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PRÁTICA SIMULADA III - Aula 8 ( caso concreto ) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ADVOGADO, inscrito na OAB/RJ, com escritório à Rua..., bairro..., CEP..., mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO LIMINAR em favor do paciente MICHAEL DA SILVA, com fulcro no artigo 5º, LXVIII da CRFB/88, que ora se encontra preso por ordem do juízo da 22ª Vara Criminal da Comarca da Capital, pelos fundamentos de fatos e de direito a seguir expostos. DOS FATOS MICHAEL DA SILVA foi preso em flagrante no dia 10 de julho de 2016 pela suposta prática do crime previsto no art. 16, § único, IV da lei 10.826/03 e art. 28 da lei 11.343/06, havendo nos autos da prisão em flagrante o depoimento dos policiais que efetuaram a prisão. O paciente fora preso em razão de uma notitiia criminis realizada por sua mulher Angelina, dizendo que Michael possuía armas dentro de casa com numeração raspada e com isso se sentia assustada. Com o consentimento de Angelina, os policiais entraram na casa do paciente e encontraram três revólveres calibre 38 com numeração raspada, dentro do armário do quarto e em outro armário 50 munições, por último, também encontraram um papelote contendo 0,9 decigramas de cocaína, sendo para uso próprio. O auto de prisão em flagrante foi devidamente lavrado e distribuído ao juízo da 22ª Vara Criminal da Capital, sendo requerida a sua liberdade provisória e negada pelo magistrado, sob o argumento de se tratar de crime grave, sendo certo que não há anotações na folha de antecedentes do paciente. Essa é a breve síntese dos fatos. DO DIREITO Excelência, não há motivos para a manutenção da prisão do Paciente, conforme consta nos autos, os policiais encontraram as armas desmuniciadas dentro de um armário e as munições dentro de um outro armário, não apresentando perigo algum ou qualquer risco a integridade física de sua esposa. Não obstante, a quantidade de droga que fora encontrada dentro da residência, é para consumo próprio, como o mesmo confirmou e que se demonstra pela pequena quantidade. Dessa forma, o Paciente não preenche os requisitos da prisão preventiva, não demonstrando risco à ordem pública, social ou econômica, tampouco risco a instrução criminal, como preceitua o artigo 321 do Código de Processo Penal. Ademais, ele não possui anotações em sua folha de antecedentes criminais. Cabe ressaltar, a Súmula 718 do STF, o qual a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada. DOS PEDIDOS Ante o exposto: Pede em liminar, que seja concedida a ordem de Habeas Corpus e que no mérito seja o writ confirmado, com a urgente expedição de alvará de soltura em favor do paciente. Nesses termos, Pede Deferimento. Rio de janeiro, data. ADVOGADO OAB/UF
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