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Marcha da Maconha- ADPF 187

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Marcha da Maconha:
O que é? E qual objetivo? 
Entre perseguições policiais, jurídicas e midiáticas, a trajetória da marcha da maconha é marcada pela luta contra a guerra às drogas. 
Em 2008, o movimento tentou se espalhar entre 12 capitais brasileiras, mas decisões judiciais retrataram o movimento como criminoso por fazer apologia às drogas.
A repressão continuou até 2011, quando houve uma resposta policial violenta na tentativa de manifestação em São Paulo. Com isso, o STF teve que decidir a natureza legal do movimento. 
Os diversos coletivos que compõem a marcha têm demandas distintas e pedem desde a liberação do uso medicinal, recreativo e religioso da maconha até o auto cultivo e a legalização de todas as drogas.
Além da defesa das liberdades individuais, a Marcha da Maconha prega a revisão da lei como forma de combater a violência provocada pela guerra às drogas, que atinge principalmente a população negra e periférica do País.
ADPF – O que é? 
Tem por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental decorrente da Constituição, resultante de qualquer ato (ou omissão) do Poder Público. A regulamentação desta ação pode ser encontrada em dois textos normativos: na Constituição Federal e na Lei 9.882/99
Fundamentação:
Artigo 102, §1º, da Constituição Federal
Lei nº 9.882/99
O PROCESSO: 
O processo não tinha por objetivo discutir eventuais propriedades terapêuticas ou supostas virtudes medicinais, ou possíveis efeitos benéficos resultantes da utilização de drogas ou de qualquer substância entorpecente específica, mas, ao contrário, mas a proteção a duas liberdades individuais, de caráter fundamental: de um lado, a liberdade de reunião e, de outro, o direito à livre manifestação do pensamento.
A ação não tem como objetivo questionar a política nacional de combate às drogas adotada pelo legislador brasileiro. E sim, com objetivo de afastar uma interpretação do art. 287 do Código Penal que estava gerando indevidas restrições aos direitos fundamentais à liberdade de expressão (art. 5º, incisos IV e IX, e 220 CF) e de reunião (art. 5º, inciso XVI, CF).
Celso de Mello pontuou em seu voto o seguinte “É importante destacar que, ao contrário do que algumas mentalidades repressivas sugerem, a denominada “Marcha da Maconha”, longe de pretender estimular o consumo de drogas ilícitas, busca, na realidade, expor, de maneira organizada e pacífica, apoiada no princípio constitucional do pluralismo político, as ideias, a visão, as concepções, as críticas e as propostas daqueles que participam, como organizadores ou como manifestantes, desse evento social, amparados pelo exercício concreto dos direitos fundamentais de reunião, de livre manifestação do pensamento e de petição.”
· A decisão foi unânime (8 votos), o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a realização do evento. 
Para os ministros, os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas. Muitos ressaltaram que a liberdade de expressão e de manifestação somente pode ser proibida quando for dirigida a incitar ou provocar ações ilegais e iminentes
· Em seus votos, muitos argumentaram em relação ao inciso XVI do Art 5° 
“todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”.
(CF, art. 5º, XVI).
Ficou decidido, que o artigo 287 do Código Penal deve ser interpretado conforme a Constituição de forma a não impedir manifestações públicas em defesa da legalização de drogas. O dispositivo tipifica como crime fazer apologia de "fato criminoso" ou de "autor do crime".
ACORDÃO: 
No mérito, também por unanimidade, o Tribunal julgou procedente a arguição de descumprimento de preceito fundamental, para dar, ao art. 287 do Código Penal, com efeito vinculante, interpretação conforme à Constituição, “de forma a excluir qualquer exegese que possa ensejar a criminalização da defesa da legalização das drogas, ou de qualquer substância entorpecente específica, inclusive através de manifestações e eventos públicos”, tudo nos termos do voto do Relator.

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