidas devido ao 
envelhecimento, regimes de emagrecimento repetidos, gravidez, exposição solar 
excessiva. 
O Raffermine, quando aplicado à pele, estimula os fibrolastos (células 
responsáveis pela formação de colágeno e elastina - responsáveis pela maciez e 
elasticidade da pele). 
Há com isso, uma reorganização das fibras de colágeno envelhecidas, 
aumentando sua resistência. 
Mantém a concentração das fibras de colágeno por vários dias após 
aplicação, resultando em um efeito firmador prolongado. 
 
Retinol 
 
O Retinol é elemento chave na manutenção do equilíbrio saudável da 
epiderme. Estimula a renovação celular. Aumenta a síntese de algumas proteínas, 
responsáveis pela produção de fibroblastos e diminui a síntese de outras (como as 
colagenosas), que destroem as fibras elásticas. 
 
Liftline 
 
 
 
 
 
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Derivado das proteínas do trigo. É agente tensor facial e corporal de 
superfície. Diminui as linhas de expressão, dando firmeza, maciez e brilho à pele. 
Tem efeito por aproximadamente 6 horas. 
Indicado para géis na área dos olhos, faciais e corporais. Tem efeito 
excelente ao associá-lo ao Raffermine. Fortalece as fibras de colágeno e 
elasticidade da derme. 
 
Ácido Glicólico 
 
Estimulação da produção das fibras de colágeno e elastina. 
 
Antioxidantes 
– Vitamina C ativa 
– Vitamina A (Retinol Ativo) e Vitamina E 
– Ácido Lipóico 
 
 
 
 
PROTEÇÃO DA DEGRADAÇÃO DAS FIBRAS DE COLÁGENO E ELASTINA 
 
 
 
 
 
 
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Camadas da pele. Disponível em: <www.vicnet.com.br>. 
 
Preenchimento 
Ácido Hialurónico + Acetilglucosamina e Ácido Glucorónico 
 
BOTOX-LIKE: 
Acetil-Hexapéptido 3 – Botoserum 
 
SOJA (Menopausa): 
Extrato de Soja – Creme 
 
COMPLEMENTARIDADE SISTÉMICA: 
Ácido Lipóico 
Isoflavonas de Soja (Genisteína e Genistina) – 
 
Lipossomas de coenzima Q10 
 
 
 
 
 
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A Coenzima Q10 é um antioxidante muito efetivo e pode ser sintetizada 
no organismo a partir dos alimentos integrais ricos em tirosina, fenilalanina e 
ácido fólico; 
Todavia, por volta da idade adulta, o organismo começa a perder sua 
habilidade em sintetizar a Coenzima Q10 o que, somado a outros fatores, dá 
início ao processo de envelhecimento. 
Coenzima Q10 estimula o sistema imunológico da epiderme, auxiliando 
na melhora e manutenção da resistência da pele. 
Por ser uma molécula antioxidante, inibe a peroxidação lipídica e 
promove a varredura dos radicais livres em excesso, minimizando o efeito destes 
radicais sobre as células. 
O resultado é a pele mais saudável e mais jovem. Nisso está a 
importância de Lipossoma CoQ10, que libera o ativo (Coenzima Q10) nas 
camadas profundas da epiderme, auxiliando no tratamento do envelhecimento 
precoce para todos os tipos de pele, desde seca até oleosa. 
 
EEllaassttiinnooll 
 
Elastinol é um novo principio ativo, uma combinação exclusiva de dois oligo 
e polissacarídeos denominados como FROP (fucose rich oligo and pollisaccarides) – 
oligo e polissacarideos ricos em α-L-fucose e RROP ( rhamnose rich oligo and 
pollisaccarides) – oligo- e polissacarideos ricos em α-L-ramnose, desenvolvido para 
tratar e retardar mecanismos e sinais do envelhecimento cutâneo. 
Elastinol possui uma significativa ação antiinflamatória aumentando a 
tolerância cutânea e diminuindo o grau irritativo; possui propriedades de sequestrar 
os radicais livres e proteger a pele; é um potente estimulador da proliferação dos 
fibroblastos - células dérmicas responsáveis pela biossíntese das fibras associadas 
 
 
 
 
 
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à firmeza e elasticidade cutânea; estimulando biossíntese de glicosaminoglicanas, 
moléculas da matriz dérmica, melhora espessura, firmeza e elasticidade cutânea, 
inibindo atividade das MMPs Elastinol diminui a degradação de colágeno e elastina 
que leva a um aumento da firmeza e elasticidade da pele, aumenta densidade das 
fibras de colágeno, resistência da pele e diminuindo o número das rugas; aumenta 
síntese de tropoelastina (precursor de elastina); Elastinol aumenta significativamente 
a espessura total da pele. 
 
MMooddoo ddee aaççããoo: Atua principalmente nas camadas mais profundas da 
epiderme e derme. Por meio dos receptores para α–L-Fucose presentes na 
superfície das células desempenha importantes funções biológicas: age na 
comunicação celular, nas interações especificas célula-célula e célula-
macromoléculas da matriz extracelular; atua na manutenção da homeostase cutânea 
e nas camadas superficiais da epiderme. α–L-Ramnose age por intermédio dos 
receptores presentes em quaratinócitos, minimizando os processos inflamatórios da 
pele; age como agente neutralizador de radicais livres. 
 
AApplliiccaaççõõeess ccoossmmééttiiccaass:: Tratamento dos sinais de envelhecimento da pele; 
produtos para regeneração cutânea (pós-peeling, pós-sol, tratamento pós- cirúrgico); 
produtos com substâncias que possuem propriedades irritativas como AHAs, 
retinóides, hidroquinona. 
 
CCoonncceennttrraaççããoo rreeccoommeennddaaddaa:: de 1 a 5%. 
 
AAssssoocciiaaççõõeess ppoossssíívveeiiss:: Recomenda-se associação de Elastinol com 
retinóides, vitamina C e seus derivados, vitamina E e derivados, filtros solares, 
AHAs, agentes despigmentantes e agentes hidratantes. 
 
 
 
 
 
 
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TTooxxiicciiddaaddee//SSeegguurraannççaa:: Uso do Elastinol é seguro nas concentrações 
recomendadas, conforme estudos realizados in vitro e in vivo. 
 
ADENIN® 
 
N6-furfuryladenine é um hormônio vegetal obtido sinteticamente, cujas 
propriedades estimulam o crescimento celular e retardam o envelhecimento. Adenin 
atrasa e reverte as mudanças celulares relacionadas à idade. 
Estudos concluíram que, em cultura contendo fibroblastos humanos, Adenin 
é capaz de retardar e prevenir uma série de mudanças resultantes do 
envelhecimento. 
Adenin previne

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