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UNIVERDIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS (Viscosidade Dinâmica e Cinemática) Discente: Anderson Barros de Medeiros Professor: Ricardo Aragão Disciplina: Fenômenos Experimental CAMPINA GRANDE 2016 1. INTRODUÇÃO A viscosidade de um fluido pode ser considerada como a propriedade que determina o grau de sua aversão à força cisalhante, definida preliminarmente pela interação entre as moléculas de um fluido. Portanto, a viscosidade é a medida da resistência do fluido ao cisalhamento quando o fluido se move, lembrando que um fluido não pode resistir ao cisalhamento sem que se mova, como pode um sólido. A viscosidade dos líquidos vem do atrito interno, isto é, das forças de coesão entre moléculas relativamente juntas. Desta maneira, enquanto que a viscosidade dos gases cresce com o aumento da temperatura, nos líquidos ocorre o oposto. Com o aumento da temperatura, aumenta a energia cinética média das moléculas, diminui (em média) o intervalo de tempo que as moléculas passam umas junto das outras, menos efetivas se tornam as forças intermoleculares e é menor a viscosidade. Existem dois tipos de viscosidade: viscosidade dinâmica e viscosidade cinemática. A viscosidade dinâmica (μ) é dada em termos de força requerida para mover uma unidade de área a uma unidade de distância. Ao definirmos o coeficiente de viscosidade escolhemos o caso em que o fluido, por efeito do movimento de uma das placas, separa-se em camadas muito estreitas, com a camada em contato com cada placa tendo a velocidade desta placa e as camadas intermediárias tendo velocidades que variam linearmente de uma placa para a outra. Tal escoamento é chamado laminar. Já a viscosidade cinemática é a viscosidade dinâmica dividida pela densidade do fluído. 2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS · Primeiramente foram realizadas as medições para obtenção de massa e volume dos fluídos a serem utilizadas no cálculo da viscosidade a uma dada temperatura. · Em seguida foi medida a massa do peso a ser solto no Viscosímetro de Stormer. · Logo após, o líquido foi adicionado ao cilindro fixo do equipamento e o peso foi solto para o acionamento da polia que movimenta o cilindro móvel (interno); medimos então o tempo necessário para um número de rotações fixas (100 rotações) indicadas no conta-giros. · Da relação entre o número de rotações e o tempo obtemos a velocidade angular, que junto com os outros dados do equipamento (raio e altura dos cilindros) permitem o cálculo da viscosidade dinâmica (µ) e cinemática (ν) do fluído. 3. RESULTADOS Os resultados encontram-se nas tabelas 1 (valores medidos) abaixo, através dos quais foi possível obter os valores médios das propriedades. Tabela 1 – Valores Medidos Fluído m(g) N (-) Δt(s) ω= N/ Δt(rot/s) Água 100 73,5 5 14,7 Glicerina 100 33 24 1,375 Onde: m = Massa do peso que cai; N = Número de rotações; ∆t = Tempo de duração das rotações; ω = N/∆t = velocidade angular. 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS Os valores das propriedades calculados mostrados na tabela abaixo estão todos demonstrados e simplificados em cálculos no anexo: Fluído ρ (kg/m3 ) µ (N.s/m²) υ (m²/s) Água 967,8 0,000852 8,75 . 10-7 Glicerina 1146 0,210 1,773 . 10-4 OBS.: Os cálculos estão todos em anexo, pela facilidade de demonstração de fórmulas. O número de rotações da polia quando foi colocada a glicerina diminuiu em relação ao número de voltas quando foi colocada a água. Isso se explica pelo fato de que a glicerina possuir uma maior viscosidade dinâmica, justamente isso foi comprovado pelo experimento. Se a glicerina possui uma maior viscosidade, consequentemente, ela possui uma maior resistência ao cisalhamento. Fatores como a temperatura influenciam muito na propriedade da viscosidade. Então para cada temperatura, teremos um valor para a viscosidade. E podemos dizer, também, que a viscosidade aumenta com o aumento da temperatura. 5. CONCLUSÃO Comparando-se os resultados médios da viscosidade dinâmica para a água (µa = 0,000852) e glicerina (µg = 0,210), é possível concluir que os valores medidos apresentam aproximação dos valores de referência (µa=0, 000894Ns/m2, a 25°c) e (µg =0,934 Ns/m2, a 25°c) com erro da ordem de 4,9% (água) e da glicerina teve um erro muito elevado, fora das proporções normais. As fontes de erro podem estar associadas às leituras das medidas apresentadas, já que a leitura humana pode estar susceptível a erro. Outra fonte de erro pode estar associada à temperatura em que se faziam as medições que poderiam estar em desacordo com os valores de referência. A realização do experimento se mostrou satisfatória, desde que aprendemos como se determinar a viscosidade experimentalmente. E quanto maior a viscosidade, maior resistência ao cisalhamento; e assim vice-versa. REFERÊNCIAS TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros. v.1. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009, cap.7, seção 2, p.204.
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