Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
JESSICA - Aspectos específicos do corrimento vaginal Candidíase vulvovaginal · É a infecção da vulva e vagina, causada por um fungo comensal que habita a mucosa vaginal e digestiva, a relação sexual não é a principal forma de transmissão, visto que esses microrganismos podem fazer parte da flora endógena em até 50% das mulheres assintomáticas. Os sinais e sintomas podem se apresentar isolados ou associados: · - Prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável); · - Disúria; · - Dispareunia; · - Corrimento branco, grumoso e com aspecto caseoso (“leite coalhado”), igual demostrado na imagem abaixo. Vaginose bacteriana · É caracterizada por um desequilíbrio da microbiota vaginal normal, com diminuição acentuada ou desaparecimento de lactobacilos acidófilos (Lactobacillus spp) e aumento de bactérias anaeróbias (Prevotella sp. e Mobiluncus sp.), G. vaginalis, Ureaplasma sp., Mycoplasma sp., e outros. · Afeta cerca de 10% a 30% das gestantes e 10% das mulheres atendidas na atenção básica. Em alguns casos, pode ser assintomática. Sinais e sintomas: · Corrimento vaginal fétido, mais acentuado após a relação sexual sem o uso do preservativo, e durante o período menstrual; · • Dor à relação sexual (pouco frequente). · - Não é uma infecção de transmissão sexual Tricomoníase A tricomoníase é causada pelo T. vaginalis (protozoário flagelado), tendo como reservatório o colo uterino, a vagina e a uretra. Sinais e sintomas: • Corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso; • Prurido e/ou irritação vulvar; • Dor pélvica (ocasionalmente); • Sintomas urinários (disúria, polaciúria); • Hiperemia da mucosa (colpite difusa e/ou focal, com aspecto de framboesa). Métodos diagnósticos para corrimento vaginal · Os exames mais utilizados para o diagnóstico das infecções vaginais são: · pH vaginal · Teste de Whiff (teste das aminas ou “do cheiro”) · Exame a fresco · . Bacterioscopia por coloração de Gram MARIANA - Tratamento para corrimento vaginal · Candidíase vulvovaginal: a primeira opção de tratamento é o uso tópico de miconazol ou nistatina, a administração via oral de fluconazol ou itraconazol é a segunda opção de tratamento, porém está contraindicado para gestantes e lactantes, as parcerias sexuais devem ser tratadas apenas em casos sintomáticos. · Vaginose bacteriana: a primeira opção de tratamento é a administração de metronidazol, que pode ser por via oral ou por aplicação tópica na forma de gel vaginal, a segunda opção de tratamento é a clindamicina via oral. · Tricomoníase: a administração de metronidazol por via oral é a única opção de tratamento, mesmo para as gestantes e puérperas, pode prevenir infecção respiratória ou genital em RN. As parcerias sexuais devem ser tratadas com o mesmo esquema terapêutico. Corrimento uretral · As uretrites são IST caracterizadas por inflamação da uretra acompanhada de corrimento, que pode ter aspecto purulento, com volume variável, estando associado a dor uretral, disúria, estrangúria, prurido e eritema de meato uretral. Etiologia do corrimento uretral · Os agentes etiológicos mais importantes do corrimento uretral são a N. gonorrhoeae e a C. trachomatis. Outros agentes, como T. vaginalis, U. urealyticum, enterobactérias (nas relações anais insertivas), M. genitalium, vírus do herpes simples (HSV, do inglês Herpes Simplex Virus), adenovírus e Candida spp. Aspectos específicos do corrimento uretral · Uretrite gonocócica É um processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral, causado pela N. gonorrhoeae. O risco de transmissão de um parceiro infectado a outro é de 50% por ato sexual. A gonorreia é frequentemente assintomática em mulheres e também quando ocorre na faringe e no reto. · Uretrite não gonocócica É a uretrite sintomática que caracteriza-se, habitualmente, pela presença de corrimentos mucoides, discretos, com disúria leve e intermitente. A infecção por clamídia no homem é responsável por aproximadamente 50% dos casos de uretrite não gonocócica. A transmissão ocorre pelo contato sexual (risco de 20% por ato), sendo o período de incubação, no homem, de 14 a 21 dias. · Uretrites persistentes Os pacientes com diagnóstico de uretrite devem retornar ao serviço de saúde entre sete e dez dias após o término do tratamento. Os sinais e sintomas persistentes ou recorrentes de uretrite podem resultar de resistência bacteriana, tratamento inadequado, não adesão ao tratamento e reinfecção. Nesses casos, deve-se realizar a avaliação, principalmente, por meio da história clínica Juliana - Métodos diagnósticos para uretrites ELLILIAN - 5.3.1 Etiologia da úlcera genital Mayara - Doença inflamatória pélvica (DIP)
Compartilhar