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Bioquímica – Júlia Araújo Pressão Arterial → PA = débito cardíaco X resistência vascular periférica total - Normal: 120/80mmHg (variável de acordo com a morfologia de cada pessoa) - Sístole: contração/ pressão máxima de ejeção - Diástole: relaxamento/ sangue nas artérias → FATORES REGULADORES MIOGÊNICOS - Manutenção da homeostase - Intrínsecos: dizem respeito a situações químicas/ eletrofisiologia (canais iônicos entrada e saída de íons) - Extrínsecos: aspectos hormonais (ação das catecolaminas- noradrenalina) e de temperatura (influencia no calibre dos vasos) → MECANISMO DE FRANK-STARLING - Regulação intrínseca - Capacidade do coração de se adaptar às variações do volume sanguíneo, modificando sua contratilidade (Plasticidade- possui um limite) - Capacidade intrínseca do coração de aumentar o débito cardíaco com o aumento do retorno venoso. - Quanto mais o músculo cardíaco é distendido nas fases de enchimento, maior será a força de contração. - Limite: força de contração começa a cair progressivamente → SISTEMA BARORRECEPTOR DE CONTROLE DA PA - Estímulos tanto simpáticos quanto parassimpáticos. - Barorreceptores: responsáveis pela conexão entre sistema nervoso central (neurônios e gânglios) e o coração, emitindo sinalização para efeitos de taquicardia e bradicardia, a fim de promover uma homeostase cardíaca. - Simpático: maior intensidade/ aceleração da contração = promove taquicardia - Parassimpático: processos de relaxamento cardíaco = promove bradicardia → RESPOSTAS/ CONTRAÇÃO - Lenta . Inicialmente, há a abertura por hiperpolarização dos canais funny (canais de sódio tardio), promovendo uma lenta despolarização diastólica breve, e dos canais de cálcio transitório (tipo T), os quais são abertos devido ao processo de despolarização, a qual ganha maior ritmo (fase 4). Com o início da fase 0, caracterizada por uma entrada acentuada de cálcio, por meio dos canais de cálcio lento (tipo L), promovendo uma despolarização ascendente. Posteriormente, após chegar ao pico máximo da despolarização, os canis de potássio retificador retardado são abertos, promovendo o processo de repolarização (fase 3) e consequentemente o relaxamento da musculatura, participando do período refratário relativo. - Rápida Bioquímica – Júlia Araújo . O processo inicia-se na fase 0, caracterizada pela despolarização rápida promovida pela abertura de canais rápidos de sódio, até chegar no ponto máximo de despolarização (contração). Nesse momento, têm-se o início da fase 1, em que canais de potássio transitório de influxo e canais de cloro permitem a repolarização precoce transitória e, na fase 2, um período de platô promovido pelos canais de cálcio lento, a fim de permitir que todas as células atinjam o mesmo potencial simultaneamente. Por fim, ocorre uma repolarização tardia lenta propiciada pela abertura de canis de potássio retificador retardado (fase 3) e a membrana encontra-se com um potencial de repouso, devido à abertura de canais de potássio retificador de influxo (extravasamento- fase 4). → FATORES QUE REGULAM O FLUXO CORONARIANO - Fatores Físicos: relacionados com as pressões exercida na parede dos átrios e ventrículos e na vasculatura, permitindo a movimentação do sangue pelo corpo. . Pressão hidrostática (osmolaridade e osmolalidade) - Renal . Pressão atmosférica - Controle vascular: mediadores que controlam os metabólitos (gases e outros), redução da pressão parcial do fluxo coronariano. - Controle neuo-humoral: ação dos hormônios e dos neurotransmissores, a fim de promover vasoconstrição (SRAA e Vasopressina) ou vasodilatação (ANP e Ocitocina). → EFEITOS DA ATIVIDADE SIMPÁTICA SOBRE O CORAÇÃO - Ação em casos de hipovolemia/ pressão baixa - Finalidade: promover uma hipertensão (aumento da pressão), a fim de garantir a homeostasia - Ação das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) - Aumento da força de contração (ionotropismo positivo) . Vasoconstrição- entrada de cálcio na célula e liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático da célula, aumentando a concentração de cálcio intracelular, promovendo a contração. . Mecanismo de ação da proteína Gs- Nas membranas celulares há receptores que possuem uma tríade proteica ligada a eles (proteína G- α, ß e γ). Esta proteína encontra-se inicialmente inativa, estando com alta afinidade ao GDP (estado de repouso). Quando o hormônio se liga ao receptor, a proteína G torna-se ativa, perde a afinidade por GDP e passa a ter afinidade com GTP. Nesse momento, a subunidade α se desloca em direção à adenilato-ciclase, formando um complexo. Esse processo permite que o ATP se transforme em AMPcíclico (sinalizador). No citoplasma há a presença de uma proteína quinase, até então inativa, e possuidora de quatro partes (2 reguladoras e 2 catalíticas- R2C2). O AMPcíclico conecta-se na parte reguladora da proteína e sua parte catalítica será deslocada, ativando a proteína que irá até o núcleo enviar a formação para a transcrição do devido RNAm. - Aumento da frequência cardíaca (cronotropismo positivos) . Promover maior débito cardíaco, promovendo uma maior resposta ao estímulo. - Aumento do automatismo - Repolarização e restauração da função após despolarização cardíaca generalizada - Redução da eficiência cardíaca → RELAÇÃO ENTRE O FUNCIONAMENTO RENAL E A PA - Auxílio na manutenção da homeostase - Mácula Densa+ Barorreceptores + Quimioreceptores: mecanismo corporal de aferência de pressão Bioquímica – Júlia Araújo - Células mesangiais: funcionamento de musculatura lisa - Liberação de RENINA-> ação do sistema renina-angiotensina- aldosterona - Aquoporinas tipo 2, 3 e 4: auxiliam no processo de retorno da água para a circulação, aumentando o volume sanguíneo e consequentemente o débito cardíaco e da PA. - Processo de reabsorção/ filtração/ excreção → SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA (SRAA) - SRAA é ativado quando se identifica uma hipovolemia. A partir desse momento a renina (produzida pelas células justaglomerulares dos rins) detecta uma baixa de pressão e é liberada na corrente sanguínea, onde encontra-se com o angiotensinogênio (produzido pelo fígado) e juntos formam a angiotensina I. Angiotensina I é convertida em angiotensina II por meio da ação da enzima conversora de angiotensina (ECA). Angiotensina II possui receptores nas suprarrenais, onde promovem a liberação de aldosterona (age nos rins retendo sódio e, consequentemente, água), a qual leva ao aumento do volume circulante pois reduz a excreção e renal, e na vasculatura (músculo liso das veias e artérias), onde promove a vasoconstrição. → FARMACOLOGIA - Hipertensão . Beta bloqueadores: bloqueio dos receptores beta- adrenérgicos, estando relacionados com a ação da noradrenalina, inibindo o estímulo de contração cardíaca. * A adrenalina é um neurotransmissor presente no sistema simpático, dessa forma age em casos de hipovolemia desencadeando um aumento da pressão arterial, através do aumento da frequência cardíaca e da vasoconstrição. Os medicamentos betabloqueadores inibem a estimulação dos receptores beta-adrenérgicos presentes no organismo. Dessa forma, não há a ligação da adrenalina com seus receptores, impedindo que haja aumento da frequência, da vasoconstrição e, consequentemente da pressão arterial, mantendo-a em níveis normais nos casos de pacientes hipertensos. . Diuréticos: primeira linha de defesa, aumento da excreção e, consequentemente, da liberação de eletrólitos. * Seu uso torna necessária a avaliação periódica dos níveis de eletrólitos circulantes . IECAs: Bloqueia a ação do sistema renina- angiotensina- aldosterona, por inibir a ECA. *As medicações inibidoras de ECA (enzima conversora de angiotensina), normalmente da classe dos anti-hipertensivos, agem inibindo ossistemas que promoveriam o aumento da pressão (conversão de angiotensina I em angiotensina II e consequente liberação de aldosterona), promovendo a manutenção da pressão em valores normais/ mais baixos pois não haverá estímulos hormonais para seu aumento. . BRAs: são bloqueadores do receptor de angiotensina II (AT1 e AT2). . Outros: bloqueadores de canais de cálcio (reduzem o cálcio disponível para a contração) e antagonistas do receptor de aldosterona - Medicações . Lozartana: bloqueador do receptor de angiotensina II (BRA) . Verapamil: bloqueador de canais de cálcio . Captopril: inibidor de ECA (IECA) → EFEITOS DA ATIVIDADE PARASSIMPÁTICA SOBRE O CORAÇÃO - Diminuição da frequência cardíaca e redução do automatismo - Inibição da condução átrio-ventricular - Estímulo hipervolêmico/ alta de pressão - Consequências: . Vasodilatação . Ativação de canais metabotrópicos muscarínicos: redução do automatismo e maior lentidão = ação da acetilcolina. Bioquímica – Júlia Araújo * Relacionado à inibição proteína Gs, bloqueando a liberação de cálcio, impedindo que haja a contração = Bradicardia . ANP (Peptídeo Natriurético Atrial): liberado no coração, com a função de aumentar a excreção de sódio e água pelos rins, relaxar a musculatura lisa vascular (exceto arteríolas aferentes dos glomérulos). * Inibe a ação da angiotensina II, ADH e aldosterona, por meio de estímulos de aumento de nitratos orgânicos (óxido nítrico- auxílio no processo de relaxamento da musculatura) por meio da GMPc (monofostato de guanosina cíclico).
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