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Farmacologia da insuficiência cardíaca e antiarritmicos



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Farmacologia da insuficiência cardíaca 
O comprometimento da função cardíaca gera a diminuição da pressão arterial e débito cardíaco 
A redução da pressão e do DC é detectada pelos barorreceptores, que geram o aumento do efluxo simpático 
Nos receptores β1 adrenérgicos o aumento do efluxo simpático gera o aumento da renina, e consequentemente o aumento de angiotensina 
II 
O aumento da anigio II gera o aumento da aldosterona, a qual aumenta a retenção de sódio, causando a expansão do volume intravascular, 
aumentando a pré-carga. 
O aumento da pré-carga gera o aumento da demanda de oxigênio pelo miocárdio, agravando a ICC 
Já nos receptores α1 o aumento do efluxo simpático causa a vasoconstrição, a qual aumenta a pós-carga, gerando o aumento da demanda 
de oxigênio pelo miocárdio, agravando a ICC 
O aumento da angiotensina II mediada pelo aumento da renina por β1 também gera a vasoconstrição, aumentando a pós carga e 
consequentemente a demanda de oxigênio pelo miocárdio, agravando a insuficiência cardíaca 
Redução da pré-carga 
 Diuréticos 
 Antagonistas de aldosterona 
 Venodilatadores 
Redução da pós carga 
 IECA 
 β-bloqueadores 
 BRA 
 Vasodilatadores 
Agentes inotrópicos positivos 
 Glicosídicos cardiotônicos 
 Digoxina 
 Aminas simpaticomiméticas 
 Dobutamina 
A IECA age na diminuição da transformação de angio I em angio II, diminuindo, portanto, a vasoconstrição, diminuindo a pós-carga, 
reduzindo a necessidade de oxigênio para o miocárdio 
 A diminuição de angio II acarreta também na diminuição da produção de aldosterona, diminuindo a retenção de água e sódio, 
diminuindo o volume intravascular e consequentemente a pré-carga, reduzindo a necessidade de oxigênio pelo miocárdio 
 A redução da aldosterona também diminui a remodelagem cardíaca 
A BRA gera a inibição da indução da angio II para a produção de aldosterona e inibe a vasoconstrição gerada pela angio II 
 Ao reduzir a aldosterona ocorre a redução da retenção de sódio e água, diminuindo a pré-carga e consequentemente diminuindo a 
demanda de oxigênio pelo miocárdio 
 A redução da atividade vasoconstrictora da angio II gera diminuição da pós-carga 
A espironolactona atua na inibição da aldosterona na retenção de água e sódio, diminuindo a pré-carga e inibe a ação da aldosterona na 
remodelagem cardíaca 
Os diuréticos atuam na inibição da ação da aldosterona, diminuindo a retenção de água e sódio, diminuindo a pré-carga 
Redução da pré- carga 
Redução da pós- carga 
Agentes inotrópicos positivos 
Pietra Rosa TXIX 
Os vasodilatadores atuam diminuindo a pós carga pois diminuem a vasoconstrição 
Os venodilatadores geram a diminuição da pré-carga 
Os β-bloqueadores atuam inibindo a ação da atividade simpática aumentada, diminuindo a produção de renina e consequentemete diminui 
a pré-carga, pós-carga e remodelagem cardíaca. Eles també atuam inibindo o aumento da atividade simpática pela ação reflexa dos 
barorreceptores que catam a diminuição do débito cardíaco 
Os digitálicos atuam 
 
 
Farmacologia dos antiarrítmicos 
O coração é um órgão que apresenta um componente mecânico e elétrico que devem funcionar harmonicamente 
 Componente mecânico: responsável pelo bombeamento do sangue 
 Componente elétrico: responsável pelo controle do ritmo da bomba 
 
 Fase 4: despolarização lenta 
 Fase 0: fase ascendente do potencial de ação 
 Influxo de Ca2+ por canais voltagem dependentes 
 Fase 3: repolarização 
 Efluxo de K+ 
 Fase 4: potencial de membrana em repouso 
 Fase 0: despolarização rápida 
 Fase 1: fase precoce de repolarização 
 Fase 2: Platô 
 Fase 3: fase tardia de repolarização rápida 
Os agentes antiarrítmicos afetam o ritmo cardíaco por alterar 
 Potencial diagnóstico máximo nas células do marcapasso 
 Frequência de despolarização da fase 4 
 Potencial limiar de ação 
 Duração do potencial de ação 
Agentes antiarrítmicos de classe I Agentes antiarrítmicos de classe I 
Pietra Rosa TXIX 
 Bloqueadores de canais de sódio rápidos 
 Geram a diminuição da automaticidade das células do nó SA 
 Deslocamento do limiar para potenciais mais positivos 
 Diminuição da inclinação da despolarização da fase 4 
 Classe IA 
 Medicamentos 
 Quinidina 
 Disopiramida 
 Tornam lenta a despolarização de fase 0 
 Mecanismo de ação: 
 Bloqueio moderado dos canais de Na+ abertos ou inativados, prolongando o potencial de ação e tornando lenta a 
condução 
 Apresentam velocidade intermediária de associação com os canais de Na+ 
 
 Classe IB 
 Medicamentos 
 Lidocaína 
 Mexiletina 
 Encurtam a repolarização de fase 3 
 Mecanismo de ação: 
 Boqueio leve dos canais de Na+ abertos ou inativados, diminuindo a duração do potencial de ação 
 Esses fármacos apresentam velocidade rápida de associação com os canais de sódio 
 
 Classe IC 
 Medicamentos: 
 Propafenona 
 Torna muito lenta a despolarização de fase 0 
 Mecanismo de ação: 
 Bloqueio acentuado dos canais de Na+ abertos ou inativados, tornando a despolarização de fase 0 marcadamente 
lenta 
 Esses fármacos apresentam velocidade baixa de associação com os canais de Na+ 
 
 Antiarrítmicos de classe II 
 Antagonistas β-adrenérgicos 
 Medicamentos: 
 Propranolol 
 Atenolol 
 Metoprolol 
Agentes antiarrítmicos de classe II 
 Carvedilol 
 Mecanismo de ação: 
 Bloqueio dos receptores β1-adrenérgicos, reduzindo a despolarização de fase 4 provocando depressão da automaticidade 
cardíaca 
 Prolongamento da condução átrio ventricular e diminuição da frequência e contratilidade cardíaca 
 
Antiarrítmicos de classe III 
 Bloqueadores de canais de K+ 
 Medicamentos: 
 Amiodarona 
 Sotalol 
 Bretilio 
 Dofetilida 
 Mecanismo de ação: 
 Bloqueio dos canais de K+ repolarizantes, diminuindo o efluxo de potássio durante a repolarização das células cardíacas 
 Prolongamento do período refratário efetivo 
 
Antiarrítmicos de classe IV 
 Bloqueadores de canais de Ca2+ 
 Medicamentos: 
 Verapamil 
 Diltiazem 
 Anlodipino 
 Nifedipino 
 Felodipino 
 Levanlodipino 
 Mecanismo de ação: 
 Bloqueio de canais de Ca2+ dependentes de voltagem do NSA e AV 
 Diminuição da excitabilidade das células do NSA e prolongamento da condução do NAV, principalmente ao tornar lenta a 
ascensão do potencial de ação no tecido nodal 
 
Outros fármacos antiarrítmicos 
 Digoxina 
Agentes antiarrítmicos de classe III 
Agentes antiarrítmicos de classe IV 
Outros fármacos antiarrítmicos 
 Diminuem o período refratário nas células miocárdicas atriais e ventriculares ao mesmo tempo que aumentam o período 
refratário efetivo e diminui a velocidade de condução nas fibras de Purkinje 
 Adenosina 
 Nucleosídeo natural que em altas doses diminui a velocidade de condução, prolonga o período refratário e diminui a 
automaticidade do NAV e NSA 
 Estimulação da classe P1 de receptores purinérgicos, abrindo um canal de K+ e inibindo a condução no nó AV e SA