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APOST CONCURSO DA CÂMARA DE ARACAJU

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Departamento de Produção
Coordenação de Produção e diretoria: Fábio Figueirôa
Diretoria administrativa: Raquel Figueirôa
Design e Diagramação: Fabiano Soares Costa
Edição de videoaulas: José Roberto
 
 
Telefone (79) 3044-8982 
 
Email: contato@canaldosconcurseiros.com.br
Rua Fenelon Santos, 339 - Salgado Filho, Aracaju - SE, 49020-350
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Nenhuma parte deste material poderá ser
reproduzida, transmitida e gravada, por
qualquer meio eletrônico, mecânico, por
fotocópia e outros, sem a prévia
autorização, por escrito, do Instituto Educar
Referências Bibliográficas e Catalogação na Fonte, conforme
Normas da ABNT e AACR2
3
 Sobre os organizadores
 
Fabiano Oliveira - (Língua Portuguesa) Licenciado em Letras, espe-
cialista em Língua Portuguesa e Produção de texto e Mestre em Lin-
guística. Professor de escolas públicas e de cursos preparatórios para 
concursos públicos, com vasta experiência em videoaulas.
Gracindo Andrade - (Administração Pública e Ética Pública) – Mestre em 
Administração pela Universidade Federal da Paraíba (2002), Graduado em Admin-
istração pela Universidade Tiradentes (1993), especialista em Administração de Em-
presas (1995) e em Gerenciamento de Processo (2002). Atua como professor em 
cursinhos preparatórios para concursos públicos há mais de 10 anos e com vasta 
experiência na área.
Lucas Assis - (Raciocínio Lógico/Matemática) Graduado em Licen-
ciatura em Matemática pelo Instituto Federal de Ciência, Educação e 
Tecnologia de Sergipe - IFS e Pós-graduado em AEE.
Danilo Vilanova - Professor de Informática. Analista de sistemas; 
Técnico em micro e redes; Instrutor informática para curso técnico e 
Especialista em concursos públicos com vasta experiência em cursin-
hos preparatórios para concursos públicos presencial e com vasta ex-
periência em videoaulas.
Saulo Fernandes - Prof. de Direito Constitucional e Administrativo. 
Advogado, pós-graduado em Ciências Criminais, professor universi-
tário e de cursos preparatórios para concursos públicos com experiên-
cia vasta no ensino presencial e a distância.
Demétrio Dantas - Professor de Direito Penal, Direito Constitucional, 
Direito Processual Penal e Leis Extravagantes. Especialista em Dire-
ito Penal, Processo Penal e Criminologia. Doutorando em Direito Pe-
nal pela UBA, Professor de graduação, pós-graduação e preparatórios 
para concurso e OAB há 20 anos. Advogado, e palestrante.
Alisson Barreto - (Matemática) Graduado em Matemática pela 
UFBA. Professor de curso preparatório para concursos públicos desde 
o ano 2000.
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5
SUMÁRIO
1 - LÍNGUA PORTUGUESA........................................................................................8
1.1 - Compreenção de Textos...............................................................................................................8
1.2 - Emprego do Sinal Indicativo de Crase.........................................................................................12
1.3 - Colocação Pronominal................................................................................................................15
1.4 – Ortografia...................................................................................................................................17
1.5 - Concordância Verbal e Nominal.................................................................................................19
1.6 - Regência Verbal e Nominal.........................................................................................................22
1.7 - Significado das Palavras..............................................................................................................28 
1.8 - Divisão Silábica - Acentuação Gráfica.........................................................................................32
1.9 – Colocação Pronominal...............................................................................................................37
1.10 – Sinais de Pontuação.................................................................................................................39
1.11 - Classes de palavras...................................................................................................................42
1.12 - Análise Sintática.......................................................................................................................43
1.13 - Figuras de Linguagem...............................................................................................................48
1.14 - Semântica.................................................................................................................................51
1.15 - Homônimos e Parônimos.........................................................................................................52
1.16 - Polissemia, Sinonímia e Antonímia..........................................................................................53
2 - MATEMÁTICA BÁSICA.......................................................................................56
2.1 - Sistema de Numeração Decimal e outras bases de numeração.................................................56
2.2 - Sistema Linear............................................................................................................................59
2.3 - Operações com Números Naturais............................................................................................61
2.4 - Modelos exponenciais e logarítmicos........................................................................................62
2.5 - Expressões numéricas................................................................................................................65
2.6 - Divisivibilidade...........................................................................................................................66
2.7 - Números Primos........................................................................................................................68
2.8 - Fatoração...................................................................................................................................69
2.9 - Números Racionais....................................................................................................................72
2.10 - Equações de Primeiro e Segundo Grau....................................................................................89
2.11 - Funções....................................................................................................................................75
2.12 - Grau, quadrática, exponencial e logaritmos.............................................................................77
2.13 - Matrizes e Determinantes........................................................................................................80
2.14 - Probabilidade e Estatística........................................................................................................81
3 - INFORMÁTICA...................................................................................................84
3.1 - Software e Noções de sistema operacional (ambientes Windows)............................................84
3.2 - Noções de vírus, worms e pragas virtuais..................................................................................87
3.3 - Programas de Navegação...........................................................................................................893.4 - Redes de Computadores............................................................................................................91
3.6 - Sítios de busca e pesquisa na Internet.......................................................................................92
3.5 - Programas de correio eletrônico................................................................................................92
6
3.7 - Segurança da Informação...........................................................................................................94
3.8 - Procedimentos de backup..........................................................................................................95
3.9 - Computação na Nuvem..............................................................................................................95
3.10 - Redes Sociais............................................................................................................................96
3.11 - Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office).............................99
4 - RACIOCÍNIO LÓGICO.......................................................................................119
4.1 - Compreensão de estruturas lógicas de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou 
eventos fictícios; deduzindo novas informações das relações fornecidas e avaliando as condições 
usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações ..................................................................119
4.2 - Compreensão do processo lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de for-
ma válida, aconclusões determinadas. Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e 
conclusões. Diagramas lógicos ........................................................................................................126
4.3 - Compreensão e elaboração da lógica das situações por meio de: raciocínio verbal, raciocínio 
matemático, raciocínio sequencial, orientação espacial e temporal, formação de conceitos, discrim-
inação de elementos .......................................................................................................................138
4.4 - Análise combinatória e Probabilidade .....................................................................................174
5 - NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL...........................................................183
5.1 - DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS.................................................................................183
5.2 - Organização e Estrutura do Estado Brasileiro...........................................................................188
5.3 - Defesa do Estado e das Instituições Democráticas...................................................................191
5.4 - Formação Constitucional do Brasil.............................................................................................193
5.5 - Da Organização dos Poderes: Do Poder Legislativo; Do Poder Executivo; Do Poder Judiciário.197
5.6 - Direito Constitucional Estadual e Municipal.............................................................................205
5.7 - Da Segurança Pública...............................................................................................................235
5.8 - Da Administração Pública e dos Servidores Públicos...............................................................236
5.9 - Direito da Nacionalidade..........................................................................................................247
5.10 - Direitos Individuais e Coletivos...............................................................................................249
6 - NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO...........................................................251
6.1 - Estado, Governo e Administração Pública................................................................................251
6.2 - Atos Administrativos.................................................................................................................254
6.3 - Agentes Públicos......................................................................................................................260
6.4 - Poderes da Administração Pública...........................................................................................261
6.5 - Serviços Públicos......................................................................................................................267
6.6 - Organização Administrativa......................................................................................................268
6.7 - Responsabilidade do Estado.....................................................................................................271
7 - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA..............................................................................276
7.1 - Noções de Administração.........................................................................................................276
7.2 - Funções do Administrador........................................................................................................276
7.3 - RELAÇÕES HUMANAS................................................................................................................278
7.4 - Teorias Clássicas da Administração..........................................................................................280
7.5 - Estrutura Organizacional..........................................................................................................283
7
7.6 - Administração Pública: Modelos..............................................................................................284
7.7 - Princípios da Administração Pública.........................................................................................288
7.8 - Eficiência, Eficácia e Efetividade...............................................................................................290
7.9 - Visão e Missão..........................................................................................................................291
7.10 - Departamentalização e Organograma....................................................................................292
7.11 - Função Direção e Questões...................................................................................................295
7.12 - Elementos da Comunicação e Tipos de Liderança.................................................................303
7.13 - Qualidade no Setor Público....................................................................................................304
7.14 - Processo Organizacional.........................................................................................................305
7.15 - Diagrama de Ishikawa e de Pareto.........................................................................................307
7.17 - Fluxograma.............................................................................................................................311
7.17 - Manuais, Formulários e Planilhas..........................................................................................312
7.18 - Administração de Recursos Humanos....................................................................................313
7.19 - Logística..................................................................................................................................318
8 - ÉTICA PÚBLICA................................................................................................330
8.1 - ÉTICA NO SETOR PÚBLICO........................................................................................................330
8.2 - Ética no Serviço Público............................................................................................................331
8.3 - Decreto Nº 6.029/2007 e Código de Conduta Federal.............................................................3359 - REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL DE ARACAJU.........................341
9.1 - RESOLUÇÃO Nº 18, DE 11 DE JANEIRO DE 1971......................................................................341
10 - LEI ORGÂNICA DE ARACAJU...........................................................................391
10.1 - Lei Orgânica do Município de Aracaju de 1990......................................................................391
8
ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
1 - LÍNGUA PORTUGUESA
1.1 - Compreenção de Textos
Compreensão e interpretação de textos é um 
tema que nos acompanha na vida escolar, nos 
vestibulares, no Enem e em todos os concursos 
públicos. Comumente encontrarmos pessoas que 
se queixam de que não sabem compreender e in-
terpretar textos. Muitas pessoas se acham inca-
pazes de resolver questões sobre compreensão e 
interpretação de textos.
Nos concursos públicos, este tema está presente 
nas mais variadas formas. Nas provas, há sem-
pre vários textos, alguns bem grandes, sobre os 
quais há muitas perguntas com o objetivo de te-
star a habilidade do concurseiro em leitura, com-
preensão e interpretação de textos. É preciso ler 
com muita atenção, reler, e na hora de examinar 
cada alternativa, voltar aos trechos citados para 
responder com muita confiança.
Entender as técnicas de compreensão e inter-
pretação de textos, além de ser importante para 
responder as questões específicas, é fundamen-
tal para que você compreenda o enunciado das 
questões de atualidades, de matemática, de di-
reito e de raciocínio lógico, por exemplo. Muitos 
candidatos, embora tenham bastante conheci-
mentos das matérias que caem nas provas, erram 
nas questões, simplesmente porque não enten-
dem o que a banca examinadora está pedindo. Já
pensou, nadar, nadar, nadar... e morrer na praia? 
Então não deixe de estudar e preste atenção nas 
dicas que vamos dar neste blog.”As questões de 
compreensão e interpretação de textos vêm gan-
hando espaço nos concursos públicos. Também é 
a partir de textos que as
questões normalmente cobram a aplicação das 
regras gramaticais nos grandes concursos de hoje 
em dia. Por isso é cada vez mais importante ob-
servar os comandos das questões. Normalmente 
o candidato é convidado a:
• identificar: Reconhecer elementos fundamen-
tais apresentados no texto.
• comparar: Descobrir as relações de semel-
hanças ou de diferenças entre situações apre-
sentadas no texto.
• comentar: Relacionar o conteúdo apresentado 
com uma realidade,
opinando a respeito.
• resumir: Concentrar as ideias centrais em um 
só parágrafo.
• parafrasear: Reescrever o texto com outras pa-
lavras.
• continuar: Dar continuidade ao texto apre-
sentado, mantendo a mesma linha temática.
Por isso, considera-se que são condições básicas 
para o candidatofazer uma correta interpretação 
de textos: o conhecimento histórico (aí incluída a 
prática da leitura), o conhecimento gramatical e 
semântico (significado das palavras, aí incluídos 
homônimos, parônimos, sinônimos, denotação, 
conotação), e a capacidade de observação, de 
síntese e de raciocínio”¹. Nos próximos posts va-
mos ver alguns conceitos como a diferença entre 
compreensão e interpretação de textos, língua 
e fala, denotação e conotação, funções da lin-
guagem, intertextualidade e figuras de lingua-
gens.
Outras dicas:
Dicas para analisar, compreender e interpretar 
textos
É comum encontrarmos alunos se queixando de 
que não sabem interpretar textos. Muitos têm 
aversão a exercícios nessa categoria. Acham 
monótono, sem graça, e outras vezes dizem: 
cada um tem o seu próprio entendimento do 
texto ou cada um interpreta a sua maneira. No 
texto literário, essa idéia tem algum fundamento, 
tendo em vista a linguagem conotativa, os sím-
bolos criados, mas em texto não-literário isso é 
um equívoco. Diante desse problema, seguem 
algumas dicas para você analisar, compreender e 
interpretar com mais proficiência.
9
ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
1º - Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. 
Quando nós passamos a gostar de algo, com-
preendemos melhor seu funcionamento. Nesse 
caso, as palavras tornam-se familiares a nós mes-
mos. Não se deixe levar pela falsa impressão de 
que ler não faz diferença. Também não se intim-
ide caso
alguém diga que você lê porcaria. Leia tudo que 
tenha vontade, pois com o tempo você se tornará 
mais seleto e perceberá que algumas leituras fo-
ram superficiais e, às vezes, até ridículas. Porém 
elas foram o ponto de partida e o estímulo para 
se chegar a uma leitura mais refinada. Existe tem-
po para cada tempo de nossas vidas. Não fique 
chateado com comentários desagradáveis.
2º - Seja curioso, investigue as palavras que circu-
lam em seu meio.
3º - Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além 
da leitura, um bom exercício para ampliar o léxi-
co é fazer palavras cruzadas.
4º - Faça exercícios de sinônimos e antônimos.
5º - Leia verdadeiramente. Somos um País de 
poucas leituras. Veja o que diz a reportagem, a 
seguir, sobre os estudantes brasileiros. Dados do 
Programa Internacional de Avaliação de Alunos 
(Pisa) revelam que, entre os 32 países submeti-
dos ao exame para medir a capacidade de leitu-
ra dos alunos, o Brasil é o pior da turma.A julgar 
pelos resultados do Pisa, divulgados no dia 5 de 
dezembro, em Brasília, os estudantes brasileiros 
pouco entendem do que lêem. O Brasil ficou em 
último lugar, numa pesquisa que envolveu 32 
países e avaliou, sobretudo, a compreensão de 
textos. No Brasil, as provas foram aplicadas em 
4,8 mil alunos, da 7ª série ao 2º ano do Ensino 
Médio.
6º - Leia algumas vezes o texto, pois a primeira 
impressão pode ser falsa. É preciso paciência para 
ler outras vezes. Antes de responder as questões, 
retorne ao texto para sanar as dúvidas.
7º - Atenção ao que se pede. Às vezes a interpre-
tação está voltada a uma linha do texto e por isso 
você deve voltar ao parágrafo para localizar o que 
se afirma. Outras vezes, a questão está voltada à 
idéia geral do texto.
8º - Fique atento a leituras de texto de todas as 
áreas do conhecimento, porque algumas pergun-
tas extrapolam ao que está escrito. Veja um ex-
emplo disso:
Texto:
Pode dizer-se que a presença do negro represen-
tou sempre fator obrigatório no desenvolvimento 
dos latifúndios coloniais. Os antigos moradores 
da terra foram, eventualmente, prestimosos co-
laboradores da indústria extrativa, na caça, na 
pesca, em determinados ofícios mecânicos e na 
criação do gado. Dificilmente se acomodavam, 
porém, ao trabalho acurado e metódico que ex-
ige a exploração dos canaviais. Sua tendência 
espontânea era para as atividades menos sed-
entárias e que pudessem exercer-se sem regular-
idade forçada e sem vigilância e fiscalização de 
estranhos.
(Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes)
- Infere-se do texto que os antigos moradores da 
terra eram:
 a) os portugueses.
 b) os negros.
 c) os índios.
 d) tanto os índios quanto aos negros.
 e) a miscigenação de portugueses e índios.
(Aquino, Renato. Interpretação de textos, 2ª 
edição. Rio de Janeiro :
Impetus, 2003.)
Resposta: Letra C. Apesar do autor não ter citado 
o nome dos índios, é
possível concluir pelas características apresenta-
das no texto. Essa resposta
exige conhecimento que extrapola o texto.
9º - Tome cuidado com as vírgulas. Veja por ex-
emplo a diferença de sentido
nas frases a seguir.
10
ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
a) Só, o Diego da M110 fez o trabalho de artes.
b) Só o Diego da M110 fez o trabalho de artes.
c) Os alunos dedicados passaram no vestibular.
d) Os alunos, dedicados, passaram no vestibular.
e) Marcão, canta Garçom, de Reginaldo Rossi.
f) Marcão canta Garçom, de Reginaldo Rossi.
Explicações:
a) Diego fez sozinho o trabalho de artes.
b) Apenas o Diegofez o trabalho de artes.
c) Havia, nesse caso, alunos dedicados e não-ded-
icados e, passaram no vestibular, somente, os que 
se dedicaram, restringindo o grupo de alunos.
d) Nesse outro caso, todos os alunos eram dedi-
cados.
e) Marcão é chamado para cantar.
f) Marcão pratica a ação de cantar.
10º - Leia o trecho e analise a afirmação que foi 
feita sobre ele.
“Sempre fez parte do desafio do magistério ad-
ministrar adolescente com hormônios em ebu-
lição e com o desejo natural da idade de desafiar 
as regras. A diferença é que, hoje, em muitos ca-
sos, a relação comercial entre a escola e os pais 
se sobrepõe à autoridade do professor.” (VEJA, p. 
63, 11 maio 2005.)
Frase para análise.
• Desafiar as regras é uma atitude própria 
do adolescente das escolas
privadas. E esse é o grande desafio do professor 
moderno.
1 – Não é mencionado que a escola seja da rede 
privada.
2 – O desafio não é apenas do professor atual, 
mas sempre fez parte do desafio do magistério. 
Outra questão é que o grande desafio não é só 
administrar os desafios às regras, isso é parte do 
desafio, há também os hormônios em ebulição 
que fazem parte do desafio do magistério.
11º - Atenção ao uso da paráfrase (reescritura do 
texto sem prejuízo do
sentido original).
Veja o exemplo:
Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em 
um sinal de trânsito, quando olho na esquina, 
próximo a uma porta, uma loirona a me olhar e 
eu olhava também.(Concurso TRE/ SC – 2005)
A frase parafraseada é:
a) Parado em um sinal de trânsito hoje cedo, 
numa esquina, próximo a uma porta, eu olhei 
para uma loira e ela também me olhou.
b) Hoje cedo, eu estava parado em um sinal de 
trânsito, quando ao olhar para uma esquina, 
meus olhos deram com os olhos de uma loirona.
c) Hoje cedo, estava eu parado em um sinal de 
trânsito quando vi, numa esquina, próxima a uma 
porta, uma louraça a me olhar.
d) Estava eu hoje cedo parado em um sinal de 
trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma 
porta, vejo uma loiraça a me olhar também.
Resposta: Letra C.
A paráfrase pode ser construída de várias formas, 
veja algumas delas.
a) substituição de locuções por palavras;
b) uso de sinônimos;
c) mudança de discurso direto por indireto e 
vice-versa;
d) converter a voz ativa para a passiva;
e) emprego de antonomásias ou perífrases (Rui 
Barbosa = A águia de Haia; o povo lusitano = por-
tugueses).
12º - Observe a mudança de posição de palavras 
ou de expressões nas frases.
Exemplos:
a) Certos alunos no Brasil não convivem com a 
falta de professores.
b) Alunos certos no Brasil não convivem com a 
falta de professores.
c) Os alunos determinados pediram ajuda aos 
professores.
d) Determinados alunos pediram ajuda aos pro-
fessores.
11
ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
Explicações:
a) Certos alunos = qualquer aluno
b) Alunos certos = aluno correto
c) Alunos determinados = alunos decididos
d) Determinados alunos = qualquer aluno
Veja as diferenças entre analisar, compreender 
e interpretar
1. O que se pretende com a análise textual?
• identificar o gênero; a tipologia; as figuras de 
linguagem;
• verificar o significado das palavras;
• contextualizar a obra no espaço e tempo;
• esclarecer fatos históricos pertinentes ao tex-
to;
• conhecer dados biográficos do autor;
• relacionar o título ao texto;
• levantar o problema abordado;
• apreender a idéia central e as secundárias do 
texto;
• buscar a intenção do texto;
• verificar a coesão e coerência textual;
• reconhecer se há intertextualidade.
2. Qual o objetivo da análise?
• levantar elementos para a compreensão e, 
posteriormente, fazer julgamento crítico.
3. Para compreender bem é necessário que o 
leitor:
• conheça os recursos lingüísticos.Por exem-
plo, a regência verbal não compreendida 
pelo leitor pode levá-lo ao erro. Veja: Assisti 
o doente diferente de assisti ao doente. No 
primeiro caso, a pessoa ajuda ao doente; no 
segundo, ela vê o doente.
• perceba as referências geográficas, mitológi-
cas, lendárias, econômicas, religiosas, políti-
cas e históricas para que faça as possíveis as-
sociações.
• esclareça as suas dúvidas de léxico.
• esteja familiarizado com as circunstâncias 
históricas em que o texto foi escrito. Por ex-
emplo, para entender que, no poema Canção 
do Exílio, de Gonçalves Dias, o advérbio aqui 
e lá é, respectivamente, Portugal e Brasil, 
você tem que saber onde o poeta escreveu 
seu poema naquela época.
• observe se há no texto intertextualidade por 
meio da paráfrase, paródia ou citação.
4. Afinal o que é interpretar?
• Interpretar é concluir, deduzir a partir dos da-
dos coletados.
5. Existe interpretação crítica?
• Sim, a interpretação crítica consiste em con-
cluir os dados e, em seguida, julgar, opinar a 
respeito das conclusões. 
PROFESSOR ADORA COMPLICAR NA PROVA!
Será mesmo que o professor adora complicar na 
prova? Não, mas ele deseja que você amplie o 
vocabulário e compreenda os enunciados. E isso 
vem com a prática, a leitura e o estudo. Podemos 
começar pela leitura de alguns verbos, que são 
utilizados nos enunciados de muitas provas.
Afirmar: certificar, comprovar, declarar.
Explicar: expor, justificar, expressar, significar.
Caracterizar: distinguir, destacar o caráter, as 
particularidades.
Consistir: ser, equivaler, traduzir-se por (determi-
nada coisa), ser feito, formado ou composto de.
Associar: estabelecer uma correspondência en-
tre duas coisas, unir-se,
agregar.
Comparar: relacionar (coisas animadas ou in-
animadas, concretas ou abstratas, da mesma 
natureza ou que apresentem similitudes) para 
procurar as relações de semelhança ou de dispar-
idade que entre elas existam; aproximar dois ou 
mais itens de espécie ou de natureza diferente, 
mostrando entre eles um ponto de analogia ou 
semelhança.
Justificar: provar, demonstrar, argumentar, ex-
plicar.
Relacionar: fazer comparação, conexão, ligação, 
12
ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
adquirir relações.
Definir: revelar, estabelecer limites, indicar a sig-
nificação precisa de, retratar, conceituar, explicar 
o significado.
Diferenciar: fazer ou estabelecer distinção entre, 
reconhecer as diferenças.
Classificar: distribuir em classes e nos respectivos 
grupos, de acordo com um sistema ou método de 
classificação; determinar a classe, ordem, família, 
gênero e espécie; pôr em determinada ordem, 
arrumar (coleções, documentos etc.).
Identificar: distinguir os traços característicos de; 
reconhecer; permitir a identificação, tornar con-
hecido.
Referir-se: fazer menção, reportar-se, aludir-se.
Determinar: precisar, indicar (algo) a partir de 
uma análise, de uma medida, de uma avaliação; 
definir.
Citar: transcrever, referir ou mencionar como 
autoridade ou exemplo ou em apoio do que se 
afirma.
Indicar: fazer com que, por meio de gestos, si-
nais, símbolos, algo ou alguém seja visto; assinal-
ar, designar, mostrar.
Deduzir: concluir (algo) pelo raciocínio; inferir.
Inferir-se: concluir, deduzir.
Equivaler: ser idêntico no peso, na força, no valor 
etc.
Propor: submeter (algo) à apreciação (de al-
guém); oferecer como opção; apresentar, sugerir.
Depreender: alcançar clareza intelectual a res-
peito de; entender, perceber, compreender; tirar 
por conclusão, chegar à conclusão de; inferir, de-
duzir.
Aludir: fazer rápida menção a; referir-se.
(Fonte: dicionário Houaiss)
1.2 - Emprego do Sinal Indicativo de Crase
Crase (Regras)
Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma na-
tureza. No português assinalamos a crase com o 
acento grave (`). Observe:
Obedecemos ao regulamento.
 ( a + o )
Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas 
vogais diferentes. Mas:
Obedecemos à norma.
 ( a + a )
Há crase pois temos a união de duas vogais iguais 
( a + a = à)
Regra Geral:
Haverá crase sempre que:
I. o termo antecedente exija a preposição a;
II. o termo consequente aceite o artigo a.
Fui à cidade.
( a + a = preposição + artigo )
( substantivo feminino )
Conheço a cidade.
( verbo transitivo direto – não exige preposição )
( artigo)
( substantivo feminino)
Vou a Brasília.
( verbo que exige preposição a)
( preposição)
( palavra que não aceita artigo)
Observação:
Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo,
basta usar o seguinte artifício:
I. se pudermos empregar a combinação da an-
tes da palavra, é sinal de que ela aceita o ar-
tigo
II. se pudermos empregar apenas a preposição 
de, é sinal de que não aceita.
Ex: Vim da Bahia. (aceita)
 Vim de Brasília (não aceita)
 Vim da Itália. (aceita)
 Vim de Roma. (não aceita)
Nunca ocorre crase:
13
ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
1) Antes de masculino.
Caminhava a passo lento.
 (preposição)
2) Antes de verbo.
Estou disposto a falar.
 (preposição)
3) Antes de pronomes em geral.
Eu me referi a esta menina.
(preposição e pronome demonstrativo)
Eu falei a ela.
(preposição e pronome pessoal)
4) Antes de pronomes de tratamento.
Dirijo-me a Vossa Senhoria.
 (preposição)
Observações:
1. Há três pronomes de tratamento que aceitam 
o artigo e, obviamente, a crase: senhora, sen-
horita e dona.
Dirijo-me à senhora.
2. Haverá crase antes dos pronomes que aceitar-
em o artigo, tais como: mesma, própria...
Eu me referi à mesma pessoa.
3) Com as expressões formadas de palavras 
repetidas.
Venceu de ponta a ponta.
 (preposição)
Observação:
É fácil demonstrar que entre expressões desse 
tipo ocorre apenas a preposição:
Caminhavam passo a passo.
 (preposição)
No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser o arti-
go o e teríamos o seguinte:
Caminhavam passo ao passo – o que não ocorre.
6) Antes dos nomes de cidade.
Cheguei a Curitiba.
 (preposição)
Observação: Se o nome da cidade vier determi-
nado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a 
crase.
Cheguei à Curitiba dos pinheirais.
 (adjunto adnominal)
7) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de 
um nome plural.
Falei a pessoas estranhas.
 (preposição)
Observação:
Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase.
Falei às pessoas estranhas.
(a + as = preposição + artigo)
Sempre ocorre crase:
1) Na indicação pontual do número de horas.
Às duas horas chegamos.
(a + as)
Para comprovar que, nesse caso, ocorre prep-
osição + artigo, basta confrontar com uma ex-
pressão masculina correlata.
Ao meio-dia chegamos.
(a + o)
2) Com a expressão à moda de e à maneira de.
A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que 
parte da expressão (moda de) venha implícita.
Escreve à (moda de) Alencar.
3) Nas expressões adverbiais femininas.
Expressões adverbiais femininas são aquelas que 
se referem a verbos, exprimindo circunstâncias 
de tempo, de lugar, de modo...
Chegaram à noite.
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ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
(expressão adverbial feminina de tempo)
Caminhava às pressas.
(expressão adverbial feminina de modo)
Ando à procura de meus livros.
(expressão adverbial feminina de fim)
Observações:
No caso das expressões adverbiais femininas, 
muitas vezes empregamos o acento indicatório 
de crase (`), sem que tenha havido a fusão de 
dois as. É que a tradição e o uso do idioma se im-
puseram de tal sorte que, ainda quando não haja 
razão suficiente, empregamos o acento de crase 
em tais ocasiões.
4) Uso facultativo da crase
Antes de nomes próprios de pessoas femininos e 
antes de pronomes possessivos femininos, pode 
ou não ocorrer a crase.
Ex: Falei à Maria.
 (preposição + artigo)
 Falei à sua classe.
 (preposição + artigo)
 Falei a Maria.
 (preposição sem artigo)
 Falei a sua classe.
 (preposição sem artigo)
Note que os nomes próprios de pessoa femininos 
e os pronomes possessivos femininos aceitam ou 
não o artigo antes de si. Por isso mesmo é que 
pode ocorrer a crase ou não.
Casos especiais:
1) Crase antes de casa.
A palavra casa, no sentido de lar, residência 
própria da pessoa, se não vier determinada por 
um adjunto adnominal não aceita o artigo, por-
tanto não ocorre a crase.
Por outro lado, se vier determinada por um ad-
junto adnominal, aceita o artigo e ocorre a crase. 
Ex: Volte a casa cedo.
 (preposição sem artigo)
Volte à casa dos seus pais.
(preposição sem artigo)
(adjunto adnominal)
2) Crase antes de terra.
A palavra terra, no sentido de chão firme, toma-
da em oposição a mar ou ar, se não vier deter-
minada, não aceita o artigo e não ocorre a crase. 
Ex: Já chegaram a terra.
(preposição sem artigo)
Se, entretanto, vier determinada, aceita o artigo 
e ocorre a crase. 
Ex: Já chegaram à terra dos antepassados.
(preposição + artigo)
(adjunto adnominal)
3) Crase antes dos pronomes relativos.
Antes dos pronomes relativos quem e cujo não 
ocorre crase. 
Ex: 
Achei a pessoa a quem procuravas.
Compreendo a situação a cuja gravidade você se 
referiu.
Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase 
se o masculino correspondente for ao qual, aos 
quais. 
Ex:
Esta é a festa à qual me referi.
Este é o filme ao qual me referi.
Estas são as festas às quais me referi.
Estes são os filmes aos quais me referi.
4) Crase com os pronomes demonstrativos 
aquele (s), aquela (s), aquilo.
Sempre que o termo antecedente exigir a prep-
osição a e vier seguido dos pronomes demonstra-
tivos: aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo, 
haverá crase. 
Ex:
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ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
Falei àquele amigo.
Dirijo-me àquela cidade.
Aspiro a isto e àquilo.
Fez referência àquelas situações.
5) Crase depois da preposição até.
Se a preposição até vier seguida de um nome 
feminino, poderá ou não ocorrer a crase. Isto 
porque essa preposição pode ser empregada 
sozinha (até) ou em locução com a preposição a 
(até a). 
Ex:
Chegou até à muralha.
(locução prepositiva = até a)
(artigo = a)
Chegou até a muralha.
(preposição sozinha = até)
(artigo = a)
6) Crase antes do que.
Em geral, não ocorre crase antes do que. 
Ex: Esta é a cena a que me referi.
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase 
da preposição a com o pronome demonstrativo a 
(equivalente a aquela).
Para empregar corretamente a crase antes do 
que convém pautar-se pelo seguinte artifício:
I. se, com antecedente masculino, ocorrer ao que 
/ aos que, com o feminino ocorrerá crase;
Ex: Houve um palpite anterior ao que você deu.
 ( a + o )
Houve uma sugestão anterior à que você deu.
 ( a + a )
II. se, com antecedente masculino, ocorrer a que, 
no feminino não ocorrerá crase.
Ex: Não gostei do filme a que você se referia.
 (ocorreu a que, não tem artigo)
 Não gostei da peça a que você se referia.
 (ocorreu a que, não tem artigo)
Observação:
O mesmo fenômeno de crase (preposição a + 
pronome demonstrativo a) que ocorre antes do 
que, pode ocorrer antes do de. 
Ex:
Meu palpite é igual ao de todos.
(a + o = preposição + pronome demonstrativo)
Minha opinião é igual à de todos.
(a + a = preposição + pronome demonstrativo)
7) há / a
Nas expressões indicativas de tempo, é preciso 
não confundir a grafia do a (preposição) com a 
grafia do há (verbo haver).
Para evitar enganos, basta lembrar que, nas 
referidas expressões: 
a (preposição) indica tempo futuro (a ser 
transcorrido);
há (verbo haver) indica tempo passado (já 
transcorrido). 
Ex:
Daqui a pouco terminaremos a aula.
Há pouco recebi o seu recado.
1.3 - Colocação Pronominal
Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, o, a, 
lhe, os, as, lhes, nose vos, como todos os outros 
monossílabos átonos, apoiam-se na tonicidade 
de alguma palavra próxima. Assim, esses pro-
nomes podem ocupar três posições distintas na 
frase:
Antes do verbo – PRÓCLISE (dizemos que o pro-
nome está proclítico)
“Não me abandone, não me carregue para o bu-
raco”
No meio do verbo – MESÓCLISE (dizemos que o 
pronome está mesoclítico)
“Meu nome, dir-lhes-ei a seu tempo”
16
ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
Após o verbo – ÊNCLISE (dizemos que o pronome 
está enclítico)
“Suporta-se com paciência a dor do próximo”.
Apresentamos, a seguir, algumas orientações ac-
erca da colocação pronominal.
Próclise
A próclise ocorre geralmente em orações em que 
antes do verbo haja:
Palavra de sentido negativo (não, nada. Nunca, 
ninguém etc.):
Nunca me convidam para as festas.
Conjunção subordinativa:
Quando te encarei de frente a frente não vi o 
meu rosto.
Advérbio:
Assim se resolvem os problemas
Caso haja pausa depois do advérbio (marcada na 
escrita por vírgula), ocorrerá a ênclise.
Assim, resolvam-se os problemas.
Pronome indefinido:
Tudo se acaba na vida
Pronome relativo:
Não encontrei o caminho que me indicaram.
Com verbo no gerúndio precedido de preposição 
em:
Em se tratando de previsões, qualquer afirmação 
otimista será arriscada.
Com verbo no infinitivo pessoal (flexionado ou 
não) precedido de preposição:
Vocês serão castigados por me faltarem ao res-
peito.
Ocorre também a próclise nas orações iniciadas 
por palavras interrogativas e exclamativas e nas 
orações optativas (orações que exprimem um 
desejo):
Quem te disse que ele não viria? (oração iniciada 
por palavra interrogativa)
Quando me custa dizer a verdade! (oração inicia-
da por palavra exclamativa)
Deus te proteja. (oração optativa)
Mesóclise
A mesóclise só poderá ocorrer com verbos no fu-
turo do presente ou no futuro do pretérito, des-
de que não haja algum fator de próclise.
Convidar-me-ão para a festividade de estréia da 
nova série televisiva.
Convidar-te-ia para viajar comigo, caso fosse pos-
sível.
Caso o verbo no futuro do presente ou no futuro 
do pretérito do indicativo venha precedido por 
pronome pessoal reto, ou de alguma palavra que 
exija a próclise, está será de rigor.
Eles me convidarão para a festividade de estreia 
da nova série televisiva.
Não me convidarão para a festividade de estreia 
da nova série televisiva.
Sempre te convidaria para viajar comigo, caso 
fosse possível.
Eu te convidaria para viajar comigo, caso fosse 
possível.
Colocação dos pronomes oblíquos átonos nas 
locuções verbais
Com locuções em que o verbo principal ocorre no 
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ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
infinitivo ou no gerúndio:
a) Se a locução verbal não vier precedida de um 
fator de próclise, o pronome átono poderá ficar 
depois do verbo auxiliar ou depois do verbo prin-
cipal:
Devo-lhe cantar uma música
Devo cantar-lhe uma música
Estava-lhe dizendo a verdade
Estava dizendo-lhe a verdade
b) Havendo fator de próclise, o pronome átono 
ficará antes do verbo auxiliar ou depois do prin-
cipal:
Não lhe devo dizer a verdade.
Não devo dizer-lhe a verdade.
Não lhe estava dizendo a verdade.
Não estava dizendo-lhe a verdade.
Com locuções em que o verbo principal ocorre no 
particípio:
a) Se não houver fator de próclise, o pronome 
átono ficará depois do verbo auxiliar:
Havia-lhe dito a verdade.
b) Se houver fator de próclise, o pronome átono 
deverá ficar antes do verbo auxiliar:
Não lhe havia dito a verdade
Ênclise
De acordo com a gramática normativa, a posição 
adequada dos pronomes átonos é depois do ver-
bo, desde que não haja condições para a próclise 
ou para a mesóclise.
Assim sendo, a ênclise é obrigatória:
a) Com o verbo no inicio do período, desde que 
não esteja no futuro do indicativo:
Comenta-se que ele recebeu o prêmio.
Lembram-me pormenores daquela noite sem 
graça.
b) Com verbo no imperativo afirmativo:
Alunos, apresentem-se já ao diretor.
Amigos, digam-me somente a verdade.
c) Com o verbo no gerúndio, desde que não este-
ja precedido da preposição em:
Modificou a frase, tornando-a ambígua.
Puseram-na de castigo para depois poder bei-
já-la, consolando-a.
d) Com o verbo no infinitivo pessoal regido por 
preposição a:
Leia atentamente as questões antes de re-
solvê-las.
Aspirava com ânsia, como se aquele ambiente 
tépido não bastasse a saciá-lo.
e) Em orações interrogativas iniciadas por pala-
vras interrogativas, com verbo no infinitivo imp-
essoal:
Por que maltratar-me agora?
Como convencer-te do meu apreço?
1.4 – Ortografia
Emprego das letras K, W e Y
Utilizam-se nos seguintes casos:
a) Em antropônimos originários de outras línguas 
e seus derivados.
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; 
Taylor, taylorista.
b) Em topônimos originários de outras línguas e 
seus derivados.
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras ad-
otadas como unidades de medida de curso inter-
nacional.
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ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilogra-
ma), km (quilômetro), Watt.
EMPREGO DO X E DO Ch
Emprega-se o X:
1) Após um ditongo.
Exemplos: caixa, frouxo, peixe
Exceção: recauchutar e seus derivados
2) Após a sílaba inicial “en”.
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem 
o prefixo “en-”
Exemplos: encharcar (de charco), enchiquei-
rar (de chiqueiro), encher e seus derivados (en-
chente, enchimento, preencher...)
3) Após a sílaba inicial “me-”.
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão
Exceção: mecha
4) Em vocábulos de origem indígena ou africana 
e nas palavras inglesas aportuguesadas.
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, 
xampu
5) Nas seguintes palavras:
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, 
lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, 
xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc.
Emprega-se o dígrafo Ch:
1) Nos seguintes vocábulos:
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chi-
marrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, facha-
da, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, 
salsicha, tchau, etc.
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, 
a grafia considerada correta é aquela que ocorre 
de acordo com a origem da palavra. Veja os ex-
emplos:
gesso: Origina-se do grego gypsos
jipe: Origina-se do inglês jeep.
Emprega-se o G:
1) Nos substantivos terminados em -agem, 
-igem, -ugem
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, 
ferrugem
Exceção: pajem
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, 
-ógio, -úgio
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, 
refúgio
3) Nas palavras derivadas de outras que se gra-
fam com g
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de 
massagem), vertiginoso (de vertigem)
4) Nos seguintes vocábulos:
Exemplos: algema, auge, bege, estrangeiro, ge-
ada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, 
megera, monge, rabugento, vagem.
Emprega-se o J:
1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou 
-jear
Exemplos:
arranjar: arranjo, arranje, arranjem
despejar: despejo, despeje, despejem
gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando
enferrujar: enferruje, enferrujem
viajar: viajo, viaje, viajem
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe 
ou exótica
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, man-
jericão, Moji
3) Nas palavras derivadas de outras que já apre-
sentam j
Exemplos: laranja- laranjeira, loja- lojista, lisonja 
- lisonjeador, nojonojeira, cereja- cerejeira, vare-
jo- varejista, rijo- enrijecer, jeito- ajeitar
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ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
4) Nos seguintes vocábulos:
berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, 
jejum, laje, traje, pegajento
Emprego dasLetras S e Z
Emprega-se o S:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apre-
sentam s no radical
Exemplos: análise- analisar, catálise- catal-
isador, casa- casinha, casebre, liso- alisar
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacional-
idade, título ou origem
Exemplos: burguês- burguesa, inglês- in-
glesa, chinês- chinesa, milanês- milanesa
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, 
-oso e -osa
Exemplos: catarinense, gostoso- gostosa, amo-
roso- amorosa, palmeirense, gasoso- gasosa, tei-
moso- teimosa
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa
Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profeti-
sa, sacerdotisa,
glicose, metamorfose, virose
5) Após ditongos
Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem 
como em seus derivados
Exemplos:
pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pu-
sesse, puséssemos, quis, quisemos, 
quiseram, quiser, quisera, quiséssemos, repus, 
repusera, repusesse, repuséssemos
7) Nos seguintes nomes próprios personativos:
Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Res-
ende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás
8) Nos seguintes vocábulos:
abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, corte-
sia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, 
maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, 
presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, 
tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc.
1.5 – Concordância Verbal e Nominal
A regra básica da concordância verbal é o verbo 
concordar em número (singular ou plural) e pes-
soa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito da frase.
Sujeito simples – o verbo concordará com ele em 
número e pessoa.
Ex.: O artista excursionará por várias cidades do 
interior.
Sujeito composto – em regra geral, o verbo vai 
para o plural.
Ex.: Sua avareza e seu egoísmo fizeram com que 
todos o bandonassem. 
Se o sujeito vier depois do verbo, concorda com 
o núcleo mais próximo, ou vai para o plural. Ex.: 
“Ainda reinavam (ou reinava) a confusão e a 
tristeza” (Dinah S. de Queiroz). Se o sujeito vier 
composto por pronomes pessoais diferentes – o 
verbo concordará conforme a prioridade gramat-
ical das pessoas. Ex.: Eu e você somos pessoas 
responsáveis. 
Atenção! Tu e ela estudais / estudam. A segunda 
forma é mais usada atualmente.
3. Expressões não só...mas também, tanto/
quanto que relacionam sujeitos compostos per-
mitem a concordância do verbo no singular ou no 
plural.
Ex.: Tanto o rapaz quanto o amigo obtiveram/ob-
teve nota máxima na redação do ENEM.
4. Sujeito composto ligado por ou: - indicando 
exclusão, ou sinonímia – o verbo fica no singular.
Ex.: Maria ou Joana será representante.
- indicando inclusão, ou antonímia – o verbo fica 
no plural.
Ex.: O amor ou o ódio estão presentes.
- indicando retificação – o verbo concorda com o 
núcleo mais próximo.
20
ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
Ex.: O aluno ou os alunos cuidarão da exposição.
5. Quando o sujeito é representado por ex-
pressões como a maioria de, a maior parte de e 
um nome no plural, o verbo concorda no singu-
lar (realçando o todo) ou no plural (destacando a 
ação dos indivíduos). 
Ex.: A maioria dos jovens quer as reformas. (ou) A 
maioria dos jovens querem as
reformas.
6. Não sou daqueles que recusa / recusam as 
obrigações. Nesse caso, o referente
do pronome relativo que é daqueles, a regra fun-
damental de concordância com o sujeito deverá 
levar o verbo para a 3ª pessoa do plural. Entre-
tanto, também é aceito quando refletimos em 
uma concordância com um daqueles que.
7. Verbo ser + pronome pessoal + que – o verbo 
concorda com o pronome pessoal.
Ex.: Sou eu que executo a obra. Seremos nós que 
executaremos a obra.
Verbo ser + pronome pessoal + quem – o verbo 
concorda com o
pronome pessoal ou fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Sou eu quem inicio a leitura. Sou eu quem 
inicia a leitura.
8. Nomes próprios locativos ou intitulativos – 
se precedidos de artigo plural, o verbo irá para o 
plural; não sendo assim, irá para o singular.
Ex.: Os Estados Unidos reforçam as suas bases.
Minas Gerais progride muito.
9. Pronome relativo antecedido da expressão 
“um dos”, “uma das” – verbo na 3ª pessoa do 
singular ou do plural.
Ex.: Ela é uma das que mais impressiona (ou im-
pressionam).
Quando apresenta uma ideia de seletividade, fica 
obrigatoriamente no singular.
Ex.: Aquela é uma das peças de Nelson Rodrigues 
que hoje se apresentará neste teatro.
10. Concordância do verbo ser:
a) sujeito nome de coisa ou um dos pronomes 
nada, tudo, isso ou aquilo + verbo ser + PREDIC-
ATIVO no plural: verbo no singular ou no plural 
(mais comum).
Ex.: “A pátria não é ninguém: são todos.” (Rui 
Barbosa)
b) NAS ORAÇÕES INTERROGATIVAS iniciadas pe-
los pronomes quem, que, o que– verbo ser con-
corda com o nome ou pronome que vem depois.
Ex.: Quem eram os culpados?
c) 1º TERMO – SUJEITO = substantivo; 2º termo 
= pronome pessoal, 
o verbo concorda com o pronome pessoal.
Ex: Os defensores somos nós.
d) Nas expressões é muito, é pouco, é mais de, é 
tanto, é bastante +
determinação de preço, medida ou quantidade: 
verbo no singular.
Ex.: Dez reais é quase nada.
e) Indicando hora, data ou distância – o verbo 
concorda com o predicativo.
Ex.: São três horas. Hoje são 15 de fevereiro.
11. PASSIVO – NA VOZ PASSIVA SINTÉTICA, com 
o pronome apassivador SE, o verbo concorda 
com o sujeito paciente (que é um aparente ob-
jeto direto).
Ex.: Escutavam-se vozes.
INDETERMINADO – com o pronome indetermi-
nador do sujeito, o verbo fica na 3ª pessoa do 
singular.
Ex.: Precisa-se de operários.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
As relações que as palavras estabelecem com 
o substantivo que as rege constitui o que em 
gramática se chama de sintagma nominal. Essa 
relação caracteriza os casos de concordância 
nominal.
21
ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
1. Concordância de gênero e número entre o 
núcleo nominal e os artigos que o precedem, os 
pronomes indefinidos variáveis, os demonstra-
tivos, os possessivos, os numerais cardinais e os 
adjetivos.
Ex.: Um luar claro e belíssimo.
2. Concordância do adjetivo com dois ou mais 
substantivos
a) Substantivos do mesmo gênero, o adjetivo irá 
para o plural desse gênero ou concordará com o 
mais próximo (concordância atrativa).
Ex.: Bondade e alegria raras ou rara.
b) Substantivos de gêneros diferentes, o adjetivo 
irá para o masculino plural ou concordará com o 
mais próximo.
Ex.: Atitude e caráter apropriados ou apropriado.
c) Adjetivo anteposto aos substantivos, nos dois 
casos acima, a norma geral é que ele concorde 
com o substantivo mais próximo.
Ex.: Mantenha desligadas as lâmpadas e os elet-
rodomésticos.
d) Substantivos com sentido equivalente ou ex-
pressam gradação, o adjetivo concorda com o 
mais próximo.
Ex.: Revelava pura alma e espírito.
CASOS PARTICULARES
1. POSSÍVEL
a) precedido de o mais,o menor, o melhor, o pior 
– singular;
b) precedido de os mais, os menores, os mel-
hores, os piores – plural.
Ex.: Estampas o mais possível claras. / Estampas 
as mais claras possíveis.
2. ANEXO / INCLUSO – adjetivos, concor-
dam com o substantivo a que se referem.
Ex.: Envio-lhe anexos / inclusos os documentos. 
(em anexo, junto a são invariáveis)
3. LESO (adjetivo = lesado, prejudicado) concorda 
com o substantivo com o qual forma uma com-
posição.
Ex.: Cometeu crime de lesa-pátria.
4. PREDICATIVO
a) substantivo com sentido indeterminado (sem 
artigo) – adjetivo no masculino.
Ex.: É proibido entrada;
b) substantivo com sentido determinado (com 
artigo) – adjetivo concorda com o substantivo. 
Ex.: É necessária muita cautela.
5. MEIO – numeral = metade (variável)
Ex.: Falou meias verdades.
Advérbio = parcialmente (variável).
Ex.: Encontrava-se meio fatigada.
6. MUITO, POUCO, BASTANTE, TANTO – PRO-
NOMES – (variáveis).
Ex.: Li bastantes livros. ADVÉRBIOS(invariáveis).
Ex.: Estavam bastante felizes.
7. SÓ – adjetivo = sozinho (variável).
Ex.: Eles se sentiam sós. Palavra denotativa de ex-
clusão (invariável).
Ex.: Só os alunos compareceram à reunião (= so-
mente).
8. PSEUDO, ALERTA, SALVO, EXCETO – são pala-
vras invariáveis.
Ex.: Ela é pseudo-administradora, por isso fique-
mos sempre alerta.
9. QUITE = LIVRE – concorda com aquele a que 
se refere.
Ex.: Estamos quites com a mensalidade.
10. OBRIGADO, MESMO, PRÓPRIO – concordam 
com o gênero e número da pessoa a que se ref-
erem.
Ex.: Ela disse:
- Muito obrigada, eu mesma cuidarei do assunto.
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1.6 - Regência Verbal e Nominal
Regência verbal é a relação de subordinação que 
ocorre entre um verbo e seus complementos.
Há pouco tempo foi exibido na televisão um 
anúncio cujo texto dizia:
“… a marca que o mundo confia.”
Acontece que quem confia, “confia em”. Logo, o 
correto seria dizer:
“… a marca em que o mundo confia.”
As pessoas falam “A rua que eu moro”, “Os países 
que eu fui”, “A comida que eu mais gosto”. O 
correto seria dizer “A rua em que moro” (quem 
mora, mora em...), “Os países a que fui” (quem 
vai, vai a...), “A comida de que mais gosto” (quem 
gosta, gosta de...).
O problema também está presente em uma letra 
da dupla Roberto e Erasmo Carlos, “Emoções”.
“… são tantas já vividas são momentos que eu 
não me esqueci…”
Se eu me esqueci, eu “me esqueci de”. Quem 
esquece, “esquece algo”. Quem se esquece, 
“esquece-se de algo”. Logo, o correto seria “são 
momentos de que não me esqueci.” Pode-se, 
também, eliminar a preposição de e o pronome 
me. Ficaria “são momentos que eu não esqueci”.
Em um jornal de grande circulação o texto de 
uma campanha afirmava: 
“A gente nunca esquece do aniversário de um 
amigo.”
O que poderia ser corretamente escrito das 
seguintes formas:
“A gente nunca esquece o aniversário de um ami-
go.”
(quem esquece, esquece algo)
“A gente nunca se esquece do aniversário de um 
amigo.”
(quem se esquece, esquece-se de...)
VERBOS INTRANSITIVOS
São os verbos que não necessitam ser completa-
dos. Sozinhos, indicam a ação ou o fato.
Comparecer, Chegar, Ir, Vir, Voltar, Cair e Di-
rigir-se:
Estes verbos aparentam ter complemento, por 
exemplo, “Quem vai, vai a algum lugar”. Porém 
a indicação de lugar é circunstância, não com-
plementação. Classificamos este complemento 
como Adjunto Adverbial de Lugar. É importante 
observar que a regência destes verbos exige a 
preposição a na indicação de destino e de na in-
dicação de procedência. Só se usa a preposição 
em na indicação de meio, instrumento.
Irei em Santiago de Cuba; (errado)
Irei a Santiago de Cuba;
Vou em São Paulo; (errado)
Vou a São Paulo;
Muitos não compareceram na prova do Enem; 
(errado)
Muitos não compareceram à prova do Enem;
Jesus dirigiu-se aos apóstolos andando sobre o 
mar;
A comida caiu no chão; (errado)
A comida caiu ao chão;
Você caiu do céu;
Voltei de lá;
Cheguei de Curitiba há meia hora;
OBS: O fenômeno denominado crase também 
ocorrerá quando houver um verbo intransitivo 
regendo a preposição a, seguido de um substan-
tivo feminino, que exija o artigo a, como no ter-
ceiro exemplo acima.
Morar, Residir e Situar-se:
São intransitivos mas costumam estar acom-
panhados de adjunto adverbial, regendo a prep-
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osição em.
Moro / Resido em Londrina;
Minha casa situa-se no Jardim Petrópolis;
Não utilize a preposição a para logradouros.
Minha casa situa-se à rua Pero Vaz; (errado)
Moro a cem metros da estrada;
Deitar-se e Levantar-se:
Deito-me às 22h e levanto-me bem cedo.
Verbos Transitivos Diretos
São verbos que indicam que o sujeito pratica a 
ação, sofrida por outro termo, denominado <ob-
jeto direto>. Por essa razão, uma das maneiras 
mais fáceis de analisar se um verbo é transiti-
vo direto é passar a oração para a voz passiva, 
pois somente verbo transitivo direto admite tal 
transformação, além dos verbos (des)obedecer, 
pagar, perdoar, aludir, apelar, responder, as-
sistir(ver), que admitem a passiva mesmo não 
sendo VTD. (Motivo: eram diretos antigamente.) 
O objeto direto pode ser representado por 
um substantivo, palavra substantivada, oração 
(oração subordinada substantiva objetiva dire-
ta) ou pronome oblíquo. Uma vez que pronomes 
oblíquos tônicos (mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, 
eles, elas) só são usados com preposição, quan-
do estes representam objeto direto, tem-se um 
objeto direto preposicionado.
Vamos à lista, então, dos mais importantes ver-
bos transitivos diretos:
Desfrutar e Usufruir:
São VTD, apesar de serem muito usados com a 
preposição de.
Desfrutei os bens deixados por meu pai.
Pagam o preço do progresso aqueles que menos 
o usufruem.
Desfrutaremos da aposentadoria na velhice.
Compartilhar:
É VTD, apesar de ser muito usado com a prep-
osição de.
Berenice compartilhou o meu sofrimento.
Compartilharam de tudo durante a vida.
Verbos Transitivos Indiretos
São verbos que se ligam ao complemento por 
meio de uma preposição. O complemento é de-
nominado <objeto indireto>. O objeto indireto 
pode ser representado por substantivo, palavra 
substantivada, oração (oração subordinada sub-
stantiva objetiva indireta) ou pronome oblíquo.
OBS: Estes verbos admitem os pronomes lhe, 
lhes como objeto indireto;
alguns, porém, não.
Obedeceu ao chefe => Obedeceu a ele => Obe-
deceu-lhe.
Mas há exceções: assistir, aludir, referir-se, as-
pirar, recorrer, depender. Os gramáticos não 
trazem as razões históricas para esse modo pe-
culiar de construção de alguns verbos. Nem pre-
cisariam fazê-lo, assim como não precisam justi-
ficar o motivo de um determinado verbo ser hoje 
transitivo direto e outro, transitivo indireto. Às 
vezes, os verbos são sinônimos, mas apresentam 
diferentes transitividades. Em verdade, a função 
primordial da Gramática não é fixar regras im-
positivas de cima para baixo, mas sistematizar os 
fatos e as condutas que encontra na língua como 
manifestação.
Assistir(ver), Aspirar, Visar, Aludir, Referir-se (a):
Todos falam desse filme, mas eu não assiti a ele 
ainda.
Constar (de, em):
Quando se usa o verbo constar com o sentido 
de “estar escrito, registrado ou mencionado” ou 
“fazer parte, incluir-se”, as preposições – de e em 
– são corretas :
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Seu nome consta da lista de aprovados.
Consta nos autos que...
Consta dos autos que...
Vou fazer constar o incidente em meu relatório.
Já quando constar tem o significado de “ser 
composto, constituído ou formado; consistir em 
algo”, usa-se apenas a preposição de:
A casa consta de partes grandes e arejadas.
Seu relatório constava de 50 páginas.
Obedecer e Desobedecer (a):
Obedeço a todas as regras da empresa.
Revidar (a):
Ele revidou ao ataque instintivamente.
Responder (a):
Responda aos testes com atenção.
Simpatizar e Antipatizar (com):
Não são verbos pronominais, portanto não se 
deve dizer simpatizar-se, nem antipatizar-se.
Sempre simpatizei com ele, mas antipatizo com 
seu irmão.
Sobressair (em):
Não é verbo pronominal, portanto não se deve 
usar sobressair-se.
No colegial, sobressaía em todas as matérias.
Torcer (por, para):
Pode ser também verbo intransitivo. Somente 
neste caso, usa-se com a preposição para, que 
dará início a Oração Subordinada Adverbial de 
Finalidade. Para ficar mais fácil, memorize assim:
Torcer por + substantivo ou pronome.
Torcer para + oração (com verbo).
Estamos torcendo por você.
Estamos torcendo para você conseguir seu inten-
to.
VERBOS BITRANSITIVOS
Também chamados de transitivo diretos e indire-
tos. São os verbos que possuem os dois comple-
mentos - objeto direto e objeto indireto.
Agradecer, Pagar e Perdoar:São VTDI, com a preposição a. O objeto direto 
sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Agradeci a ela o convite.
Paguei a conta ao Banco.
Se o time rival ganhasse, a torcida não perdoaria 
aos jogadores a derrota em casa.
Pedir:
É VTDI, com a preposição a. A frase deve ser sin-
taticamente estruturada assim:
“Quem pede, pede algo a/para alguém”;
“Quem pede, pede que alguém faça algo”;
Pedimos a todos que trouxessem os livros.
Pedimos que todos trouxessem os livros.
É inadequado ao padrão culto da língua:
“Pedir para que alguém faça algo”.
Preferir:
É VTDI, com a preposição a. Não admite ên-
fase, como: mais, muito mais, mil vezes.
Prefiro estar só a ficar mal acompanhado.
Informar, avisar, advertir, certificar, comu-
nicar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir:
São VTDI, admitindo duas construções:
“Quem informa, informa algo a alguém”;
“Quem informa, informa alguém de/sobre algo.”
Informamos aos usuários que não nos responsa-
bilizamos por furtos ou roubos.
Informamos os usuários de que não nos re-
sponsabilizamos por furtos ou roubos.
Regência oscilante / Mais de uma Regência
Aspirar:
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Será VTD, quando significar sorver, absorver.
Como é bom aspirar a brisa da tarde.
Será VTI, com a preposição a, quando significar 
almejar, objetivar.
Aspiramos a uma vaga naquela universidade.
Agradar:
Será VTI, com a preposição a, quando significar 
ser agradável; satisfazer.
Para agradar ao pai, estudou com afinco o ano 
todo.
Será VTD, quando significar acariciar ou conten-
tar.
A garotinha ficou agradando o cachorrinho por 
horas.
Assistir:
Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando 
significar ajudar, prestar assistência.
Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhin-
hos.
Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhin-
hos.
Será VTI com a preposição a quando significar ver 
ou ter direito.
Gosto de assistir aos jogos do Santos.
O descanso semanal remunerado assiste ao tra-
balhador.
Será VI quando implicar morada.
Assisto em Londrina desde que nasci.
O papa assiste no Vaticano.
Chamar:
Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando 
significar dar qualidade.
A qualidade pode vir precedida da preposição de, 
ou não.
Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo)
Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo)
Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo)
Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)
Será VTI com a preposição por quando significar 
invocar.
Chamei por você insistentemente, mas não me 
ouviu.
Será VTD, quando significar convocar.
Chamei todos os sócios para participarem da re-
união.
Será VTDI, com a preposição a, quando significar 
repreender.
Chamei os meninos à atenção, pois conversavam 
na sala de aula.
Chamei-o à atenção.
Obs.: Não confundir com a express]ao sem crase 
“chamar a atenção”, que não significa repreender, 
mas fazer ser notado.
O cartaz chamava a atenção de todos que por ali 
passavam.
Casar:
Será VI quando por si só apresentar sentido com-
pleto.
Eles casaram (ou se casaram – na qualidade de 
pronome reflexivo).
Será VTI quando requisitar um complemento 
regido pelo uso da preposição:
Ele se casou com a melhor amiga.
Será VTDI quando requisitar os dois complemen-
tos:
O vizinho casou sua filha com meu primo.
Custar:
Será VI quando significar ter preço.
Estes sapatos custaram muito.
Será VTDI, com a preposição a, quando significar 
causar trabalho, transtorno.
Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda 
a família.
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Será VTI com a preposição a quando significar ser 
difícil. Nesse caso o verbo custar terá como su-
jeito aquilo que é difícil. A pessoa a quem algo é 
difícil será objeto indireto.
Custou-lhe acreditar em Maria.
Custou a ele acreditar em Maria.
Ele custou a acreditar... (está errado)
Atender:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Atenderam o meu pedido prontamente.
Atenderam ao meu pedido prontamente.
Anteceder:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
A velhice antecede a morte.
A velhice antecede à morte.
Esquecer e Lembrar:
Serão VTD quando não forem pronominais, ou 
seja, quando não forem
acompanhados de pronome oblíquo átono (es-
quecer-se, lembrar-se):
Esqueci que havíamos combinado sair.
Ela não lembrou o meu nome.
Esquecer-se e Lembrar-se:
Serão VTI, com a preposição de, quando forem 
pronominais:
Esqueci-me de que havíamos combinado sair.
Ela lembrou-se do meu nome.
Implicar:
Será VTD, quando significar fazer supor, dar a en-
tender, produzir como consequência, acarretar.
Os precedentes daquele juiz implicam grande 
honestidade.
Suas palavras implicam denúncia contra o depu-
tado.
As despesas extras implicam em gastos 
desnecessários.
Será VTI, com a preposição com, quando signific-
ar antipatizar. Não sei por que o professor implica 
comigo.
Os alunos implicaram com o professor.
Será VTDI, com a preposição em, quando signific-
ar envolver alguém em algo. Implicaram o ad-
vogado em negócios ilícitos.
Ela implicou-se em atos ilícitos.
Namorar:
Apesar de ser muito usado com a preposição 
com, que só deveria ser usada para iniciar adjun-
to adverbial de companhia, será VTD quando pos-
suir os significados de inspirar amor a, galantear, 
cortejar, apaixonar, seduzir, atrair, olhar com in-
sistência, cobiçar.
Joana namorava o filho do delegado.
O mendigo namorava a torta que estava sobre a 
mesa.
Eu estava namorando este cargo há anos.
Pode ser também VI:
Comecei a namorar muito cedo.
Presidir:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Presidir o país.
Presidir ao país.
Proceder:
Será VTI, com a preposição de, quando significar 
derivar-se, originar-se.
Esse mau humor de Pedro procede da educação 
que recebeu.
Será VTI, com a preposição a, quando significar 
dar início.
Os fiscais procederam à prova com atraso.
Será VI quando significar ter fundamento.
Suas palavras não procedem.
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ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
Renunciar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Nunca renuncie seus sonhos.
Nunca renuncie a seus sonhos.
Satisfazer:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Não satisfaça todos os seus desejos.
Não satisfaça a todos os seus desejos.
Abdicar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de, e 
também VI.
O Imperador abdicou o trono.
O Imperador abdicou do trono.
O Imperador abdicou.
Gozar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de.
Ele não goza sua melhor forma física.
Ele não goza de sua melhor forma física.
Atentar:
Pode ser VTD ou VTI, com as preposições em, 
para ou por.
Atente o ouvido.
Deram-se bem os que atentaram nisso.
Não atentes para os elementos supérfluos.
Atente por si, enquanto é tempo.
Cogitar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição em ou de:
Começou a cogitar uma viagem pelo litoral bra-
sileiro.
Hei de cogitar no caso.
O diretor cogitou de demitir-se.
Consentir:
Pode se VTD ou VTI, com a preposição em.
Como o pai desse garoto consente tantos agra-
vos?
Consentimos em que saíssem mais cedo.
Ansiar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por:
Ansiamos dias melhores.
Ansiamos por dias melhores.
Almejar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por, ou 
VTDI, com a preposição a.
Almejamos dias melhores.
Almejamos por dias melhores.
Almejamos dias melhores ao nosso país.
Faltar, Bastar e Restar:
Podem ser VI ou VTI, com a preposição a.
Muitos alunos faltaram hoje.
Três homens faltaram ao trabalho hoje.
Resta aos vestibulandos estudar bastante.
Pisar:
Pode ser VI ou VTD. Quando for VI, admitirá a 
preposição em, iniciando
Adjunto Adverbial de Lugar.
Pisei a grama para poder entrar em casa.
Não pise no tapete, menino!
Prevenir
Pode ser VTD fazendo referência a evitar dano:
A precaução previne acontecimentos inespera-
dos.
Pode serVTDI referindo-se ao ato de avisar com 
antecedência.
Prevenimos os moradores de que haveria corte 
de energia.
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ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
Querer:
Será VTI, com a preposição a, quando significar 
estimar.
Quero aos meus amigos, como aos meus irmãos.
Será VTD, quando significar desejar, ter a in-
tenção ou vontade de, tencionar.
Sempre quis seu bem.
Quero que me digam quem é o culpado.
Visar:
Será VTI, com a preposição a, quando significar 
almejar, objetivar.
Sempre visei a uma vida melhor.
Será VTD, quando significar mirar, ou dar visto.
O atirador visou o alvo, mas errou o tiro.
O gerente visou o cheque do cliente.
Proibir:
Pode ser VTD. Proibir alguma coisa:
A lei brasileira proíbe o aborto.
Pode ser VTDI. Proibir alguém de alguma coisa / 
Proibir alguma coisa a alguém:
O pai proibiu o filho de viajar.
A ANVISA proíbe oferecer prêmios à indústria far-
macêutica.
REGÊNCIA NOMINAL
Regência Nominal é o nome da relação entre um 
substantivo, adjetivo ou advérbio transitivo e seu 
respectivo complemento nominal. Essa relação é 
intermediada por uma preposição.
No estudo da regência nominal, deve-se levar em 
conta que muitos nomes seguem exatamente o 
mesmo regime dos verbos correspondentes.
Conhecer o regime de um verbo significa, nesses 
casos, conhecer o regime dos nomes cognatos.
alheio a, de liberal com
ambicioso de apto a, para
análogo a grato a
bacharel em indeciso em
capacidade de, para natural de
contemporâneo a, 
de
nocivo a
contíguo a paralelo a
curioso a, de propício a
falto de sensível a
incompatível com próximo a, de
inepto para satisfeito com, de, 
em, por
misericordioso com, 
para com
suspeito de
preferível a longe de
propenso a, para perto de
hábil em
Exemplos:
Está alheio a tudo.
Está apto ao trabalho.
Gente ávida por dominar.
Contemporâneo da Revolução Francesa.
É coisa curiosa de ver.
Homem inepto para a matemática.
Era propenso ao magistério.
1.7 - Significado das Palavras
 - resumo (com exercícios). Artigo sobre signifi-
cação das palavras: sinônimos, antônimos, parôn-
imos e homônimos com exemplos e questões ex-
traídos dos principais vestibulares e concursos do 
país.
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
Quanto à significação, as palavras são divididas 
nas seguintes categorias:
SINÔNIMOS
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ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
São palavras diferentes na forma, mas iguais ou 
semelhantes na significação.
Os sinônimos podem ser:
a) perfeitos
b) imperfeitos
Sinônimos das Palavras
Se a significação é igual, o que é raro.
Exemplos:
cara rosto
léxico vocabulário
falecer morrer
escarradeira cuspideira
língua idioma
Sinônimos Imperfeitos
Se semelhantes é o mais comum.
Exemplos:
esperar aguardar
córrego riacho
belo formoso
Antônimos
É quando duas ou mais palavras têm significados 
contrários.
Exemplos:
aberto fechado
sim não
abaixar levantar
nascer morrer
correr parar
sair chegar
belo feio
Polissemia
Polissemia é a propriedade que uma mesma pa-
lavra tem de apresentar mais de um significado 
nos múltiplos contextos em que aparece. Veja al-
guns exemplos de palavras polissêmicas:
Cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da 
vassoura, da faca) banco (instituição comercial fi-
nanceira, assento)
Manga (parte da roupa, fruta)
Homônimos
Vem do grego “homós” que quer dizer: “igual”, 
“ónymon” que significa
“nome”. Apresentam identidade de sons ou de 
forma, mas de significados
diferentes.
As palavras Homônimas podem ser:
a) Homônimos homófonos
b) Homônimos homógrafos
Homônimos Homófonos
São os que têm som igual e significação diferente.
Exemplos:
cerrar (fechar) serrar (cortar)
chá (bebida) xá (soberano do Irã)
cheque (ordem de 
pagamento) 
xeque (lande do jogo 
de xadrez)
concertar (ajustar, 
combinar) 
consertar (corrigir, 
reparar)
coser (costurar) cozer (preparar ali-
mentos)
esperto (inteligente, 
perspicaz) 
experto (experiente, 
perito)
espiar (observar, es-
pionar) 
expiar (reparar falta 
mediante cumpri-
mento de pena)
estrato (camada) extrato (o que se ex-
trai de)
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ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
flagrante (evidente) fragrante (perfuma-
do)
incerto (não certo, 
impreciso) 
inserto (introduzido, 
inserido)
incipiente (principi-
ante) 
insipiente (igno-
rante)
ruço (pardacento, 
grisalho) 
russo (natural da 
Rússia)
tachar (atribuir de-
feito a) 
taxar (fixar taxa)
acender (pôr fogo) ascender (subir)
acento (símbolo 
gráfico) 
assento (lugar em 
que se senta)
apreçar (ajustar o 
preço) 
apressar (formar 
rápido)
bucho (estômago) buxo (arbusto)
caçar (perseguir ani-
mais) 
cassar (tornar sem 
efeito)
cela (pequeno quar-
to) 
sela (arreio)
censo (recensea-
mento) 
senso (entendimen-
to, juízo)
 
Homônimos Homógrafos
São palavras que têm grafia igual e significação 
diferente; devemos notar que as vogais podem 
ter som diferente, bem como pode ser diferente 
o acento da palavra. Sendo que se escrevam com 
as mesmas letras e tenham significação diferente.
Exemplos:
colher (substantivo) colher (verbo)
selo (substantivo) selo (verbo)
sede(residência) sede (vontade de 
beber água)
cará (planta) cara (rosto)
sabia (verbo 
saber)
sabiá (pássa-
ro)
sábia (fem-
inino de 
sábio) 
Observação: As palavras podem ser ao mesmo 
tempo homônimos
homófonos e homônimos homógrafos.
Exemplos:
mato (bosque) mato (verbo)
livre (solto) livre (verbo livrar)
rio (verbo rir) rio (curso de água 
natural)
amo (verbo amar) amo (servo)
canto (ângulo) canto (verbo cantar)
fui (verbo ser) fui (verbo ir)
Parônimos
São quando duas ou mais palavras apresentam 
grafia e pronúncia
parecidas, mas significados diferentes.
Exemplos:
recrear (divertir, 
alegrar) 
recriar (criar nova-
mente)
sortir (abastecer) surtir (produzir efei-
to)
tráfego (trânsito) tráfico (comércio il-
egal)
vadear (atravessar a 
vau) 
vadiar (andar ociosa-
mente)
vultoso (volumoso) vultuoso (atacado de 
congestão na face)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
inflação (alta dos 
preços) 
infração (violação)
infligir (aplicar pena) infringir (violar, des-
respeitar)
mandado (ordem ju-
dicial) 
m a n d a t o 
(procuração)
ratificar (confirmar) retificar (corrigir)
emigrar (deixar um 
país) 
imigrar (entrar num 
país)
eminente (elevado) iminente (prestes a 
ocorrer)
esbaforido (ofe-
gante, apressado) 
espavorido (apav-
orado)
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ESTÁ PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE MATERIAL
estada (permanência 
de pessoas) 
estadia (permanên-
cia de veículos)
fusível (o que funde) fuzil (arma)
absolver (perdoar, 
inocentar) 
absorver (sorver, as-
pirar)
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
cavaleiro (que caval-
ga) 
cavalheiro (homem 
cortês)
comprimento (ex-
tensão) 
cumprimento (sau-
dação)
descrição (ato de de-
screver) 
discrição (reserva, 
prudência)
descriminar (tirar a 
culpa, inocentar) 
discriminar (distin-
guir)
despensa (onde se 
guardam mantimen-
tos) 
dispensa (ato de dis-
pensar)
Formas Variantes
Há palavras que podem ser grafadas de duas ma-
neiras, sendo ambas
aceitas em Português pela norma de língua culta.
Exemplos:
contacto contato caracter caráter
óptica ótica secção seção
cota quota catorze quatorze
cociente quociente cotidiano quociente
Fonte: www.algosobre.com.br/ www.exercici-
osdeportugues.com.brwww. mundovestibular.
com.br
Questões de vestibulares e con-
cursos sobre sinônimos, antôni-
mos , parônimo e homônimos
1) Assinale a única opção em que aparece uma 
palavra que não é sinônima das demais.
a) títere, fantoche, palhaço;
b) vendaval, temporal, ventania;