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atlas de parasitologia

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Taenia sp
Postado por uffadmin em 02/out/2018 - Sem Comentários
 
Ovo – Agente etiológico: Taenia sp.
Ovo arredondado de casca espessa e radiada, com embrião hexacanto em seu interior.
Origem do material: Fezes
 
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Plasmodium falciparum
Postado por uffadmin em 28/out/2017 - Sem Comentários
Agente etiológico: Plasmodium falciparum
Material: Sangue
Hospedeiro: Humano
Gametócito Alongados, em forma de banana e medem certa de 9 a 14 µm de comprimento (variando entre as formas microgametócito e macrogametócito).
Distensão delgada                                          Coloração: Giemsa
 
      
 
 
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Fasciola hepatica
Postado por uffadmin em 23/out/2017 - Sem Comentários
Agente etiológico: Fasciola hepatica
Origem do material: Fezes
Hospedeiro: Ovinos, bovinos, equinos e seres humanos
Forma evolutiva: Ovo
Ovos de tamanho grande (130 a 150 µm de comprimento por 60 a 100 µm de largura), cor amarelada,  forma elíptica, casca fina e opérculo em uma das extremidades. No interior do ovo há uma massa granulosa de células vitelinogênicas e no meio da mesma há uma célula-ovo com o seu núcleo.  O desenvolvimento da larva ocorrerá no ambiente em contato com água.
      
Forma evolutiva: Adulto
Coloração: Carmim
Adulto com tamanho de 2 a 4 cm de comprimento por 1 ou 2 cm de largura. Corpo achatado dorso-ventralmente, superfície de aspecto liso ou enrugado.  Região anterior com  saliência de perfil triangular, presença de ventosa oral na extremidade com  abertura bucal no fundo da cavidade. Ventosa ventral ou acetábulo localizada na altura do terço ou quarto anterior da face ventral. Útero e ovário ramificados no interior e  presença de glândulas vitelínicas na margem lateral e posterior do corpo do helminto. 
 
 
  
  
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Schistosoma mansoni
Postado por uffadmin em 23/out/2017 - Sem Comentários
Agente etiológico: Schistosoma mansoni
Ovo: Ovóide com casca espessa, polo anterior mais delgado e posterior mais volumoso. Presença de espinho ou espículo lateral. Em seu interior possui uma célula embrionária ou miracídeo já formado.
Tamanho: 150 µm a 65 µm
Material: Fezes
Sem coloração
    
 
       
 
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Echinococcus granulosus
Postado por uffadmin em 17/out/2017 - Sem Comentários
Agente etiológico: Echinococcus granulosus
Forma evolutiva: Adulto
Hospedeiro: Canídeos
Helminto com  4 a 8mm de comprimento. Escólex piriforme apresentando rostro musculoso na extremidade  com 30 a 40 ganchos dispostos circularmente em duas fileiras e na porção mais dilatada quatro ventosas.  Colo delgado e curto. Estróbilo formado por  3 ou 4 proglotes.
 
Forma evolutiva: Cisto hidático
Cisto formado por membrana reacional externa formada pelo hospedeiro, anista formada pelo parasito e germinativa do parasito.  Na superfície interna da parede do cisto há pequenas granulações vacuolizadas, chamadas de vesículas prolígeras que dão origem a protoescólex no interior.
As cápsulas e os escólex desprendidos tendem a sedimentar, formando a areia hidática.
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Taenia saginata
Postado por uffadmin em 29/out/2016 - Sem Comentários
Agente etiológico: Taenia saginata
PROGLOTE grávido, geralmente único, sendo mais longo que largo, apresentando útero com 14 a 32 ramificações laterais, com terminações dicotômicas e ovos em seu interior.
Imagens: terminação das ramificações uterinas dicotômicas.
Origem do material: Fezes
Hospedeiro: Humano                                  Coloração: Sem coloração
 
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Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
Postado por uffadmin em 13/out/2016 - Sem Comentários
Agente Etiológico: Complexo Entamoeba histolytica / Entamoeba dispar
CISTO imaturo de forma arredondada, com parede cística delicada, presença de 1 ou mais núcleoscom cariossoma central, corpos cromatóides em forma de bastão ou charuto e ocasionalmente, presença de vacúolo de glicogênio.
Cisto maduro com quatro núcleos e ausência de corpos cromatóides.
Tamanho – 10 a 15 µm
Origem do material: fezes
Hospedeiro: Humano                                        Coloração: Sem coloração
Coloração: Hematoxilina-férrica
 
 
TROFOZOÍTA de forma irregular, com membrana citoplasmática delicada, presença de um núcleo com cariossoma central e puntiforme e. Cromatina periférica formada por grânulos delicados e de distribuição regular. Pode apresentar hemácias dentro de vacúolos.
Tamanho – 12 a 20 µm
Coloração: Kinyon
 
 
 
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Entamoeba coli
Postado por uffadmin em 08/out/2016 - Sem Comentários
Agente etiológico: Entamoeba coli
CISTO maduro de forma arredondada, com parede cística delicada, contendo até 8 núcleos com cariossoma central.
Tamanho:15 a 25 µm
Origem do material: Fezes
Hospedeiro: humano                                    Coloração: Sem coloração
 
 
 
 
TROFOZOÍTA de forma irregular, com membrana citoplasmática delicada, presença de um núcleo com cariossoma excêntrico e grosseiro e cromatina periférica formada por grânulos grosseiros e de distribuição irregular. Apresenta citoplasma com vacúolos gerando o aspecto de “sujo”.
Tamanho: 18 a 28 µm
Coloração: Hematoxilina-férrica
 
 
Ovo de Taenia spp.
Ovo de Hymenolepis diminuta
Macho adulto de Enterobius vermicularis
Adultos de Trichuris trichiura
Ovo de Trichuris trichiura
Ovo de Ancilostomídeo
Adulto de Ascaris lumbricoides
Material completo com mais imagens
A Apostila de Parasitologia tem como objetivo ajudar os estudantes e profissionais no estudo da parasitologia humana, principalmente a parte laboratorial.
Na apostila você encontra informações sobre os principais parasitos humanos, como morfologia, ciclo biológico e diagnóstico laboratorial, além de materiais complementares, como vídeos e imagens.
 A apostila é 100% digital e você pode estudar pelo seu dispositivo móvel, computador e até mesmo imprimi-la.
Valor: R$ 9,99
Pagamento ➡ Aprovação do pagamento ➡ E-mail enviado dentro de ~24 h
Mais detalhes:
Número de páginas: 74
Tamanho do arquivo: 4,07 MB
Formato do arquivo: PDF
Edição: 1ª
Ano: 2019
Idioma: Português
Ovo fértil de Ascaris lumbricoides
Ovo de Schistosoma mansoni
Adultos de Schistosoma mansoni
Cisto de Entamoeba coli
Cisto de Entamoeba histolytica       
Trofozoíto de Giardia lamblia
Tripomastigota de Trypanosoma cruzi
Trofozoíto de Plasmodium sp.
Ancylostoma braziliense
       Helminto nematódeo causador de ancilostomose animal e inflamação cutânea no homem (larva migrans); é próprio de felídeos e canídeos domésticos ou silvestres. Apresenta cápsula bucal que caracteriza-se por apresentar um par de dentes bem desenvolvidos. Os machos apresentam bolsa copuladora.  O adulto mede de 5 a 10 milímetros de comprimento. Ao chegarem no ambiente através das fezes, os ovos (1) tornam-se larvados e, após, liberam as larvas rabditóides (2). Uma vez no solo, a larva rabditóide leva por volta de uma semana para tornar-se filarióide (3) ou infectante. Essa penetra a pele dos animais e, acidentalmente a pele do homem. Nos animais, a infecção ocorre preferencialmente em locais baixos, alagáveis e férteis. Após penetrar a pele dos animais, a  larva atinge a circulação linfática ou vasos sangüíneos, passando pelos pulmões e retornando até a faringe para a deglutição (Ciclo de Looss). O local preferencial de instalação no intestino é no final do duodeno, mas ocasionalmente pode atingir o íleo ou ceco (em infecções maciças), onde torna-se o verme adulto (4). O período pré-patente varia de cinco a sete semanas. Nos animais podem provocar bronquite/alveolite, nos pulmões; no intestino a  hisitiofagia e hematofagia provocam erosão da mucosa, levando a formação de úlceras intestinais, seguindo-se anemia microcítica hipocrômica e também hipoproteinemia. No homem, entretanto, a infecção fica limitada na maioria dos casos à inflamação da pele, chamada de "bicho-geográfico". Raramente ocorre alguma migração tecidual, não causando doença intestinal. O uso de calçados nos locais infestados, assim como o tratamento dos animais parasitados ou a proibição de sua circulação em locais públicos, como praças e praias, reduzem as chances de infecção do homem.
Ancilostomídeo - ovo.
Ancilostomídeo - larva rabditóide.
     
Ancilostomídeo - larvas filarióides.
   
Ancilostomídeo - detalhe da bolsa copuladora.
Ancylostoma duodenale
       É um dos nematódeos causadores da ancilostomose no homem. Seu tamanho varia de 0,8 a 1,3 cm. Quando eliminados nas fezes são avermelhados por causa da hematofagia e histiofagia que fazem no trato gastrintestinal dos hospedeiros. O Ancylostoma duodenale tem bolsa copuladora e cápsula bucal com dois pares de dentes. Os ovos (1) são liberados no ambiente e tornam-se larvados. A larva rabditóide (2) leva por volta de uma semana para tornar-se larva filarióide (3). Essa penetra a pele do homem e o contamina. A infecção ocorre preferencialmente em locais baixos, alagáveis e férteis. A larva atinge a circulação linfática ou vasos sangüíneos, passando pelos pulmões e retornando até a faringe para a deglutição (Ciclo de Looss). O local preferencial de instalação no intestino é no final do duodeno, mas ocasionalmente pode atingir o íleo ou ceco (em infecções maciças), onde torna-se o verme adulto (4). O período pré-patente varia de cinco a sete semanas.
       A penetração da larva causa dermatite, que pode variar de intensidade. Nos pulmões, pode haver bronquite/alveolite. O intestino é acometido pela hisitiofagia e hematofagia dos parasitos. Esta atividade dos vermes adultos pode provocar formação de úlceras intestinais, anemia microcítica e hipocrômica e até hipoproteinemia.
       O uso de calçados, hábitos de higiene corporal, fervura da água a ser ingerida e cuidados na preparação de alimentos são medidas preventivas importantes.
Ancilostomídeo - ovo.
Ancilostomídeo - larva rabditóide.
     
Ancilostomídeo - larvas filarióides.
Ancylostoma duodenale - cápsula bucal com dois pares de dentes.
   
Ancilostomídeo - detalhe da bolsa copuladora.
Ascaris lumbricoides
       É um nematódeo, considerado o mais "cosmopolita" dos parasitos humanos. É a décima sétima causa mundial de morte. O macho adulto (1) pode atingir entre quinze a vinte e cinco centímetros, e a fêmea (2) de vinte a quarenta centímetros. Uma vez fecundadas, as fêmeas produzem ovos (3) que são liberados com as fezes para o ambiente.No ambiente, ocorre a maturação das larvas no interior do ovo. O desenvolvimento da larva completa-se em até três semanas, quando o ovo passa a ser infectante para o homem. Segue-se, então, a  ingestão dos ovos pelo hospedeiro. No interior do intestino, as larvas rompem os ovos e penetram na mucosa, seguindo dois caminhos: circulação sanguínea ou migração visceral, ambos até os pulmões. Nos pulmões provocam lesões que podem causar manifestações respiratórias, além de febre e eosinofilia (Síndrome de Loefller); dos pulmões, as larvas desenvolvidas migram até a orofaringe para a deglutição. No trato gastrointestinal, localizam-se principalmente no jejuno, onde há acasalamento de adultos e ovipostura . O período pré-patente é de cinco a sete semanas.Nos pulmões, ocorre bronquite e pneumonite, acompanhada de infiltração eosinofílica, pela presença das larvas jovens em migração. No TGI, pode haver obstrução, torção intestinal e localizações erráticas, como no apêndice. Os sinais e sintomas incluem os da Síndrome de Loeffler, astenia, prurido e coriza nasal, emagrecimento, dor e aumento do volume abdominal.
       Hábitos de higiene e preparação adequada de alimentos (limpeza, fervura, cozimento) são medidas de prevenção.
Fêmea de Ascaris lumbricoides
    
Ovos fértil e infértil, respectivamente, de Ascaris lumbricoides.
Balantidium coli
 
Introdução
 
Apesar de apresentar distribuição geográfica cosmopolita, ou seja, de ser um protozoário encontrado em todo o mundo, sob variadas condições ecológicas, os casos humanos são observados raramente. Os conhecimentos epidemiológicos sobre esse parasito são escassos e, em vista disso, as recomendações para a prevenção são as mesmas que as usadas para outras parasitíases de disseminação fecal.
 
Biologia do parasito
 
O Balantidium vive no intestino grosso humano, possui cílios e é o maior protozoário que pode parasitar o homem, pois mede 60 a 90 µm de comprimento, por 50 a 60 µm de largura. Além do fato de ser grande, possui dois núcleos, que são chamados de micronúcleo e macronúcleo.
Em geral, o parasito se multiplica na luz intestinal por divisão binária. A multiplicação também leva à produção de cistos, que aparecem em grande número nas fezes formadas, apesar dos trofozoítos também serem eliminados. A contaminação pela ingestão de cistos é a mais usual, visto que são mais resistentes às condições do meio externo.
 
Importância e prevenção
 
O parasito causa a balantidíase, uma infecção que acomete o intestino grosso humano. Os casos humanos se relacionam, em geral, com a presença de porcos infectados. O quadro clínico pode: ser assintomático, ser do tipo crônico ou produzir diarréia ou disenteria (fezes com muco e sangue), sendo que na última situação o quadro é indistinguível daquele produzido pela amebíase. O diagnóstico da balantidíase é feito através da visualização de trofozoítos ou de cistos no exame de fezes ou no tecido coletado durante a endoscopia.
A prevenção se faz através: da higiene adequada das mãos e dos alimentos, do pleno cozimento de alimentos, da fervura ou filtração da água, do tratamento dos doentes e de porcos (possíveis reservatórios do parasito).
Cisto de Balantidium coli
Trofozoíto de Balantidium coli
Forma pré-cística de Balantidium coli.
Culex
Introdução
O gênero Culex engloba mais de 300 espécies, sendo que a maioria habita as regiões tropicais e subtropicais do mundo. No Brasil, é conhecido popularmente como “pernilongo” ou “muriçoca”.
Biologia do parasito
A ovipostura é realizada em recipientes que contenham água limpa ou poluída, dentro ou fora das casas. Os ovos são depositados sobre a água de maneira aglutinada, de modo a formar uma minúscula jangada. De dois a quatro dias após a ovipostura, há a eclosão. A larva apresenta sifão respiratório e se mantém oblíqua à superfície da água. O desenvolvimento larval pode durar de dez a 20 dias. Após esse período surge a pupa, que dentro de um a três dias dá origem ao inseto adulto. O Culex é um mosquito pequeno que tem cor de palha. Suas asas não têm manchas e o seu dorso é pardo-escuro com escamas amarelas. As fêmeas são hematófagas e há muitas espécies antropofílicas. Elas permanecem em repouso durante o dia e começam sua atividade ao crepúsculo. Durante o pouso, o inseto mantém o corpo paralelo à superfície, e a cabeça em ângulo reto. Apresenta várias espécies que buscam casas como local de abrigo habitual, como o Culex quinquefasciatus. Ele possui grande capacidade de vôo, podendo percorrer vários quilômetros de distância.
Importância e prevenção
Durante a hematofagia o inseto causa desconforto, insônia e até irritabilidade, principalmente quando o número de insetos é grande. A picada também pode provocar reações alérgicas oriundas de proteínas e peptídeos presentes na saliva do inseto. Os mosquitos deste gênero podem inocular agentes de importantes doenças infecto-parasitárias como Wuchereria bancrofi, que causa a filaríase linfática, também conhecida como elefantíase. Também estão envolvidas na transmissão de arboviroses como as encefalites virais e a Febre do Oeste do Nilo. Logo, a prevenção ou a eliminação dessa doença está relacionada ao controle do vetor e ao tratamento dos doentes. Assim, é necessário controlar o mosquito com o uso de telas nas portas e janelas, mosquiteiros, inseticidas e repelentes. Qualquer dessas medidas de controle deve ser realizada criteriosamente, para evitar intoxicação humana pelos inseticidas. Outras medidas importantes e de impacto coletivo são o saneamento urbano e a drenagem de banhados. Essas medidas contribuem diretamente no controle do inseto e nas doenças vetoria das pelos mesmos em áreas de maior concentração humana.
 
Culex spp. - Larva. Notar sifão respiratório (seta).
Entamoeba coli
 
Introdução
 
           É uma ameba comensal não patogênica, que vive no intestino grosso humano e se locomove por pseudópodos.
 
Biologia do parasito
 
Tanto os cistos quanto os trofozoítos podem ser encontrados nas fezes, sendo que os primeiros, conforme o grau de desenvolvimento, contêm de um a oito núcleos e, à medida que o número de núcleos aumenta, o diâmetro nuclear e a quantidade de cromatina do cisto reduzem . 
Devido à semelhança existente entre os cistos de E. histolitica e os de E. coli, é preciso fazer o diagnóstico diferencial através da morfologia e do número de núcleos do organismo, entretanto a diferenciação de cistos nem sempre é conclusiva.
 
Patogenia e prevenção
 
É uma ameba comensal, ou seja, não causa doenças.
  
Cisto de Entamoeba coli
 
Trofozoíto de Entamoeba coli
Entamoeba histolytica
 
Introdução
 
Esse protozoário, habitante do intestino grosso humano, pertence ao sub-filo Sarcodina, tendo forma amebóide e locomovendo-se através de pseudópodos. Caracteriza-se por apresentar uma fase de vida comensal, por isso 90% dos casos de amebíase são assintomáticos, entretanto o parasito pode ser tornar patogênico, provocando quadros disentéricos de gravidade variável. A amebíase assintomática costuma ocorrer mais no centro-sul do país, enquanto a sintomática ocorre com mais freqüência na região amazônica.
 
Biologia do parasito
           Seu ciclo evolutivo é monoxeno, ou seja, a Entamoeba histolytica completa seu ciclo em apenas um hospedeiro, e o modo de infecção é fecal-oral, ou seja, o homem se infecta ao ingerir cistos presentes na água ou nos alimentos contaminados. O desencistamento ocorre na porção final do intestino delgado, liberando os trofozoítos que passam a viver como comensais e a reproduzir-se por divisão binária. Através de mecanismos ainda desconhecidos, mas possivelmente relacionados com a ruptura do equilíbrio intestinal (baixa de imunidade local, alteração da flora intestinal, lesões de mucosa, etc.), os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem a parede intestinal, alimentando-se de células da mucosa e de hemácias. Em casos de infecção crônica podem invadir outros órgãos através da circulação sangüínea, especialmente ao fígado.
Os trofozoítos que permanecem no intestino sob a forma comensal reduzem o seu metabolismo, armazenam reservas energéticas e secretam uma parede cística ao seu redor, formando os cistos, que são eliminados através das fezes. Dentro do cisto o parasito realiza divisão binária formando quatro novos indivíduos que desencistam quando chegam ao intestino de um novo hospedeiro. Os cistos podem permanecer viáveis fora do hospedeiro por cerca de 20 dias, caso as condições de temperatura e umidade não sejam adequadas, logo eles são as formas de resistência do parasito no ambiente. Os trofozoítos, entretanto, são lábeis no ambiente.
 
Patogenia e prevenção
 
O ciclo não-patogênico, na luz do intestino grosso, e o ciclo patogênico,  que se realiza na parede intestinal, no fígado e em outros órgãos, podem ocorrer simultaneamente. Coma mucosa intestinal inflamada, o paciente manifesta febre, dor abdominal prolongada, diarréia com posterior disenteria (fezes com muco, pus e sangue), distensão abdominal e flatulência. Em casos mais graves, pode ocorrer anemia, necroses extensas da mucosa, colite ulcerativa, apendicite, perfuração intestinal e peritonite. Os trofozoítos podem chegar a outros órgãos através da circulação, especialmente ao fígado, onde provocam a formação de abcessos e o desenvolvimento de um quadro freqüentemente fatal.
O diagnóstico laboratorial é feito pela visualização de trofozoítos com hemácias fagocitadas, presentes com maior freqüência em fezes diarréicas. O cisto de Entamoeba histolytica é bastante semelhante aos cistos de espécies comensais de Entamoeba sp., e a identificação, feita através da morfologia e do número de núcleos, torna o diagnóstico complexo. Atualmente, a detecção de anticorpos ou antígenos é uma importante ferramenta para o diagnóstico da amebíase e pode ser associado ao diagnóstico de imagem e histopatológico.
A prevenção da amebíase se faz pela higiene pessoal e alimentar, pela melhoria de condições sanitárias, com destino adequado das fezes, pelo tratamento dos doentes e pelo consumo de água fervida ou filtrada, lembrando que a cloração da água não inativa os cistos.  
Trofozoíto de Entamoeba hystolitica
Cisto de Entamoeba hystolitica
Trofozoíto de Entamoeba histolytica
Giardia lamblia
 
Introdução
 
       É o protozoário flagelado causador da giardíase. Essa doença possui distribuição mundial, porém é mais comum em climas temperados e em crianças nos primeiros anos de vida.
 
Biologia do parasito
        A Giardia é um parasito que se apresenta em duas formas: cisto e trofozoíto. Ambas formas podem ser eliminadas nas fezes, sendo que nas fezes diarréicas são encontrados trofozoítos, e nas formadas são encontrados cistos. O cisto constitui a forma infectante. Os cistos ou trofozoítos são ingeridos pelo homem através da água ou de alimentos contaminados, e a ação das enzimas digestivas provoca o desencistamento, dando origem aos trofozoítos, que podem ficar livres na luz intestinal ou se fixarem na parede duodenal pelo disco suctorial. Se o protozoário aderir à mucosa intestinal, a absorção de nutrientes fica comprometida, principalmente de gorduras e de vitaminas lipossolúveis.
            O parasito se multiplica por divisão binária no intestino delgado, sendo que a gravidade da doença é proporcional ao número de parasitos. Os trofozoítos vivem no duodeno e nas primeiras porções do jejuno, e a atividade dos flagelos lhes confere rápido e irregular deslocamento. Quando vai ocorrer o encistamento, o trofozoíto reduz o seu metabolismo e o seu tamanho, fica globoso, perde o disco suctorial e os flagelos e secreta uma parede cística ao seu redor. Dentro do cisto o núcleo se duplica, por isso quando o homem ingere um cisto, infecta-se com dois trofozoítos.
 
Patogenia e prevenção
 
O intervalo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas de giardíase costuma ser de duas semanas, mas pode durar vários meses. As manifestações clínicas variam, mas aqueles que são observados mais freqüentemente são: evacuações líquidas ou pastosas, número aumentado de evacuações, mal estar, cólicas abdominais e perda de peso. Além das formas agudas, a giardíase pode evoluir para formas subagudas ou crônicas. O diagnóstico é feito por visualização de cistos ou trofozoítos nas fezes, sendo que para a detecção da parasitíase devem ser feitas três coletas de fezes com intervalo de dois a três dias, pois na fase aguda a eliminação de cistos é menor e o resultado pode ser falso negativo.
           A prevenção se faz pela higiene pessoal e dos alimentos, pelo saneamento básico e pela fervura ou filtração da água, pois ela é o principal veículo da Giardia (sua cloração não inativa os cistos).
Cistos de Giardia lamblia
 
  
Trofozoítos de Giardia lamblia
Hymenolepis diminuta
       Helminto cestódeo conhecido como "tênia do rato", infecta comumente roedores e sua forma adulta (1) mede de 10 a 60 cm.
       Os ovos (2) se desenvolvem no intestino de artrópodes (principalmente pulgas); os artrópodes são ingeridos pelos ratos (e acidentalmente pelo homem).
       A infecção humana é geralmente assintomática, mas pode ocorrer diarréia em crianças.
       As medidas de prevenção incluem a proteção dos alimentos contra ratos e insetos e o cozimento adequado dos alimentos.
     
Hymenolepis diminuta - ovos
Hymenolepis nana
       Helminto cestódeo conhecido como "tênia anã" do homem.
       Possui ciclo mais comum do tipo monoxênico, mas pode ter como hospedeiros intermediários alguns insetos (pulgas).
       Os ovos (1) são a forma infectante, sendo ingeridas pelo homem; é comum a transmissão de homem a homem e auto-infecção. No intestino (jejuno), as larvas invadem a mucosa e assumem a forma de larva cisticercóide; os adultos (2), que medem de 2 a 4 cm, passam a maturar sexualmente e a formar proglotes. Os proglotes, contendo ovos, são eliminados nas fezes.
       A infecção se dá por reinfecção externa (comum em crianças) ou interna (ovos não são eliminados e continuam infectantes). Infecções moderadas são assintomáticas; as manifestações clínicas comuns em crianças são: anorexia, perda de peso, inquietação, prurido; ocorre ainda eosinofilia variável. Casos mais graves produzem um estado toxêmico. O diagnóstico é feito pela visualização dos ovos nas fezes.
       As medidas de prevenção são importantes onde há crianças e incluem : higiene pessoal adequada (lavar as mãos), lavagem e cozimento dos alimentos, tratamento coletivo de doentes e combate a insetos existentes no ambiente doméstico.
    
Hymenolepis nana - ovos.
Leishmania sp.
 
Introdução
 
O gênero Leishmania está envolvido num espectro de doenças tegumentares e viscerais, de caráter crônico, muitas vezes deformante e até fatal, transmitidas por flebotomíneos. A doença apresenta casos esporádicos e está associada à degradação ambiental, pois a adaptação do vetor, tipicamente silvestre, ao meio urbano, tem facilitado a infecção humana. Com mais de 12 milhões de infectados em todo o mundo, esta zoonose encontra-se em franca expansão no Brasil, ocorrendo de forma endêmica no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Devido ao grande número, as espécies de Leishmania foram classificadas em complexos, de acordo com os quadros clínicos que produzem.
 
Biologia do parasito
 
Nas Américas, o homem se infecta quando um flebotomíneo do gênero Lutzomyia (conhecido vulgarmente como “mosquito-palha”, “cangalhinha”, “birigui”) inocula formas promastigotas durante seu repasto sangüíneo. Estas formas são fagocitadas por macrófagos teciduais e convertem-se em amastigotas (forma intracelular do hospedeiro vertebrado). Estas se reproduzem por divisão binária, até que a célula hospedeira fique repleta de parasitos e se rompa. Com a destruição da célula, inúmeras amastigotas são liberadas e fagocitadas por outros macrófagos, dando continuidade aos ciclos de reprodução assexuada. O vetor, por sua vez, se infecta durante a hematofagia quando ingere células parasitadas por amastigotas as quais, ao chegarem no intestino do flebotomíneo, transformam-se em promastigotas. Estas invadem as porções anteriores do estômago e do proventrículo do mosquito, sendo inoculadas no hospedeiro vertebrado após o próximo repasto do vetor.
 
Patogenia e prevenção
 
Os parasitos do gênero Leishmania determinam doenças do sistema fagocítico mononuclear que apresentam características clínicas e epidemiológicas diversas, por isso foram reunidas em quatro grupos:
· Leishmaníase cutânea - produz exclusivamente lesões cutâneas limitadas.
· Leishmaníase cutâneo-mucosa - freqüentemente se complicam pelo aparecimento de lesões destrutivas em algumas mucosas.
· Leishmaníase visceral ou Calazar - o parasito tem tropismo pelo sistema fagocítico mononuclear de órgãos como o fígado, o baço e a medula, que se tornam hipertrofiados.
· Leishmaníase cutânea difusa - formas cutâneas disseminadas.
A ação patogênica doparasito está relacionada com a destruição celular provocada pela reprodução das formas amastigotas. Na fase inicial da doença, a multiplicação do protozoário nas proximidades do ponto de inoculação provoca uma reação inflamatória caracterizada pela formação de um pequeno nódulo.  A partir daí, dependendo da espécie de Leishmania e da resposta do hospedeiro, a doença poderá evoluir de forma benigna, com remissão dos sintomas, ou evoluir para as diferentes manifestações clínicas.
O diagnóstico laboratorial da Leishmaníase tegumentar, na maior parte das vezes, é feito através de exame direto das lesões, sendo que a evolução da doença pode ser acompanhada através de intradernorreação. Já na forma visceral, o diagnóstico pode ser feito através de biópsia ou de isolamento em cultura e também podem ser usadas provas imunológicas como ELISA, imunofluorescência e intradermorreação.
Além do tratamento dos doentes, as medidas de controle das leishmaníases baseiam-se no combate aos flebotomíneos e na eliminação dos cães portadores do parasito, pois esta espécie animal é um importante reservatório da leishmaníase visceral com a adaptação do vetor ao meio urbano.
 
Leishmaníases do Novo Mundo e seus agentes etiológicos.
	Leishmaníase Tegumentar Americana
	Leishmaníase Visceral Americana
	Cutânea
	Cutâneo-mucosa
	Cutâneo-difusa
	
	Complexo Braziliensis
	Complexo Braziliensis
	Complexo mexicana
	Complexo Donovani
	L. (V.) braziliensis*
	L. (V.) braziliensis*
	L. (L.) mexicana
	L. (L.) chagasi*
	L. (V.) peruviana
	 
	L. (L.) pifanoi
	L. (L.) donovani
	L. (V.) guyanensis*
	 
	L. (L.)amazonensis*
	L. (L.) infantum
	L. (V.) panamensis
	 
	 
	 
	Complexo Mexicana
	 
	 
	 
	L. (L.) mexicana
	 
	 
	 
	L. (L.) pifanoi
	 
	 
	 
	L. (L.) amazonensis*
	 
	 
	 
	L. (L.) venezuelensis
	 
	 
	 
Adaptado de Lainson; Shaw, 1987; Mazorchi, 1989.
*ocorrência no Brasil.
 
 
Amastigotas de Leishmania spp
 
Promastigota de Leishmania sp
Lutzomyia
 
Introdução
 
Inseto conhecido popularmente como “mosquito palha” ou “birigui” tem importância como espoliador sanguíneo e transmissor das leishmaníases. É um mosquito pertencente à família Psychodidae, sendo conhecidas inúmeras espécies do gênero Lutzomyia distribuídas por todo o continente americano.
 
Biologia
 
O desenvolvimento de cada espécie varia muito. Baseando o ciclo tendo L. longipalpis como modelo, as fêmeas realizam a ovipostura em lugares úmidos que contenham matéria orgânica em decomposição e protegidos da luz. A embriogênese se completa em seis a nove dias, quando ocorre a liberação da larva, que passa a se alimentar de matéria orgânica. A temperatura e umidade mais elevadas favorecem o desenvolvimento larval. O período de desenvolvimento larval tem duração de 14-19 dias, seguido da  formação da pupa. Após, aproximadamente, 9 dias ocorre a metamorfose para inseto adulto. A forma adulta é um inseto pequeno (2-3 mm). Apresenta cabeça posicionada para baixo, asas lanceoladas e corpo recoberto de pilosidades. Em geral apresenta vôo silencioso e curto, o que torna sua presença muitas vezes imperceptível. Próximo a esid~encias e instalações humanas a hematofagia é predominantemente crepuscular e noturna. Entretanto as fêmeas podem ser ativas mesmo durante o dia nos locais úmidos, escuros ou sombreados onde repousam,como nas florestas.
 
Importância e prevenção
 
O mosquito palha tem importância com inseto espoliador, uma vez que a hematofagia perturba o repouso do homem, podendo causar-lhe manifestações atópicas. Entretanto este inseto destaca-se como vetor de doenças humanas, entre as quais as leishmaníases são as mais importantes. A espoliação humana pode ser evitada com o uso de repelentes sobre o corpo e sobre as roupas ou mosquiteiros. Os efeitos danosos da presença do mosquito podem ser minimizados pela construção das moradias humanas distando em torno de 400-500 m da borda de áreas bem florestadas. Em casos de infestação em áreas com a presença de espécies mais adaptadas ao ambiente humano (antropofílicas), o controle do mosquito também pode ser realizado pela aplicação de inseticidas no local e pela destinação adequada do lixo orgânico.
 
 
Lutzomyia
 
 
Asa de Lutzomyia
Plasmodium sp.
 
Introdução
 
Protozoário causador da malária. A doença é transmitida pelos mosquitos do gênero Anopheles e ocorre principalmente nas zonas equatoriais e tropicais do globo, sendo considerada a doença parasitária de maior letalidade mundial. No Brasil, ocorrem dezenas de milhares de casos de malária por ano, e 99% se localizam na Amazônia. Existem quase 100 espécies de plasmódios, porém aquelas que habitualmente parasitam o homem são quatro: P. falciparum, P. malariae, P. vivax, P. ovale.
 
Biologia do parasito
 
O ciclo do Plasmodium inicia-se quando o mosquito Anopheles inocula os esporozoítos diretamente na circulação. Eles vão para o fígado e se transformam em criptozoítos. No fim do crescimento, o núcleo do criptozoíto começa a se dividir várias vezes, de forma assexuada. Esse processo resulta em uma forma multinucleada, o esquizonte. Rompe-se o esquizonte e são liberados os merozoítos. Essa etapa completada é denominada esquizogonia pré-eritrocítica e dura entre seis e 16 dias após a inoculação.
Cada merozoíto, liberado na fase anterior, infecta uma hemácia. No interior da hemácia o merozoíto realiza esquizogonia e evolui para trofozoíto. O núcleo do trofozoíto começa a se dividir várias vezes, de forma assexuada, o que resulta em uma forma multinucleada, o esquizonte. O esquizonte rompe-se, liberando merozoítos que podem repetir o processo assexuado ou iniciar o ciclo sexuado. A repetição do ciclo assexuado nas hemácias é denominado ciclo eritrocítico. Nesse caso as esquizogonias se repetem com uma periodicidade que é específica de cada espécie e se relaciona com o ritmo das crises febris.
Já no ciclo sexuado, dá-se a formação de gametócitos masculinos ou femininos, a partir dos merozoítos. Os gametócitos, formados no homem, são ingeridos por um mosquito anofelino, durante a hematofagia. A fecundação ocorre no tubo digestivo do mosquito. A fusão dos gametócitos leva a formação do oocisto, em célula do epitélio intestinal do mosquito. Com a esporulação, ocorre a ruptura do oocisto para dentro da hemocele do mosquito, liberando os esporozoítos. Estes migram para a glândula salivar do mosquito, sendo inoculados no hospedeiro vertebrado, posteriormente.
 
Patogenia e prevenção
 
A malária é uma doença sistêmica que provoca alterações na maioria dos órgãos, variando, porém, sua gravidade dentro de amplos limites, desde as formas benignas até as muito graves e fatais. A doença se caracteriza pela ruptura de hemácias, quando ocorrem as típicas febres da malária, com sudorese e calafrios pronunciados. A destruição das hemácias pode acarretar outras conseqüências graves. O diagnóstico é feito pela visualização do parasito em distensões sangüíneas ou por ensaios imunoenzimáticos e imunocromatográficos.
O controle da malária consiste na análise rigorosa de estudos epidemiológicos que envolvem soroepidemiologia, avaliação clínica da população afetada e comportamento dos vetores locais. Após esses estudos, podem ser utilizadas medidas de controle como o tratamento medicamentoso de todos os pacientes doentes e portadores. A redução da população de mosquitos, o controle de sua migração e a destruição de suas larvas, considerando a resistência do vetor aos inseticidas, também constituem medidas importantes de combate à malária. 
Trofozoíto de Plasmodium sp
Plasmodium sp. - formas sanguíneas de trofozoíto (setas azuis), esquizonte (setas verdes) e rosácea (seta preta).
  
Rosáceas de Plasmodium sp
  
Gametócitos de P. falciparum e P. vivax, respectivamen
Taenia saginata
       É um cestódeo causador da teníase. O adulto (1) não possui ganchos no escólex (2), apenas ventosas. Possui mais de um metro e meio de comprimento, podendo atingir até doze metros.
       Há eliminação de proglotes (3) nas fezes da pessoa contaminada, cada uma possuindo vinte a setenta mil ovos (4). O hospedeirointermediário (boi) ingere os ovos e desenvolve o cisticerco nos músculos. Depois, o homem pode ingerir carne contaminada e mal cozida, levando ao desenvolvimento da tênia adulta no intestino. O período pré-patente é de sessenta a setenta dias.
       A teníase e uma infecção intestinal que leva à inflamação crônica eosinofílica da mucosa intestinal; manifesta-se por dor abdominal, sensação de fome, astenia, perda de peso mesmo na vigência de bom apetite, náuseas, diarréia.
       A prevenção inclui saneamento básico e cozimento adequado da carne. O congelamento e o resfriamento da carne permitem a viabilidade dos cisticercos por alguns dias. O homem é o grande agente de contaminação do ambiente e por isso deve ser tratado adequadamente com medicação tenicida.
Taenia saginata - escólex.
Taenia sp. - ovo em fezes.
Taenia solium
       É um cestódeo causador da teníase. O adulto (1) possui, além das ventosas, ganchos no escólex (2). Possui mais de um metro e meio de comprimento,  podendo atingir de cinco a seis metros.
       Há eliminação de proglotes (3) nas fezes da pessoa contaminada, cada uma possuindo milhares de ovos (4). O hospedeiro intermediário (porco ou próprio homem) ingere os ovos e desenvolve o cisticerco (5) nos seus tecidos, principalmente o muscular. Depois, o homem pode ingerir carne contaminada e mal cozida, levando ao desenvolvimento da tênia adulta no intestino. O período pré-patente é de sessenta a setenta dias.
       A teníase é uma parasitose intesinal, decorrente da ingestão de cisticercos; o verme adulto, no intestino humano, provoca aumento da motilidade intestinal, inflamação crônica eosinofílica. Os sintomas são: dor abdominal, sensação de fome, astenia, náuseas, diarréia, perda de peso mesmo na vigência de bom apetite. O diagnóstico é feito pela visualização de ovos ou proglotes nas fezes.
       A cisticercose se constitui no desenvolvimento de cisticercos no tecido humano, decorrentes da ingestão acidental de ovos da Taenia. Ocorre em locais diversos do organismo, principalmente no cérebro (neurocisticercose), olhos, músculos e fígado. Manifesta-se por convulsões, perda da acuidade visual, psicoses, fadiga, cãibras. O diagnóstico é feito por métodos de imagem e sorologia.
       A prevenção inclui saneamento básico e cozimento adequado da carne. O congelamento e o resfriamento da carne reduzem a viabilidade dos cisticercos para alguns dias.
Taenia solium - escólex. Notar coroa de acúleos.
Taenia sp. - ovo em fezes.
Taenia solium - cisticerco. Notar coroa de acúleos no protoescólex.
Trichuris trichiura
       É um nematódeo geralmente associado a infecções pelo Ascaris lumbricoides. O verme adulto (1) é facilmente identificado pela extremidade anterior afilada. Seu tamanho varia de três a cinco centímetros.
       Ocorre ingestão dos ovos (2) infectantes, que são larvados. Eclodem no intestino e as larvas se desenvolvem nas criptas cecais. Há acasalamento e liberação dos ovos (operculados). Eles ficam mergulhados na mucosa e podem causar reação inflamatória. O período pré-patente é de cinco a sete semanas.
       Há ação tóxica/irritativa dos tecidos, podendo levar a necroses focais. Em geral a infecção é assintomática, mas pode haver febre, náuseas, dor abdominal e prolapso retal  (grave em crianças com grande número de parasitos).
       Alta prevalência em locais quentes e peridomícilio.
       A prevenção é feita através de cuidados na preparação de alimentos, higiene corporal e tratamento dos doentes.
 Trichuris trichiura - ovo (notar tampões mucosos)
Trypanosoma cruzi
 
Introdução
 
       Protozoário flagelado agente da Doença de Chagas, também conhecida como Tripanossomíase americana. Milhões de pessoas estão infectadas em todo a América Latina, sendo que grande parte dos casos está localizada no Brasil, principalmente nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. É uma doença de evolução crônica, debilitante, que determina no homem quadros clínicos com características e conseqüências muito variadas. Ela está intimamente relacionada às más condições das moradias, pois essas favorecem a nidificação dos hemípteros triatomíneos, conhecidos vulgarmente como “barbeiros”.
 
Biologia do parasito 
 
O homem se infecta durante a hematofagia, quando o barbeiro elimina os tripomastigotas metacíclicos em suas fezes. Essas são as formas infectantes e podem penetrar pelas mucosas, quando o homem leva as mãos contaminadas aos olhos ou nariz, e por soluções de continuidade, como as provocadas pelo ato de coçar ou pelo orifício da picada do barbeiro. Logo após a penetração, o tripomastigota metacíclico invade células do sistema fagocítico mononuclear (célula alvo) e perde o flagelo, passando a se chamar amastigota. Nesse estágio os amastigotas multiplicam-se por divisão binária em ciclos de aproximadamente doze (12) horas, até que a célula infectada fique repleta de amastigotas. Nesse momento as amastigotas se transformam novamente em tripomastigotas. Quando a célula alvo rompe libera os tripomastigotas, que deslocam-se apara infectar uma nova célula alvo, se disseminando para o restante do organismo através da circulação sangüínea e linfática. Os principais órgãos atingidos são o coração, tubo digestivo e plexos nervosos.
Quando alimentam-se do sangue de pessoas ou animais infectados, os triatomíneos podem ingerir os tripomastigotas. Os tripomastigotas são convertidos em epimastigotas no tubo digestivo do triatomíneo. Os epimastigotas se reproduzem por divisão binária e, quando chegam à porção terminal do intestino (reto) do triatomíneo, voltam à forma tripomastigota. Esses tripomastigotas, altamente móveis e infectantes, são as formas metacíclicas eliminadas nas fezes do vetor. As principais formas do Trypanosoma cruzi são:
·       Amastigota – fase intracelular, sem organelas de locomoção, com pouco citoplasma e núcleo grande. O cinetoplasto fica ao lado do núcleo e é um pouco menor que ele. Está presente na fase crônica da doença.
·       Epimastigota – é a forma encontrada no tubo digestivo do vetor, não é infectante para os vertebrados. Tem forma fusiforme e apresenta o cinetoplasto junto ao núcleo. Possui flagelo e membrana ondulante
·       Tripomastigota – fase extracelular, que circula no sangue. Apresenta flagelo e membrana ondulante em toda a extensão lateral do parasito. O cinetoplasto se localiza na extremidade posterior do parasito. Esse estágio evolutivo está presente na fase aguda da doença, constituindo a forma infectante para os vertebrados. 
 
Patogenia e prevenção 
 
O período de incubação da parasitíase varia de uma a três semanas, sendo que a doença de Chagas se caracteriza por apresentar duas fases: aguda e crônica. A medida que o ciclo de invasão e ruptura se repete, o histiotropismo se desloca do sistema fagocítico mononuclear para células musculares lisas e cardíacas e para o sistema nervoso. Essa fase de intensa multiplicação e invasão de células caracteriza a fase aguda da Doença de Chagas. No sítio de infecção há intensa reação inflamatória antes de uma disseminação do protozoário. Esta área de inflamação aguda local, pode produzir uma reação intensa denominada Chagoma. A partir daí, a disseminação vai produzindo áreas de inflamação multifocal em diversos órgãos, com predomínio da infecção no coração e sistema nervoso, seguido da miosite focal e comprometimento dos plexos nervosos intestinais, nos casos mais graves.
Ao mesmo tempo em que a infecção abrange mais tecidos e a parasitemia aumenta, a resposta imune começa a ser montada com a produção de anticorpos e intensa reatividade celular no sito inicial de inoculação. Caso essa resposta se torne mais intensa o número de parasitos circulantes cai progressivamente até que sejam completamente eliminados da circulação, caracterizando o fim da fase aguda da doença.
Com o fim da fase aguda, os protozoários que não foram eliminados pela resposta humoral, podem ainda permanecer viáveis no interior das células infectadas. A partir daí está caracterizada a fase crônica da Doença de Chagas, que pode evoluirpara as manifestações características da Doença de Chagas (forma sintomática), tornar-se oligossintomática ou não revelar manifestações evidentes da doença, a não ser a reação sorológica, caracterizando os casos indeterminados, que são os mais freqüentes. Nas formas sintomáticas mais graves ocorrem as dilatações cavitárias: a cardiopatia chagásica crônica, o megaesôfago e o megacólon. O uso de medicações específicas contra as reagudizações, mas ainda não está comprovada a cura medicamentosa da Doeça de Chagas.
O diagnóstico da doença é feito pela visualização do protozoário, sorologia, cultura e, em certas circunstâncias, por PCR. Também pode ser feito a partir de biópsias de linfonodos, quando houver poliadenite, durante a fase aguda da doença. Os métodos de imunodiagnóstico, especialmente a imunofluorescência, ELISA e hemaglutinação, são utilizados na fase crônica.
A melhoria das condições de moradia, o controle do vetor e de reservatórios (gambás e morcegos) e a fiscalização dos bancos de sangue e campanhas contra a drogadição são medidas que devem ser tomadas a fim de prevenir a doença de Chagas.
 
Amastigotas de Trypanosoma cruzi
 
Tripomastigota de Trypanosoma cruzi
 
Tripomastigota de Trypanosoma cruzi. Seta preta - cinetoplasto; vermelha - núcleo; azul - membrana ondulante; verde - flagelo.
 
Epimastigota de Trypanosoma cruzi
Necator americanus
       É um dos nematódeos causadores da ancilostomose. Seu tamanho adulto varia de 0,8 a 1,3 cm. O Necator americanus apresenta lâminas na cápsula bucal e o macho possui bolsa copuladora na região posterior. Quando eliminados nas fezes, são avermelhados por causa da hematofagia e histiofagia que fazem no trato gastrointestinal do hospedeiro.
       Os ovos (1) são liberados no ambiente e tornam-se larvados. A larva rabditóide (2) leva por volta de uma semana para tornar-se filarióide (3). A infecção mais comum é por penetração da larva pela pele humana, mas pode ocorrer penetração por mucosas (boca). A infecção ocorre preferencialmente em locais baixos, alagáveis e férteis. A larva atinge a circulação linfática ou vasos sangüíneos, passando pelos pulmões e retornando até a faringe para a deglutição (Ciclo de Looss). O local preferencial de instalação no intestino é no final do duodeno, mas ocasionalmente pode atingir o íleo ou ceco (em infecções maciças) onde torna-se adulto (4). O período pré-patente varia de cinco a sete semanas.
       A penetração da larva causa dermatite, que pode variar de intensidade. Nos pulmões pode haver bronquite/alveolite. O intestino é acometido pela hisitiofagia e hematofagia dos parasitos, através das quais se alimenta. Podem também se formar úlceras intestinais, anemia e hipoproteinemia.
        Uso de calçados, hábitos de higiene corporal, fervura da água a ser ingerida e cuidados na preparação de alimentos são medidas preventivas.
Ancilostomídeo - ovo.
Ancilostomídeo - larva rabditóde.
   
Larvas filarióides - bainha envolvendo o parasito.
Ancilostomídeo adulto - detalhe da bolsa copuladora.

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