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Resumo Psicanálise - Psicologia Aplicada à Adm

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Psicanálise
1) Vertentes Psiquiátricas do Século XIX
* Somática
- A doença mental tem causas neurológicas e físicas
* Psíquicas
- A doença mental tem causas psicológicas e emocionais
2) Contexto Histórico da Psicanálise
* Outras Escolas da Psicanálise
- Séculos XIX e XX
- Surgiram nas universidades
- Adotam como método os estudos experimentais, quantitativos e de laboratório
- Dentro do paradigma mecanicista-positivista
- Estudando animais e pessoas “normais”
* Psicanálise
- Séculos XIX e XX
- Surgiu de práticas clínica e médica
- Adota como método a observação clínica, qualitativa e interpretativa
- Baseada na associação livre e na interpretação
- Estudando a psicopatologia dos “doentes mentais”
3) O Método Psicanalítico de Investigação e de Tratamento
* Inicialmente
- Freud tratava pacientes histéricas via hipnose, catarse (expressão das emoções reprimidas)
* Posteriormente
- Catarse por meio da livre associação (dizer o que vem à mente) e análise do discurso
- Análise dos sonhos, vistos como manifestações metafóricas de fantasias e de desejos reprimidos
- Análise dos atos falhos (erros, lapsos na fala, esquecimentos) e dos sintomas psicossomáticos
- Freud mostrou que a racionalidade do homem está atrelada a forças inconscientes, sobre as quais ele tem pouco ou nenhum controle
4) Funcionamento do Ego, do ID e do Superego
	O Id, Ego e Superego são conceitos e descobertas de Sigmund Freud para explicar o funcionamento da mente humana, a estrutura da personalidade e a dinâmica do inconsciente. 
* ID (ISSO)
- Representa o inconsciente amoral, instintivo e regido pelo princípio do prazer
- O princípio do prazer no ser humano é aquele que se esforça para a gratificação imediata de todos os desejos, necessidades e vontades do indivíduo nas suas situações. 
- Se essas necessidades não forem atingidas imediatamente, o resultado do traço de personalidade do indivíduo será um estado de ansiedade e de tensão em busca desse completo alcance. 
- Único componente da personalidade que está presente desde o nascimento e está totalmente relacionada com o aspecto inconsciente da mente, formado por pulsões, comportamentos instintivos e primitivos e energia libidinal
- Tenta resolver a tensão criada pelo princípio do prazer através de um processo primário, que envolve a formação de uma imagem mental do objeto que é desejado e de alcance do indivíduo e o encontro de uma forma de satisfazer a necessidade ainda não alcançada. 
* EGO (EU)
- Parte consciente da mente, racional, mediador e organizador, responsável por funções como: percepção, memória, sentimentos e pensamentos
- Principal influente na interação existente entre o sujeito e as variáveis do ambiente externo. 
- Componente moral que leva em consideração as normas éticas existentes e atua como mediador e organizador entre as outras duas partes: o ID e o superego
- Opera com base no princípio da realidade, que se esforça para satisfazer os desejos do ID de formas realistas e socialmente adequadas com o ambiente externo do indivíduo. 
- O princípio de realidade, por sua vez, pesa os custos e benefícios de uma ação antes de decidir e agir sobre se a melhor escolha é desistir ou ceder aos impulsos. 
- As funções do ego agem tanto no consciente, no pré-consciente e inconsciente
- Descarrega a tensão criada por impulsos não satisfeitos através do processo secundário, em que ele se esforça para encontrar um objeto no mundo real que possa corresponder a imagem mental criada pelo processo principal do ID.
Com base nisso, em muitos casos, os impulsos do ID podem ser satisfeitos através de um processo de gratificação atrasada. Por outro lado, o ego acabará por permitir o comportamento, mas apenas no momento e lugar apropriados. De acordo com a visão de Freud, o ego se desenvolve a partir do ID e garante que os impulsos do ID possam ser expressos de uma forma aceitável no mundo real. 
* SUPEREGO (SUPEREU)
- Componente inibidor da mente e atua de forma contrária ao ID
- Segue o princípio do dever e faz o julgamento das intenções do sujeito sempre agindo de acordo com heranças culturais relacionadas a valores e regras de conduta. 
- Parte inconsciente moral, de regras de conduta social, proteção do ego e idealizações.
 - Aspecto da personalidade que mantém todos os nossos padrões morais internalizados e ideais que os sujeitos adquirem dos pais e da sociedade. Ou seja, é nosso senso de certo e errado. 
- Fornece diretrizes para fazer julgamentos. 
	De acordo com Freud, o superego começa a surgir por volta dos cinco anos de idade no sujeito. Ele atua para aperfeiçoar e civilizar o nosso comportamento a partir dessa faixa etária. Por isso, trabalha para suprimir todos os impulsos inaceitáveis do ID e se esforça para realizar o ato do ego nas normas idealistas em vez de princípios realistas. 
5) Mecanismos de Defesa do EGO
* Negação
- Negar ameaça potencialmente traumática
- Exemplo: não perceber o pai como estuprador e incestuoso
* Racionalização
- Tentar explicar racionalmente comportamentos motivados inconscientemente
- Exemplo: remoer teorias evitando lidar com as angústias e conflitos
* Projeção
- Projeção dos sentimentos próprios indesejados em outras pessoas, como se fossem sentimentos delas
- Exemplo: não desejo ele, ele é que está louco por mim
* Transferência
- Depositar em terceiros sentimentos em relação a uma pessoa
- Exemplo: transferir para os colegas de trabalho, medos e raivas em relação aos irmãos
* Formação de reação
- Reação oposta aos impulsos de ID
- Exemplo: padre torna-se extremamente moralista para reprimir seus desejos
* Regressão
- Assumir comportamento infantil, associado a um período de emoções traumáticas “congeladas” semelhantes às atuais ou período de maior segurança frente às ameaças atuais
- Exemplo: reagir como criança frente a uma nota baixa na faculdade
* Repressão (Recalque)
- Eliminação ou esquecimento de lembranças e sentimentos que causam desconforto
- Exemplo: esquecer o nome de um ex-namorado que a magoou
6) De que forma o ID, ego e superego contribuem para a estruturação da personalidade?
	A partir da prática da Psicanálise, podem ser identificadas as estruturas e dinâmicas psíquicas predominantes nos indivíduos. Uma delas é a personalidade neurótica. Já a outra é a personalidade psicótica.
* Personalidade Neurótica
- Resultado do conflito entre o ID e o superego, sintomas resultantes da evitação de situações ansiogênicas na realidade, no mundo externo, ainda que isso prejudique sua liberdade de ação: ansiedade, histeria, depressão, fobias, obsessão e hipocondria.
* Personalidade Psicótica
- Dinâmica psíquica tão prejudicada na qual a pessoa se torna incapaz de enfrentar as necessidades comuns da vida, o que inclui tomar conta de si mesmo), dissociando-se da realidade e do mundo externo. 
- Um deles são os transtornos bipolares (euforia e depressão). 
- O outro se refere às esquizofrenias causadas no indivíduo, tais como: alterações na percepção (alucinações), desordem de pensamento (delírios), desordens emocionais (embotamento afetivo) e afastamento da realidade generalizado. 
* Personalidade na visão de Freud
- Processo de desenvolvimento da personalidade como contínuo. 
- Os estágios mais decisivos do desenvolvimento ocorrem durante os cinco primeiros anos de vida, durante os quais se estabelece, em grande parte, a estrutura permanente. 
- Acreditava na existência de uma sequência características de estágios psico-sexuais, pelos quais a criança enfrenta
- Supôs que as diferenças individuais na personalidade adulta são, fundamentalmente, decorrentes da maneira específica pela qual a pessoa vive e lida com os conflitos despertados nesses estádios.
7) Interpretação dos sonhos
- Os sonhos são emergência do inconsciente, luta entre o ID e o SUPEREGO
* Conteúdo latente (inacessível, reprimido)
- Tem significado oculto, simbólico, censurado pelo SUPEREGO
- Tentativa de realização de um desejo ou alegoria (metáfora) de um conflito reprimido pelo SUPEREGO
* Conteúdo manifesto no sonho
- É a história recordada e narradapelo paciente
- Aparece como imagens metafóricas, enigmáticas, recortadas, disfarçadas (travestidas), condensadas
- Segue uma lógica dos sentimentos (e não a lógica racional)
8) A sexualidade infantil e as fases do desenvolvimento psicossexual
Sobre o universo inconsciente e a energia pulsional do ID, citados anteriormente, ao se tomar como norte o desenvolvimento de uma criança e sua capacidade de desenvolvimento da sexualidade e psicossexual, observam-se algumas fases. 
* As principais fases:
- Oral (confiança x desconfiança): sentimento de confiança básica e pessoa doadora: “Eu sou a esperança que tiver e der”
- Anal (autonomia x dúvida e receio): aguentar (ter e sustentar) e soltas (libertação descontraída ou hostil). Lei e ordem / Livre arbítrio: “Eu sou o que posso querer livremente”
- Fálica (tomada de iniciativa e consciência x sentimento de culpa, tensão e ansiedade): base ontogenética da moralidade e sentido do possível e das metas: “Eu sou o que posso imaginar que serei”
- Latência (produtividade x inferioridade): professores/sentimento de competência: “Eu sou o que posso aprender para realizar trabalho”
- Genital (percepção x confusão das identidades): sociedade: “Quem sou eu? Com que papéis sociais eu me identifico?
9) Conclusões
- Para Freud, a interpretação dos sonhos e da fala do paciente são importantes para a compreensão do psicanalista, bem como para a compreensão do próprio paciente sobre a sua dinâmica psíquica
- É a partir dessa compreensão que se busca na terapia uma reorganização mais saudável da psiquê
- A psicanálise foi muito criticada por sua falta de cientificidade, pelo paradigma científico tradicional
- Ela entra em choque com a visão do homem como ser de comportamento racional, previsível e controlável
- Ao invés da previsão, controle e manipulação de comportamentos, busca a emancipação, a de repressão, a saúde mental, a canalização do potencial criativo pelos próprios indivíduos
10) Contribuições para a sociedade
* ampliou a compreensão
- Da estrutura e dinâmica da personalidade
- Do inconsciente e da sexualidade
- Dos tabus e repressões da sociedade
- Da gênese e tratamento da doença mental
- Da expressão simbólica, cultural, criativa e artística
- Da neurose social e mal-estar na civilização
11) Contribuições para a organização
* Ajudou a compreender
- A importância da subjetividade e o lado irracional da tomada de decisões
- O potencial criativo das pulsões do inconsciente
- O aspecto simbólico e idealizado das organizações
- O caráter quase sagrado do símbolo e as logomarcas da empresa
- As lideranças narcisistas e carismáticas
- A dinâmica afetiva das relações interpessoais
- As neuroses e psicopatologias do trabalho
- A importância do espaço da expressão, do diálogo para a resolução de conflitos

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