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Posiçãção taxonôômica Filo: Nematelmintos Classe: Nematoda Família: Strongyloididae Espécie de interesse: Strongyloides stercoralis Morfologia VA Fêmeas partenogenéticas Possui esôfago logo e retilíneo do tipo filarióide Não possui receptáculo seminal (não precisa) Elimina ovos já larvados na mucosa intestinal (30 a 40 ovos/dia) São triploides (3n) Pode produzir simultaneamente 3 tipos de ovos, n, 2n e 3n que dão origem a 3 tipos de larvas rabditoides Não necessitam de macho para a reprodução (produzem o embrião independente do processo de fecundação) Fêmeas de vida livre ou estercoral Esôfago rabditoide Possui receptáculo seminal para ocorrer acasalamento Normalmente é menor do que a fêmea partenogenética São diploides (2n) Fazem o ciclo indireto Macho de vida livre Esôfago rabditoide Extremidade posterior recurvada com a presença de espícula para o acasalamento (fixação no corpo da fêmea) São aploide (n) Fazem ciclo indireto Larva rabditoide Forma evolutiva de diagnóstico Primórdio genital nítido Vestíbulo bucal curto São eliminadas nas fezes Quando ocorre fecundação são 3n Larva filarióide Esôfago do tipo filarióide Extremidade posterior com duas pontas (ancilostomídios apresentam extremidade posterior pontiaguda) Forma infectante São 3n Dão origem as fêmeas partenogenéticas Não possui bainha como os ancilostomídios Por isso não pode causar a infecção pela ingestão (morre com a ação do suco gástrico) Infecção causada pela penetração ativa Ovos Elíptico Já sai larvado Transparente São eliminados em fezes diarreicas grave ou após o uso de laxantes Eclosão ocorre devido a movimentação da larva dentro Vermes adultos Larva rabditoide Larva filarióide Ovos Pietra Rosa TXIX Ciclo biolóógico Ciclo monoxênico Pode infectar humanos, cães, gatos e raposas Possui 2 tipos de ciclos: Direto: permite autoinfecção Indireto: parte do ciclo ocorre no ambiente Fêmea fecundada libera ovos 3n que origina a larva rabditoide 3n e depois a larva filarióide 3n Isso ocorre pelo fato de ser um geohelminto não obrigatório Indireto Também chamado de ciclo sexuado ou de vida livre. Os ovos depositados na mucosa intestinal eclodem no intestino liberando as larvas rabditoides que migram para a luz intestinal, sendo liberadas no ambiente juntamente com as fezes. As larvas 2n ou n liberadas no ambiente formam as fêmeas de vida livre e macho de vida livre respectivamente. No ambiente ocorre então ocasionalmente a fecundação desses VA, formando os ovos 3n no ambiente. Os ovos 3n liberam as larvas rabditoides que se desenvolvem em larvas filarióides, as formas infectantes. As LF (L3) penetram ativamente a pele ou mucosas, caindo na circulação sanguínea e/ou linfática, indo para os pulmões, onde sofre muda de L3 para L4 (ciclo de Loss). As larvas L4 sobem pela árvore brônquica podendo ser expelidas ou deglutidas. Quando deglutidas as larvas L4 chegam ao ID onde se fixam e formam a fêmea partenogenética que inicia a ovoposição. Direto Também chamado de ciclo partenogenético Mesmo ciclo, porém, nesse ciclo as larvas 3n que eclodem no intestino não são liberadas no ambiente, mas sim penetram na região perianal No processo de autoinfecção as LR presentes no intestino se desenvolvem em LF, as quais penetram na mucosa intestinal ou na região perianal e realizam o ciclo parasitológico normalmente (corrente sanguínea, pulmões, intestino) Heteroinfecção: Larva filarióide no solo penetra na pele ou mucosas do HD Mais frequente Autoinfecção externa: LR se desenvolve em LF na região perianal e penetra na mucosa Ex: fezes muito tempo nas fraldas Auto infecção interna: LR na luz intestinal se transforma em LF que penetra a mucosa intestinal Nesse caso pode ocorrer hiper infecção A estrongiloidíase se torna disseminada e fatal devido a alta carga parasitária Fatores que favorecem a autoinfecção interna: Constipação intestinal Imunossupressão Uso de corticosteroides Metabólitos formam um produto semelhante a hidroxiecdisona, hormônio do parasita que aumenta a fecundidade das fêmeas partenogenéticas e desencadeia a evolução da LR em LF Movimentos retro peristálticos Patogenia e sintomatologia Ações Ação mecânica: tanto da fêmea partenogenética quanto das larvas Ação traumática: fixação e movimentação Ação irritativa Ação espoliativa Ação tóxica e enzimática: liberação de excrementos que causam a toxicidade Carga parasitária leve: assintomática Ciclo indireto Ciclo direto Heteroinfecção Autoinfecção externa Autoinfecção interna Fase aguda Envolve a penetração da larva e sua fase pulmonar Pontos de penetração da LF Lesões cutâneas e erupções Dermatite Em casos de reinfecção ocorre hipersensibilidade mais acentuada com formação de edema, prurido, urticárias, eritema e pápulas hemorrágicas As vezes observa-se migração da LF no tecido subcutâneo, determinando um aspecto serpinginoso urticariforme, caracterizando a SÍNDROME LARVA CURRENS Sintomatologia pulmonar Relacionada com o ciclo de Loss e a migração das larvas Se tem tosse com u sem expectoração, febre, dispneia e crises asmáticas (casos mais brandos) A migração pelo parênquima pulmonar gera focos hemorrágicos com infiltrado inflamatório, e em casos mais graves, broncopneumonia, síndrome de Loeffler, edema pulmonar e insuficiência respiratória Fase crônica Fase intestinal Envolve as fêmeas partenogenéticas, ovos e larvas no intestino Enterite catarral: reação inflamatória leve com produção de muco Enterite edematosa: reação inflamatória com edema da submucosa e desaparecimento do relevo da mucosa, caracterizando a síndrome da má absorção Diminuição da superfície de contato e aumento do peristaltismo como meio compensatório Enterite ulcerosa: inflamação com eosinofilia intensa Ulcerações com invasão bacteriana Substituição das úlceras por tecido fibrótico, gerando rigidez da mucosa intestinal Lesão irreversível (mesmo sem o parasita os danos continuam) Fibrose pode acarretar em alterações no peristaltismo, ocasionando íleo-paralítico, impedindo o trânsito intestinal Pode facilitar a autoinfecção interna Sintomas mais comuns da fase crônica Dor epigástrica Diarreia Náuseas e vômitos Síndromes disentéricas com esteatorreia que podem levar à desidratação, acarretando em choque hipovolêmico Emagrecimento Acentuado comprometimento do estado geral podendo levar a óbito Forma disseminada Em decorrência da hiper infecção Larvas encontradas nos rins (hematúria e proteinúria), fígado, vesícula biliar, coração, cérebro, pâncreas, tireoide, adrenais, próstata, gl.mamárias e linfonodos Esse quadro pode se complicar com infecções bacterianas secundárias Sintomas Dor abdominal, diarreia intensa, vômitos, pneumonia hemorrágica, insuficiência respiratória e broncopneumonia bacteriana Pode levar a óbito Diagn óóstico Laboratorial Pesquisa de larvas nas fezes e secreções Coprocultura (risco de contaminação para quem manuseia): desenvolvimento de larvas em laboratório Imunológicos (ELISA e reação intradérmica): importante para a forma disseminada Método de Rugai e o método de Baermann-Moraes Baseiam-se no hidrotropismo e termotropismo das larvas Métodos específicos para larvas, elas devem estar vivas, por isso não podem ser fezes conservadas Fase aguda Fase crônica Forma disseminada Profilaxia Uso de fossas e privadas Saneamento básico Tratamento dos doentes Diagnóstico precoce Uso de botas e luvas para manuseio da tersa Tratamento Vermífugo + laxante Laxante evita a autoinfecção interna
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