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TCC - A segurança do trabalho na criação de planos de ações contra a proliferação do novo coronavírus nas empresas

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1 
 
ESCOLA SUPERIOR DE PLANEJMANETO E GESTÃO – ESPG 
Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho – 2ª Atribuição 
 
 
 
 
 
 
 
 
A segurança do trabalho na criação de planos de ações contra 
a proliferação do novo coronavírus nas empresas. 
 
Douglas Wallisson Diniz Morais 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
2020 
 
 
2 
 
 
 
 
A segurança do trabalho na criação de planos de ações contra 
a proliferação do novo coronavírus nas empresas. 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso Pós Graduação em 
Engenharia de Segurança do Trabalho, como requisito 
parcial para obtenção para o título de Pós Graduado 
em Engenharia de Segurança do Trabalho. 
 
 
 
 Área de concentração: Saúde e Segurança Ocupacional 
 
 
 
 
 
 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
2020 
 
 
 
 
3 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
Douglas Wallisson Diniz Morais 
 
 
 
 A segurança do trabalho na criação de planos de ações contra 
a proliferação do novo coronavírus nas empresas. 
 
 
 
Monografia apresentada à banca 
examinadora do Curso de Pós Graduação em 
Engenharia de Segurança do Trabalho, 
Escola Superior de Planejamento e Gestão 
Rita – ESPG, Conselheiro Lafaiete-MG, 2020. 
 
 
 
Data de Aprovação___/___/___ 
 
 
 
 
1º examinador (a): ________________________________________________ 
 Prof. __________________________________ 
 
2º examinador (a): ________________________________________________ 
 Prof. ___________________________________ 
 
 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A minha esposa, Ana Carolina pelo seu amor, 
carinho, e dedicação para comigo; A minha 
filha Cecília por ter iluminado a minha vida. A 
Deus por ser Essencial em minha vida, autor 
de meu Destino, meu guia, socorro presente na 
hora da angústia, ao meu pai Osmar e minha 
mãe Roselaine pelo apoio sempre prestado ao 
longo de toda minha jornada acadêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus por estar sempre presente em minha existência, mesmo quando eu erro, 
nunca se quer deixar de estar ao meu lado! 
 
Aos membros da Banca Examinadora, muito obrigado. 
 
À ESPG por ter possibilitado a realização deste curso. 
 
Aos professores que dedicaram seu tempo para me passar seus ensinamentos e 
incentivo. 
A minha esposa - meu amor - Ana Carolina, pela sua paciência, seu amor e todo o seu 
carinho em me ajudar e a me incentivar em toda essa trajetória. 
A minha filha, Cecília, inspiração da minha vida, a qual é a razão de eu sempre buscar 
novos horizontes e evoluir em minha carreira profissional. Você é a razão da minha 
existência e sem dúvida a minha motivação para ser uma pessoa melhor. 
 
Aos meus pais Osmar e Roselaine pela abnegação que sempre tiveram comigo. 
 
A todos meus amigos que de alguma forma contribuíram para minha formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A palavra é metade de quem a fala e 
metade de quem a ouve. 
 
Michel de Montaigne 
 
 
 
 
 
7 
 
RESUMO 
 
O novo coronavírus – COVID-19 – tem abalado a estrutura do mundo nos 
últimos dias. O sistema de saúde de diversos países tem entrado em colapso, 
assim como suas economias. Em 20 de março de 2020, por meio do Decreto 
Legislativo Nº 6, fica reconhecido o estado de calamidade pública no Brasil. 
Nessa mesma data, foi declarado que a transmissão do novo coronavírus 
passou a ser considerada comunitária. O isolamento social e a paralização de 
algumas empresas foram algumas medidas tomadas pelo governo para o 
achatamento da curva de contaminação. O papel da indústria brasileira é 
essencial para o enfrentamento da pandemia do Covid-19, sendo algumas 
dessas, essenciais para manter a saúde e bem estar da população. Com isso, 
o governo por meio dos Ministérios do Trabalho e Emprego e Ministério da 
Saúde, publicaram algumas medidas a fim de que parte das indústrias 
consideradas como atividades essenciais, pudessem retomar os seus 
processos com o dever de seus setores de Saúde e Segurança Ocupacional, 
criarem planos de ações para o embate e contenção a contaminação de seus 
colaboradores. 
 
Palavras Chaves: Coronavírus, Segurança do Trabalho, Saúde, Prevenção, 
Contaminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
ABSTRACT 
 
The new coronavirus - COVID-19 - has shaken the structure of the world in 
recent days. The health system of several countries has collapsed, as well as 
their economies. On March 20, 2020, through Legislative Decree No. 6, the 
state of public calamity in Brazil is recognized. On that same date, it was 
declared that the transmission of the new coronavirus started to be considered 
community. Social isolation and the shutdown of some companies were some 
measures taken by the government to flatten the contamination curve. The role 
of Brazilian industry is essential to face the Covid-19 pandemic, some of which 
are essential to maintain the health and well-being of the population. With this, 
the government, through the Ministries of Labor and Employment and the 
Ministry of Health, published some measures so that part of the industries 
considered as essential activities, could resume their processes with the duty of 
their sectors of Occupational Health and Safety, create action plans to fight and 
contain the contamination of its employees. 
 
Keywords: Coronavirus, Occupational Safety, Health, Prevention, 
Contamination. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Sumário 
1. INTORDUÇÃO ...................................................................................................................... 13 
1.1. Problema ..................................................................................................................... 15 
1.2. Justificativa .................................................................................................................. 15 
1.3. Objetivo ....................................................................................................................... 15 
1.3.1. Objetivo Geral ..................................................................................................... 15 
1.3.2. Objetivos específicos ........................................................................................... 16 
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO ........................................................................................................ 17 
2.1. Pandemia ..................................................................................................................... 17 
2.2. Coronavírus (COVID-19) .............................................................................................. 17 
2.2.1. Sintomas .............................................................................................................. 19 
2.2.2. Transmissão ......................................................................................................... 19 
2.2.3. Grupo de Risco .................................................................................................... 20 
2.2.4. Medidas de Prevenção: ....................................................................................... 21 
2.3. Ministério do trabalho ................................................................................................ 23 
2.4. Segurança e Medicina do Trabalho ............................................................................. 24 
2.5. Serviço Especializado de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT ................. 26 
2.6. Equipamento de Proteção Individual – EPI ................................................................. 27 
2.7. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO ............................... 28 
2.8. Comissão Interna de Prevenção a Acidentes – CIPA ...................................................29 
2.9. Prevenção .................................................................................................................... 30 
2.10. Higiene e segurança do trabalho ............................................................................ 31 
3. METODOLOGIA .................................................................................................................... 33 
3.1. Delineamento da Pesquisa .......................................................................................... 33 
3.2. Seleção de Materiais ................................................................................................... 34 
3.3. Localização .................................................................................................................. 34 
4. ANÁLISE E DISCULSÕES ....................................................................................................... 36 
4.1. Situação Mundial ......................................................................................................... 36 
4.2. Situação do Brasil ........................................................................................................ 37 
4.3. A pandemia no ambiente de trabalho ........................................................................ 39 
4.4. MEDIDAS DE CARÁTER GERAL NO TRABALHO ............................................................ 40 
4.4.1. PRÁTICAS QUANTO ÀS REFEIÇÕES .......................................................................... 42 
4.4.2. PRÁTICAS REFERENTES AO SESMT E CIPA ............................................................... 42 
4.4.3. PRÁTICAS REFERENTES AO TRANSPORTE DE TRABALHADORES ............................. 43 
 
10 
 
4.4.4. PRÁTICAS REFERENTES ÀS MÁSCARAS .................................................................... 43 
4.4.5. SUSPENSÃO DE EXIGÊNCIAS ADMINISTRATIVAS EM SST ........................................ 44 
4.4.6. PRÁTICAS REFERENTES AOS TRABALHADORES PERTENCENTES A GRUPO DE RISCO
 44 
4.4.7. DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................... 45 
4.5. Plano de Ação .............................................................................................................. 45 
4.5.1. Passo 1. Estabeleça medidas gerais de prevenção no ambiente de trabalho ........ 45 
4.5.2. Passo 2. Desenvolva uma política e procedimentos internos para identificação e 
isolamento de pessoas doentes .............................................................................................. 49 
4.5.3. Passo 3. Desenvolva, implemente e comunique proteções e flexibilidades do 
ambiente de trabalho. ............................................................................................................. 50 
4.5.4. Passo 4 – Implemente medidas de controles no ambiente .................................... 50 
4.5.6. Passo 5. Definir recomendações de acordo com o risco de exposição ................... 53 
4.6. Recomendações ao Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho – 
SESMT 53 
4.7. Perguntas frequentes sobre gestão de risco de transmissão ..................................... 56 
5. Conclusão ............................................................................................................................ 59 
6. REFERÊNCIA ......................................................................................................................... 61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Lista de Figuras 
Figura 1: Raio X do coronavírus. 
Figura 2: Sintomas do coronavírus. 
Figura 3: Formas de Transmissão do coronavírus. 
Figura 4: Comportamento do coronavírus na superfície., 
Figura 5: Comportamento do coronavírus na superfície. 
Figura 6: Perfil de pacientes com casos graves. 
Figura 7: Métodos de prevenção e uso do EPI. 
Figura 8: Modelos de EPI. 
Figura 9: Mapeamento de casos pelo mundo 
Figura 10: Evolução do número de mortes no Brasil. 
Figura 11: Mapeamento de casos no Brasil, por estado. 
Figura 12: Informativo COVID-19. 
Figura 13: Medidas de distanciamento. 
Figura 14: Medidas de desinfecção e contra contaminação. 
Figura 15: Medidas de distanciamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Lista de abreviações 
 
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. 
COVID-19 – Corona Virus Diese 2019. 
BOVESPA - Bolsa de valores de São Paulo. 
CIPA – Comissão Interna de Prevenção a Acidentes 
SESMT – Serviço Especializado de Segurança e em Medicina do Trabalho 
PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
EPI – Equipamento de Proteção Individual 
FGTS – Fundo de Garantia de Tempo de Serviço 
CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas 
MP – Medida Provisória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1. INTORDUÇÃO 
 
A sociedade moderna passa por um período único em sua história. Grandes 
desafios se apresentam, demandando a tomada de decisões céleres para 
preservação da vida, do emprego e da renda dos cidadãos, de modo que 
possamos efetivamente enfrentar a emergência de saúde pública de 
importância internacional decorrente do novo Coronavírus (COVID-19). 
 
O impacto da pandemia sobre a atividade produtiva já começa a ser medido 
em diversas áreas, provocando desemprego, reduzindo faturamento e adiando 
ou cancelando investimentos, apontam levantamentos de entidades que 
representam setores da indústria, do comércio e de serviços. 
 
A B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) sentiu o impacto e iniciou uma 
sequência de quedas. Em março, o Ibovespa (principal índice da B3) chegou 
perto dos 60 mil pontos, sendo que as previsões para 2020 eram de cerca de 
140 mil. Desde o início da pandemia de Covid-19, o Ibovespa caiu quase 21%. 
Exemplos como o do Brasil estão acontecendo em todo o mundo. (ABRIL, 
2020) 
 
Uns dos fatores que contribuíram para essa queda foram às medidas de 
prevenção como a do isolamento social e a paralização de empresas de 
diversos setores, como relatado em uma publicação feita pelo site de noticias, 
G1: “No momento em que as medidas de restrição à locomoção fazem com 
que o comercio que se fecha, é lá o primeiro impacto. Vestuário e calçados 
estão concentrados em lojas de shopping e de rua, todas elas fechadas neste 
momento”. 
 
Algumas empresas, consideradas como serviços/atividades essenciais, foram 
autorizadas a funcionarem e a abrirem mediante a MP 926/2020 publicada pelo 
Governo Federal alterando a Lei 13.979/2020, sancionada em fevereiro pelo 
 
14 
 
Presidente da República, Jair Bolsonaro, que trata do enfrentamento ao 
coronavírus no país. 
 
Atividades como a de indústrias alimentícias, mineração, saúde e 
medicamentos, fabricantes de produtos e insumos hospitalares, lotéricas e 
bancos, estão entre as empresas autorizadas a funcionarem, desde que sigam 
à risca as recomendações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do 
Ministério da Saúde. Para isso, as empresas mais do que nunca dependem 
fielmente dos profissionais de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional, e 
seus órgãos: CIPA, SESMT, entre outros, para elaborarem e fiscalizares as 
medidas de prevenção a serem praticadas pela empresa. 
 
As questões relativas ao trabalho estão compreendidas nos direitos sociais 
expressos na Constituição Federal (artigo 6º). Vale dizer que o inciso XXII do 
artigo 7º da Constituição Federal estabelece, entre outros direitos dos 
trabalhadores rurais e urbanos, "a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por 
meio de normas de saúde, higiene e segurança". 
 
Segundo as disposições previstas na Consolidação das Leis do Trabalho, mais 
precisamente nos artigos 154 e seguintes, o empregador deverá sempre zelar 
pela saúde e segurança do empregado, através de prevenções tangenciadas 
pela medicina e segurança do trabalho, a qual se baseia em nos quais são 
estabelecidas condições de segurança e salubridade, além de outras 
condições tendentesa assegurar o conforto do trabalhador. 
 
Deve o empregador, segundo a portaria Nº 54, de 1º de abril de 2020 publicado 
no diário oficial da união: “disponibilizar os equipamentos de proteção individual 
(EPIs) (luvas, máscaras, álcool gel etc.) necessário para a ocasião, sob pena 
de ensejar rescisão indireta pelo empregado prejudicado”. 
 
Nesse contexto, orienta-se que trabalhadores e empregadores observem as 
normas definidas pela equipe de segurança e saúde ocupacional, como forma 
de prevenir/diminuir o contágio da COVID-19 e manter os empregos e a 
 
15 
 
atividade econômica, certos de que superaremos as dificuldades que se 
apresentam. 
 
1.1. Problema 
Em meio à pandemia do COVID-19, em várias cidades, estados e até países 
pelo mundo, empresas tiveram que baixar suas portas para evitar 
aglomerações e assim, frear a contaminação pelo novo Coronavírus. Com a 
paralização, essas empresas enfrentarão grandes dificuldades financeiras para 
honrar seus compromissos. Algumas delas com atividades essenciais para a 
sobrevivência da população continuaram suas operações, com a orientação de 
que tomem as medidas necessárias para o combate e prevenção do contágio 
por COVID-19 de seus colaboradores. 
 
Assim sendo, quais medidas os profissionais da área de saúde e segurança do 
trabalho devem tomar para orientar e evitar a proliferação e o contágio do novo 
vírus em seu ambiente organizacional? 
 
1.2. Justificativa 
A chegada do COVID-19 tem gerado debates por vários profissionais, políticos 
e especialistas pelo mundo. Divergências sobre a forma de combate, medidas 
de prevenção e seu potencial poder de proliferação tem tomado as manchetes 
de todos os jornais pelas regiões. Assim as organizações, onde suas atividades 
ainda continuam em operações e que inevitavelmente, pessoas fazem parte do 
processo, deverão pesquisar e desenvolver as melhores medidas de 
prevenção e controle contra o contágio do novo Coronavírus para a proteção 
dos seus colaboradores. 
 
1.3. Objetivo 
1.3.1. Objetivo Geral 
 
Desenvolver um estudo qualitativo, com informações advindas de entidades 
governamentais, internacionais e organizações reconhecidas mundialmente, 
com embasamento científico a fim de melhor conhecermos os sintomas, os 
 
16 
 
riscos e as medidas de prevenções mais indicadas pelos especialistas, com o 
intuito de realizar um programa de prevenção sustentado por relatos médicos e 
pesquisadores que atuam na frente de combate da pandemia. 
 
1.3.2. Objetivos específicos 
 
• Realizar uma revisão bibliográfica e científica sobre os conceitos 
relativos a nova pandemia do COVID-19. 
• Apresentar as medidas e orientações legais aplicáveis ao combate e a 
prevenção a proliferação do novo Coronavírus nas empresas. 
• Orientar gestores de empresas para gestão de riscos associados à 
transmissão pela COVID -19 
• Orientar sobre medidas de proteção no ambiente de trabalho e atuação 
em diferentes categorias de risco. 
• Orientar sobre medidas de proteção junto a trabalhadores terceirizados 
e prestadores de serviços 
• Informar sobre os impactos da COVID-19 nos negócios das empresas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 
2.1. Pandemia 
 
O termo pandemia refere-se a uma situação em que a ocorrência de uma 
determinada doença infecciosa não ocorre apenas em uma determinada 
localidade, espalhando-se por diversos países e em mais de um continente, 
com transmissão sustentada entre pessoas. A transmissão sustentada é 
caracterizada pela transmissão da doença por um indivíduo infectado que não 
esteve nos países com registro da doença a outro indivíduo que também não 
esteve em tais países. 
“O principal fator é o geográfico, quando todas as pessoas no 
mundo correm risco.” (RITCHMANN, BBC). 
 
Fonte: BBC 
2.2. Coronavírus (COVID-19) 
 
Segundo a definição do Ministério da saúde, Coronavírus é uma família de 
vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do Coronavírus foi 
descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença 
chamada de Coronavírus (COVID-19). 
Os primeiros Coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. 
No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como Coronavírus, em 
decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa. 
A maioria das pessoas se infecta com os Coronavírus comuns ao longo da 
vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo 
mais comum do vírus. Os Coronavírus mais comuns que infectam humanos 
são o alpha Coronavírus 229E e NL63 e beta Coronavírus OC43, HKU1. 
[...] “Os Coronavírus humanos comuns causam infecções 
respiratórias brandas a moderadas de curta duração. Os 
sintomas podem envolver coriza, tosse, dor de garganta e 
febre. Esses vírus algumas vezes podem causar infecção das 
https://www.biologianet.com/doencas/infeccao.htm
 
18 
 
vias respiratórias inferiores, como pneumonia. Esse quadro é 
mais comum em pessoas com doenças cardiopulmonares, com 
sistema imunológico comprometido ou em idosos”. (Ministério 
da saúde, 2020). 
 
Figura 1: Raio X do coronavírus. Fonte: g1 
 
19 
 
2.2.1. Sintomas 
 
Figura 2: Sintomas do coronavírus. Fonte: G1.com 
2.2.2. Transmissão 
 
Figura 3: Formas de Transmissão do coronavírus. Fonte: G1.com 
 
20 
 
 
Figura 4: Comportamento do coronavírus na superfície. Fonte: G1.com 
 
 
Figura 5: Comportamento do coronavírus na superfície. Fonte: G1.com 
 
2.2.3. Grupo de Risco 
 
Pessoas acima de 60 anos se enquadram no grupo de risco, mesmo que não 
tenham nenhum problema de saúde associado. Além disso, pessoas de qualquer 
idade que tenham comorbidades, como cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença 
neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma e puérperas, entre outras, 
 
21 
 
também precisam redobrar os cuidados nas medidas de prevenção ao coronavírus. 
(Ministério da Saúde) 
 
Figura 6: Perfil de pacientes com casos graves. Fonte: G1.com 
 
2.2.4. Medidas de Prevenção: 
 
No nosso dia a dia podemos tomar algumas precauções quanto a prevenção 
do COVID-19: 
 
22 
 
 
 
Figura 7: Métodos de prevenção e uso do EPI. Fonte: G1.com 
 
23 
 
 
Figura 8: Modelos de EPI. Fonte: G1.com 
 
 
2.3. Ministério do trabalho 
 
O Ministério do Trabalho e Emprego, órgão responsável pela fiscalização do 
trabalho, é composto por: a) Conselho Nacional de Imigração; b) Conselho 
Curador do FGTS; c) Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao 
Trabalhador; d) Conselho Nacional de Economia Solidária; e) Conselho 
Nacional do Trabalho; f) Secretaria de Políticas Públicas de Emprego; g) 
Secretaria de Relações do Trabalho; h) Secretaria de Inspeção do Trabalho; i) 
Secretaria Nacional de Economia Solidária. 
A fiscalização do trabalho faz parte, portanto, do âmbito de atuação do 
Ministério do Trabalho e Emprego. 
Maria Helena Diniz, citada por Francisco Ferreira Jorge Neto e Jouberto de 
Quadros Pessoa Cavalcante (2008, p. 1071), salienta que a fiscalização do 
trabalho é: 
[...] “Conjunto de normas emitidas pelo Ministério do Trabalho 
com o escopo de garantir não só a aplicação dos preceitos 
legais e regulamentares e das convenções internacionais, 
devidamente ratificadas pelo Brasil, alusivas à duração e às 
condições de trabalho, mas também, a proteção dos 
trabalhadores no exercício da atividade profissional. 
Por outro lado, Pinto Martins (2011, p. 38) assevera que: 
 
24 
 
[...] “Em sentido amplo, a palavra fiscalizar corresponde a 
examinar, inspecionar, sindicar, censurar. Em sentido estrito, 
ou seja, para o Direito do Trabalho, tem o sentido de verificar a 
observância da norma legal e orientação em sua aplicação”. 
Os direitos trabalhistas, fiscalizados pelo MTE, são garantidos pela CLT 
(Consolidação das Leis Trabalhistas). 
A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) é uma unificação de regras do 
direito do trabalho feitapelo presidente Getúlio Vargas durante a ditadura do 
Estado Novo, por meio do Decreto-Lei 5.452, assinado em 1º de maio de 1943. 
 
 
2.4. Segurança e Medicina do Trabalho 
Segurança do trabalho é entendida como os conjuntos de medidas que são 
adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, 
bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. A 
Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à 
Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos 
em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de 
Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia 
de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, 
Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade 
Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, 
Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos. (CARDELLA, 
2014) 
Para Carvalho (2004, p. 313): 
[...] “A segurança do trabalho como instrumento de prevenção 
de acidentes na empresa, deve ser considerado ao mesmo 
tempo, como um dos fatores decisivos do aumento da 
produção”. 
Para AEP (2005): 
[...] “A segurança do trabalho compreende conjunto de medidas 
técnicas, administrativas, educacionais, médicas e 
psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, seja pela 
eliminação de condições inseguras do ambiente, seja pela 
 
25 
 
instrução ou pelo convencimento das pessoas para a 
implementação de práticas preventivas. 
A segurança do trabalho pode então ser entendida como o conjunto de 
medidas adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, as doenças 
ocupacionais, bem como para proteger a integridade e a capacidade de 
trabalho. Tem como finalidade principal evitar que possíveis acidentes, venham 
atingir de alguma forma e lesionar os trabalhadores. A falta de eficácia no 
sistema de segurança causa problemas de relacionamento humano, 
produtividade, qualidade dos produtos e/ou serviços prestados e aumento dos 
custos. 
Destaca Cruz (1998) que o gerenciamento da segurança e saúde no trabalho 
pode tomar o mesmo caminho do gerenciamento da qualidade do produto e/ou 
serviço a ser prestado levando naquele a consideração riscos e perigos a que 
está exposto o trabalhador nas obras. E, um comportamento seguro no 
trabalho deve ser resultado do acesso aos meios e medidas de prevenção e 
conhecimento adequados destes. 
 
O Capítulo V da CLT trata de normas de Segurança e Medicina do Trabalho, 
determinando formas de proteção à saúde do trabalhador indicando medidas 
preventivas de acidentes e doenças ocupacionais. As Normas 
Regulamentadoras aprovadas pela portaria nº. 3.214 de 8 de junho de 1978, é 
uma legislação complementar que representa um conjunto de vinte e nove 
normas que rege todas as ações no campo da Higiene e Medicina do Trabalho. 
De acordo com a Lei 6.514 de 22 de dezembro de 1977: 
Art 157 - Cabe às empresas: 
I - Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e 
medicina do trabalho; 
II - Instruir os empregados, através de ordens de 
serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de 
evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; 
III - Adotar as medidas que lhes sejam determinadas 
pelo órgão regional competente; 
IV - Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade 
competente. 
 
26 
 
Art 158 - Cabe aos empregados: 
 I - observar as normas de segurança e medicina do 
trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II 
do artigo anterior; 
Il - colaborar com a empresa na aplicação dos 
dispositivos deste Capítulo. 
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a 
recusa injustificada: 
 a) à observância das instruções expedidas pelo 
empregador na forma do item II do artigo anterior; 
 b) ao uso dos equipamentos de proteção individual 
fornecidos pela empresa. 
O conjunto de normas de segurança e medicina do trabalho é bastante claro 
quanto à obrigação das empresas na adoção de medidas preventivas de 
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais no ambiente organizacional, e 
quanto aos empregados, cabe o dever de cumprimento das instruções 
expedidas pelo empregador, constituindo ato faltoso, a recusa injustificada. 
2.5. Serviço Especializado de Segurança e em Medicina do Trabalho - 
SESMT 
 
O Serviço Especializado de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) 
surgiu, no Brasil, em 1967 com o objetivo de garantir que os profissionais 
tenham ambientes de trabalho mais seguros, além de atuar para prevenir as 
doenças ocupacionais. 
O SESMT é um setor que faz parte do organograma interno das empresas, 
sendo que o mesmo está submetido às ordens da empresa contratante, bem 
como à constante fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 
pois a sua estrutura, os seus profissionais e as suas respectivas finalidades 
estão submetidos à legislação de segurança do trabalho. “Assim, não é 
possível ter um SESMT constituído e estrutura do fora das normas 
estabelecidas pelo MTE.”, de acordo com Marco Antonio de Sousa Souza. 
 “Cabe assim ao SESMT”, com o apoio do empregador e através da ampla 
conscientização dos empregados, a implementação de uma política de 
segurança do trabalho que propicie aos trabalhadores o direito ao exercício de 
suas funções de forma segura e digna, evitando a exposição dos mesmos a 
 
27 
 
“condições prejudiciais a sua integridade física, moral e psicológica” (Moraes, 
2002). 
A composição dos profissionais especializados na área de segurança e 
medicina do trabalho dá-se da seguinte forma: técnico em segurança no 
trabalho, engenheiro de segurança no trabalho, médico do trabalho, enfermeiro 
e auxiliar de enfermagem do trabalho. 
2.6. Equipamento de Proteção Individual – EPI 
 
Segundo a NR-6: “O Equipamento de Proteção Individual – EPI, é todo produto 
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos inerentes a 
sua saúde ocupacional” (MANUAIS..., 2002, p. 80). 
É de fornecimento obrigatório e gratuito pela empresa, cabendo ao 
empregador, adquirir o tipo adequado de acordo com a atividade da empresa, 
em perfeito estado de conservação, tornar obrigatório seu uso e treinar o 
trabalhador quanto ao uso correto, cabendo a este , utilizá-lo apenas para a 
finalidade a que se destina, responsabilizando pela guarda e conservação, 
cumprindo as determinações do empregador quanto ao seu uso adequado 
(MANUAIS..., 2002, p. 80 e 81). 
[...] “São considerados entre outros equipamentos de proteção 
individual: protetores auriculares (tipo concha ou plug), luvas, 
máscaras, calçados, capacetes, óculos, vestimentas etc.;” 
(MANUAIS..., 2002). 
 
O EPI deve ser usado por indivíduos que trabalham em ambientes que 
apresentam riscos que podem danificar sua integridade física, com a finalidade 
de proteger todos os colaboradores de graves acidentes de trabalho. Segundo 
Araújo (2007), a sexta Norma Regulamentadora estabelece que as definições 
de EPI sejam a forma de proteção, requisitos de comercialização e a 
responsabilidade tanto da parte do empregador como do empregado, do 
fabricante, do importador e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O EPI 
tem apenas a função de proteger o indivíduo de riscos e de ameaças a sua 
saúde e só é considerado EPI quando tiver o Certificado de Aprovação (CA), 
 
28 
 
que deverá ser aprovado pelo MTE, com a finalidade de proteger os 
empregados de lesões e de acidentes mais complexos. 
 
2.7. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO 
 
De acordo com a NR-7 , o Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional – PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas 
das empresas no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado 
com o previsto nas demais Normas Regulamentares de Engenharia de 
Segurança e Medicina do Trabalho, são medidas obrigatórias descritas numplano que objetiva a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores em 
suas funções, devendo considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a 
coletividade de trabalhadores, tendo caráter preventivo. Deve ser planejado e 
implantado com base nos riscos existentes. O PCMSO deverá considerar todos 
os fatores determinantes da qualidade de vida do empregado, têm caráter 
preventivo, procurando constatar doenças profissionais ou danos 
potencialmente irreversíveis à saúde dos trabalhadores (MANUAIS..., 2002, 
p.88). 
Ainda Segundo a NR-7, o PCMSO inclui obrigatoriamente os exames 
(MANUAIS..., 2002, p.90): 
a) Admissional: consiste na realização de exames clínicos e avaliação 
laboratorial, devendo ser realizado antes da data de assinatura do 
Contrato de Trabalho. 
b) Periódico: Deverão ser realizados obedecendo aos seguintes 
critérios: 
I. Bianual, para os empregados com idade entre 18 e 45 anos; 
II. Anual, para empregados menores de 18 anos e maiores de 45 
anos; 
 
29 
 
III. Semestral ou a critério do médico para os empregados que 
percebem adicional de insalubridade ou ainda para aqueles que 
sejam portadores de doenças crônicas. 
c) Retorno ao Trabalho: todo funcionário deve obrigatoriamente 
submeter-se a esse exame no primeiro dia que volta à atividade laboral 
se esteve ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por 
motivo de doença ou acidente de natureza ocupacional ou não, ou parto. 
d) Mudança de Função: o funcionário que mudar de função, desde que 
implique exposição a risco diferente do que estava exposto 
anteriormente à mudança, deverá obrigatoriamente que fazer esse 
exame, antes mesmo da data do início das novas atividades. 
e) Demissional: Esse deve ser feito antes do desligamento definitivo do 
funcionário, objetivando registrar as condições de saúde no momento do 
desligamento da empresa. É de natureza obrigatória. 
2.8. Comissão Interna de Prevenção a Acidentes – CIPA 
 
Segundo Campos (1999) a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - 
CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do 
trabalho, de modo a torna compatível permanentemente o trabalho com a 
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
A CIPA nasceu em 10 de novembro em 1944 durante o governo Vargas, mas 
coube a ela dar os seus passos para a implementação no Brasil, foi através 
das empresas de energia elétrica que prestavam serviços no Brasil que já 
existia CIPA e adotando esse modelo nasceu a mesma no Brasil. 
Através do Decreto- lei n° 7.036A CIPA foi regulamentado no Brasil, durante o 
governo de Getúlio Vargas, pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5) – 
Comissão Interna de prevenção de Acidentes de Trabalho, a qual define o 
dimensionamento da CIPA, foi aprovada em 1978 pela Portaria 3.214 de 8 de 
junho (BRASIL, 1978). Que a mesma deve ser seguida corretamente dentro da 
empresa para ter bons resultados quanto a diminuição dos acidentes. 
 
30 
 
Conforme a NR-5, existem três tipos de comissões internas de prevenção de 
acidentes de trabalho, de acordo com a área de atuação, sendo: 
• CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
• CIPATR - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho 
Rural 
• CIPAMIN - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Mineração 
Seus objetivos é um só, o de evitar acidentes e promover a saúde e segurança 
dos trabalhadores, porém há algumas diferenças, pois, suas ações são 
voltadas para a área de atuação e necessidade específica de cada 
organização. 
2.9. Prevenção 
 
O termo 'prevenir' tem o significado de "preparar; chegar antes de; dispor de 
maneira que evite (dano, mal); impedir que se realize" (Ferreira, 1986). A 
prevenção em saúde "exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento 
da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença" 
(Leavell & Clarck, 1976: 17). As ações preventivas definem-se como 
intervenções orientadas a evitar o surgimento de doenças específicas, 
reduzindo sua incidência e prevalência nas populações. A base do discurso 
preventivo é o conhecimento epidemiológico moderno; seu objetivo é o controle 
da transmissão de doenças infecciosas e a redução do risco de doenças 
degenerativas ou outros agravos específicos. Os projetos de prevenção e de 
educação em saúde estruturam-se mediante a divulgação. 
 
Toda instituição deve prevenir os acidentes no ambiente de trabalho. A 
conscientização e a formação dos trabalhadores no local de trabalho são a 
melhor forma de prevenir acidentes. A isso devemos acrescentar a aplicação 
das medidas de segurança coletivas e individuais inerentes à atividade 
desenvolvida. A palavra-chave é PREVENIR, quer na perspectiva do 
trabalhador quer na do empregador. 
[...] “A responsabilidade pela vida e saúde do 
trabalhador e da população recai sobre o Estado e as 
organizações, cabendo aos trabalhadores colaborar 
 
31 
 
para o sucesso da implementação das ações 
estabelecidas”. (ARAUJO, 2004, p.20). 
 
Especificamente em relação às exigências de Segurança e Saúde no Trabalho, 
destaca-se que as medidas de adotadas não signifiquem qualquer supressão 
ou autorização para o descumprimento das Normas Regulamentadoras de 
Segurança e Saúde no Trabalho, sendo imperativo que trabalhadores e 
empregadores mantenham foco na prevenção evitando a ocorrência de 
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 
 
2.10. Higiene e segurança do trabalho 
 
a Higiene do Trabalho corresponde a normas e procedimentos que tem a 
função de transformar o ambiente de trabalho mais saudável e seguro, 
minimizando os riscos de acidentes relacionados às atividades exercidas 
dentro da empresa, com a finalidade de proteger a saúde física e mental dos 
colaboradores. As condições de trabalho é algo que gera comportamentos no 
empregado levando riscos a sua vida quando for mal administrado, portanto a 
Higiene do Trabalho deve buscar eliminar as causas e efeitos que geram 
doenças aos empregados (CARVALHO; NASCIMENTO, 1992). 
 
Carvalho ainda continua a definir a Higiene do Trabalho: 
 
[...] “A Higiene do Trabalho é um conjunto de medidas 
preventivas quanto à integridade física e mental do 
trabalhador, relacionada com o diagnóstico e com a 
prevenção de doenças ocupacionais a partir do estudo de 
duas variáveis: o homem e seu ambiente de trabalho” 
(CARVALHO, 2004, p. 296). 
 
Conforme Marras (2000), esta é a área responsável pela segurança dos 
trabalhadores e pela Higiene e Medicina do Trabalho, procurando prevenir os 
empregados de acidentes dentro das empresas e quando for necessário 
realizar estudos e ações constantes que ajudam a corrigir aspectos que 
representam riscos à saúde física e mental de todos os empregados. A 
 
32 
 
prevenção de acidentes tem como objetivo estar conscientizando o trabalhador 
a proteger não só a sua vida, mas também a de seus companheiros de 
trabalho através de aspectos inseguros. 
 
Toledo em sua publicação ressalta que a Higiene e Segurança no trabalho, 
atua de forma positiva para os dois lados: Tanto para o empregado quanto para 
o empregador: 
 
[...] “Os objetivos da Higiene e Segurança do Trabalho 
são de estar buscando meios de prevenção de riscos ao 
indivíduo e aos bens que a empresa possui. Com relação 
aos bens da empresa deve-se fazer proteção contra 
acidentes, fogo, roubo e avarias, devendo ser estudadas 
desde o momento dos procedimentos das instalações até 
mesmo evitando que danifique os bens da empresa. Já 
em relação às pessoas a proteção é contra acidentes e 
as condições de higiene para que os empregados 
trabalhem em um ambiente saudável e seguro.” 
(TOLEDO, 1992). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
3. METODOLOGIA 
3.1. Delineamento da Pesquisa 
 
Para elaborar o trabalho, inicialmente, foram analisados os melhores meios 
para se pesquisar e apresentar as informações levantadas. 
 
Em seguida,partiu-se para uma análise teórica do material disponível para 
consulta relacionado ao assunto trabalhado, verificando dessa maneira, os 
aspectos mais relevantes e os mais recentes diretamente ligados ao tema, ou 
seja, foi levantada toda a situação da pandemia e o que ela tem influenciado 
nas empresas, mundialmente e internamente no Brasil. 
 
Com base nessas premissas, a metodologia escolhida foi de realizar uma 
revisão bibliográfica, ou seja, uma pesquisa exploratória e qualitativa. A 
pesquisa qualitativa é definida como um tipo de investigação voltada para os 
aspectos qualitativos de uma determinada questão. Considera a parte subjetiva 
do problema. Já a pesquisa exploratória tem como objetivo o aperfeiçoamento 
de ideias ou a descoberta de intuições, proporcionando maior familiaridade 
com o problema, com a finalidade de torná-lo mais explícito ou a construir 
hipóteses. 
 
O método qualitativo, segundo Richardson (2009), diferencia-se do quantitativo, 
à medida que não utiliza um instrumento estatístico como base do processo de 
análise de um problema. Sendo assim, não há medição e numeração em 
unidades ou categorias homogêneas. O autor ainda descreve que o método 
quantitativo é a quantificação da coleta de informações, mas também pode ser 
feito pelo meio de técnicas estatísticas, sendo desde percentuais, coeficiente 
de correlação, entre outros, ele garante precisão nos resultados evitando assim 
que haja distorções de análise de interpretação. 
 
Por motivos de prevenção, consequência do isolamento social e home office, o 
estudo de caso não pode ser realizado optando então, conforme acima, pela 
pesquisa qualitativa, evitando o deslocamento e o envolvimento de mais 
 
34 
 
pessoas, podendo colocar em risco a integridade física dos autores e demais 
participantes. 
 
3.2. Seleção de Materiais 
 
Segundo os autores Rover (2006) e Sanches (2014) para que os dados tenham 
pertinência no estudo faz-se necessária a utilização de palavras chave para a 
seleção dos materiais. Assim, para este estudo, foram selecionados artigos e 
livros que falassem (de maneira mais aprofundada e ampla) sobre a 
“Engenharia De Segurança do Trabalho”, buscando ressaltar o papel principal 
do profissional e seus conhecimentos na área da Saúde Ocupacional, sobre o 
combate e prevenção do coronavírus. 
 
Os artigos selecionados foram coletados no Google acadêmicos, tendo todos 
fundamentos científicos pelas as instituições as quais apresentadas, conforme 
aparecem devidamente citados durante a construção do trabalho, 
apresentados e devidamente referenciados. Além disso, foram utilizados 
alguns livros a fim de responder o problema proposto. Dessa maneira, pode ser 
mantido o porte científico dos dados coletados na presente pesquisa. 
 
Os autores ainda revelam que para facilitar e dar uma direção ao estudo os 
dados devem ser classificados e agrupados em categorias entre si, realizando 
uma análise final que permita a interpretação eficiente deles, de maneira que 
seja realizada uma articulação simples e complexas entre as teorias 
encontradas. 
3.3. Localização 
 
A pesquisa exploratória teve como localização, primeiramente, de um 
panorama mundial, buscando entender a pandemia como um todo e as 
medidas que estão sendo tomadas para o combate e prevenção por diversos 
países e pelas organizações internacionais. Posteriormente, O macroambiente 
 
35 
 
foi reduzido para o Brasil, onde foram analisados dados internos do ministério 
da saúde e do ministério do trabalho e emprego sobre a situação atual do país. 
Sendo eles os impactos na estrutura do sistema de saúde e os impactos 
gerados na economia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
4. ANÁLISE E DISCULSÕES 
4.1. Situação Mundial 
 
O novo coronavírus causou pelo menos 186.462 mortes em todo o mundo 
desde que apareceu em dezembro, de acordo com um balanço realizado pela 
AFP (Agence France-Presse) com base em fontes oficiais, até quinta-feira 
(23/04/2020) às 16h00. 
 
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), desde o início da pandemia, 
mais de 2.675.050 casos de contágio foram registrados em 193 países ou 
territórios. O número de casos positivos diagnosticados, no entanto, reflete 
apenas uma parte do número total de infecções devido às diferentes políticas 
dos países para diagnosticar os casos. Alguns o fazem apenas com as 
pessoas que precisam de hospitalização ou casos graves. 
 
Os países que registraram mais mortes foram o Reino Unido, com 616 novas 
mortes, os Estados Unidos (595) e a França (516). 
 
O número de mortos nos Estados Unidos, que registrou sua primeira morte 
ligada ao vírus no início de fevereiro, é de 47.178. O país registrou 856.209 
contágios. As autoridades consideram que 77.963 pessoas foram curadas. 
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Itália, com 25.549 
mortes e 189.973 casos; Espanha com 22.157 mortes e 213.024 casos: França 
com 21.856 mortes e 158.183 casos e Reino Unido com 18.738 mortes e 
138.078 casos. 
 
A China continental (sem contar Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu 
no final de dezembro, tem um total de 82.798 pessoas infectadas, das quais 
4.632 morreram e 77.207 foram completamente curadas. Nas últimas 24 horas, 
10 novos casos e 0 óbitos foram registrados. 
 
A Guiné Equatorial anunciou as primeiras mortes ligadas ao novo coronavírus. 
 
37 
 
Nesta quinta-feira, a Europa totalizava, desde o começo da epidemia, 115.990 
mortes (1.293.822 casos), Estados Unidos e Canadá 49.377 (897.961), Ásia 
7.511 (183.577), América Latina e Caribe 6.202 (123.517), Oriente Médio 6.005 
(141.367), África 1.279 (26.856) e Oceania 98 (7.950). 
 
 
Figura 9: Mapeamento de casos pelo mundo. Fonte: BBC 
4.2. Situação do Brasil 
 
O Ministério da Saúde registra 49.492 casos de coronavírus no Brasil e 3.313 
mortes até as 14h desta quarta-feira (22), segundo informações repassadas 
pelas Secretarias Estaduais de Saúde. Até agora, do total de casos 
confirmados, 26.573 pessoas são consideradas recuperadas, correspondendo 
 
38 
 
a 54% dos casos diagnosticados e outras 19.606 permanecem em 
acompanhamento. 
 
Nas últimas 24 horas, foram registrados 3.735 novos casos e 407 novos 
óbitos. "A gente teve um aumento nos óbitos acima do que vinha acontecendo 
anteriormente. Ainda não é possível dizer se isso representa um esforço em 
fechar os diagnósticos ou se representa uma tendência de aumento. Como 
falei ontem, a gente avalia todo o dia o que está acontecendo, até hoje à tarde 
e, a partir dos dados novos, definimos as novas ações", explicou o ministro da 
Saúde, Nelson Teich. 
 
Atualmente, 1.269 óbitos aguardam investigação laboratorial. Com a chegada 
de mais testes de diagnóstico aos estados e melhoria de fluxo dos laboratórios, 
essa espera pelo resultado tem sido reduzida. Para se ter uma ideia, dos 407 
óbitos confirmados hoje por COVID-19, 112 ocorreram nos últimos três dias e 
os demais (295) antes desse período. 
 
 
Figura 10: Evolução do número de mortes no Brasil. Fonte: G1.com 
 
39 
 
 
Figura 11: Mapeamento de casos no Brasil, por estado. Fonte: G1.com 
 
“Dos 49.492 casos diagnosticados, 26.573 pessoas são consideradas 
recuperadas e outras 19.606 estão em acompanhamento. Informações foram 
atualizadas até as 14h desta quinta-feira (23).” (Ministério da saúde) 
 
4.3. A pandemia no ambiente de trabalho 
O Ofício Circular nº 1088/2020 da Secretaria Especial de Previdência e 
Trabalho do Ministério da Economia (Ofício 1088) foi publicado para orientar 
empregadores e empregados e recomendar medidas relativas à segurança e 
medicina do trabalho que devem ser observadas para prevenir e diminuir o 
contágio da COVID-19, bem como atenuar os impactos financeiros na atividade 
 
40 
 
econômica das empresas. Dentre as medidas sugeridas pela Secretaria da 
Previdência e Trabalho, o ofíciodestaca medidas de higiene pessoal e do 
ambiente do trabalho; medidas aplicáveis para empregados nos serviços de 
alimentação e em transporte de passageiros; regras sobre utilização de 
máscaras; priorização de trabalho remoto ou estritamente interno para 
empregados do grupo de risco; bem como medidas relacionadas à CIPA, 
SESMT e segurança e saúde do trabalho. 
As medidas previstas no Ofício 1088, especificamente em relação às 
exigências de Segurança e Saúde no Trabalho, destaca que “as medidas 
adotadas não significam qualquer supressão ou autorização para o 
descumprimento das Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no 
Trabalho, sendo imperativo que trabalhadores e empregadores mantenham 
foco na prevenção evitando a ocorrência de acidentes de trabalho e doenças 
ocupacionais”. (Enit.gov, 2020) 
Considerando que a MP 927 estabelece que os casos de contaminação pela 
Covid-19 não serão considerados ocupacionais, exceto se houver 
comprovação do nexo causal (artigo 29), recomenda-se que as empresas 
sigam de maneira firme as diretrizes do Ofício 1088 aplicáveis à sua atividade, 
independentemente do caráter meramente recomendatório do ofício. 
A seguir estão listadas as medidas sugeridas pelo Ofício 1088: 
 
4.4. MEDIDAS DE CARÁTER GERAL NO TRABALHO 
 
1. Criar e divulgar protocolos para identificação e encaminhamento de 
trabalhadores com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus antes 
de ingressar no ambiente de trabalho. O protocolo deve incluir o 
acompanhamento da sintomatologia dos trabalhadores no acesso e durante 
as atividades nas dependências das empresas; 
 
41 
 
2. Orientar todos trabalhadores sobre prevenção de contágio pelo coronavírus 
(COVID-19) e a forma correta de higienização das mãos e demais medidas 
de prevenção; 
3. Instituir mecanismo e procedimentos para que os trabalhadores possam 
reportar aos empregadores se estiverem doentes ou experimentando 
sintomas; 
4. Adotar procedimentos contínuos de higienização das mãos, com utilização 
de água e sabão em intervalos regulares. Caso não seja possível a 
lavagem das mãos, utilizar imediatamente sanitizante adequado para as 
mãos, como álcool 70%; 
5. Evitar tocar a boca, o nariz e o rosto com as mãos; 
6. Manter distância segura entre os trabalhadores, considerando as 
orientações do Ministério da Saúde e as características do ambiente de 
trabalho; 
7. Emitir comunicações sobre evitar contatos muito próximos, como abraços, 
beijos e apertos de mão; 
8. Adotar medidas para diminuir a intensidade e a duração do contato pessoal 
entre trabalhadores e entre esses e o público externo; 
9. Priorizar agendamentos de horários para evitar a aglomeração e para 
distribuir o fluxo de pessoas; 
10. Priorizar medidas para distribuir a força de trabalho ao longo do dia, 
evitando concentrá-la em um turno só; 
11. Limpar e desinfetar os locais de trabalho e áreas comuns no intervalo entre 
turnos ou sempre que houver a designação de um trabalhador para ocupar 
o posto de trabalho de outro; 
12. Reforçar a limpeza de sanitários e vestiários; 
13. Adotar procedimentos para, na medida do possível, evitar tocar superfícies 
com alta frequência de contato, como botões de elevador, maçanetas, 
corrimãos etc.; 
14. Reforçar a limpeza de pontos de grande contato como corrimões, 
banheiros, maçanetas, terminais de pagamento, elevadores, mesas, 
cadeiras etc.; 
 
42 
 
15. Privilegiar a ventilação natural nos locais de trabalho. No caso de aparelho 
de ar condicionado, evite recirculação de ar e verifique a adequação de 
suas manutenções preventivas e corretivas; 
16. Promover teletrabalho ou trabalho remoto. Evitar deslocamentos de viagens 
e reuniões presenciais, utilizando recurso de áudio e/ou videoconferência; 
 
4.4.1. PRÁTICAS QUANTO ÀS REFEIÇÕES 
 
17. Os trabalhadores que preparam e servem as refeições devem utilizar 
máscara cirúrgica e luvas, com rigorosa higiene das mãos; 
18. Proibir o compartilhamento de copos, pratos e talheres não higienizados, 
bem como qualquer outro utensílio de cozinha; 
19. Limpar e desinfetar as superfícies das mesas após cada utilização; 
20. Promover nos refeitórios maior espaçamento entre as pessoas na fila, 
orientando para que sejam evitadas conversas; 
21. Espaçar as cadeiras para aumentar as distâncias interpessoais. Considerar 
aumentar o número de turnos em que as refeições são servidas, de modo a 
diminuir o número de pessoas no refeitório a cada momento; 
 
4.4.2. PRÁTICAS REFERENTES AO SESMT E CIPA 
 
22. As comissões internas de prevenção de acidentes - CIPA existentes 
poderão ser mantidas até o fim do período de estado de calamidade 
pública, podendo ser suspensos os processos eleitorais em curso; 
23. Realizar as reuniões da CIPA por meio de videoconferência; 
24. SESMT e CIPA, quando existentes, devem instituir e divulgar a todos os 
trabalhadores um plano de ação com políticas e procedimentos de 
orientação aos trabalhadores; 
25. Os trabalhadores de atendimento de saúde do SESMT, como enfermeiros, 
auxiliares e médicos, devem receber Equipamentos de Proteção Individual - 
EPI de acordo com os riscos, em conformidade com as orientações do 
Ministério da Saúde; 
 
 
43 
 
4.4.3. PRÁTICAS REFERENTES AO TRANSPORTE DE 
TRABALHADORES 
 
26. Manter a ventilação natural dentro dos veículos através da abertura das 
janelas. Quando for necessária a utilização do sistema de ar condicionado, 
deve-se evitar a recirculação do ar; 
27. Desinfetar regularmente os assentos e demais superfícies do interior do 
veículo que são mais frequentemente tocadas pelos trabalhadores; 
28. Os motoristas devem observar: 
29. a) a higienização do seu posto de trabalho, inclusive volantes e maçanetas 
do veículo; 
30. b) a utilização de álcool gel ou água e sabão para higienizar as mãos. 
 
4.4.4. PRÁTICAS REFERENTES ÀS MÁSCARAS 
 
29. A máscara de proteção respiratória só deve ser utilizada quando indicado 
seu uso. O uso indiscriminado de máscara, quando não indicado 
tecnicamente, pode causar a escassez do material e criar uma falsa 
sensação de segurança, que pode levar a negligenciar outras medidas de 
prevenção como a prática de higiene das mãos; 
30. O uso incorreto da máscara pode prejudicar sua eficácia na redução de 
risco de transmissão. Sua forma de uso, manipulação e armazenamento 
devem seguir as recomendações do fabricante. Os trabalhadores devem 
ser orientados sobre o uso correto da máscara; 
31. A máscara nunca deve ser compartilhada entre trabalhadores; 
32. Pode-se considerar o uso de respiradores ou máscaras PFF2 ou N95, 
quando indicado seu uso, além do prazo de validade designado pelo 
fabricante ou sua reutilização para atendimento emergencial aos casos 
suspeitos ou confirmados da COVID-19, conforme NOTA TÉCNICA 
GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020; 
33. As empresas devem fornecer máscaras cirúrgicas à disposição de seus 
trabalhadores, caso haja necessidade; 
 
 
44 
 
4.4.5. SUSPENSÃO DE EXIGÊNCIAS ADMINISTRATIVAS EM SST 
 
34. Fica suspensa a obrigatoriedade de realização dos exames médicos 
ocupacionais, clínicos e complementares, exceto dos exames demissionais 
durante o período de calamidade, conforme Medida Provisória Nº 927, de 
22 de março de 2020, devendo ser realizados até o prazo de sessenta dias, 
contado da data de encerramento do estado de calamidade pública; 
35. O exame médico demissional poderá ser dispensado caso o exame médico 
ocupacional mais recente tenha sido realizado há menos de 180 dias; 
36. Na hipótese de o médico coordenador de programa de controle médico de 
saúde ocupacional considerar que a prorrogação representa risco para a 
saúde do empregado, o médico indicará ao empregador a necessidade de 
sua realização; 
37. Durante o estado de calamidade pública, fica suspensa a obrigatoriedade 
de realização de treinamentos periódicos e eventuais dos atuais 
empregados, previstos em normas regulamentadorasde segurança e 
saúde no trabalho; 
38. Os treinamentos periódicos e eventuais serão realizados no prazo de 
noventa dias, contado da data de encerramento do estado de calamidade 
pública; 
39. Durante o estado de calamidade pública, todos os treinamentos previstos 
nas Normas Regulamentadoras (NR), de segurança e saúde do trabalho, 
incluindo os admissionais, poderão ser realizados na modalidade de ensino 
a distância e caberá ao empregador observar os conteúdos práticos, de 
modo a garantir que as atividades sejam executadas com segurança; 
 
4.4.6. PRÁTICAS REFERENTES AOS TRABALHADORES 
PERTENCENTES A GRUPO DE RISCO 
 
40. Os trabalhadores pertencentes a um grupo de risco (com mais de 60 anos 
ou com comorbidades de risco, de acordo com o Ministério da Saúde) 
devem ser objeto de atenção especial, priorizando sua permanência na 
própria residência em teletrabalho ou trabalho remoto; 
 
45 
 
41. Caso seja indispensável a presença na empresa de trabalhadores 
pertencentes a um grupo de risco, deve ser priorizado trabalho interno, sem 
contato com clientes, em local reservado, arejado e higienizado ao fim de 
cada turno de trabalho; 
 
4.4.7. DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
42. As Normas Regulamentadoras de segurança e saúde do trabalho 
apresentam uma série de medidas de prevenção aos trabalhadores e 
podem ser consultadas no sítio eletrônico enit.trabalho.gov.br/; 
43. A Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia disponibiliza ao 
cidadão o serviço de informações pela Central de Atendimento Alô 
Trabalho, com ligação gratuita pelo telefone 158. O horário de atendimento 
da Central é das 7 às 19 horas, de segunda-feira a sexta-feira, exceto nos 
feriados nacionais. 
Fonte: Subsecretaria do Trabalho 
 
É importante que todos os empregadores criem planos de contingenciamento 
para lidar com pandemias como a da COVID-19. Com base nos princípios da 
razoabilidade e da precaução o empregador define suas regras para a 
contenção dos riscos e análise das situações que ocorrerem na prática. Esses 
planos orientam empresas e trabalhadores a identificarem riscos e 
determinarem a conduta adequada em cada situação. 
 
4.5. Plano de Ação 
 
Passo a passo para preparar seu ambiente de trabalho para lidar com a 
pandemia da COVID-19 (SESI) 
 
4.5.1. Passo 1. Estabeleça medidas gerais de prevenção no ambiente de 
trabalho 
• Comunique enfaticamente medidas de prevenção de infecção pela 
COVID-19: 
 
 
46 
 
 
Figura 12: Informativo COVID-19. Fonte: Vale 
 
a) Lave as mãos com água e sabão, por pelo menos 20 segundos, ou use 
álcool em gel com frequência 
b) Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir 
c) Evite aglomerações 
d) Mantenha ambientes bem ventilados 
e) Não compartilhe objetos pessoais 
 
• Prepare o ambiente para estimular a higiene frequente das mãos dos 
trabalhadores, clientes e visitantes, prioritariamente mediante lavagem 
com água e sabão; 
• Desestimule o uso de adornos (anéis, relógios, pulseiras) nas mãos e 
braços dentro e fora do trabalho. 
• Desestimule o compartilhamento de objetos que são tocados por mão e 
boca: celular, computador, copo, bebedouro etc. 
 
 
47 
 
 
Figura 13: Medidas de distanciamento. Fonte: WEG (SESI) 
 
• Estimule a higienização frequente de objetos que precisam ser 
compartilhados no trabalho como ferramentas e equipamentos; 
• Reforce a limpeza de locais que ficam mais expostos ao toque das 
mãos, tipo maçanetas de portas, braços de cadeiras, telefones e 
bancadas. Lembrando que o vírus pode permanecer dias nas superfícies 
dos objetos. 
• Estimule medidas de etiqueta respiratória como cobrir tosses e espirros 
com os cotovelos. 
 
 
Figura 14: Medidas de desinfecção e contra contaminação. Fonte WEG (SESI) 
 
 
48 
 
 
• Defina se é possível estabelecer políticas e práticas de flexibilização do 
local e do horário de trabalho, por exemplo: 
 
a) Flexibilização de turnos (reduzir uso de transporte coletivo nos horários 
de pico). 
b) Criação de novos turnos (reduzir contato social na empresa). 
c) Home office em dias alternados por equipes (reduzir contato social na 
empresa) 
d) Home office integral por período determinado 
 
• Defina se é possível estabelecer políticas e práticas no trabalho com 
menor aproximação e contato humano, por exemplo: 
a) Redução de reuniões presenciais e viagens de trabalho 
b) Estímulo de reuniões virtuais mesmo no ambiente da empresa 
c) Restrição de acesso ao público externo. 
d) Diferentes turnos de refeição 
 
• Aumente o rigor na higienização do local de trabalho, com desinfecção 
de superfícies de equipamentos e mobiliário. 
• Defina se é possível para sua empresa fornecer serviço de vacinação 
contra gripe, para reduzir casos de adoecimentos com mesmos 
sintomas da Covid19. 
 
 
49 
 
 
Figura 15: Medidas de distanciamento. Fonte: Vale 
 
4.5.2. Passo 2. Desenvolva uma política e procedimentos internos para 
identificação e isolamento de pessoas doentes 
 
• Crie um fluxo para rápida identificação e isolamento dos casos suspeitos 
de Covid-19. 
• Estimule que trabalhadores informem prontamente sua condição de 
saúde e se auto monitorem nesse sentido. 
• Crie procedimentos ágeis para que trabalhadores informem quando 
estão doentes ou com sintomas da Covid-19. 
• Quando apropriado, empresas devem criar procedimentos para 
isolamento imediato de casos suspeitos e treinar seus trabalhadores 
para implementar esses procedimentos. 
• Quando possível, prover máscaras cirúrgicas descartáveis e orientações 
de como usá-las e descarta-las apenas para os casos suspeitos. A 
medida visa criar uma barreira de contato com as secreções 
respiratórias. 
• Restrinja o número de pessoas com acesso a áreas de isolamento, 
quando houver; 
 
50 
 
• Proteja os trabalhadores que precisam ter contato prolongado com 
suspeitos com medidas adicionais de engenharia, administrativas, de 
segurança e de equipamentos de proteção individual. 
• Classificar trabalhadores por perfil de risco (baixo, médio, alto, muito 
alto) para endereçar medidas apropriadas de proteção em cada caso. 
 
4.5.3. Passo 3. Desenvolva, implemente e comunique proteções e 
flexibilidades do ambiente de trabalho. 
 
• Verifique se a política de licença médica da empresa é flexível o 
suficiente para atender as recomendações do Ministério da Saúde e da 
Secretaria de Saúde do estado onde está a sua empresa. 
• Converse com seus fornecedores sobre as medidas para proteger 
trabalhadores terceirizados de acordo com a política da sua empresa. 
• Disponibilize, se possível, meios alternativos digitais para entrega de 
documentações relativas a condições de saúde (atestado, laudos), 
postergando a apresentação e entrega do documento físico original. 
• Avalie a possibilidade de políticas flexíveis para trabalhadores que têm 
dependentes classificados no grupo de risco. 
• Estabeleça mecanismos eficientes e constantes de comunicação. 
Trabalhadores informados fazem melhores escolhas e são menos 
propensos a absenteísmo. 
• Para empresas que ofertam planos de saúde, assegure que as 
operadoras de saúde estão fornecendo informações necessárias para 
acesso a serviços de teste e tratamento dos trabalhadores e familiares. 
 
4.5.4. Passo 4 – Implemente medidas de controles no ambiente 
 
Profissionais de saúde e segurança do trabalho usam diretrizes denominadas 
Hierarquia de Medidas de Controle para selecionar formas de prevenir ou 
reduzir riscos no ambiente de trabalho. A melhor maneira de fazer isso é 
remover sistematicamente a exposição das pessoas ao risco de contaminação 
pelo coronavírus. São os casos das quarentenas para casos suspeitos e 
confirmados e para pessoas que tiveram contato com casos confirmados. 
 
51 
 
 
Durante a pandemia, quando isso não for possível, as medidas de proteção 
mais efetivas seguem a seguinte hierarquia: 
 
1º - Medidas de controle de engenharia de segurança2º - Medidas de controle administrativas 
3º - Práticas de segurança no trabalho. 
4º - Equipamentos de proteção individual. Na maioria dos casos será 
necessária uma combinação dessas medidas. 
 
Medidas de Engenharia 
 
Esse tipo de medida não depende do comportamento dos trabalhadores e de 
modo geral são mais custo-efetivas. São exemplos de medidas de engenharia 
para prevenção de riscos relacionados à Covid-19: 
 
• Instalação de filtros de ar condicionado que contribuem para desinfetar o 
ambiente. 
• Aumento da ventilação no ambiente. 
• Instalação de barreiras físicas (cortinas de plástico, janelas de drive-
through) que protegem contra respingos com secreções respiratórias de 
outras pessoas. 
• Ventilação especializada por pressão negativa em ambientes de 
assistência médica, por exemplo. 
 
Medidas de controle administrativo 
 
Esse tipo de medida requer envolvimento do trabalhador e da empresa. São 
mudanças nas políticas e procedimentos visando reduzir a exposição ao 
risco. Os exemplos listados são sugestões que devem ser avaliadas de 
acordo com as peculiaridades de cada empresa: 
 
• Encorajar trabalhadores doentes a ficar em casa; 
 
52 
 
• Reduzir contato entre trabalhadores e entre esses e clientes. 
• Substituir situações de contato presencial por virtual (teletrabalho, 
mesmo quando no ambiente de trabalho). 
• Estabelecer dias de trabalho alternados ou novos turnos para reduzir o 
número de pessoas presentes no ambiente laboral ao mesmo tempo e 
aumentar a distância física entre eles. 
• Reduzir deslocamentos e viagens não essenciais durante a pandemia. 
• Desenvolver planos emergenciais de comunicação como fóruns 
informativos, treinamentos online e comunicação virtual sobre a Covid-
19 e formas de prevenção. 
• Treinamento online para profissionais que precisam usar EPI. 
• Ponderar o adiamento de procedimentos de saúde ocupacional não 
urgentes, para priorizar o atendimento às questões relacionadas à 
pandemia. 
 
Práticas de trabalho seguro 
 
Essas práticas incluem procedimentos para reduzir o tempo, frequência e 
intensidade de exposição ao risco, como: 
 
• Disponibilizar acesso a material para higiene pessoal e dos 
equipamentos de trabalho: álcool em gel, lavabos, equipamentos 
pessoais sem necessidade de compartilhamento. 
• Fixar em vários locais do ambiente laboral lembretes sobre as medidas 
de higiene e etiqueta respiratória. 
• Criar protocolos de higienização sistemática. 
• Uso de máscaras por pessoas com sintomatologia da doença ou casos 
confirmados, com substituição conforme manual do fabricante, visando 
criar uma barreira contra os respingos respiratórios. 
 
Equipamentos de Proteção Individual – EPI 
O uso correto de EPI previne exposição ao risco. São exemplos: luvas, gorros, 
máscaras, proteção ocular. Nesses casos é preciso prezar pela manutenção, 
 
53 
 
higienização a cada uso ou descarte, uso correto desses. A frequência de troca 
de EPIs deve, preferencialmente, seguir as orientações do fabricante. Em caso 
de desabastecimento, deve seguir as recomendações da ANVISA. 
 
4.5.6. Passo 5. Definir recomendações de acordo com o risco de 
exposição 
 
Para definir medidas de proteção, cada empresa deve considerar condições de 
saúde individual, exposição a riscos e urgência na execução do trabalho. 
 
1. Condições individuais: 
a) Idade: acima de 60 anos. 
b) Condições de saúde: diabetes, hipertensão, problemas respiratórios, 
doenças cardiovasculares, pacientes imunossuprimidos. 
c) Gravidez e puérperas até 45 dias. 
 
2. Exposição a riscos 
 
a) Apresentação de sintomas 
b) Contato próximo e/ou prolongado com casos suspeitos e confirmados 
c) Frequência em locais de grande densidade populacional: escolas, 
universidades, transporte público, hospitais, shopping, aeroportos. 
d) Trabalho com visitações a clientes e viagens frequentes. 
e) Viagens internacionais Urgência do trabalho. 
f) Trabalhos essenciais de saúde e segurança pública que não podem ser 
interrompidos. 
g) Trabalhos considerados prioritários pelas empresas e que não devem 
ser interrompidos ou adiados 
4.6. Recomendações ao Serviço Especializado em Segurança e 
Medicina do Trabalho – SESMT 
 
No dia 22 de março de 2020, o Presidente da República adotou com força de 
lei a Medida Provisória número 927/20, que dispõe sobre as medidas 
trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública. Algumas 
 
54 
 
exigências relacionadas a segurança e saúde no trabalho foram suspensas, 
bem como houve restrição no escopo dos Auditores Fiscais do Trabalho. 
Importante acrescentar que a restrição na fiscalização do trabalho em momento 
algum significa flexibilização da Saúde e Segurança nas empresas. Em estado 
de calamidade pública, é essencial que os Programas de Gestão de Segurança 
e Saúde no Trabalho sejam mantidos na sua plenitude. Trecho da MP927/2020 
que trata sobre a suspensão de exigências administrativas em segurança e 
saúde no trabalho e do regime especial de fiscalização: 
 
Art. 15. Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 
1º, fica suspensa a obrigatoriedade de realização dos exames médicos 
ocupacionais, clínicos e complementares, exceto dos exames 
demissionais. 
§ 1º Os exames a que se refere caput serão realizados no prazo de 
sessenta dias, contado da data de encerramento do estado de 
calamidade pública. 
§ 2º Na hipótese de o médico coordenador de programa de controle 
médico e saúde ocupacional considerar que a prorrogação representa 
risco para a saúde do empregado, o médico indicará ao empregador a 
necessidade de sua realização. 
§ 3º O exame demissional poderá ser dispensado caso o exame 
médico ocupacional mais recente tenha sido realizado há menos de 
cento e oitenta dias. 
Art. 16. Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 
1º, fica suspensa a obrigatoriedade de realização de treinamentos 
periódicos e eventuais dos atuais empregados, previstos em normas 
regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho. 
§ 1º Os treinamentos de que trata o caput serão realizados no prazo de 
noventa dias, contado da data de encerramento do estado de 
calamidade pública. 
§ 2º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, 
os treinamentos de que trata o caput poderão ser realizados na 
modalidade de ensino a distância e caberá ao empregador observar os 
conteúdos práticos, de modo a garantir que as atividades sejam 
executadas com segurança. 
Art. 17. As comissões internas de prevenção de acidentes poderão ser 
mantidas até o encerramento do estado de calamidade pública e os 
processos eleitorais em curso poderão ser suspensos. 
 
55 
 
Art. 31. Durante o período de cento e oitenta dias, contado da data de 
entrada em vigor desta Medida Provisória, os Auditores Fiscais do 
Trabalho do Ministério da Economia atuarão de maneira orientadora, 
exceto quanto às seguintes irregularidades: 
I - Falta de registro de empregado, a partir de denúncias; 
II - Situações de grave e iminente risco, somente para as 
irregularidades imediatamente relacionadas à configuração da 
situação; 
III - Ocorrência de acidente de trabalho fatal apurado por meio de 
procedimento fiscal de análise de acidente, somente para as 
irregularidades imediatamente relacionadas às causas do acidente; e 
IV - Trabalho em condições análogas às de escravo ou trabalho infantil. 
 
Segundo o Conselho Federal de Medicina e a Associação Nacional dos 
Médicos do Trabalho está permitido ao médico do trabalho estabelecer o fluxo 
de atendimento remoto para tele orientação, tele monitoramento e 
interconsulta. Isso tende a facilitar o suporte aos trabalhadores e às empresas, 
contribuindo para evitar que milhões de pessoas busquem atendimento do 
serviço público de saúde, nos casos leves de Covid-19. 
 
Cabe a cada empresa definir como serão implementadas as medidas de 
controlee prevenção no enfrentamento da COVID-19. Em geral, a equipe do 
SESMT é designada a coordenar os Planos de Ação de enfrentamento da 
COVID-19. Para empresas desobrigadas de manter o SESMT, fica a cargo do 
empregador a definição de um responsável ou até mesmo a contratação de 
empresa prestadora de serviço que possa atuar no enfrentamento da pandemia 
na sua empresa. 
 
Além da implementação de medidas de controle e preventivas, é muito 
importante que se estabeleça um canal de comunicação entre a empresa e os 
trabalhadores. Essa comunicação pode ser centralizada no SESMT ou em um 
profissional designado pelo empregador, que tenha autoridade para tomada de 
decisão em emergências. Para uma fácil comunicação com os trabalhadores, 
pode-se utilizar os aplicativos de rede social (whatsapp, telegrama, dentre 
outros), intranet, newsletter ou qualquer outro meio que permita a troca de 
informações de forma rápida e efetiva. 
 
56 
 
 
Para os médicos do trabalho, sugere-se que a homologação de atestado 
elimine o comparecimento físico do trabalhador. A mesma pode ser realizada 
pelo envio do atestado médico, relatório do médico assistente, receita médica e 
exames complementares, quando houver. As empresas também podem se 
valer do canal de comunicação estabelecido com os trabalhadores para envio e 
homologação dos atestados. 
 
Sugere-se a postergação dos exames de broncoscopia e espirometria, além 
dos demais exames eletivos, os quais podem ser realizados em outro momento 
fora do período de calamidade pública. 
 
4.7. Perguntas frequentes sobre gestão de risco de transmissão 
 
1) O que fazer quando aparece um caso confirmado da COVID-19 na 
empresa? 
a) A pessoa com diagnóstico confirmado de COVID-19 na empresa, quando 
assintomático deve: 
i. Ser imediatamente isolada, 
ii. Receber máscara e instruções de uso. 
iii. Ser encaminhada para quarentena domiciliar. 
iv. Receber orientação sobre quando e como entrar contato com o 
sistema de saúde, 
v. Receber orientação sobre medidas a serem adotadas durante o 
isolamento domiciliar para prevenção da contaminação a outras 
pessoas. 
vi. Receber orientação sobre medidas a serem tomadas caso precise 
se deslocar para o posto de saúde. 
vii. Ser monitorada de 2 em 2 dias para acompanhar a evolução da 
doença e a situação das pessoas que moram com ele. 
b) A pessoa com diagnóstico confirmado de COVID-19 na empresa, quando 
apresentar sintomas, deve: 
i. Ser imediatamente isolada, 
ii. Receber máscara e instruções de uso. 
 
57 
 
iii. Ser encaminhada para o posto de saúde mais próximo. 
iv. Caso o Sistema de saúde o encaminhe para quarentena domiciliar, 
deve receber todas as orientações destinadas para os casos 
assintomáticos 
c) Todas as pessoas que tiveram contato prolongado (acima de 15 minutos) e 
próximo (menos de 2 metros) com a pessoa com COVID-19 confirmado 
devem: 
 
i. Ser colocados em quarentena de 14 dias. 
ii. Receber orientações sobre medidas de desinfecção e isolamento 
domiciliar. 
d) O local de trabalho da pessoa com caso confirmado e das que tiveram 
contato próximo e prolongado deve ser interditado para desinfecção. 
i. É preciso limpar todas as superfícies e equipamentos utilizados pelas 
pessoas isoladas, pois o vírus pode permanecer durante dias em 
algumas superfícies. 
ii. Para a desinfecção de superfícies, pode-se utilizar preparações à 
base de etanol (entre 62-71%), 0,5% de peróxido de hidrogênio 
(água oxigenada) ou 0,1% de hipoclorito de sódio (equivalente a uma 
colher de sopa de água sanitária/L de água). Outros agentes 
biocidas, como cloreto de benzalcônio a 0, 05-0,2% ou digluconato 
de clorexidina a 0,02%, são menos eficazes. 
 
e) Outros ambientes utilizados pelos trabalhadores afastados (caso 
confirmado e pessoas próximas) devem ser desinfetados: banheiro, copa 
etc. 
 
2) Qual a orientação quanto ao uso de transporte coletivo, pois normalmente 
em horário de pico o transporte público é muito cheio, como fica nestes 
casos? quais as orientações para os empresários? 
O transporte coletivo, por constar na lista de atividades essenciais, continua em 
funcionamento e é o meio de transporte de muitos desses trabalhadores que 
não podem parar. As empresas podem optar por algumas das medidas 
administrativas citadas acima, como por exemplo: estabelecer dias de trabalho 
 
58 
 
alternados ou novos turnos fora do horário de pico dos transportes coletivos; 
incentivar o uso de máscaras caseiras nesses ambientes de aglomeração 
conforme recomendado pelo Ministério da Saúde e reforçar as medidas de 
higiene e etiqueta respiratória. 
 
3) No caso do transporte público e da empresa, qual a classificação do risco 
para os motoristas e os próprios trabalhadores? Existem recomendações e 
algum protocolo? 
 
O motorista poderia ser classificado como risco médio por se tratar de 
atendimento ao público externo e local de alta densidade populacional. 
Medidas de engenharia podem ser adotadas de modo a isolar a cabine do 
motorista a exemplo do que foi feito em supermercados e por motoristas de taxi 
em países como EUA e Inglaterra, que também possuem cabine isoladoras, 
além das medidas administrativas já citadas neste guia 
 
4) Quais as ações, caso o colaborador não queira aferir a temperatura, nem 
fazer o teste? 
 
De acordo com a Lei 13.979 de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as 
medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância 
internacional decorrente do coronavírus, em seu artigo 3º é descrito que para 
enfrentamento da situação, uma das medidas adotadas pode ser a realização 
compulsória de exames médicos. A recusa em ser aferido por parte de um 
trabalhador pode ser tratada de maneira particular pela empresa, porém, 
sempre levando em consideração os demais trabalhadores para que não sejam 
expostos a risco de adoecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
5. Conclusão 
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise de como os 
profissionais das áreas de Engenharia e Segurança do Trabalho podem 
contribuir para que suas organizações possam manter suas atividades, 
desenvolvendo todo um sistema de combate e prevenção ao novo coronavírus. 
Além disso, também permitiu uma pesquisa de campo para obter dados 
consistentes sobre a situação da pandemia e as maneiras mais eficazes de 
prevenção e cuidados contra sua proliferação. 
Através de artigos desenvolvidos por especialistas, agencias governamentais e 
internacionais, tivemos a oportunidade de analisar melhor, as formas de 
transmissão e de contágio do novo coronavírus, bem como sua proliferação e 
tempo de vida em superfícies. Com esses dados, as medidas de prevenção a 
serem tomadas tendem a ser mais assertivas por serem embasadas em 
estudos e pesquisas cientificas. 
Nas análises, vimos também que de um modo geral, a pandemia tem afetado 
diretamente a economia dos países e chamado a atenção para alguns 
especialistas. Os métodos de prevenção inicialmente utilizados, como a do 
isolamento social, fizeram empresas quebrarem em muitas regiões. A 
pandemia abre precedentes de uma crise não só na área da saúde com 
hospitais cheios e milhares de mortes, mas também economicamente 
preocupante. Os estudos então, ainda que meramente qualitativos, mostram 
ótimas medidas para que as organizações criem um programa de prevenção, 
sustentado em estudos e teorias, para que possam retomar os seus processos, 
gerar empregos e movimentar a economia dos países afetados sem 
precisarem pôr em risco a integridade física de seus colaboradores. 
De acordo com as pesquisas apresentas, o trabalho logo conclui que os 
profissionais de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional mesmo que com 
uma árdua tarefa, têm a capacidade de fazer com que suas empresas operem 
sem que isso aumente ainda mais a proliferação do vírus na sociedade. Cabe 
ao SESMT e a CIPA orientar bem seus funcionares com as

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