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Aluno(a): Unidade Curricular Ética e Profissionalismo Prof. Me. Tiago Paiva Estudo de Caso Avaliativo- A2 Data: Diego Persch Turma: Enfermagem Noite ESTUDO DE CASO AVALIATIVO Este Estudo de Caso tem como objetivo: promover o novo, mas não o novo que vem pronto e sim aquele que possibilite o estudante descobrir. É preciso estimular sua pró-atividade desenvolvendo assim a habilidade de interpretar e transformar a sociedade no âmbito individual e coletivo identificando-se como agente modificador. Você deve compreender que o conhecimento é construído e não apenas imposto. Você precisa expressar seus conhecimentos prévios, além da sua criatividade, comunicação e autoconfiança. É preciso agora seu raciocínio crítico e reflexivo. A proposta a seguir aborda uma situação onde você deve desenvolver uma análise, tendo como base a Resolução RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012, da pesquisa que envolve seres humanos. ESTUDO DE CASO O cacique Marcos, que é uma liderança indígena da aldeia Kaingang Oré Kupri, no início dos anos 1980 autorizou a utilização de amostras de seu sangue para fins de pesquisa em artrite, cujo objetivo era o de avaliar aspectos genéticos associados as doenças reumatológicas. O geneticista responsável pela pesquisa, Dr. Richard, coletou sangue de outros 900 indígenas. Este estudo foi publicado em 1988. No final da mesma década o geneticista Richard, pesquisador responsável pelo projeto, se mudou do Brasil para os Estados Unidos, pois obteve um auxílio do Departamento de Saúde norte- americano para suas pesquisas, levando consigo todas as amostras de sangue. Desde a mudança do geneticista os indígenas não obtiveram respostas sobre o que havia sido feito com o material biológico estocado. Em 2000 ficaram sabendo que o Dr. Richard havia utilizado este mesmo material biológico para outros estudos em diferentes locais do mundo, sem ter solicitado novo consentimento. O Conselho Tribal reunido de 27 a 29 de setembro de 2000 decidiu solicitar a devolução de todas as amostras de sangue que o Dr Richard ainda possuir para evitar outros usos indevidos. O consentimento informado que havia sido dado pelos sujeitos da pesquisa era específico para a pesquisa em artrite reumatoide. Caso adaptado do repositório de casos da UFRGS. Link: https://www.ufrgs.br/bioetica/canada.htm A partir desta introdução, imagine o seguinte cenário: Vocês foram eleitos para integrarem a Comissão de Ética e Pesquisa (CEP) que deverá identificar e avaliar as questões éticas envolvidas neste caso. Após discutir com os demais integrantes do CEP vocês devem listar todas as questões bioéticas envolvidas no caso e apresentar uma decisão sobre a solicitação realizada pelo Conselho Tribal. A decisão da comissão deve ser subsidiada pela resolução RESOLUÇÃO Nº 466/2012. QUESTÕES ÉTICAS Referente as questões éticas e bioéticas do estudo de caso, está notavél vários fatores da falta de ética com relação ao pesquisador, com baseamento na RESOLUÇÃO Nº 466/2012. Juntamente com essa resoluçao teremos a resposta para o Conselho Tribal. II.14 - pesquisa envolvendo seres humanos - pesquisa que, individual ou coletivamente, tenha como participante o ser humano, em sua totalidade ou partes dele, e o envolva de forma direta ou indireta, incluindo o manejo de seus dados, informações ou materiais biológicos; II.15 - pesquisador - membro da equipe de pesquisa, corresponsável pela integridade e bem-estar dos participantes da pesquisa; II.16 - pesquisador responsável - pessoa responsável pela coordenação da pesquisa e corresponsável pela integridade e bemestar dos participantes da pesquisa; II.17 - protocolo de pesquisa - conjunto de documentos contemplando a descrição da pesquisa em seus aspectos fundamentais e as informações relativas ao participante da pesquisa, à qualificação dos pesquisadores e a todas as instâncias responsáveis; II.19 - relatório final - é aquele apresentado após o encerramento da pesquisa, totalizando seus resultados; II.20 - relatório parcial - é aquele apresentado durante a pesquisa demonstrando fatos relevantes e resultados parciais de seu desenvolvimento; II.22 - risco da pesquisa - possibilidade de danos à dimensão física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual do ser humano, em qualquer pesquisa e dela decorrente; III.1- b) ponderação entre riscos e benefícios, tanto conhecidos como potenciais, individuais ou coletivos, comprometendo-se com o máximo de benefícios e o mínimo de danos e riscos; c) garantia de que danos previsíveis serão evitados; d) relevância social da pesquisa, o que garante a igual consideração dos interesses envolvidos, não perdendo o sentido de sua destinação sócio-humanitária; VIII.1 - avaliar protocolos de pesquisa envolvendo seres humanos, com prioridade nos temas de relevância pública e de interesse estratégico da agenda de prioridades do SUS, com base nos indicadores epidemiológicos, emitindo parecer, devidamente justificado, sempre orientado, dentre outros, pelos princípios da impessoalidade, transparência, razoabilidade, proporcionalidade e eficiência, dentro dos prazos estabelecidos em norma operacional, evitando redundâncias que resultem em morosidade na análise. 1.1. envio para o exterior de material genético ou qualquer material biológico humano para obtenção de material genético, salvo nos casos em que houver cooperação com o Governo Brasileiro; 1.2. armazenamento de material biológico ou dados genéticos humanos no exterior e no País, quando de forma conveniada com instituições estrangeiras ou em instituições comerciais; QUESTÕES BIOÉTICAS III.2- a) ser adequada aos princípios científicos que a justifiquem e com possibilidades concretas de responder a incertezas; b) estar fundamentada em fatos científicos, experimentação prévia e/ou pressupostos adequados à área específica da pesquisa; e) utilizar os métodos adequados para responder às questões estudadas, especificando-os, seja a pesquisa qualitativa, quantitativa ou quali-quantitativa; f) se houver necessidade de distribuição aleatória dos participantes da pesquisa em grupos experimentais e de controle, assegurar que, a priori, não seja possível estabelecer as vantagens de um procedimento sobre outro, mediante revisão de literatura, métodos observacionais ou métodos que não envolvam seres humanos; g) obter consentimento livre e esclarecido do participante da pesquisa e/ou seu representante legal, inclusive nos casos das pesquisas que, por sua natureza, impliquem justificadamente, em consentimento a posteriori; p) comprovar, nas pesquisas conduzidas no exterior ou com cooperação estrangeira, os compromissos e as vantagens, para os participantes das pesquisas e para o Brasil, decorrentes de sua realização. Nestes casos deve ser identificado o pesquisador e a instituição nacional, responsáveis pela pesquisa no Brasil. Os estudos patrocinados no exterior também deverão responder às necessidades de transferência de conhecimento e tecnologia para a equipe brasileira, quando aplicável e, ainda, no caso do desenvolvimento de novas drogas, se comprovadas sua segurança e eficácia, é obrigatório seu registro no Brasil; q) utilizar o material e os dados obtidos na pesquisa exclusivamente para a finalidade prevista no seu protocolo, ou conforme o consentimento do participante; u) ser descontinuada somente após análise e manifestação, por parte do Sistema CEP/CONEP/CNS/MS que a aprovou, das razões dessa descontinuidade, a não ser em casos de justificada urgência em benefício de seus participantes. III.3- c) utilizar o material biológico e os dados obtidos na pesquisa exclusivamente para a finalidade prevista no seu protocolo, ou conforme o consentimento dado pelo participante da pesquisa; d) assegurar a todos os participantes ao final do estudo, por parte do patrocinador, acesso gratuito e por tempo indeterminado, aos melhores métodos profiláticos, diagnósticos e terapêuticos que se demonstraram eficazes:d.1) o acesso também será garantido no intervalo entre o término da participação individual e o final do estudo, podendo, nesse caso, esta garantia ser dada por meio de estudo de extensão, de acordo com análise devidamente Respota ao Conselho Tribal 6. o CEP poderá, se entender oportuno e conveniente, no curso da revisão ética, solicitar informações, documentos e outros, necessários ao perfeito esclarecimento das questões, ficando suspenso o procedimento até a vinda dos elementos solicitados.
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