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Curso de 
 
Homeopatia 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
MÓDULO II 
 
 
3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA HOMEOPATIA 
 
Para que possamos compreender melhor e corretamente os quatro princípios 
básicos em que se fundamenta a Doutrina Homeopática devemos falar um pouco sobre a 
Energia Vital. A Energia Vital é a energia responsável pela manutenção da vida nos seres 
vivos; é a energia que se desprende do corpo físico quando ocorre a morte. Essa energia 
não é perceptível aos nossos sentidos e no Homem é a parte integrante de um composto 
substancial que inclui o corpo físico, a mente e o espírito. 
Quando sua Energia Vital vibra harmonicamente, encontra-se em perfeito estado 
de saúde, ou seja, não se observam sinais e sintomas, tanto nos planos físico, emocional 
ou mental. Isso significa que ele está apto a se realizar como Ser Humano porque pode 
usufruir livremente da inteligência para dirigir sua vontade e manter-se em estado de 
saúde. 
Quando a Energia Vital se desequilibra, começa a aparecer um conjunto de 
reações, muitas vezes imperceptível se não estivermos atentos. Inicialmente ao nível da 
imaginação, com sonhos desagradáveis ou sensações desconfortáveis, a seguir, 
sintomas ao nível emotivo-efetivo como, por exemplo, fobias, inseguranças, ciúmes, 
desconfianças, tristezas indefinidas, etc, e posteriormente surgem os sintomas físicos. 
Por que a Energia Vital se desequilibra? Conflitos internos, ações incorretas, 
estão no cerne desse desequilíbrio, isto é, o emprego inadequado da vontade, das 
escolhas como Ser Humano. Nos animais e nas plantas as doenças ocorrem 
principalmente devido às alterações no meio ambiente provocadas, em geral, pelo próprio 
Homem. 
 
4 PRINCÍPIOS BASICOS DA HOMEOPATIA 
 
4.1 LEI DOS SEMELHANTES 
 
 
 
 
 
28 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
Hahnemann retomou ao princípio da semelhança de Hipócrates quando realizou a 
primeira experiência com quinino em si mesmo e sentiu que havia encontrado a reposta à 
sua procura por uma arte de curar lógica e realmente eficaz e curativa. Realizou suas 
experiências com metodologia científica, obtendo resultados que podem ser reproduzidos 
quantas vezes se desejar e sempre semelhantes. 
Para melhor compreensão da diferença entre o princípio dos semelhantes e o 
princípio dos contrários vamos usar uma imagem criada pelo eminente médico Dr. H. A 
Roberts em seu livro “Os Princípios e a Arte da Cura pela Homeopatia”: Imaginemos um 
trem (enfermidade) correndo a uma determinada velocidade; para controlá-lo podemos 
enviar um trem em sentido contrário (medicamento alopático) ou um trem no mesmo 
sentido (medicamento homeopático), mas em uma velocidade maior e que após o 
encontro, imprime na Energia Vital um padrão vibratório semelhante e mais forte que o 
preexistente. 
As substâncias da natureza têm a potencialidade de curar os mesmos sintomas 
que são capazes de produzir. Exemplificando de uma maneira bem simplista: se uma 
pessoa ingerir doses tóxicas de uma substância chamada Arsenicum álbum, irá 
apresentar sintomas como dores gástricas, vômitos e diarreia: se, por outro lado, dermos 
essa mesma substância, preparada homeopaticamente, a um enfermo que apresenta 
dores gástricas, vômitos e diarreia com características semelhantes àquelas causadas 
pelo medicamento em questão, obteremos como resultado a cura desses sintomas. 
 
4.2 EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM SÃO 
 
O princípio é que as experiências com medicamentos devem ser realizadas em 
homens sãos, para que então possam ser usados em homens enfermos. Por que em 
homens são e não em animais? A doença se manifesta não só por sinais objetivos 
observáveis pelos sentidos, mas também por sintomas e sensações subjetivas. Não seria 
possível registrar completa e fielmente as sensações subjetivas de cães ou gatos, pois 
estes não poderiam comunicá-las durante as experimentações. Não existem dois seres 
 
 
 
 
 
29 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
humanos exatamente iguais na saúde ou na doença, cada um tem sua individualidade, 
sua impressão digital. 
Poder-se-iam os animais assemelhar-se aos seres humanos mais do que os 
próprios seres humanos entre si? Para tratamento dos animais ou das plantas usamos os 
resultados das experimentações nos seres humanos, por analogia de sintomas, até que 
sejam realizadas experimentações específicas para cada espécie. As experimentações 
são realizadas pela administração de uma determinada substância a um grupo de 
indivíduos, considerados saudáveis após passarem por exames clínicos e laboratoriais, 
chamados experimentadores, e que não sabem que substâncias estão experimentando. 
Em cada experimentação os sintomas físicos, mentais, emocionais, as sensações 
e alterações do modo de ser e estar, de reagir e interagir com o meio, que vão sendo 
cuidadosamente anotados e posteriormente classificados e analisados, dando origem ao 
que chamamos de PATOGENESIA. Muitos medicamentos foram experimentados e 
reexperimentados várias vezes e por muitos autores. 
Outros medicamentos foram menos estudados e necessitam de novos testes para 
ampliar nosso conhecimento e seu campo de atuação. É a esses conjuntos de sintomas, 
isto é, às Patogenesias, que o médico homeopata recorre a fim de encontrar o 
medicamento mais semelhante a cada caso, o medicamento Simillimum. Diante do 
exposto, é fácil mudar o conceito de que “se o medicamento homeopático não faz bem, 
mal não faz”. Como vimos, o medicamento homeopático pode potencialmente provocar os 
mesmos sintomas que são capazes de curar. 
 
4.3 MEDICAMENTO ÚNICO 
 
Hahnemann recomendava o uso de apenas um medicamento de cada vez, o 
medicamento que contivesse o maior número de sintomas que o paciente apresenta. 
Durante o tratamento buscamos individualizar ao máximo cada paciente, sendo o “grande 
ideal” do médico homeopata encontrar o Simillimum do seu paciente. Como já foi dito 
anteriormente, na maior parte das vezes nem sempre é possível identificá-lo na primeira 
consulta. Geralmente, o que conseguimos é, nas primeiras consultas, prescrever 
medicamentos similares àquele que o paciente necessita, isto é, um medicamento que 
 
 
 
 
 
30 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
cobre parcialmente os sintomas que o paciente apresenta, mesmo porque também o 
conhecemos apenas parcialmente no início do tratamento. A recomendação de 
medicamento único se refere a cada prescrição. 
Queremos deixar bem claro que o médico homeopata nunca estará fazendo 
experiências nos seus pacientes e sim progressivamente ajustando a medicação mais 
adequada. Enquanto restarem sintomas o médico homeopata não estará contente e 
estará buscando um medicamento que realmente cure todos os sintomas do seu 
paciente. Na primeira consulta conseguimos obter uma caricatura do paciente e nas 
demais, vamos progressivamente acertando os detalhes mais finos da pintura; o objetivo 
é chegar o mais próximo possível de uma fotografia. 
 Existem divergências, como em todos os setores do conhecimento humano, 
entre as várias escolas homeopáticas em todo mundo. Todas têm suasrazões e 
ponderações. Temos basicamente três tendências: a UNICISTA, que usa apenas um 
medicamento por vez, a PLURALISTA, que usa mais de um medicamento por vez, e a 
ALTERNISTA, que intercala dois ou mais medicamentos em horários preestabelecidos. 
 
4.4 DOSES MÍNIMAS E DINAMIZADAS 
 
No início de suas experiências Hahnemann usava medicamentos diluídos, porém 
ainda contendo matéria. Com o tempo foi percebendo que essas diluições ainda eram 
suficientemente fortes para causarem, às vezes, sérias agravações. Devido a essas 
reações indesejáveis, passou a diluir cada vez mais os medicamentos, percebendo que 
obtinha melhores resultados quando eram também agitados de maneira ritimada, o que 
chamou de sucussão. 
Foi assim que chegou às doses infinitesimais (extremamente diluídas) e 
dinamizadas. A técnica de sucussão (agitação ritimada) utilizada por Hahnemann lhe foi 
ensinada por um amigo alquimista, que disse tal procedimento “retirar a alma das 
substâncias”. 
Observou que à medida que a massa ia sendo diluída, mais energia as substâncias 
pareciam desprender. Não era a quantidade de substância que importava, ao contrário, 
quanto menor a quantidade presente e quanto mais agitada era a diluição, maior o 
 
 
 
 
 
31 
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potencial de energia que atua sobre a Energia Vital. A dose diminuta prescrita pelo 
homeopata não é mera diluição ou atenuação da droga forte. Ela é o que se chama 
potência, isto é, algo que possui poder. 
As doses mínimas e dinamizadas, que sempre foram e continuam sendo 
inseparáveis da prática homeopática, têm sido com certeza o maior obstáculo à aceitação 
e adoção desse método terapêutico com maior amplitude pelos médicos em geral. Por 
lidarmos com sintomas subjetivos e com um tipo de energia extremamente sutil, as 
pesquisas devem ser realizadas dentro de um novo paradigma, com outros instrumentos 
de análise dos resultados. 
 
5 SEMIOLOGIA MÉDICA HOMEOPÁTICA 
 
Semiologia: estudo de sinais e sintomas. 
Sintomas Homeopáticos: 
 
a) Conceitos: 
 
Segundo Hahnemann, os sintomas são: 
 
Uma manifestação anômala na maneira de sentir e de operar da parte do 
organismo acessível aos sentidos do observador e do médico, produzidos pela 
desarmonia da força vital que provoca as desagradáveis sensações que 
experimenta o organismo e o impele a reações anormais que conhecemos com o 
nome de enfermidade. 
 
Para Carrol Dunham, sintomas “são tudo o que distingue o homem diante de si 
mesmo, quando não está doente”. Os sintomas não são outra coisa que a expressão da 
perturbação da força vital. Os sintomas são distintos graus das características anímicas 
do estado psíquico normal. 
 
b) Classificação dos sintomas homeopáticos: 
 
 
 
 
 
 
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b.1 - Segundo quem sente ou percebe os sintomas, seja o paciente ou o 
observador. {Objetivos/Subjetivos} 
 
 b.2 - Segundo a localização que apresentem nas diversas esferas orgânicas. 
{Mentais/Gerais/Locais} 
 
b.3 - Segundo a maior ou menor frequência com que habitualmente se apresentam 
na população enferma. 
{Comuns/Patognomônicos/Característicos/Peculiares/Raros} 
 
Sintomas subjetivos: são sofridos ou percebidos somente pelo enfermo sem que o 
observador possa ter conhecimento deles, a menos que o próprio paciente o manifeste. A 
este grupo correspondem numerosos sintomas mentais, tais como temores, penas, 
ilusões, etc, e todas as manifestações dolorosas com suas sensações respectivas. 
 
 Sintomas objetivos: quando podem ser apreciados pelo observador ou o médico, 
tais como alterações no aspecto, forma ou volume de algum setor orgânico, transtornos 
nos movimentos, nos sons normais de certos órgãos (coração, pulmão), alterações nas 
excreções normais, secreções patológicas, etc, assim como alterações detectadas 
através de exames laboratoriais (sangue, urina, fezes, etc). 
Incluem também nesse grupo os processos inflamatórios e neoplásicos. 
Naturalmente, muitos desses fenômenos objetivos podem e são observados pelo próprio 
paciente. 
 
Quanto à localização: 
 
 Sintomas mentais: quando suas manifestações consistem em transtornos 
psíquicos da afetividade, do juízo, da inteligência, ilusões, alucinações, etc. 
 
Sintomas gerais: manifestações que devem ser referidas à totalidade do 
organismo e são a expressão de uma perturbação geral como: o cansaço, a debilidade, a 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
insônia ou sonolência, alterações da transpiração, da temperatura, o apetite, os desejos 
sexuais, os desejos e aversões. São as expressões do estado geral do paciente frente a 
distintas circunstâncias. Pergunta: “como se sente”. 
Sintomas locais: quando os transtornos envolvem somente um setor da 
economia, um aparelho ou um órgão sem repercussão no estado geral, tais como dores, 
inflamações, tumores, etc. 
 
Segundo sua Frequência: 
 
Sintomas Comuns: quando se apresentam em grande quantidade de pacientes e 
de enfermidades e são também produzidos por grande quantidade de medicamentos nas 
experimentações patogênicas, na esfera mental, geral ou local. Ex: irritabilidade, insônia, 
déficit memória, a tristeza, a cefaleia, o cansaço, a febre, a falta de apetite, etc. 
 
Sintomas patognomônicos: quando são fundamentais para diagnóstico 
fisiopatológico, o qual não pode ser formulado até que se achem presentes Ex: 
hiperglicemia nos diabetes, o exantema morbiliforme no sarampo. 
 
Sintomas característicos: quando ao sintoma comum se agrega uma modalidade 
reacional de agravação ou melhoria. Esta modalidade singulariza e circunscreve o 
sintoma, de maneira tal que já não são muitos os sujeitos que apresentam, nem são 
tantos os remédios. Ex: cefaleia que se agrava pelo movimento e por tossir e que se alivia 
pela pressão externa. 
 
 Sintomas peculiares: quando possuem alguma modalidade ainda menos 
frequente que as anteriores e provocadas patogeneticamente por uns poucos 
medicamentos. Ex: cefaleia quando tem fome (antes de comer). 
 
 Sintomas raros: quando escassos indivíduos e pouquíssimos remédios ou um só 
os produz. Ex: alegria durante as tormentas (tempestades). 
 
 
 
 
 
 
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6 MODALIDADES 
 
6.1 SIGNIFICADO E INTERPRETAÇÃO 
 
Constitui modalidade de um sintoma, a condição de agravação ou de melhora do 
mesmo, sendo tanto mais importante quanto mais nítido e intensamente influenciar 
determinada manifestação, portanto representa um fenômeno dinâmico determinado pelo 
genótipo, atuando sobre o modo reacional do organismo frente a determinadas 
circunstâncias. Reflete diferentes tendências individuais em manifestar sintomas, 
síndromes e estados mórbidos, que se deixam favorecer ou prejudicar frente aos 
diferentes fatores. 
 
6.2 SÍNTESES DAS MODALIDADES PRINCIPAIS 
 
As modalidades que qualificam os sintomas comportam variantes do ritmo, 
horário e periodicidade; do modo de aparecimento e de desaparecimento; de relação com 
atividades e atos fisiológicos de natureza alimentar, de relação com eliminações; de 
posição, movimentos; de condições metereológicas e de fatores psíquicos, acrescidos 
ainda por circunstâncias excepcionais e raras. 
 
Modalidades de Exclusão 
Incluem modalidades relacionadas à menstruação, à sensibilidade ao frio e ao 
calor, bem como ao estado reacional de estenicidade e astenicidade. 
 
Modalidades Horárias 
Obedecem a ritmos biológicos e dependem de processos fisiológicosrelacionados ao repouso, ao metabolismo e ao catabolismo. 
 
Modalidades de Periodicidade 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Geralmente se refere à dor, às eliminações, às erupções e à febre, indicando 
intervalos de horas, dias, semanas, meses ou anos, sendo dificilmente detectada no 
decurso das experimentações. 
 
Modalidades de Aparecimento e Desaparecimento de Sintomas 
O modo de instalação e desaparecimento de sintomas isolados ou de um quadro 
mórbido, lento ou súbito, representa aspecto definido frequente em numerosas 
patogenesias. São principais variantes desta natureza: 
a) Aparecimento e desaparecimento lento; 
b) Aparecimento lento e desaparecimento brusco; 
c) Aparecimento e desaparecimento brusco; 
d) Aparecimento brusco e desaparecimento lento; 
e) Instalação progressiva. 
 
Modalidades Relacionadas a Funções Normais 
Inumeráveis variantes modalizadoras estão relacionadas a atividades fisiológicas 
no sentido de aparecimento, agravação ou melhora de sintomas. Costuma-se dizer que 
“tal” doença piora por “tal” condição fisiológica e vice-versa. 
 
Modalidades de Natureza Alimentar 
A ingestão alimentar oferece variantes como: 
a) Intolerância – como expressão de incapacidade digestiva ou de 
hipersensibilidade, relacionada ao metabolismo. 
b) Fator de agravação ou melhora – modalizando condições já presentes. 
c) Causalidade – despertando condições até então ausentes. 
d) Aversão e desejo – por determinados alimentos como expressão do terreno 
individual. 
 
Modalidades de Secreções e Excreções 
Constituem situações importantes de modalidade: 
a) Variações da urina – odor, aspecto, sedimento. 
 
 
 
 
 
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b) Tipos de hemorragia – ativa, passiva, de sangue escuro. 
c) Variações da saliva – espessa, aderente, fétida. 
d) Transpiração – fétida, pegajosa, oleosa, localizada. 
e) Variantes de evacuação intestinal – diarreica, sanguinolenta, esverdeada, de 
odor cadavérico. 
 
Modalidades de Posição 
A atitude preferencial do doente, além de lhe proporcionar alívio, contribui como 
sinal raro por si mesmo e confere hierarquia a outras manifestações pouco importantes. 
Exemplos: 
• Deitado sobre lado direito. 
• Deitado sobre lado esquerdo. 
• Deitado sobre a parte dolorosa. 
• Deitado sobre superfície dura. 
 
Modalidades de Movimentos 
O movimento proporciona agravação ou melhora em variantes ilimitadas: 
• Rápido. 
• Contínuo. 
• Lento. 
• Brusco. 
• Viajando. 
 
Modalidades Metereológicas 
 Referem-se às estações do ano, ao grau de umidade, à temperatura, à 
tempestade, ao tempo nublado, vento, sol, mar e montanhas. 
 
Modalidades raras 
 A anamnese considera todas as informações do doente, mesmo àquelas sem 
relação aparente ao diagnóstico, na certeza de que, quanto mais bizarras, mais estranhas 
ou absurdas forem, melhor personalizado se tornará o apanho do caso clínico. 
 
 
 
 
 
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7 TOMADA DO CASO 
 
7.1 SIGNIFICADO 
 
Proceder ao apanhado do caso significa escutar, interrogar, observar e examinar 
determinados doentes, procurando obter a mais perfeita totalidade dos sinais e sintomas 
capazes de refletir a imagem do seu estado mórbido personalizado. 
 
7.2 DIFICULDADES NO APANHO DO CASO 
 
Três fatores interferem no apanho do caso, dificultando a correlação patogenética. 
1. Doente – quando preocupado com o diagnóstico, o paciente insiste nas 
queixas patológicas, ocultando sintomas que julga alheios à doença. 
2. Médico – para prescrever, o homeopata necessita conhecer número razoável 
de patogenesia, a fim de enquadrar o paciente na personalidade de uma 
delas. 
3. Deficiência da matéria médica – a droga que melhor se adaptaria a 
determinado doente talvez ainda não tenha sido experimentada, sendo 
ignorada a sua patogenesia. 
 
7.3 TOTALIDADE DE SINTOMAS 
 
A totalidade dos sintomas, decisiva para identificação patogenética, abarca sinais 
e sintomas mentais, gerais, locais e patognomônicos, tanto no aspecto comum como 
peculiar de cada um, todos eles valorizados através de qualificações e modalidades 
marcantes e sem explicação, que traduzem o modo racional de cada doente, permitindo 
caracterizá-lo dentro da doença. 
 
7.4 SÍNDROME MÍNIMA DE VALOR MÁXIMO 
 
 
 
 
 
 
Essa expressão designa o conjunto de manifestações dotadas de características 
marcantes e raras, suficientes para individualizar um medicamento. No cômputo da 
totalidade clínica, caberá ao médico selecionar aqueles sintomas bizarros, estranhos, 
peculiares e sem explicação, não integram o diagnóstico nosológico, mas pertencem de 
modo exclusivo ao doente. 
 
 
8 INTOXICAÇÃO 
 
Na homeopatia moderna, casos de intoxicação são raros ou praticamente não 
ocorrem. Hahnemann observou que doses subtóxicas exerciam ação predominante na 
melhora do doente, dando origem às doses mínimas seguidas de diluição e dinamização. 
 
8.1 ORIGEM DAS DOSES MÍNIMAS 
 
Dentro do raciocínio da semelhança adota-se a aplicação clínica das drogas em 
doses reduzidas, embora em nível ponderável, sobrevindo curas sempre que a correlação 
de semelhança era obedecida. Hahnemann procedeu à redução das doses em uma 
técnica de diluição em água e álcool, em escala centesimal progressiva, tendo o cuidado 
de homogeneizar cada diluição pelo procedimento das sucussões; receoso de tal conduta 
viesse a prejudicar o efeito terapêutico, surpreendeu-se ao constatar que as diluições não 
apenas conservavam, mas adquiriam maior potencial curativo. 
Este fato motivou a descoberta do poder farmacodinâmico em substâncias até 
então consideradas inertes e possibilitou a elaboração de patogenesias com substâncias 
tóxicas. 
 
8.2 DILUIÇÃO E DINAMIZAÇÃO 
 
As doses mínimas ou infinitesimais se vinculam à lei da semelhança. O fato das 
diluições sucussionadas adquirirem poder dinâmico crescente faz com que os termos 
diluição, potência e dinamização passassem a ser indistintamente empregadas sob o 
38 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
ponto de vista prático, pois não se admite em Homeopatia uma diluição que não esteja 
sistematicamente complementada por sucussões, numa técnica padronizada, sendo a 
escala centesimal a única de exatidão matemática válida para trabalhos científicos. 
39 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
A descoberta do poder farmacodinâmico das doses mínimas tornou as doses 
ponderáveis desnecessárias e contraindicadas, portanto, o termo intoxicação está 
afastado da homeopatia moderna. 
 
 
9 PATOGENESIA 
 
Ao conjunto de manifestações apresentadas pelo indivíduo sadio e sensível, 
durante a experimentação de uma droga, foi dado o nome de patogenesia. A reunião dos 
quadros experimentais devidamente catalogadas ou patogenesias passou a constituir a 
Matéria Médica Homeopática. A experimentação com a China officinalis proporcionou a 
primeira patogenesia. 
Sintoma patogenético e qualquer manifestação observada pelo experimento no 
homem sadio. Além dos sintomas patogênicos propriamente ditos, induzidos no indivíduo 
sadio por determinada substância em doses diversas, porém não tóxicas, foram também 
incorporadas à Matéria Médica os efeitos registrados nas intoxicações acidentais bem 
como aqueles sintomas e sinais curados na clínica durante a utilização de determinada 
droga. Englobando o tema patogenesia podemos citar asagravações homeopáticas. 
 
9.1 CONCEITO DE AGRAVAÇÃO 
 
“É o aumento de todos os sintomas importantes da doença que seguem à 
administração do remédio específico, agravação esta tanto mais aparente quanto maior a 
similitude ao remédio escolhido”. Inicialmente, foram reconhecidos dois tipos de 
agravação: 
a) Agravação homeopática ou medicamentosa 
b) Agravação patogenética. 
 
 
 
 
 
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9.2 AGRAVAÇÃO COMO RESSONÂNCIA PATOGENÉTICA 
 
No prosseguimento clínico distinguiu Hahnemann dois tipos de agravação – a 
homeopática e a patogenética – a primeira expressando sintomas inicialmente presentes 
no doente e a segunda revelando sintomas novos inerentes à patogenesia da droga 
empregada. O indivíduo sob experimentação somente desenvolverá sintoma se for 
sensível à droga testada, a qual despertará uma condição até então latente que se 
manifestará como sinal profético daquilo que, infalivelmente, iria acontecer no futuro 
desse experimentador. 
Assim interpretada, a agravação patogenética é também a homeopática, como 
soma resultante da doença medicinal ou experimental, com a sintomatologia potencial 
ainda subclínica. Das duas reações de defesa despertadas no organismo – uma pela 
doença natural e outra pelo medicamento – advém a resultante comum, mais potente e 
mais eficaz que persistirá depois de dissipada a presença energética do Simillimum* 
responsável pela defesa adicional. Esta resultante, suficiente para o reequilíbrio, 
eventualmente se torna mais do que suficiente, ocasionando transitório tumulto clínico. 
 
*Simillimum: Medicamento cujos sintomas patogenéticos ou de experimentação no 
homem sadio coincidem com a totalidade sintomática de determinado quadro mórbido. 
Representa o remédio adequado do doente. 
 
10 A ANAMNESE HOMEOPÁTICA 
 
 ANAMNESE: do grego. Anámnesis, “o relato dos padecimentos feitos pelo doente 
à cordialidade inquisidora do médico” (MIGUEL TORGA, Diário, ex p. 55-56). “Informação 
acerca do princípio e evolução de uma doença até à primeira observação do médico” 
(A.B.H.F.). 
O médico deve ter: boa vontade; boa disposição; compreensão; respeito à 
liberdade do enfermo para expressar-se e paciência. 
 “O enfermo é o único que tem a chave do medicamento”. 
 
 
 
 
 
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 “O médico deve ser um cúmplice, um companheiro”. 
 “Resgatamos o encontro humano que os aparatos tecnológicos afastaram”. 
 
Atitude do médico = neutralidade com cumplicidade. Fazer sentir ao paciente o 
interesse do médico. “O 1º ato do médico é dar a mão”. 
 
Analisar todas as características para proporcionar uma boa relação médico-
paciente. 
1) O olhar: 
— detalhes da atitude: se acercar do paciente; 
— atitude receptiva: intenção envolvente; 
— envolver o paciente em uma atmosfera de proteção = olhar abraçador; 
— com o olhar: estou disposto a escutar-lhe, vou ser discreto e compreensivo, 
necessito que me fale = olhar inquisitivo. 
 
2) O silêncio e a pausa: 
— o silêncio do médico outorga o passaporte para o paciente poder falar; 
— tempo para pensar – rebobinar o K-7 de sua vida e ligar de novo; 
— permite ao paciente desenvolver seus pensamentos para oferecer ao seu 
médico. 
 
3) A Palavra: ama, fere e mata. 
— O tom da voz; 
 — A linguagem deve ser acessível ao paciente; 
 — A linguagem deve ser pessoal. 
 
4) A escritura: 
Escrever com os mesmos termos do paciente, frouxamente, não deixando de 
observar as expressões do paciente. “O momento de escrever como de perguntar é 
ditado pelo paciente”. Como um jogo de xadrez: 1ª jogada = em que posso ajudar. 
Aguardar a jogada do paciente e seguir estimulando até o xeque-mate = história 
 
 
 
 
 
42 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
biopatográfica. 
 
O que o médico deve fazer: 
1) Deixar o paciente falar livremente; 
2) Escrever cada sintoma ou grupo de sintomas; 
3) Os sintomas devem ser escritos na linguagem do paciente; 
4) Circunscrever-se a um grupo de sintomas até esgotar tudo; 
5) As perguntas devem ser: gerais, amplas, indiretas e vagas. 
 
O que o médico não deve fazer: 
1) Interromper o relato do paciente; 
2) Insistir em perguntas que não consegue resposta; 
3) Formular perguntas: dirigidas – alternantes – sim ou não 
 *sintomas de determinado medicamento. 
 
A FICHA CLÍNICA: 
 
1) Identificação; 
2) Queixas e duração – ouvir, anotar e detalhar ao máximo; 
3) Interrogatório sobre diversos aparelhos; 
4) Antecedentes pessoas e familiares; 
5) Alimentação: Apetite? Desejos e aversões? Sabor? Temperatura; 
6) Sede: Como é? Horário? Desejos e aversões? 
7) Transpiração como é? Onde é mais? Odor? Mancha? 
8) Meteorológicos: Calor? Frio? Sol? Chuva? Campo? Praia? Vento? 
9) Períodos: nas 24 horas do dia: menos ou mais disposição? 
10) Sono/sonhos: como é? Posição? O que faz durante? Sonha? Repetem? 
11) Medos – temores: quais? 
12) Mentais – como é sua maneira de ser? Choro? Consolo? Emoções? Sofrimentos? 
Afeto? Carinho? Ciúmes? Feliz? Morte? 
13) Biopatogrófico: fato(s) que marcaram o paciente profundamente? 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
14) Exame físico: biotipo – face, pele e anexos – atitudes, etc. 
 
 
“Verificar tudo para ver se tem os sintomas mentais e a 
totalidade dos sintomas característicos com os de algum 
remédio. O exame individual de um caso de doença requer, da 
parte do clínico, isenção de preconceitos, sentidos apurados, 
atenção ao observar e fidelidade em anotar o caso de doença.” 
HAHNEMANN 
 
 
 
 
 
 
 
 
------------------FIM DO MÓDULO II------------------ 
	Modalidades Metereológicas
	Modalidades raras

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