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processo penal 2

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INQUÉRITO POLICIAL
PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO
PRISÃO EM FLAGRANTE
- Escrito (art. 9º do CPP)
- Feito por órgãos oficiais
- Conteúdo informativo, tendo valor probatório relativo
- Inquisitivo
- Sigiloso (art. 20 do CPP) | Súmula Vinculante 14 STF: É direito do defensor, no interesse
do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Flagrante próprio: é aquele em que o agente é surpreendido cometendo uma infração
penal ou quando acaba de cometê-la (art. 302, I e II, CPP).
 
Flagrante impróprio (quase-flagrante): realizado logo após a prática do delito, em que
o agente é perseguido em uma situação que faça presumir ser ele o autor do crime
(art. 302, III, CPP).
 
Provas
Juiz não pode proferir uma sentença condenatória somente com base nas provas
coletadas na fase investigatória (art. 155 do CPP)
 
Prova ilícita
Consequência  = desentranhamento dos autos (art. 157, CPP)
 
Prova ilícita por derivação: a ilicitude das provas obtidas por meios ilícios, se estendem,
em regra, às provas que dela derivam (ver art. 157, §1º do CPP).
Flagrante presumido: a pessoa não é “perseguida”, mas “encontrada”, não sendo
necessária a perseguição, bastando que a pessoa seja encontrada logo depois da
prática do ilícito em situação suspeita (art. 302, IV, CPP).
 
Flagrante forjado: Acusa inocente 
→ PRISÃO ILEGAL
 
Flagrante preparado/provocado: provoca, induz ou instiga 
→ CRIME IMPOSSÍVEL (súmula nº 145 do STF)
 
Decretação da prisão temporária
Requisitos obrigatórios (art. 1º da Lei 7.960/89): fundadas razões + estar o crime
cometido previsto no rol taxativo da Lei 7.960/89.
Não cabe na fase judicial.
Requisitos alternativos: necessidade de preservar a investigação criminal, não
possuir o réu residência fixa e não fornecer réu elementos para a sua identificação.
PRISÃO PREVENTIVA
• Garantia da ordem pública 
• Conveniência da instrução criminal 
• Garantia da aplicação da lei penal
• Garantia da ordem econômica  
• Só pode ser decretada em crimes DOLOSOS com 
pena máxima superior a 04 anos, ou reincidente em 
crime doloso, ou, em caso de violência doméstica, 
para garantir a execução da medida protetiva
• Lei nº 7.960/89
• Imprescindibilidade para as investigações do 
inquérito policial
• Duração: 05 dias prorrogáveis por mais 05 dias 
(crimes não hediondos); ou 30 dias 
prorrogáveis por mais 30 dias (crimes 
hediondos)
PRISÃO TEMPORÁRIA
PRISÃO PREVENTIVA E TEMPORÁRIA
AÇÃO PENAL
QUEIXA-CRIME
Pública Incondicionada: pode ser iniciada sem a manifestação de vontade de qualquer 
pessoa. É indisponível. Ex: homicídio. Te liga vivente!! A ação penal relativa ao crime de 
lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública 
incondicionada (Súmula 542 do STJ – ver art. 16 da Lei Maria da Penha).
 
Pública Condicionada: fica subordinada também à manifestação de vontade do 
ofendido ou do seu representante legal. O direito de representação tem prazo 
decadencial de 06 meses, contados da data da ciência da autoria do crime (art. 38, CPP).
 
Privada Subsidiária da Pública: é proposta nos crimes de ação pública, condicionada ou 
incondicionada, quando o MP deixar de fazê-lo no prazo legal. Isto é, ocorre no caso de 
inércia do órgão do MP, quando ele, no prazo que lhe é concedido para oferecer a 
denúncia, não a apresenta, não requer diligência, nem pede o arquivamento.
 
Privada: promovida mediante queixa do ofendido ou de seu representante legal. A peça 
inicial da ação penal privada é a queixa-crime. Prazo decadencial de 06 meses para o 
seu oferecimento. É disponível.
- Prazo para oferecimento: 06 meses
- Conta-se a partir da data do conhecimento da autoria do crime 
(art. 38, CPP e art. 103, CP)
- Prazo decadencial (art. 10, CP)
PROCEDIMENTO
Especial
 
Comum 
- ordinário: pena máxima cominada igual ou + de 04 anos
- sumário: + de 02 anos/ - de 04 anos pena máxima cominada
- sumaríssimo: até 02 anos de pena máxima cominada (Lei 9.099/95)
Art. 383, CPP - O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou 
queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, 
tenha de aplicar pena mais grave (não há fatos novos)
emendatio 
libelli
mutatio 
libelli
Art. 384, CPP - Aqui não ocorre simples emenda na acusação, mediante correção na 
tipificação legal, mas verdadeira mudança, implicando o surgimento de uma prova 
nova, desconhecida ao tempo do oferecimento da ação penal, levando a uma 
readequação dos episódios delituosos relatados na denúncia ou queixa.  
Se aplica somente em 1ª instância (Súmula 453 do STF).

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