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Atividades Avaliativas- Letramentos em Libras I

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ATIVIDADES AVALIATIVAS
Letramentos em Libras I
01) O que é Libras e quais os primeiros registros do uso da língua de sinais? Quais as particularidades das Libras em relação à língua portuguesa? O que é comunicação visual?
R: 	A Libras, Língua Brasileira de Sinais, é uma língua da modalidade visual-gestual (ou espaço-visual), pois a informação linguística é recebida pelos olhos e reproduzida pelas mãos. É uma língua de modalidade espaço-visual, com uma estrutura linguística distinta da língua portuguesa, sendo completa como qualquer língua oral.
A língua de sinais é a língua natural das pessoas surdas. É adquirida naturalmente a partir do contato com falantes dessa língua. A Libras é a língua visual/gestual utilizada pela comunidade surda do Brasil. O surdo não aprende sozinho a Libras. Ele precisa conviver com um surdo adulto que use esta língua para que possa adquirir língua e linguagem.
Existem sinais diferentes em outras regiões do país, como também acontece com algumas palavras da Língua Portuguesa. As Libras têm uma gramática própria que é diferente do português. Devemos aprender a Libras com um surdo que seja envolvido com a comunidade surda. Não é uma língua difícil de aprender, mas precisa de empenho e uso frequente.
É a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, pode ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com a comunidade surda. Como língua, esta é composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumental linguístico de poder e força. Possui todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua e demanda de prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua.
A comunicação visual abrange um universo amplo de modos de expressão que envolve as artes visuais: pintura escultura, desenho, gravuras, desenho industrial, incluímos a arte gráficas, cinema, fotografia, televisão, vídeo, computação, que resultam dos avanços tecnológicos e das transformações estéticas da modernidade. Representam, portanto, uma nova forma onde a criança se expressa, comunica-se e atribui-se sentido às sensações, pensamentos e sentimentos. As artes visuais foram entendidas como passa-tempo, conotações decorativas e também reforço de aprendizagem de vários conteúdos.
02) Observe as letras do alfabeto em Libras e associe com a língua portuguesa, assinalando se é verdadeiro ou falso:
03) Os brinquedos e brincadeiras são próprios da infância e crianças surdas brincam, assim como as outras. Qual a importância do brincar para a criança? Quais as particularidades do brincar da criança surda? Aponte 4 exemplos de atividades para o desenvolvimento de conceitos através do brinquedo.
R: 	O brinquedo é entendido como objeto de suporte da brincadeira, uma vez que, através da inter-relação da criança como o mesmo é criado um vínculo de afinidade simbólica, “o faz de conta”, sem que haja uma cobrança de regras definidas no seu desenvolvimento quanto ao uso.
A criança, mesmo pequena, sabe muitas coisas: toma decisões, escolhe o que quer fazer, interage com pessoas, expressa o que sabe fazer e mostra, em seus gestos, em um olhar, uma palavra, como é capaz de compreender o mundo. Entre as coisas de que a criança gosta está o brincar, que é um dos seus direitos. O brincar é uma ação livre, que surge a qualquer hora, iniciada e conduzida pela criança; dá prazer, não exige como condição um produto final; relaxa, envolve, ensina regras, linguagens, desenvolve habilidades e introduz a criança no mundo imaginário	
O brincar é uma forma de comunicação é por meio das brincadeiras que as crianças desenvolvem atos do seu dia a dia, seja ela com dramatizações que imitam o mundo dos adultos, jogos, o faz de conta, com palavras, ou seja, não importa o tipo da brincadeira, a criança sempre vai está adquirindo habilidades criativas, sociais, intelectuais e físicas. 
Crianças surdas, assim como as demais crianças, brincam e se relacionam normalmente, não apresentando dificuldades em interagir com seus pares. O que ocorre é que os jogos e brincadeiras infantis já estão inseridos no universo do simbólico, no qual a linguagem é lugar central de conteúdos.
Pelo fato de mais de 95% das crianças surdas nascerem em famílias não surdas faz com que permaneçam por muito tempo em um ambiente de carência linguística e de acesso ao conhecimento, uma vez que o português não pode ser aprendido naturalmente, devido ao impedimento auditivo e ao desconhecimento da língua de sinais por partir dos pais.
A criança surda ao brincar revela como compreende e interpreta uma cultura que é marcada pela oralidade. Para tanto é de fundamental relevância explicar que a brincadeira tem importância central no desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança, pois é brincando que ela se envolve em um mundo ilusório em que tudo pode ser realizado
Às particularidades do brincar para o desenvolvimento das crianças surdas, implica na presença de regras e ações imaginativas, ainda que esses componentes não estejam igualmente envolvidos em diferentes modalidades de brincadeiras. No caso do faz-de-conta, a imaginação é uma característica central, que corresponde a uma crescente libertação do perceptual-imediato.
É importante ressaltar que é por meio do brinquedo que a criança surda atuará com significados desligados dos objetos e ações aos quais estão habitualmente vinculados. Contudo, uma contradição muito interessante surge, uma vez que no brinquedo ela inclui, também, ações reais e objetos reais. Isso caracteriza a natureza de transição da atividade do brinquedo: é um estágio entre as restrições puramente situacionais da primeira infância e o pensamento adulto, que pode ser totalmente desvinculado das situações reais.
O Abecedário objetivo do jogo é organizar as letras para formar o alfabeto. O Abecedário estimula à atenção, a concentração, a percepção visual, a discriminação das letras, o planejamento para organizar as peças, a memória e o raciocínio. Pode-se brincar sozinho ou com mais participantes. 
Descobrindo as palavras o objetivo do jogo é organizar as figuras formando as palavras. O Descobrindo as Palavras estimulam atenção, a concentração, o raciocínio, a percepção visual, o reconhecimento de figuras e sílabas, o planejamento para organizar a figura e a palavra, a memória e o raciocínio. Pode-se brincar sozinho ou com mais participantes.
 O Que É O Que É? o objetivo do jogo é reconhecer a figura escondida. O Que É O Que É? Estimula a atenção, a concentração, o raciocínio, a memória, a imaginação, a discriminação visual (a capacidade de identificar parte de uma figura ou um objeto), a interação social e a linguagem. Pode-se brincar sozinho ou com mais participantes. 
Boliche o objetivo do jogo é arremessar uma bola para atingir os pinos. O Boliche estimula a orientação temporal e espacial (direções, tamanho, distância, etc.) e melhora o desempenho das estruturas psicomotoras. Pode-se brincar sozinho ou com mais participantes.
04) Podemos dizer que o léxico da Libras é formado por alguns tipos de sinais. Quais são estes sinais? Dê um exemplo de cada um. 
R: 	O léxico pode ser definido ‘grosso modo’ como o conjunto de palavras de uma língua. No caso da LIBRAS, as palavras ou itens lexicais são os sinais. Pensa-se frequentemente que as palavras ou sinais de uma língua de sinais são constituídos a partir do alfabeto manual como, por exemplo:
(1) a) C-E-R-T-O b) M-Y-R-N-A c) C-H-O-P-P
Entretanto, não é este o caso. A soletração manual das letras de uma palavra em português, como no exemplo (1), é a mera transposição para o espaço, por meio das mãos, dos grafemas da palavra da língua oral. Isto é, um meio de se fazerem empréstimos em LIBRAS. Assim, como temos a palavra “xerox” em português que é um empréstimo do inglês, os exemplos em (1) ilustram os inúmeros empréstimos da LIBRAS.
(1) a) é a soletração do nome de uma pessoa, isto é, de um nome próprio emportuguês porque os nomes próprios, em LIBRAS, são diferentes. Assim, quando uma pessoa quer apresentar alguém a alguém, primeiro soletrará seu nome em português (M-Y-R-N-A) e, se ele tiver um nome em LIBRAS, este será articulado em seguida. O exemplo (2) ilustra um usuário da LIBRAS apresentando uma pessoa chamada Myrna a seu interlocutor.
Exemplo (2):
A: 3 APRESENTAR 2. NOME M-Y-R-N-A. SINAL MYRNA.
(= Vou apresentá-la a você, o nome dela é M-Y-R-N-A. Seu sinal (nome próprio em LIBRAS) é Myrna).
(1-b) é a soletração de uma palavra em português “chopp” palavra para cujo conceito não há sinal ou palavra em LIBRAS. Nesse caso, é a palavra escrita do português que será transposta para o espaço por meio da soletração manual.
(1-a) é a soletração de uma palavra em português para cujo conceito há um sinal em LIBRAS o qual não é conhecido por um dos usuários, em geral um ouvinte.
Exemplo (3):
A: RESPOSTA CERTA (= A resposta está certa)
B: O-QUE ISTO, CERTO (= O que quer dizer este sinal?)
A: C-E-R-T-O (= certo)
B: O-K ( Ah! Ok)
Ou então, uma pessoa pode soletrar C-E-R-T-O para mostrar a outra como se escreve esta palavra em português. Nesse caso, a soletração manual é um meio de verificação, questionamento ou veiculação da ortografia de uma palavra em português.
 
Exemplos
 BORBOLETA						 CHUVA 
 
01)EL@6 INTERPRETAR EU ENTENDER CLARO 
Ele/ela interpreta, eu entendo, fica claro.
(02) MINHA MÃE CARNE FRITAR GOSTOSO 
A carne que minha mãe frita é gostosa.
05) Como vimos neste estudo, a ideia de compreender o mapa do Brasil com a representação das dimensões continentais de nosso país é bastante complexa. Como deverá ser o trabalho do professor ao ensinar elementos da paisagem e o trabalho com mapas, em especial com o mapa do Brasil, na sala de aula com a criança surda? Dê três exemplos de atividades que podem ser desenvolvidas.
R: 	Para os estudantes surdos aprenderem Geografia é preciso um trabalho em que se valorize a memória visual, com diversos recursos, como: figuras, imagens de diferentes paisagens, fotos, revistas, jornais, livros com sinais em LIBRAS e também com o auxílio de uma professor/a surdo/a para que o entendimento seja melhor e mais amplo. 
Outro obstáculo que atrapalha o aprendizado da Geografia pelos alunos surdos, é a falta de domínio da Língua Portuguesa e também da língua natural dos mesmos, a LIBRAS. Uma das alternativas para driblar essas é durante a aprendizagem de Geografia, o professor explorar, de todas as maneiras, os conceitos geográficos e fazer uma ligação com a realidade dos alunos surdos. Ou seja, a aula de Geografia para os alunos tem que ser o mais visual possível, o que de fato é interessante para qualquer aluno, porque quando a pessoa vê a imagem de um determinado conceito, ela aprende muito mais do que só repetir palavras. Trazer para as aulas dos alunos surdos, mapas conceituais, fluxogramas, organogramas, fotos, gravuras, desenhos, maquetes, entre outros, a aula torna-se mais interessante para eles, assim, com esses recursos visuais a percepção dos alunos surdos é maior e o seu entendimento da matéria também é melhor. Exemplos
Atividade 1: Confecção do Globinho 
Para a organização do Globinho serão usados: uma bola de isopor de 7,5 mm, cola, tesoura, lápis de cor, e a folha com o Mapa Mundi. O primeiro passo será o de colorir o mapa e recortá-lo, para que seja colado na bola de isopor. Os continentes, presentes no mapa deverão ser coloridos de verde, as águas dos continentes e dos rios coloridas de azul. Após essa colagem, os alunos deverão passar canetinhas coloridas, nas principais linhas imaginárias, que são os paralelos e os meridianos. Essa atividade é o início das outras atividades que serão trabalhadas, com o objetivo de que os alunos surdos tenham uma melhor compreensão do espaço mundial, por meio da localização dos continentes, e oceanos.
Atividade 2: Mapa Mundi 
Nessa atividade será apresentado aos alunos outro Mapa Mundi, o qual eles deverão colorir os continentes e todas as porções de terra de verde, e tudo que era água deverá ser colorido de azul, esse será o primeiro passo da atividade. Na segunda etapa os alunos deverão escrevr em seus devidos lugares os nomes dos principais meridianos e dos paralelos.
Atividade 3: Quebra-cabeça Geográfico 
Ao observar que os alunos ainda estavam com dificuldades para aprender as localidades corretas, foi proposto a atividade do Quebra-cabeça Geográfico, onde cada aluno recebeu em uma folha o desenho de um continente, que ele deveria colorir e recortar para que fosse possível colar em uma grande cartolina. Após todos os continentes em seus devidos lugares, foram marcados os principais Paralelos e os Meridianos e revisto os sinais correspondentes. 
06) Pesquise na apostila e em outras fontes sobre a história da educação de surdos e sobre os principais desafios e conquistas da comunidade surda até os dias de hoje, escreva um texto com os dados obtidos (Mínimo 30 linhas). 
R: O surdo tem em  seu passado,  a imagem de serem seres incapazes biologicamente, não tinham como aprender  ou demonstrar nenhum tipo de emoção  pois eles não ouviam  e nem falavam. O maior desafio que até hoje os surdos enfrentam é o preconceito. Alguns aspectos  históricos, lutas  que marcaram as conquistas dos surdos.
· Ponce de Leon  criou a primeira forma de alfabetizar os surdos o alfabeto digital.
· Lepper francês que ao observar os surdos nas ruas concluiu sua capacidade de expressar suas emoções através dos sinais, a partir daquele momento Leeper criou  o primeiro instituto de educação para surdos, ao mesmo tempo criou e  introduziu de forma pedagógica os sinais metódicos, através do Gestualismo.
· As realizações dos congressos em Milão foram decisivos para o futuro social dos surdos, neles foram conhecidos o Gestualismo (sinais) e o Oralismo  (fala)
· Em virtude do sucesso de um novo método alemão, o criador Heiniek, com seu filho conseguiu oralizar de forma perfeita. No II congresso de Milão ficou decidido que o Oralismo seria a nova forma pedagógica ensinada aos surdos. 
· Durante mais de 100 anos o Oralismo perdurou como um fantasma, pois a maioria dos surdos não  conseguiam oralizar e tinham sua aprendizagem  comprometida, esse período ficou marcado pela idade das trevas para os surdos.
· Na década de 60 em virtude dos graves problemas ocasionados pelo Oralismo surge a Comunicação Total caracterizada pelo uso dos sinais antes proibidos, o Oralismo, mais uma língua escrita e a leitura orofacial, mesmo assim os resultados não foram satisfatórios, pois os sinais eram  sistematizados.
· Na década de 80 surge o Bilingüismo com a proposta de combinar a língua de sinais, e a língua dos ouvintes através de um canal gesto visual, com isso é possível um canal de comunicação entre surdos e ouvintes. No Brasil a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), através de um alfabeto digital brasileiro e de um canal gesto visual seu surgimento se deu na década 70. Ainda no Brasil o intérprete passa a estar nas escolas sendo um canal de comunicação entre professores e alunos surdos, hoje libras é uma disciplina obrigatória nos cursos de licenciatura.
Bom trabalho!
ATIVIDADES AVALIATIVAS
 
 
Letramentos em Libras I
 
 
 
01)
 
O
 
que é Libras e quais os primeiros registros do uso da língua de sinais
? 
Quais as 
particularidades 
das Libras
 
em relação à língua portuguesa? 
O que é comunicação 
visual?
 
R:
 
 
A Libras, Língua 
Brasileira de Sinais, é uma língua da modalidade visual
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gestual (ou 
espaço
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visual), pois a informação linguística é recebida pelos olhos e reproduzida pelas mãos. É 
uma língua de modalidade espaço
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visual, com uma estrutura linguística distinta da língua 
po
rtuguesa, sendo completa como qualquer língua oral.
 
A língua de sinais é a língua natural das pessoas surdas. É adquirida naturalmente a partir 
do contato com falantes dessa língua. A Libras é a língua visual/gestual utilizada pela 
comunidade surda do Bras
il. O surdo não aprendesozinho a Libras. Ele precisa conviver com 
um surdo adulto que use esta língua para que possa adquirir língua e linguagem.
 
Existem sinais diferentes em outras regiões do país, como também acontece com algumas 
palavras da Língua Port
uguesa. As Libras têm uma gramática própria que é diferente do 
português. Devemos aprender a Libras com um surdo que seja envolvido com a comunidade 
surda. Não é uma língua difícil de aprender, mas precisa de empenho e uso frequente.
 
É a língua materna dos
 
surdos brasileiros e, como tal, pode ser aprendida por qualquer 
pessoa interessada pela comunicação com a comunidade surda. Como língua, esta é composta de 
todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica, pragmática, 
sintaxe e
 
outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada 
instrumental linguístico de poder e força. Possui todos os elementos classificatórios 
identificáveis de uma língua e demanda de prática para seu aprendizado, como qualque
r outra 
língua.
 
A comunicação visual abrange um universo amplo de modos de expressão que envolve as 
artes visuais: pintura escultura, desenho, gravuras, desenho industrial, incluímos a arte gráficas, 
cinema, fotografia, televisão, vídeo, computação, que re
sultam dos avanços tecnológicos e das 
transformações estéticas da modernidade. Representam, portanto, uma nova forma onde a 
criança se expressa, comunica
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se e atribui
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se sentido às sensações, pensamentos e sentimentos. 
As artes visuais foram entendidas com
o passa
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tempo, conotações decorativas e também reforço 
de aprendizagem de vários conteúdos.
 
 
02)
 
Observe as letras do alfabeto em Libras e associe com a língua portuguesa, 
assinalando se é verdadeiro ou falso:

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