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UFRB_Armazenamento de água no solo_2

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Lembre-se:
Os apontamentos em sala de aula e os comentários nesse arquivo digital devem ser complementados pela leitura dos livros preconizados e indicados no primeiro dia de aula.
A consulta e crítica às diferentes referências, inclusive ao professor, é o que distingue o futuro profissional bem-sucedido.
Norman Rockwell (‘crítico caipira’)
Em muitos momentos “abriremos parênteses” para outros assuntos dentro do tema principal. Essa tortuosidade não é para complicar. É para reforçarmos e relacionarmos o tema principal com outros assuntos vistos no Passado ou que veremos no Futuro.
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A eventual citação de empresas e instituições nesta apresentação não tem qualquer sentido de marketing, patrocínio ou depreciação...
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Comentários de Aula
Armazenamento da Água no Solo
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Representação do Solo como Reservatório de Água
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Representação do Solo como Reservatório de Água
Portanto, a Disponibilidade Total de Água (DTA) no Solo para uma espécie vegetal é computada entre os limites da CC e do PMP.
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Representação do Solo como Reservatório de Água
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Foi definido até aqui que ƟCC e ƟPMP são os limites agrícolas da disponibilidade de água no solo...
Mas, o que é ƟCC e ƟPMP?
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Capacidade de Campo
ƟCC é o nível de umidade do solo que representa a máxima retenção de água nos microporos. 
Assim, logo após cessada a drenagem de uma camada de solo saturado todos os macroporos estarão livres de água e todos os microporos estarão preenchidos com água.
O PROBLEMA É QUE: Esse processo de fim da drenagem e estabelecimento de um nível de umidade (ƟCC) é algo mais teórico/simbólico que real, pois na verdade a drenagem interna no solo pode durar inúmeros dias e é difícil de mensurar... 
Por outro lado, essa visão da ƟCC tem forte sentido didático e para diminuir a subjetividade do conceito, para fins agrícolas e, sobretudo, da irrigação, a ƟCC é frequentemente atrelada a uma energia de retenção correspondente a 10 kPa (solos arenosos) a 33 kPa (solos argilosos).
Mas, nas condições de campo, o valor da tensão na ƟCC pode ser bem diferente. Vários autores citam que no Brasil são comuns valores de ƟCC associados às tensões de 8, 6, 5 kPa.
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Proposta:
Ler o artigo “Redistribuição da água e capacidade de campo em Latossolo Amarelo Distrocoeso”, Magistra, v.26, n.2, p.221-230, 2014.
https://magistraonline.ufrb.edu.br/index.php/magistra/article/viewFile/457/354
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Como Definir a Capacidade de Campo
ƟCC não é uma propriedade físico-hídrica do solo! É sim um conceito arbitrário (sem regra clara e sujeito à subjetividade). 
Isso porque é muito complicado definir o exato momento em que cessa o movimento de drenagem interna da água no solo.
Para solos de textura mais fina e para solos com camadas subsuperficiais de menor permeabilidade, é maior a subjetividade para definir o instante em que o movimento da água é negligenciável. 
Definição da ƟCC
	Estimativa
	Medição
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Como Definir a Capacidade de Campo
	Estimativa com o Método da Curva de Retenção (Método muito usado)
10 kPa para solos arenosos
33 kPa para solos argilosos
Quem define a tensão para solos de textura intermediária?
	Estimativa com o Método do Equivalente em Umidade (Centrífuga)
De rápida resposta, mas pouco preciso
	Medição em Campo (Método Padrão)
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Teste de Campo para Definir a Capacidade de Campo
A melhor forma de definir a ƟCC é no campo!
Procedimento:
	Confinar uma área do solo (2 m de diâmetro; 2 x 2m), usando diques ou outros aparatos
	Umedecer o solo abundantemente até 1,5 m de profundidade
	Cobrir a superfície do solo para evitar perdas por evapotranspiração
	Avaliar a umidade em intervalos (12 h, por exemplo), em camadas de 1-20 cm até a profundidade Z de interesse
	Ao se perceber que a umidade tenha se tornado mínima, finalizar o monitoramento
	Gerar gráfico da Umidade em função do tempo
	Interpretar* o gráfico para definir a Capacidade de Campo
* Sujeito à subjetividade... Como tornar mais objetivo?
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Situações extraordinárias para o Teste de Campo para Definir a Capacidade de Campo
A ƟCC levantada no campo para um dado solo, associada a uma tensão correspondente lψlcc, pode ser bem distinta da Ɵcc levantada em laboratório quando se submete uma amostra do solo à lψlcc.
Situação 1: Isso pode ser decorrente da presença de um gradiente hidráulico no solo, quando uma camada subsuperficial tem menor permeabilidade, o que leva à maior dificuldade da drenagem natural na camada superficial amostrada. 
Nesse caso: lψlcc campo > lψlcc Laboratório
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Solo Sem Estratificação na Condutividade Hidráulica
Solo com camada superficial mais permeável que a camada subsuperficial
Imaginemos a saturação e livre drenagem nas camadas de 0 – 25 e de 25 a 50 cm, em dois tipos de solo.
Camada de 0 – 25 cm
Camada de 25 – 50 cm
Camada de 0 – 25 cm
Camada de 25 – 50 cm
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http://soilquality.org.au/factsheets/water-availability
Um exemplo de infiltração de água no subsolo em um solo com uma mudança estrutural acentuada. O corante azul indica o fluxo de água através da superfície arenosa e infiltração deficitária na camada argilosa subsuperficial (foto de David Hall, DAFWA).
Isso remete ao fato de que a Ɵ média na camada superficial do solo > ƟCC, mesmo após a drenagem!!!
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Situações extraordinárias para o Teste de Campo para Definir a Capacidade de Campo
Situação 2: 
Quando se instala um sistema de drenagem artificial, objetiva-se retirar do solo a água gravitacional (dos macroporos). Então, partindo de um solo com lençol freático raso, a atuação do sistema deveria deixar o solo em ƟCC. 
Correto?
https://extension.umn.edu/agricultural-drainage/how-agricultural-drainage-works#what-subsurface-drainage-is-1361661CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS
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Em solos nos quais se instala sistema de drenos até uma dada profundidade para rebaixar o lençol freático, a umidade junto aos drenos estará próxima da saturação, mesmo após o término da drenagem.
Ou seja, com os drenos artificiais instalados, por exemplo, a 1,5 m de profundidade não teremos essa altura de solo toda em ƟCC após a drenagem!!!
Somente nos pontos mais próximos à superfície do solo poderemos ter solo em CC.
Isso remete ao fato de que a Ɵ média no perfil do solo > ƟCC, mesmo após a drenagem!!!
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Situação 3: 
Quando se faz cultivo em recipientes e se submete o solo à metodologia da capacidade de campo em campo, ou seja, saturação seguida de drenagem livre no solo envasado, observa-se que:
Ao final do teste, a Ɵ atual média do solo no vaso > ƟCC. 
Isso também se deve ao fato de que mesmo após a drenagem livre, haverá no fundo do vaso uma camada de solo saturada.
Assim tem-se o seguinte tipo de situação:
Um solo cuja ƟCC = 37% nas condições naturais, quando colocado em vaso tem ƟCC = 42%.
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Esse situação leva ao conceito da Capacidade de Container ou Capacidade de Pote, usado em cultivo com solo ou com substrato em recipientes.
A metodologia é a mesma usada no teste da Capacidade de Campo em campo.
Um fato importante para se observar
A altura da camada de saturação que resta no vaso após a livre drenagem é relativamente pouco variável para um mesmo solo/substrato.
Assim, a altura do vaso condiciona a umidade média do solo/substrato na capacidade de container.
Quanto menor a altura do vaso, maior a contribuição da camada saturada...
Vejamos:
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Um dado solo produz uma camada de saturação de 7 cm após livre drenagem em cultivos com os vasos A e B, cujas alturas são de 35 e 70 cm, respectivamente.
A camada de saturação representa maior contribuição para umidade do solo no vaso mais baixo (A).
Logo:
	Ɵ CC Vaso A > Ɵ CC Vaso B 
	ƟCC depende da altura do container
Isso remete ao fato de que a Ɵ média na camada superficial do solo > ƟCC, mesmo após a drenagem!!!
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Situação 4: 
Bernardo et al. (2019) apresentam a situação encontrada em praças esportivas, onde se costuma colocar cerca de 30 cm de solo sobre uma camada de brita.
O objetivo disso é favorecer a drenagem.
Essa prática provoca a manutenção de elevado teor de água na camada do solo, pois, como reportam os autores, a água apenas se moverá do solo para a brita quando a carga de pressão for positiva.
Assim, tem-se:
Solo em saturação junto à brita (tensão de 0 cc)
Solo com tensão de 30 cca junto à superfície do solo (melhor situação)
Solo entre a superfície e a brita terá tensão diminuindo de 30 para 0 cca
30 cca = 30 hPa = 3 kPa
Como a maioria dos solos tem tensão à CC > 5kPa
Comprova-se que na melhor situação da praça, Ɵatual > Ɵ CC
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https://www.bahianoticias.com.br/esportes/vitoria/8585-durante-reforma-do-barradao-vitoria-quer-mandar-jogos-em-pituacu-e-na-arena-fonte-nova.html
http://www.saopaulofc.net/noticias/noticias/morumbi/2011/3/1/morumbi-entenda-a-melhor-drenagem-do-brasil
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http://drenagem-de-solos.blogspot.com/
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Imaginemos uma área de solo sustentada no ar por uma tela.
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Uma vez que se submete o solo à saturação... 
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Passa a haver a drenagem interna e água passa à escoar por debaixo da tela para a atmosfera.
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As camadas mais superficiais passam a ter umidade tendendo à microporosidade total (ƟCC), enquanto as camadas mais subsuperficiais tendem à saturação (Ɵsat).
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Quanto mais próximo da tela maior a umidade do solo.
Rente à tela, o solo está saturado!
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Essa situação é análoga à do vaso, à da praça esportiva com solo sobre camada de brita...
Essas situações não são intrigantes?
Por que justamente perto da tela e da atmosfera o solo torna-se saturado?
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Pensemos nos pontos A, B, C e D...
A: camada mais distante da zona saturada
B: camada intermediária 
C: camada saturada
D: ar livre
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Pensemos nos pontos A, B e C, todos espaçados em 50 cm.
E coloquemos o nível de referência gravitacional na tela...
Todos os ψT são iguais. Portanto, podemos ter:
	Equilíbrio Estático (água parada)
	Equilíbrio Dinâmico (taxa de entrada de água = taxa de saída)
	Ponto	ψg	ψm	ψP	ψT
	A	+100cca	0	0	+100cca
	B	+50cca	0	+50cca	+100cca
	C	0	0	+100cca	+100cca
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O equilíbrio dinâmico pode ser gerado por chuva ou irrigação...
Consideremos que:
	o equilíbrio dinâmico foi quebrado ao finalizar a chuva ou irrigação
	a camada de solo entre A e B está sendo drenada
	em A o solo está quase em CC (tensão de 7 kPa = 70cca)
	em B o solo está sujeito à franja capilar (tensão de 0 kPa) 
	Ponto	ψg	ψm	ψP	ψT
	A	+100cca	-70cca	0	+30cca
	B	+50cca	0	0	+50cca
	C	0	0	+50cca	+50cca
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Passado algum tempo, consideremos que:
	em A o solo está em CC (tensão de 8 kPa = 80cca)
	A zona saturada está mais afastada de B 
	em B o solo está menos sujeito à franja capilar (tensão desenvolvida de 4 kPa = 40cca) 
	a camada saturada tem altura de 20 cm.
Observemos que temos 2 tendênciasde movimento:
Água saindo de A para B (gravidade)
Água saindo de C para B (ascensão capilar)
	Ponto	ψg	ψm	ψP	ψT
	A	+100cca	-80cca	0	+20cca
	B	+50cca	-40cca	0	+10cca
	C	0	0	+20cca	+20cca
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Resultado da Busca pelo Equilíbrio (água convergindo para B):
Como a água tende a sair de A para B por gravidade, a tendência seria saturar mais B, o que geraria água livre e aumentaria o nível da zona saturada.
Por outro lado, à medida que isso ocorre aumenta-se a carga hidráulica (ψP) e a água é drenada, reduzindo o nível da zona saturada.
Quando as forças se equilibram, resulta-se em uma altura de solo saturado relativamente estável.
	Ponto	ψg	ψm	ψP	ψT
	A	+100cca	-80cca	0	+20cca
	B	+50cca	-40cca	0	+10cca
	C	0	0	+20cca	+20cca
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Se os pontos X e C estão com o mesmo ψT, e não há mais entrada de água no sistema, podemos concluir que:
a altura de água livre na zona saturada está em equilíbrio estático. 
Imaginemos agora um ponto X posicionado na superfície do lençol freático.
Portanto, a distância entre X e C representa a altura do lençol freático.
	Ponto	ψg	ψm	ψP	ψT
	A	+100cca	-80cca	0	+20cca
	B	+50cca	-40cca	0	+10cca
	X	+20cca	0	0	+20cca
	C	0	0	+20cca	+20cca
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Obviamente, abaixo da tela temos a Atmosfera, que pode ter uma enorme capacidade de remover água do sistema.
Portanto, a partir do instante de equilíbrio entre os pontos A, B, X e C, restará uma zona saturada de solo, com altura estática (X-C), que só será reduzida à medida que a atmosfera e/ou a cultura consumir água: 
	seja pela evaporação (pontos A e/ou C)
	seja por Transpiração (A, B, X e C).
	Ponto	ψg	ψm	ψP	ψT
	A	+100cca	-80cca	0	+20cca
	B	+50cca	-40cca	0	+10cca
	X	+20cca	0	0	+20cca
	C	0	0	+20cca	+20cca
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Supondo a atmosfera à 90% de UR,
 o ψT AR = - 70.959 cca.
Isso representa uma alta demanda de água!!!
Ainda assim, não causará movimento de água líquida...
A retirada de água se dá na forma de vapor d’água...
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À medida que o solo se satura da superfície até a tela, cria-se uma coluna d’água baseada nas forças de coesão e adesão.
Com o secamento do solo, a camada rente à zona saturada terá maior umidade devido à franja capilar.
A altura de subida da água é condicionada pelo tamanho dos poros e pela gravidade.
Por isso, diferentes tipos de solo condicionam diferentes alturas de camada saturada.
Quanto mais distante da camada saturada, menor a umidade, pois a água só se encontrará em poros de menor calibre.
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Após a livre drenagem, mas mantida uma zona saturada, temos:
Na camada entre A e B, apenas microporos de pequeno calibre estarão contribuindo com uma umidade superior à própria CC que seria observada em condições normais. Daí sua umidade menor em relação às outras camadas.
Na camada entre B e X, microporos de diversos calibres estarão contribuindo com a umidade. Daí sua umidade maior em relação à camada A-B.
Na camada entre X a C, todos os macroporos e microporos estarão contribuindo com a umidade. Umidade máxima (saturação). 
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Obviamente, quanto maior a profundidade/altura do solo, menor o efeito da ascensão capilar.
Assim, quanto maior a profundidade do confinamento do solo (vaso, sistema de brita para drenagem), maior a tendência da umidade superficial, após livre drenagem, torna-se igual à umidade da capacidade de campo em um solo natural sem limitação.
Isso se dá por 2 motivos:
	Menor possibilidade de formação de lençol freático raso, que geraria ascensão capilar.
	Fato da gravidade limitar a altura máxima da ascensão capilar da água tensionada.
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Profundidade da Amostragem x Capacidade de Campo
Considerando a discussão anterior, é importante delinear que a profundidade de amostragem para definir a Capacidade de Campo no campo é muito relevante.
A rigor deve-se amostrar na mesma profundidade em que a cultura será explorada.
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Por que os microporos retém água e os macroporos não?
Falamos anteriormente que quanto menor o tamanho das partículas sólidas do solo maior a capacidade de retenção da água. 
A energia de retenção da água diz respeito às forças de Coesão e Adesão, que condicionam às partículas do solo sua capacidade de Adsorção de água. Essas mesmas forças também condicionam o fenômeno da Capilaridade quando as partículas são arranjadas em poros.
	As forças de Capilaridade predominam nas baixas tensões da água no solo (proximidade da CC).
	As forças de Adsorção predominam nas altas tensões da água no solo (proximidade do PMP).
https://ib.bioninja.com.au/standard-level/topic-2-molecular-biology/22-water/cohesive-and-adhesive-prope.html
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Imaginemos um arranjo de partículas sólidas gerando um poro com diâmetro capilar (microporo).
Pelas forças de adesão (sólido-líquido), moléculas de água são quimicamente conectadas às paredes sólidas desse poro (superfície específica de argila e matéria orgânica coloidal). 
À medida que mais moléculas de água se aglutinam, mantendo-se conectadas pelas forças de coesão (líquido-líquido), passa a ocorrer a movimentação de água pelo poro, caracterizando a energia de retenção.
O movimento pode ser multidirecional, inclusive vertical!!!
O movimento vertical pode ser inclusive ascendente!!!
De fato, quanto menor o diâmetro do microporo, maior a altura de ascensão da água pela Capilaridade. O limite da altura de subida da água pela Capilaridade é imposto quando as forças de adesão-coesão são superada pela força gravitacional.
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Ascenção capilar...
https://www.usgs.gov/media/images/narrower-tube-openings-allow-capillary-action-pull-water-higher
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Imaginemos partículas sólidas quimicamente carregadas (argilominerais e matéria orgânica coloidal) e inicialmente secas...
À medida que se aplica água no solo, moléculas desse líquido passam a ser retidas com elevada energia na superfície dessas partículas.
A partir daí, outras moléculas se aglutinam formando um filme d’água sobre a partícula.
Mais e mais moléculas serão aglutinadas entre si, pelas forças de coesão, gerando a partir do filme d’água primário outros novos filmes...
Quando muitos filmes d’água se sobrepõem, diminui-se a força coesiva.
Então, pela ação da gravidade o excesso de água sobre a partícula se precipita, drenando para as camadas mais subsuperficiais do solo.
Quando toda água sujeita à ação gravitacional estiver drenada, diz-se que o solo está em Capacidade de Campo.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. TalesMiler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS
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Na ƟCC, espera-se que os Macroporos estejam vazios e que todos os Microporos estejam cheios de água.
Um vez cessada a Chuva ou Irrigação, a tendência natural é a diminuição da umidade do solo.
Nesse caso, a água sai do solo inicialmente a partir de onde está retida com menor energia. Ou seja, a água é esgotada incialmente a partir dos microporos de maior diâmetro.
Só depois a água deixa os microporos de menor calibre.
Finalmente, quando a água capilar é desprezível, ainda haverá água retida por adsorção na superfície das partículas (filme d´água primário).
Nesse caso, a água está retida com elevada tensão. 
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Obviamente, o solo em condições naturais não tem poros com um mesmo diâmetro. Também não tem cada poro com um único diâmetro.
Mas, façamos um paralelo dos poros do solo com microtubos capilares de diâmetro constante.
O que acontece quando se coloca microtubos capilares e não-capilares em um recipiente com água? 
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A água entra num microtubos não-capilares e é impelida pela Carga Hidráulica externa até se atingir a mesma altura no nível de água do recipiente.
Isso remete ao Princípio Dos Vasos Comunicantes.
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Em microtubos capilares, a água é impelida pela Carga Hidráulica externa até se atingir a mesma altura no nível de água do recipiente. A partir daí devido às forças de adesão, a água passa a ascender pelas paredes do microtubo. Devido as forças de coesão, a coluna de água também sobe até uma altura máxima h, na qual a ação da gravidade se equilibra com a capilaridade.
h
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Quanto menor o diâmetro do capilar, maior a altura máxima de ascensão h.
h
h
h
h
h
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Com base na equação abaixo, que estabelece a altura h de ascensão da água em tubos capilares, responda as seguintes questões:
	Quais as alturas atingidas pela água em capilares de raio 0,01; 0,001; 0,0001 cm.
	Trace um paralelo entre as alturas de ascensão capilar em microtubos e a energia de retenção da água em um solo em secamento.
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Se ao invés da altura máxima de subida da água, fosse de interesse saber qual a pressão necessária para forçar a descida da água num dado capilar de raio r?
Qual a energia gasta para inverter a subida natural da água no capilar?
Que tipo de equipamento deveríamos empregar para esse estudo?
Lembremos de CCA 005 Física do Solo
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Para forçar a descida, ou seja, para forçar a drenagem da água, em um capilar de raio r cuja altura de subida natural da água é h, devemos aplicar uma carga de pressão equivalente á h.
Quanto menor o raio do capilar, maior a energia necessária para essa drenagem artificial.
Para realizar essa ‘proeza’, são utilizados equipamentos como:
	Mesa de Tensão (0 a 50 kPa)
	Funil de Haines ou Funil de Buchner (0 a 50 kPa)
	Tensiômetro (5 a 80 kPa)
	Células Tempe (0 a 1.000 kPa) 
	Câmara de Pressão ou de Richards (10 a 2.000 kPa)
	Psicrômetro (1.000 a 10.000 kPa)
Baixa Tensão
Alta Tensão
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Mesa de Tensão (0 a 50 kPa)
https://www.soilmoisture.com/LOW-TENSION.15-3/
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Tensiômetro (5 a 80 kPa)
https://www.alphaomega-electronics.com/pt/sensores-e-sondas/2253-swt4-tensiometro-de-suelo-resistente.html?search_query=tensiometro&results=4
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Células Tempe (0 a 1.000 kPa) 
https://www.alphaomega-electronics.com/pt/inicio/4587-stevens-tempe-sistema-de-celulas-usado-para-calibrar-e-validar-a-precisao-do-sensor-de-umidade-do-solo.html
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Câmara de Pressão (10 a 2.000 kPa)
http://www.sondaterra.com/conteudo-6-produtos.xhtml
https://www.soilmoisture.com/LAB-SETUP-1000-1500F2-1600F1-MERCURY-FREE-MANIFOLD-110V-COMPRESSOR/
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Psicrômetro (1.000 a 10.000 kPa)
https://www.researchgate.net/publication/292312151_Field_Methods_for_Monitoring_Soil_Water_Status
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Quando se aplica uma carga h sobre uma amostra de solo, espera-se que todos os microporos com raios capazes de atingir a altura de subida h sejam drenados.
No solo não temos tubos capilares de seção perfeitamente contínua.
Devemos entender que:
Se a carga h drena artificialmente um capilar de raio r1, essa carga drenará todos os demais poros do solo com raio ≥ r1...
Implicações Práticas:
... E é por essa razão que no método da Câmara de Richards são empregadas placas porosas com diferentes porosidades... cada uma capaz de impor uma dada tensão, necessária à construção da Curva Característica do solo.
Isso também explica os diferentes tipos de sensores Irrigás... cada um apto a indicar uma dada tensão crítica para o Manejo da Irrigação.
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Placas Porosas
	50 kPa
	100 kPa
	200 kPa
	300 kPa
	500 kPa
	1500 kPa
https://www.soilmoisture.com/0675-Ceramic-Pressure-Plate-Cells-Series/
Quando se coloca uma amostra de solo em uma placa porosa e se imputa uma pressão de 300 kPa, toda água da amostra do solo tensionada com a placa até uma tensão inferior a 300 kPa sairá do solo, atravessando a placa e sendo drenada. Portanto, ao se pesar a massa do solo com essa umidade, pode-se obter a umidade do solo a uma tensão de 300 kPa.
Na amostra, resta umidade com tensão acima de 300 kPa. Daí se usa outra placa...
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Sensores Irrigás
	15 kPa
	25 kPa
	40 kPa
https://www.hidrosense.com.br/controle-de-irrigacao/sensor-irrigas-basico
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Ponto de Murcha Permanente
ƟPMP é o limite inferior da disponibilidade total da água no solo, para o contexto da agricultura.
https://www.nature.com/scitable/content/water-content-and-water-potential-at-saturation-59719594/
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Ponto de Murcha Permanente
A condição da Murcha Permanente se diferencia da Murcha Temporária que é uma condição muito usual mesmo quando se tem disponibilidade de água no solo.
Diversas espécies, durante as horas de maiordemanda hídrica passam pela condição de Murcha Temporária. 
	Isso pode ocorrer em espécies não adaptadas ou aclimatadas às condições locais de clima-solo-sistema de produção, para as quais a demanda atmosférica é superior à capacidade radicular em absorver água.
	Também pode ocorrer em espécies nativas ou bem aclimatadas quando a umidade do solo é baixa.
Algumas espécies, mesmo estressadas, não exibem murcha temporária. Mesmo a murcha permanente pode ser de difícil detecção (cactáceas, por exemplo), o que pressupõe metodologia especial...
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DOI: https://doi.org/10.21273/HORTSCI.45.11.1597
Weighing Lysimeters for Developing Crop Coefficients and Efficient Irrigation Practices for Vegetable Crops
Observe o horário de maior demanda hídrica...
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DOI: https://doi.org/10.15809/irriga.2006v11n1p26-35 
VARIAÇÃO SAZONAL NA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE PLANTAS JOVENS DE LIMA ÁCIDA ‘TAHITI’ 
Observe o horário de maior demanda hídrica...
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Murcha Temporária: Uma das situações mais marcantes da murcha temporária se dá em cultivos hidropônicos, nos quais não falta água para o sistema radicular. Isso ocorre nos horários de maior demanda atmosférica, quando a capacidade da planta em absorver água é menor que sua perda por transpiração.
Problemas fitossanitários como a infecção radicular por Pythium spp. agravam o murchamento temporário na hidroponia...
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Ponto de Murcha Permanente
À medida que o solo vai secando e a água passa a ser menos frequente nos microporos de maior calibre, a planta precisa dispender mais energia para absorver água, pois em microporos de menor calibre a energia de retenção é maior (ψmatricial é mais negativo; maior é a tensão).
Esse dispêndio de energia resulta em perda de rendimento da cultura!
http://www.canna.com.au/most_occurring_forms_plant_stress
These squash plants are wilting due to drought. As soon as the drought stress is over, wilted leaves are able to recover quickly. However, affected plants will show signs of leaf senescence.
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https://soilmoisture.wordpress.com/2016/08/16/soil-water-status-saturation-field-capacity-and-wilting-point/
Portanto, na fase de secamento do solo, a planta passa por uma murcha temporária durante algumas horas do dia (final da manhã e tarde) e só recupera sua turgescência à noite quando a redução da transpiração permite a redistribuição de água nos tecidos.
Mas, com o agravamento do secamento do solo, a planta pode murchar e não mais recuperar sua turgescência de forma natural durante a noite. À essa condição chama-se de Ponto de Murcha Permanente.
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Ponto de Murcha Permanente
Uma vez nesse estado do PMP, a planta somente recuperará sua turgescência caso haja chuva ou irrigação. Ou seja, o Ponto de Murcha Permanente, assim definido, não representa irreversibilidade total (autores divergem nesse sentido!). Sob o PMP, a planta pode ou não morrer, a depender da entrada de água na zona radicular.
Figura Adaptada de: https://soilmoisture.wordpress.com/2016/08/16/soil-water-status-saturation-field-capacity-and-wilting-point/
O fato é que, uma vez atingido o PMP, os prejuízos fisiológicos são enormes. A cultura não produzirá na quantidade e na qualidade desejadas. Por essa razão, em sistemas irrigados não se pode deixar a umidade do solo se aproximar da ƟPMP.
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Parametrização do Ponto de Murcha Permanente
A condição do Ponto de Murcha Permanente depende muito da tolerância da cultura ao estresse hídrico. Ou seja, cada cultura tem um nível específico de ƟPMP. Cada cultura tolera um ψmatricial específico.
Arquivo NEAS/PPGEA
Por outro lado, foi parametrizado na Agricultura Irrigada que o PMP está associado a um valor fixo de ψmatricial, qual seja, - 15 atm ou -1.500 kPa.
Esse na verdade é o valor do PMP obtido experimentalmente para cultura do girassol.
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A princípio usar um valor fixo de tensão matricial para todas as culturas parece um erro, afinal, diferentes espécies podem ter PMP oscilando entre 5 a 25 atm de tensão matricial. Algumas referência apontam para espécies mais tolerantes até 60 atm.
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/flora/noticia/2014/12/mandioca.html
https://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/como-plantar/noticia/2013/12/como-plantar-tomate.html
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2019/02/25/importacao-de-soja-dos-eua-pela-china-quase-dobra-em-janeiro-ante-dezembro.ghtml
http://g1.globo.com/espirito-santo/agronegocios/noticia/2015/03/safra-de-cana-de-acucar-tem-queda-de-50-devido-seca-no-es.html
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A princípio usar um valor fixo de tensão matricial para todas as culturas parece um erro (...)
Por outro lado, basta observar que na curva de retenção, na faixa das altas tensões, grandes oscilações de tensões geram pequenas variações na umidade do solo. Portanto, a parametrização da tensão matricial a 15 atm é inteligível e aceitável.
Segundo Bernardo et al. (2019):
	Solos Arenosos têm variações pequenas na umidade após tensão de 5 atm.
	Solos Argilosos têm variações pequenas na umidade após 10 atm de tensão.
É assim que, para fins de Projeto de Irrigação, o PMP deixa de ser uma variável relacionada à espécie vegetal cultivada e passa a ser relacionada ao tipo de solo!
Além disso, como será visto posteriormente, a sensibilidade da espécie vegetal ao estresse hídrico é imposta no Projeto de Irrigação mediante o fator de disponibilidade de água para a cultura (ou fator de depleção), que foi historicamente tabelado a partir do PMP parametrizado a 15 atm. Isso de fato corrige o problema conceitual do PMP para fins de irrigação...
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Sugestão de Leitura (além do contexto de CCA 039)
https://doi.org/10.1016/B978-0-12-420022-7.00010-0
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS
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https://www.soilmoisture.com/Complete-Lab-Systems/
Com base em seu conhecimento sobre retenção, responda:
Quais as cores das linhas que representam:
	Solo Arenso
	Solo Argiolo
	Solo Franco Argiloso
	Substrato Orgânico – Turfa?
vírgula é separador de milhar no eixo da tensão...
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https://www.soilmoisture.com/Complete-Lab-Systems/
Com base na Figura ao lado, delimite (hachurando, colorindo), para Solo Arenoso:
	Água Gravitacional (Área Azul)
	Água Capilar (Área Verde)
	Água Higroscópica (Área Vermelha)
vírgula é separador de milhar no eixo da tensão...
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https://www.soilmoisture.com/Complete-Lab-Systems/CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS

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