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CADERNO DIREITO DO CONSUMIDOR

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CADERNO DE DIREITO DO CONSUMIDOR 
Obras Consultadas: Lei 8.078/90 
Manual de Direito do Consumidor. BENJAMIN, Antônio Herman V. Benjamin; MARQUES, 
Cláudia Lima; BESSA, Leonardo Roscoe. 
Garcia, Leonardo de Medeiros. Código de Defesa do Consumidor Comentado: artigo por 
artigo 
 
A Constituição Federal de 1988 adotou como princípio fundamental, estampado no 
art. 5°, XXXII, "a defesa do consumidor". A defesa do consumidor como direito fundamental 
na CF vincula o Estado e todos os demais operadores a aplicar e efetivar a defesa deste 
ente vulnerável, considerado mais fraco na sociedade. 
A defesa do consumidor não é incompatível com a livre iniciativa e o crescimento 
econômico. Ambos estão previstos como princípios da ordem econômica constitucional, de 
acordo com o disposto no art. 170 da CF. Com isso, o Código de Defesa do Consumidor 
procura compatibilizar a defesa do consumidor com a livre iniciativa. 
As normas contidas no CDC são de ordem pública e interesse social, sendo, 
portanto, cogentes e inderrogáveis pela vontade das partes. O Código de Defesa do 
Consumidor tem eficácia supralegal, ou seja, está em um ponto hierárquico intermediário 
entre a Constituição Federal de 1988 e as leis ordinárias. 
Princípios e direitos básicos da Lei no 8.078/90. 
Os princípios do CDC estão no art. 4o e os direitos básicos do consumidor estão 
listados no art. 6o. Mencionam-se abaixo os dispositivos legais com algumas explicações ou 
jurisprudências do STJ. 
Quanto aos ​PRINCÍPIOS​ (art. 4°), tem-se: 
1. reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo (STJ): 
“O ponto de partida do CDC é a afirmação do Princípio da Vulnerabilidade do 
Consumidor, mecanismo que visa a garantir igualdade formal-material aos sujeitos 
da relação jurídica de consumo – Resp 586316. Todo consumidor é vulnerável, mas 
nem todo consumidor é hipossuficiente, característica que depende de análise 
casuística). 
2. ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor. 
3. harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e 
compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de 
desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos 
quais se funda a ordem econômica, sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas 
relações entre consumidores e fornecedores (sobre a boa-fé, é importante conhecer 
o princípio duty to mitigate de loss, reconhecido pelo STJ no REsp 758518, que 
significa o dever anexo do credor de mitigar o próprio prejuízo); 
4. educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e 
deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; 
5. incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade 
e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de 
solução de conflitos de consumo; 
6. coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de 
consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e 
criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam 
causar prejuízos aos consumidores; 
7. racionalização e melhoria dos serviços públicos; 
8. +estudo constante das modificações do mercado de consumo. 
 
Relação jurídica de consumo – Segundo Maria Helena Diniz, citando Del Vecchio: “a 
relação jurídica consiste num vínculo entre pessoas, em razão do qual uma pode pretender 
um bem a que outra é obrigada. Tal relação só existirá quando certas ações dos sujeitos, 
que constituem o âmbito pessoal de determinadas normas, forem relevantes no que atina 
ao caráter deôntico das normas aplicáveis à situação. Só haverá relação jurídica se o 
vínculo entre pessoas estiver normado, isto é, regulado por norma jurídica, que tem por 
escopo protegê-lo” 
Só existe se houver um consumidor e um fornecedor. Toda relação jurídica possui: 
1)​ ​Elementos 
- Sujeito (Consumidor e fornecedor) 
- Objeto (Produto ou serviço) 
- Vínculo Jurídico 
 
 ​2)​ ​Conceitos de consumidor 
 
● Consumidor Padrão Standard (art 2º, CAPUT) Pode ser pessoa natural ou jurídica 
​Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto 
ou serviço como destinatário final. 
● Destinatário final 
 - Teorias de quem é o destinatário final 
· ​Maximalista – Amplia o conceito de consumidor É O DESTINATÁRIO FÁTICO, AQUELE 
QUE ADQUIRE OU UTILIZA O PRODUTO E PÕE FIM A CADEIA DE PRODUÇÃO. 
(Não é a teoria aceita pelo STJ, críticas: a tutela do consumidor é para proteger o 
vulnerável se amplia demais e acaba protegendo quem não precisa.) 
· ​Finalista – Além de retirar o produto do mercado ele não pode utilizar o produto para fins 
profissionais (DESTINATÁRIO ECONÔMICO) Se for para fins profissionais segundo 
esta teoria não é considerado consumidor. 
· ​Finalista Mitigada – Resp 476428/SC Esta é a teoria que prevalece hoje no STJ. Pode 
ser aplicado quando ainda que o destinatário não seja econômico, utilize para fins 
profissionais, se ficar demonstrado vulnerabilidade no caso. Precisa ser destinatário 
FÁTICO. A teoria aceita hoje é do destinatário fático ou econômico (nesse caso para fins 
profissionais desde que fique comprovado sua vulnerabilidade) 
3) Conceito de Fornecedor 
O conceito de fornecedor está previsto no artigo 3o do CDC, que dispõe no seu 
caput que fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou 
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que 
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, 
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de 
serviços. 
O conceito de fornecedor, como se vê, é tremendamente abrangente. Para se 
reconhecer alguém como fornecedor a chave é a expressão “desenvolvem atividade”, ou 
seja, somente será fornecedor quem pratica determinada atividade com habitualidade. Este 
é o elemento que, se ausente, elimina a condição de fornecedor. Se a prestação do serviço 
ou a venda do produto não for atividade profissional do prestador ou vendedor, não há 
relação de consumo. 
Por exemplo, o vendedor de carros profissional é claramente fornecedor, regulado 
pelo CDC (mesmo se informal, empresário irregular); a agência de viagens que vende seu 
próprio carro, contudo, não é fornecedor, sendo por isso a relação regida pelas regras da 
compra e venda do CC (STJ, AGA 150829/DF). 
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou 
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de 
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, 
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
 -​ ​Profissionalidade/Habitualidade 
-​ ​Pode ser: 
·​ ​Pessoa natural (Profissional Liberal) / Jurídica 
·​ ​Nacional ou estrangeira 
· ​Ente Despersonalizado (Espólio, Massa falida, Condomínio, Camelôs, 
Sociedade incomum, sociedade irregular.) 
·​ ​Pública ou Privado 
-​ ​Natureza Econômica da atividade 
-​ ​Fornecedor Equiparado – Estatuto do torcedor (Lei 10671/03 art. 3º) 
Fornecedor equiparado: ampliação do campo de aplicação do CDC, por meio de 
visão alargada doart. 3o do CDC. Segundo Leonardo Bessa, o terceiro intermediário na 
relação de consumo principal, que atua frente a um consumidor como se um fornecedor 
fosse, deve assim ser considerado. Ex.: bancos de dados. 
Art. 3​o Para todos os efeitos legais, equiparam-se a fornecedor, nos termos da Lei n​o 
8.078, de 11 de setembro de 1990, a entidade responsável pela organização da 
competição, bem como a entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo. 
4)​ ​Produto e serviço 
- Artigo 3º parágrafo 1º 
 ​§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
- Artigo 3º, parágrafo 2º 
​§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante 
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, 
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
- Remuneração 
● ​Direita (pagou diretamente pelo produto) 
● Indireta (ex. estacionamento gratuito em shopping, o custo não está no 
estacionamento, mas está diluído na compra dos produtos.) (ex.2. transporte gratuito 
para maiores de 65 anos, há relação de consumo mesmo que não tenha pagado 
pelo transporte, ela não paga, mas outras pessoas estão pagando por ela através de 
impostos. Outros exemplos: facebook, instagram.) 
5)​ ​Serviço Público (Art. 22, CDC) 
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, 
permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a 
fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, 
contínuos. 
 ​- Serviços 
● UTI Singuli (Serviços prestados de forma singular ou individual) 
● UTI Universa (Serviços prestados de forma universal, predomina o 
entendimento que não é uma relação de consumo) 
 - Interrupção do serviço 
 - Continuidade do serviço público 
 - Possível a interrupção (Lei 8987-Art. 6º) 
Por isso, a jurisprudência do STJ segue no sentido de haver necessidade de prévia 
notificação antes da realização de corte de energia elétrica, considerando serviço público 
essencial. 
A aplicação do Código de Defesa do Consumidor não ocorre de maneira 
indiscriminada a todos os usuários dos serviços públicos, porquanto nem todos se inserem 
no conceito de consumidor, vulnerável e destinatário final do produto, como exemplo, 
postos de venda de gás natural canalizado a veículos. A esses somente se aplica o direito 
subjetivo público à efetiva prestação do serviço adequado, previsto no art. 6o da Lei no 
8.987/1995. Obs. as pessoas jurídicas de direito público também podem ser consumidoras. 
Desde que vulneráveis na relação jurídica, pode-se considerar um determinado município, 
estado ou até a União como consumidora. O STJ já analisou a vulnerabilidade de um 
município para concluir pela aplicabilidade ou não do CDC. 
Direitos básicos do consumidor (Art. 6º, CDC) 
São ​DIREITOS BÁSICOS​ do consumidor (art. 6°): 
1. a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no 
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
2. a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, 
asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; 
3. a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com 
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e 
preço, bem como sobre os riscos que apresentem; 
4. a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos 
ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no 
fornecimento de produtos e serviços; 
5. a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as 
tornem excessivamente onerosas (teoria da quebra da base objetiva, que não 
se confunde com a teoria da imprevisão prevista no CC); 
6. a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos e difusos (reparação integral); 
7. o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou 
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, 
assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; 
8. a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, 
a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou 
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências 
(prevalece hoje que se trata de regra de procedimento, para evitar a surpresa, deve 
o juiz, de preferência no saneamento, declarar a inversão do ônus da prova); 
9. a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. 
 
6) Responsabilidade Civil no CDC 
O CDC adota a responsabilidade objetiva do fornecedor (fabricante, produtor, 
construtor e importador). A ocorrência da culpa é irrelevante e sua verificação é 
desnecessária, pois não interfere na responsabilização. Basta ao consumidor demonstrar o 
evento danoso, o dano e o nexo causal. Todavia, o CDC estabelece que os profissionais 
liberais somente respondem mediante a verificação da culpa (art. 14, § 4o). Tal se dá em 
razão de tais profissionais não se comprometerem a alcançar os resultados pretendidos 
pelos clientes, mas sim a usar as melhores técnicas e a diligência regular (obrigação de 
meio). Obs.: nas obrigações de resultado de profissionais liberais, como a cirurgia plástica, 
a responsabilidade continua sendo subjetiva mas há a presunção de culpa, com inversão do 
ônus da prova. 
Responsabilidade por Fato ou Vício 
Requisitos: Conduta (Comissiva ou Omissiva), Dano (Moral, Material), Nexo de Causalidade 
(A relação de causa e efeito) e ​Culpa​. 
Análise comparativa com o CC 
Modalidades: 
1. ​Fato – Acidente de consumo, violação a segurança ou saúde do 
consumidor. 
a. Produto 
b. Serviço 
1. Vício 
a. Produto 
b. Serviço 
·​ ​Regras: Responsabilidade Objetiva e Solidária 
Na responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço (responsabilidade por 
acidentes de consumo) não há, em regra, responsabilidade do comerciante, pois este não 
tem interferência quanto aos aspectos intrínsecos dos produtos que comercializa, porém, o 
comerciante passa a integrar a cadeia de responsabilidade (chamamento subsidiário) nos 
seguintes casos (art. 13, I, II e III): 
a) Quando o fornecedor não puder ser identificado; 
b) Quando o produto for fornecido sem a identificação clara; 
c) Quando não conservar adequadamente produtos perecíveis. 
 
A doutrina (Benjamin) entende que, em todos esses casos há responsabilidade 
solidária do comerciante, pois sua inclusão visa favorecer o consumidor. Exclusão da 
responsabilidade (art. 12 § 3°): 
a) Prova de que o fornecedor não colocou o produto no mercado ou não executou o serviço; 
b) O defeito inexiste: se o dano não decorre do defeito não há obrigação de indenizar; 
c) Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro: é o uso negligente ou anormal do produto. 
A culpa concorrente não exclui a responsabilidade do fornecedor, mas reduz o 
quantum indenizatório. Também o caso fortuito ou a força maior excluem a 
responsabilidade por quebrarem a relação de causalidade entre o defeito e o dano. O CDC 
não trouxe esta hipótese, mas também não a negou, demodo que Benjamin entende não 
ter sido afastado, neste ponto, o sistema tradicional de responsabilização civil. São 
considerados consumidores todas as vítimas do evento, os chamados bystanders, que não 
adquiriram o produto ou serviço, mas foram atingidos por seus defeitos (art. 17). 
Responsabilidade pelo vício do Produto ou Serviço. O vício do produto ou serviço não traz 
potencialidade danosa, mas refere-se a anomalias que afetam a sua funcionalidade. 
Concerne aos produtos e serviços que se revelam inadequados às suas finalidades, porque 
contêm vícios de quantidade ou qualidade. Procura-se resguardar o patrimônio do 
consumidor dos prejuízos relacionados com a falta de conformidade ou qualidade dos 
produtos ou serviços. A responsabilidade por vício é aquela atribuída ao fornecedor por 
anormalidades que, sem causarem riscos à saúde e à segurança do consumidor, afetam a 
funcionalidade do produto ou do serviço nos aspectos qualidade e quantidade, tornando- os 
impróprios ou inadequados ao consumo ou lhes diminuindo o valor. 
 
Não sendo sanado o vício em trinta dias, o consumidor poderá exigir: 
a) Substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; 
b) A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos (redibição); 
c) Abatimento proporcional do preço. Sendo impossível a substituição do produto, o 
consumidor poderá exigir a substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, 
complementando o pagamento ou obtendo restituição da diferença. 
Se o vício referir- se à quantidade o consumidor poderá ainda exigir a 
complementação do peso ou medida (art. 19, II). 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES 
 
(OAB XXVIII) Mara adquiriu, diretamente pelo site da fabricante, o creme depilatório Belle et 
Belle, da empresa Bele Cosméticos Ltda. Antes de iniciar o uso, Mara leu atentamente o 
rótulo e as instruções, essas unicamente voltadas para a forma de aplicação do produto. 
 
Assim que iniciou a aplicação, Mara sentiu queimação na pele e removeu imediatamente o 
produto, mas, ainda assim, sofreu lesões nos locais de aplicação. A adquirente entrou em 
contato com a central de atendimento da fornecedora, que lhe explicou ter sido a reação 
alérgica provocada por uma característica do organismo da consumidora, o que poderia 
acontecer pela própria natureza química do produto. 
 
Não se dando por satisfeita, Mara procurou você como advogado(a), a fim de saber se é 
possível buscar a compensação pelos danos sofridos. 
 
Nesse caso de clara relação de consumo, assinale a opção que apresenta a orientação a 
ser dada a Mara. 
 
a) Poderá ser afastada a responsabilidade civil da fabricante, se esta comprovar que o dano 
decorreu exclusivamente de reação alérgica da consumidora, fator característico daquela 
destinatária final, não havendo, assim, qualquer ilícito praticado pela ré. 
 
b) Existe a hipótese de culpa exclusiva da vítima, na medida em que o CDC descreve que 
os produtos não colocarão em risco a saúde e a segurança do consumidor, excetuando 
aqueles de cuja natureza e fruição sejam extraídas a previsibilidade de riscos perceptíveis 
pelo homem médio. 
 
c) O fornecedor está obrigado, necessariamente, a retirá-lo de circulação, por estar 
presente defeito no produto, sob pena de prática de crime contra o consumidor. 
 
d) Cuida-se de hipótese de violação ao dever de oferecer informações claras ao 
consumidor, na medida em que a periculosidade do uso de produto químico, quando 
composto por substâncias com potenciais alergênicos, deve ser apresentada em destaque 
ao consumidor. 
 
(Não houve erro no manuseio do produto, o que não é caso de excludente da 
responsabilidade do fornecedor (art. 12, §3º, inciso III do CDC).O fornecedor deixou de 
cumprir com sua obrigação com seu dever de informar OSTENSIVAMENTE, principalmente 
por haver potencial reagente químico (art. 9º do CDC + art. 12, §1º, II + art. 6º, inciso III do 
CDC) 
 
(TJGO-2012-FCC): O Código de Defesa do Consumidor estabelece normas de 
defesa e de proteção do consumidor, de ordem pública e de interesse social, 
regulamentando normas constitucionais a respeito. 
R- CERTO art. 1º, CDC. 
 
(MPMG-2018): É possível a incidência do CDC, nas hipóteses em que a parte 
(pessoa física ou jurídica), apesar de não ser a destinatária final do produto ou serviço, 
apresenta-se em situação de vulnerabilidade. 
R - ERRADO art. 2º, CDC. 
 
Exame OAB XXII 1) Alvina, condômina de um edifício residencial, ingressou com 
ação para reparação de danos, aduzindo falha na prestação dos serviços de modernização 
dos elevadores. Narrou ser moradora do 10º andar e que hospedou parentes durante o 
período dos festejos de fim de ano. Alegou que o serviço nos elevadores estava previsto 
para ser concluído em duas semanas, mas atrasou mais de seis semanas, o que implicou 
falta de elevadores durante o período em que recebeu seus hóspedes, fazendo com que 
seus convidados, todos idosos, tivessem que utilizar as escadas, o que gerou transtornos e 
dificuldades, já que os hóspedes deixaram de fazer passeios e outras atividades turísticas 
diante das dificuldades de acesso. Sentindo-se constrangida e tendo que alterar todo o 
planejamento de atividades para o período, Alvina afirmou ter sofrido danos 
extrapatrimoniais decorrentes da mora do fornecedor de serviço, que, ainda que 
regularmente notificado pelo condomínio, quedou-se inerte e não apresentou qualquer 
justificativa que impedisse o cumprimento da obrigação de forma tempestiva. Diante da 
situação apresentada, assinale a afirmativa correta. 
A) Existe relação de consumo apenas entre o condomínio e o fornecedor de serviço, 
não tendo Alvina legitimidade para ingressar com ação indenizatória, por estar excluída da 
cadeia da relação consumerista. 
B) Inexiste relação consumerista na hipótese, e sim relação contratual regida pelo 
Código Civil, tendo a multa contratual pelo atraso na execução do serviço cunho 
indenizatório, que deve servir a todos os condôminos e não a Alvina, individualmente. 
C) Existe relação de consumo, mas não cabe ação individual, e sim a perpetrada por 
todos os condôminos, em litisconsórcio, tendo como objeto apenas a cobrança de multa 
contratual e indenização coletiva. 
D) Existe relação de consumo entre a condômina e o fornecedor, com base da teoria 
finalista, podendo Alvina ingressar individualmente com a ação indenizatória, já que é 
destinatária final e quem sofreu os danos narrados. 
 
EXAME XX – REAPLICAÇÃO SALVADOR-BA 2) Inês, pretendendo fazer pequenos 
reparos e manutenção em sua residência, contrai empréstimo com essa finalidade. Ocorre 
que, desconfiando dos valores pagos nas prestações, procura orientação jurídica e ingressa 
com ação revisional de cédula de crédito bancário, questionando a incidência de juros 
remuneratórios, ao argumento de serem mais altos que a média praticada no mercado. 
Requereu a inversão do ônus da prova e, ao final, a procedência do pedido para determinar 
a declaração de nulidade da cláusula. A respeito desta situação, é correto afirmar que o 
Código de Defesa do Consumidor 
A. não é aplicável na relação jurídica entreInês e a instituição financeira, motivo pelo 
qual o questionamento deve seguir a ótica dos direitos obrigacionais previstos no 
Código Civil, o que inviabiliza a inversão do ônus da prova. 
B. é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, cabível a inversão 
do ônus da prova, se preenchidos os requisitos legais e, em caso de nulidade da 
cláusula, todo contrato será declarado nulo, tendo em vista que prática abusiva é 
questão de ordem pública. 
C. é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, cabível a inversão 
do ônus da prova caso a consumidora comprove preenchimento dos requisitos 
legais, sendo certo que a declaração de nulidade da cláusula não invalida o contrato, 
salvo se importar em ônus excessivo para o consumidor, apesar dos esforços de 
integração. 
D. não é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, motivo pelo 
qual o questionamento orienta-se pela norma especial de direito bancário, em 
prejuízo da inversão do ônus da prova pleiteado, ainda que formalmente estivessem 
cumpridos os requisitos legais. 
 
Exame de Ordem XXV Questão 45 Eloá procurou o renomado Estúdio Max para 
tratamento de restauração dos fios do cabelo, que entendia muito danificados pelo uso de 
químicas capilares. A proposta do profissional empregado do estabelecimento foi a 
aplicação de determinado produto que acabara de chegar ao mercado, da marca 
mundialmente conhecida Ops, que promovia uma amostragem inaugural do produto em 
questão no próprio Estúdio Max. Eloá ficou satisfeita com o resultado da aplicação pelo 
profissional no estabelecimento, mas, nos dias que se seguiram, observou a queda e a 
quebra de muitos fios de cabelo, o que foi aumentando progressivamente. Retornando ao 
Estúdio, o funcionário que a havia atendido informou-lhe que poderia ter ocorrido reação 
química com outro produto utilizado por Eloá anteriormente ao tratamento, levando aos 
efeitos descritos pela consumidora, embora o produto da marca Ops não apontasse 
contraindicações. Eloá procurou você como advogado(a), narrando essa situação. Neste 
caso, assinale a opção que apresenta sua orientação. 
A) Há evidente fato do serviço executado pelo profissional, cabendo ao Estúdio Max 
e ao fabricante do produto da marca Ops, em responsabilidade solidária, 
responderem pelos danos suportados pela consumidora. 
B) Há evidente fato do produto; por esse motivo, a ação judicial poderá ser proposta 
apenas em face da fabricante do produto da marca Ops, não havendo 
responsabilidade solidária do comerciante Estúdio Max. 
C) Há evidente fato do serviço, o que vincula a responsabilidade civil subjetiva 
exclusiva do profissional que sugeriu e aplicou o produto, com base na teoria do 
risco da atividade, excluindo-se a responsabilidade do Estúdio Max. 
D) Há evidente vício do produto, sendo a responsabilidade objetiva decorrente do 
acidente de consumo atribuída ao fabricante do produto da marca Ops e, em caráter 
subsidiário, ao Estúdio Max e ao profissional , e não do profissional que aplicou o 
produto. 
 
OAB XXVI Exame Jonas, médico dermatologista, atende a seus pacientes em um 
consultório particular em sua cidade. Ana Maria, após se consultar com Jonas, passou a 
utilizar uma pomada indicada para o tratamento de micoses, prescrita pelo médico. Em 
decorrência de uma alergia imprevisível, sequer descrita na literatura médica, a pele de Ana 
Maria desenvolveu uma grave reação à pomada, o que acarretou uma mancha 
avermelhada permanente e de grandes proporções em seu antebraço direito. Indignada 
com a lesão estética permanente que sofreu, Ana Maria decidiu ajuizar ação indenizatória 
em face de Jonas. Tomando conhecimento, contudo, de que Jonas havia contratado 
previamente seguro de responsabilidade civil que cobria danos materiais, morais e estéticos 
causados aos seus pacientes, Ana Maria optou por ajuizar a ação apenas em face da 
seguradora. A respeito do caso narrado, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
Provada a ausência de culpa de Jonas, poderia Ana Maria ser indenizada? 
R - Não, art 14 parágrafo 4º CDC 
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a 
verificação de culpa. 
 
OAB – XXVI Exame Dora levou seu cavalo de raça para banho, escovação e 
cuidados específicos nos cascos, a ser realizado pelos profissionais da Hípica X. Algumas 
horas depois de o animal ter sido deixado no local, a fornecedora do serviço entrou em 
contato com Dora para informar-lhe que, durante o tratamento, o cavalo apresentou sinais 
de doença cardíaca. Já era sabido por Dora que os equipamentos utilizados poderiam 
causar estresse no animal. Foi chamado o médico veterinário da própria Hípica X, mas o 
cavalo faleceu no dia seguinte. Dora, que conhecia a pré-existência da doença do animal, 
ingressou com ação judicial em face da Hípica X pleiteando reparação pelos danos morais 
suportados, em decorrência do ocorrido durante o tratamento de higiene. Nesse caso, à luz 
do Código de Defesa do Consumidor (CDC), é correto afirmar que a Hípica X: 
 
A) não poderá ser responsabilizada se provar que a conduta no procedimento de 
higiene foi adequada, seguindo padrões fixados pelos órgãos competentes, e que a 
doença do animal que o levou a óbito era pré-existente ao procedimento de 
higienização do animal. 
B) poderá ser responsabilizada em razão de o evento deflagrador da identificação da 
doença do animal ter ocorrido durante a sua higienização, ainda que se comprove 
ser pré-existente a doença e que tenham sido seguidos os padrões fixados por 
órgãos competentes para o procedimento de higienização, pois o nexo causal resta 
presumido na hipótese. 
C) não poderá ser responsabilizada somente se provar que prestou os primeiros 
socorros, pois a pre-existência da doença não inibiria a responsabilidade civil 
objetiva dos fornecedores do serviço; somente a conduta de chamar atendimento 
médico foi capaz de desconstruir o nexo causal entre o procedimento de higiene e o 
evento do óbito. 
D) poderá ser responsabilizada em solidariedade com o profissional veterinário, pois 
os serviços foram prestados por ambos os fornecedores, em responsabilidade 
objetiva, mesmo que Dora comprove que o procedimento de higienização do cavalo 
tenha potencializado o evento que levou ao óbito do animal, ainda que seguidos os 
padrões estipulados pelos órgãos competentes. 
 
Em razão de falha no sistema de freios de automóvel de sua propriedade, recém 
adquirido e com poucos quilômetros rodados, Fábio atropelou Silas. Nessa situação 
hipotética, Silas pode acionar a montadora do veículo, sob o argumento da ocorrência de 
acidente de consumo, em virtude de ser consumidor por equiparação. 
R - CERTO CDC Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos 
consumidores todas as vítimas do evento. 
 
Determinada concessionária de veículos contratou seguro empresarial visando 
proteger o seu patrimônio, incluindo os automóveis ainda não vendidos, porém sem prever 
a cobertura de risco aos clientes da concessionária. O contrato estabelecia que não haveriacobertura de danos no caso de furto qualificado praticado por terceiros, mas não continha 
nenhuma especificação jurídico do termo “qualificado”. Na vigência desse contrato, a 
empresa foi vítima de furto simples e, após a negativa da seguradora em arcar com a 
indenização, ingressou em juízo contra esta. Nessa situação, de acordo com a teoria 
subjetiva ou finalista, a concessionária não poderia ser considerada consumidora e, 
ademais, foi correta a negativa da seguradora, pois era obrigação da contratante conhecer 
as cláusulas restritivas previstas no contrato. 
R - ERRADO, Teoria Finalista (ou subjetiva): Consumidor será o destinatário fático e 
econômico do produto ou serviço: "destinatário final é quem última a atividade econômica, 
isto é, retira de circulação para consumir, suprindo necessidade ou satisfação própria." 
 
 
(MPSC-2014): O conceito de consumidor não leva em conta o aspecto subjetivo, 
mas tão somente a natureza da posição ocupada em determinada relação jurídica, de modo 
que uma pessoa pode ser considerada consumidor em determinada situação e, no 
momento seguinte, em outra relação jurídica, ser caracterizada como fornecedor. 
R - Certo Artigo 2°, CDC: "Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire 
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final". 
 
(TJPA-2012-CESPE): Considera-se consumidor a pessoa que adquire o produto ou 
o serviço ou, ainda, a que, não o tendo adquirido, utiliza. BL: art. 2º, caput, CDC. 
R - CERTO art. 2º CDC 
 
(TJPR-2012): A teoria finalista aprofundada se concentra em investigar no caso 
concreto a noção de consumidor final imediato e a de vulnerabilidade. 
R - CERTO A corrente finalista interpreta o artigo 2° do CDC como: um conceito 
subjetivo de consumidor. O conceito de consumidor estará vinculado ao aspecto subjetivo 
quando existe uma finalidade no ato de retirada do bem do mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICAS ABUSIVAS (ART. 39, CDC) ​ROL EXEMPLIFICATIVO 
 
Aspectos Iniciais 
Algumas hipóteses 
1. Venda Casada (art. 39,I) STJ - RESP 1331948 (​Liberdade de escolha​) (Venda 
casada as avessas) 
2. Empresa de produto/serviço não solicitado Súmula 532, STJ (Art. 39 § único inciso 
III equiparação a amostra grátis) 
3. Prevalecer da fraqueza - Ignorância do consumidor (Art. 39, IV, CDC) Plano de 
saúde - STJ 
Critérios: Etário/Atuarial 
ps. O critério etário é admitido pelo STJ, não caracteriza prática abusiva 
4. Exigir Vantagem manifestamente excessiva ex: cheque caução 
5. Necessidade de orçamento prévio Art. 39, VI, CDC e Art. 40 CC 
6. Elevar, sem justa causa, o preço de produtos/serviços - Lei 13455/2017 
7. Permitir o ingresso em estabelecimento de um número maior de consumidores que o 
fixado pela autoridade administrativa - Art. 65 § 2º, CDC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES 2° BIMESTRE 
 
Com base no Código de Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa INCORRETA: 
 
A - O fornecedor do produto ou serviço é subsidiariamente responsável pelos atos de seus 
prepostos ou representantes autônomos. 
R - ​Art. 34.CDC O fornecedor do produto ou serviço é ​solidariamente responsável pelos atos 
de seus prepostos ou representantes autônomos. 
 
B - Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de 
reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto. 
 
C - O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando houver 
estado de insolvência da pessoa jurídica provocado por má administração. 
 
D - A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações 
corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, 
qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre 
outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos 
consumidores. 
 
 
Com relação à responsabilidade civil do fornecedor, assinale a alternativa correta: 
 
A - o produto defeituoso é pressuposto do vício de qualidade; 
R - ​O produto defeituoso não tem a ver com vícios, mas com a segurança que oferece ao 
consumidor. 
 
B - o fabricante e o comerciante sempre respondem solidariamente pelo fato do produto 
R - Casos em que o fabricante e o comerciante não respondem: ​art 13, o 
comerciante é responsável quando: I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o 
importador não puderem ser identificados; II - o produto for fornecido sem 
identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; III - não 
conservar adequadamente os produtos perecíveis. 
 
C - a insuficiência ou inadequação de informação sobre a utilização e riscos dos produtos 
enseja a responsabilidade civil do fabricante pelo acidente de consumo; 
RESPOSTA CORRETA - ​art 12. é responsabilidade não só do fabricante, mas do produtor, 
construtor e importador, independente de culpa. Além disso, o art 14 também cita o 
fornecedor. 
 
D - a responsabilidade civil do fornecedor pelo vício do produto ou serviço demanda 
comprovação de culpa; 
R - Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador 
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos 
 
 
E - não há responsabilidade solidária entre os fornecedores pelos danos sofridos pelos 
consumidores. 
R - Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem 
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade 
 
 
Os direitos básicos do consumidor incluem: 
 
informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta 
de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que 
apresentem. 
 
CERTO: Art. 6º III do CDC. São direitos básicos do consumidor: a informação adequada e clara 
sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, 
características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos 
que apresentem; 
O Código de Proteção e Defesa do Consumidor trouxe significativa contribuição à disciplina da 
responsabilidade civil, tanto contratual como extracontratual, ampliando e reforçando sua 
extensão com o objetivo de proteger o consumidor contra vícios ou defeitos de produtos e 
serviços oferecidos no mercado. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta. 
A - Os produtos oferecidos no mercado não poderão oferecer riscos à vida, à saúde e à 
segurança do consumidor, sob pena de ocasionarem a responsabilidade do fornecedor. 
R- Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à 
saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em 
decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, 
a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. 
B - As sanções por vícios de qualidade nos produtos objetivam resguardar o consumidor ​de 
falhas ocultas do produto ou do serviço, conferindo-lhe prazo de reclamação que se inicia na 
data em que for evidenciado o defeito. 
R - Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem 
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou 
inadequados ao consumo a que se destinamou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles 
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, 
rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, 
podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. 
C - A responsabilidade por informações falsas ou inexatas, no conteúdo da embalagem de 
produto, referentes ao seu conteúdo líquido, limita-se ao fabricante e não atinge os demais 
fornecedores, em razão da impossibilidade objetiva de causarem ou conhecerem tal vício. 
 
D - Nas compras fora do estabelecimento do fornecedor, a remessa de bens em quantidade 
inferior ao acordado e pago pelo consumidor caracterizará vício de quantidade nos produtos. 
E - Constatado vício de qualidade no produto que o torne impróprio para consumo, a lei concede 
ao fornecedor a oportunidade de saná-lo no prazo de 30 dias.

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