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Variáveis Pré-Analíticas em Amostras Biológicas

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VARIÁVEIS PRÉ-ANALÍTICAS 
 
AMOSTRA BIOLÓGICA: todo tecido, líquido, secreção e excreção que venha de um 
organismo. Ex: sangue, urina, fezes, saliva, raspado de pele 
 PREPARO DO ANIMAL: 
1.Dieta: alguns exames precisam de jejum alimentar (4h) e hídrico (2h) 
• Interfere nas dosagens de minerais, açúcares, lipídeos, hormônios 
• Os lipídeos são o maior problema (hiperlipidemia), pois deixam o soro ou plasma turvo, 
ocasionando hemólise e interfere na dosagem bioquímica por espectofotometria (não 
deixa a luz passar). Se continuar turvo mesmo com jejum, animal pode ser obeso, ter 
problema pancreático, intestinal, etc. 
2.Atividade física: deve-se evitar 
• Afeta parâmetros hematológicos = há maior necessidade de oxigênio quando faz 
exercício, então o baço contrai para liberar hemácias (policitemia) 
• Afeta níveis de gases respiratórios (15min de repouso para gasometria) 
• Afeta enzimas musculares = saem do músculo e vão para o sangue quando faz exercício 
(ex: ácido lático – 30 min em repouso) 
• Gatos: afeta hormônios tireoidianos = quando faz exercício, consome T4 e TSH, podendo 
mascarar hipertireoidismo (120min em repouso) 
3.Estresse ou ataques convulsivos: ocorre por conta do manejo. Afeta glicemia (libera cortisol), 
leucograma de estresse (leucocitose) e enzimas musculares 
4.Fármacos: podem afetar exame bioquímico e hematológico 
• Analgésicos = aumenta o tempo de coagulação 
• Cloranfenicol = anemia e leucopenia (diminuição leucócitos) 
• Penicilina = trombocitopenia (diminuição plaquetas) 
MATERIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS: 
• Todo material com amostra biológica deve ser cuidadosamente preparado aliado a uma 
boa prática de coleta e armazenamento, e deve ser feito uso de EPI’s. Tudo para garantir 
menor interferência nas propriedades originais da amostra coletada 
• Materiais: algodão, álcool, seringa e agulha, coletor a vácuo, garrote (elástico, luva) 
FRASCOS COLETORES 
Tubo de soro 
(tampa vermelha) 
Não tem anticoagulante, é utilizado para análise bioquímica ou sorologia 
(AC e Ag). Remover o soro e colocar em tubo limpo p/ não degradar 
Tubo com gel 
(tampa amarela) 
Não tem anticoagulante, é utilizado para análise bioquímica ou 
sorologia. Tem um gel que separa a fração celular do soro quando a 
amostra é centrifugada 
Tubo com EDTA 
(tampa roxa) 
Possui anticoagulante (EDTA) que remove o cálcio da amostra e o 
fibrinogênio não consegue formar coágulo. Preserva volume e 
morfologia celular no esfregaço. Utilizado para hemograma 
Tubo com 
heparina (tampa 
verde) 
Possui anticoagulante (heparina) que remove trombina (faz parte da 
cascata de coagulação). Usado em testes bioquímicos especiais, 
gasometria, hemograma de aves e répteis 
Tubo com citrato 
(tampa azul) 
Possui anticoagulante (citrato de sódio) que remove o cálcio). Usado em 
testes bioquímicos especiais e teste de coagulação 
Tubo com 
fluoreto (tampa 
cinza) 
Possui fluoreto de sódio + EDTA ou heparina. Impede que a glicose seja 
consumida pela hemácia. Usado em análises glicêmicas 
 
 RECOMENDAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DOS TUBOS 
• Tubo com AC deve ser preenchido até seu volume específico (ideal 5ml = a qtdd de 
vácuo no tubo facilita), pois excesso de anticoagulante modifica VG e leucócitos 
• Inversão lenta 10X 
• Não se usa coleta a vácuo para cães e gatos 
• Em caso de vários procedimentos diagnósticos, preencher primeiro os tubos com AC 
COLHEITA DE SANGUE – FLEBOTOMIA 
1. Preparo do material (seringa, agulha, vacutainer, tubos) 
2. Contenção do animal e assepsia do local de colheita (se não fizer, contamina a amostra 
e causa agregação plaquetária ou coagulação) 
3. Repleção do vaso (garrote) 
4. Introdução da agulha (bisel voltado para cima, ângulo de 30º) 
LOCAIS PARA PUNÇÃO – SANGUE VENOSO 
Carnívoros Veia cefálica, jugular e safena. Artéria femoral restrita a algumas situações 
Equino Veia jugular e facial 
Bovino Veia jugular, mamária e coccígea 
Suíno Veia cava anterior, jugular, cefálica, seio orbital, veias da cauda/orelha 
5. Afrouxamento do garrote (evita hemoconcentração) e aspiração do sangue 
6. Retirada da agulha e assepsia local 
7. Transferir sangue para o tubo escolhido 
8. Homogeneização do sangue – inversão lenta 10X 
ARMAZENAMENTO, ENVIO E PROCESSAMENTO DA AMOSTRA 
• Identificar (procedência, nome, data) e manter refrigeração até o laboratório (entre 2 a 
4ºC) 
• Formulário do laboratório: dados do tutor, dados do animal (nome, espécie, raça, sexo, 
idade), data, material coletado, exames a serem realizados, suspeita clínica, 
complicações na coleta e uso de fármacos 
• Procedimento hematológico: a amostra deve ser refrigerada e analisada em 1h (T 
ambiente aumenta VCM e Ht). Caso não seja possível, preparar o esfregaço sanguíneo. 
Nunca congelar (descongelamento rompe as células) 
• Procedimento para avaliações bioquímicas: a amostra deve ser mantida em repouso 
de 15 a 30 min e em seguida centrifugada. O soro deve ser separado. Pode ser analisado 
dentro de 24-48h se estiver refrigerado, ou em período maior caso esteja congelado. 
INTERFERÊNCIAS 
• Caso ocorra hemólise ou coagulação, repetir a colheita 
• Hemólise = pode ser causada por demora na colheita, descarga violenta, sangue agitado 
com muito vigor, congelamento, T ambiente, utilização da mesma agulha. Diminui 
eritrócitos, VG, VCM e aumenta hemoglobina, CHCM e proteína plasmática 
• Fluidoterapia = dilui o sangue 
• Corticóides = diminuem leucócitos 
• Jejum = aumenta lipídeos (lipemia) e hemólise 
• Estresse = aumenta concentração de hemácias (policitemia) 
 
HEMATOLOGIA CLÍNICA 
 
PLASMA SORO 
- Colheita de sangue com anticoagulante 
- Utiliza para o hemograma, pois precisa das 
células viáveis 
- Centrifuga-se a 3000 rpm/10-15 min 
- Contém todos os fatores de coagulação 
- Maior quantidade proteica 
- Colheita de sangue sem anticoagulante 
- Espera-se a coagulação, seguida de 
centrifugação 
- Não contém os fatores de coagulação 
- Menor quantidade proteica 
 
 COMPOSIÇÃO DO SANGUE 
• Porção líquida (plasma): 60% 
• Porção sólida (eritrócitos, leucócitos e plaquetas): 
40% (destes, 99,9% são eritrócitos) 
• Leucócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos são 
granulares/ linfócitos e monócitos são agranulares 
• Monócitos: aumentado em doenças crônicas 
• Eosinófilos: aumentado em reação alérgica, 
parasitária, autoimune 
MANUTENÇÃO DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS 
• Tem vida curta e seus níveis no sangue são mantidos 
por 2 mecanismos: 
1.HEMATOPOIESE (produção): 
• Produção constante 
• Essa produção aumenta em 
uma hemorragia, processo 
inflamatório = portanto 
aumenta produção quando 
sua demanda é maior 
• Pode haver distúrbios (alterações elementos). Ex: anemia ferropriva (falta de ferro): é 
necessário ferro para sintetizar hemoglobina 
• Ocorre na vida embrionária, fetal e adulta 
• Célula tronco totipotente: pode dar origem a qualquer tipo de célula. Essa célula sofre 
mitose, dá origem a uma igual a ela, e se diferencia em uma célula pluripotente 
• Célula pluriponte: pode dar origem a apenas um tipo de tecido. No sangue, é o 
hemangioblasto, que dá origem ao tecido sanguíneo 
• Hemangioblasto: consegue se diferenciar em 2 células pluripotentes: uma vai fazer a 
vasculogênese (angioblasto - produção de células dos vasos) e a outra vai fazer a 
hematopoiese (hemocitoblasto - produção de células sanguíneas) 
 
• Toda célula jovem termina com “blasto” 
• Fatores para produção das células: fatores de transcrição gênica (informação genética 
para se diferenciar) e fatores de crescimento (hormônios que estimulam a produção, 
diferenciação e a maturação das células) 
• Eritropoetina induz a célula mieloide a se diferenciar em eritroblasto 
• Trombopoetina induz célula mieloide a se diferenciar em megacarioblasto 
Vida embrionária: hematopoiese ocorre no saco vitelínico, no mesoderma. Se inicia na 
primeira semana de gestação. Conforme as células tronco hematopoiéticas vão sendo 
produzidas, elasvão ficando em ilhas de sangue (ficam rodeadas por gordura) e se unem em 
UFC (unidades formadoras de colônia = podem ser eritróide, linfoide, dependendo do tipo de 
célula que vai dar origem) 
Vida fetal: As células tronco hematopoiéticas saem das ilhas e vão para fígado, timo, baço, 
medula óssea. Fígado e baço são os principais órgãos hematopoiéticos no feto. Só no terço final 
da gestação é que a medula assume esse papel, sendo que o baço continua produzindo só 
linfócitos 
Vida pós-natal: hematopoiese acontece na medula óssea dos ossos chatos e longos 
próximos ao tronco. A medula óssea é um órgão dinâmico capaz de remodelamento estrutural 
e funcional em resposta a fatores endócrinos. É composta por vasos, células tronco 
hematopoiéticas, CT estromal (dão origem aos outros tecidos) e matriz extracelular 
(sustentação) 
• Pode ser feito um exame de medula para diagnóstico. Locais de colheita para grandes 
animais: esterno e costela/ pequenos: para gatos, no fêmur, para cães, fêmur, crista 
ilíaca e tubérculo do úmero 
TIPOS DE MEDULA 
• Vermelha: está ativa = faz a hematopoiese 
• Amarela: inativa = tem capacidade de reversão = em uma necessidade do organismo, 
pode voltar a ser vermelha e passar a produzir células do sangue 
• Cinzenta: é a medula amarela que está fibrosando no idoso = não tem função. Baço e 
fígado podem voltar a fazer hematopoiese no animal idoso 
ERITROPOIESE: 
• Produção de eritrócitos = função de transporte de gases (CO2 e O2) 
• Acontece na medula vermelha 
• Célula hematopoiética comprometida eritropoetina unidade formadora de colônia 
eritróide progenitor mieloide eritróide (eritroblasto) eritrócito 
 
• Se animal anêmico apresentar quantidade aumentada de reticulócito no sangue, isso é 
bom, pois significa que a medula está reagindo (produzindo células novas) 
• Hemácias = quanto mais jovem, maior o tamanho. Nos mamíferos, não tem núcleo, é 
esférica e bicôncava (para que tenha flexibilidade), e o tamanho varia conforme a 
espécie. Em répteis e aves, são nucleadas e elípticas 
1.Fator de iniciação da eritropoiese: 
• Depende de hipóxia = se diminuir a oxigenação dos tecidos, há aumento da eritropoiese 
• Hipóxia pode ser causada por: hemocaterese acelerada (destruição de eritrócitos = 
doença autoimune); doenças cardiorrespiratórias (diminuem a oferta de oxigênio para 
os tecidos); concentração de O2 baixa (lugares mais altos); hemoglobinopatias 
• Hipóxia é reconhecida por células renais e hepáticas. Rins produzem eritrogenina e 
fígado produz eritropoietinogênio. No sangue tem uma enzima que convertem essas 
substâncias em eritropoetina, que vai atuar na célula tronco mieloide (CTM) e 
diferenciar ela em eritroblastos 
• A eritropoetina aumenta a velocidade da produção de células, acelera o trânsito, 
podendo ter a liberação de células imaturas no sangue 
• Outros hormônios podem influenciar na eritropoetina: andrógenos e prostaglandinas 
estimulam a produção de eritropoetina por ter ação direta nas células renais. Cortisol, 
tiroxina, adrenalina, prolactina, TSH e ACTH aumentam a exigência de oxigênio, 
aumentando a produção de eritropoetina. Estrógeno atua no rim inibindo a produção 
da eritrogenina (macho tem mais eritrócitos pois não produz estrógeno) 
2.Fatores de proliferação da eritropoiese: 
• Vitamina B12, ácido fólico, niacina = atuam na mitose = força para a divisão 
• Cobre, ferro, B6 = síntese de hemoglobina 
• Se faltar um destes, não há produção de hemácias = anemias nutricionais 
3.Fatores de maturação 
• Incorporação da hemoglobina = proteína conjugada (globina + grupo heme) 
• Grupo heme = ferro e protoporfirina (cor) = faz carreamento de CO2 e O2 
• É produzida no citoplasma das células que tem núcleo até o reticulócito (ainda tem 
mitocôndria e ribossomos) 
• Síntese incompleta (falta de componentes) = eritrócitos menores 
Fases importantes: mitose, incorporação de hemoglobina, extrusão do núcleo (se o núcleo 
ficar dentro da célula, não vai desempenhar função = macrófago remove), reticulócitos (indica 
se está tendo produção pela medula), eritrócito maduro 
2.HEMOCATARESE (lise celular – destruição): 
• Destruição de hemácias velhas, que não desempenham mais função, perdem a 
flexibilidade (precisam para passar pelos vasos), células parasitadas = 250 milhões são 
destruídas por hora 
• Macrófagos fagocitam essas hemácias em baço, fígado e medula óssea 
• Hemólise intravascular = lise de hemácia dentro do vaso = anemia autoimune, célula 
parasitada, defeituosa 
• Tempo de vida das hemácias = quanto + rápido o metabolismo, menor o tempo de vida 
• Destruição das 
hemácias = 
libera 
hemoglobina = a 
globina vai ser 
reaproveitada e 
a porção heme: 
o ferro vai 
compor outra 
hemoglobina e a 
protoporfirina 
vai ser 
transformada 
em bilirrubina, 
que é 
metabolizada 
pelo fígado e 
eliminada pela 
urina ou fezes. 
Se ficar 
acumulada, o paciente fica ictérico 
 
ERITROGRAMA 
 
• É a parte do hemograma que avalia só as células vermelhas 
• Amostra coletada com anticoagulante 
1.VOLUME GLOBULAR (VG) OU HEMATÓCRITO: 
• Fácil de fazer, barato, significativo = diz se o animal tem anemia ou não 
• Valor baixo significa uma anemia, paciente não vai oxigenar direito 
• Valor acima (policitemia) = fluxo fica menor, oxigenação prejudicada 
• Avalia o volume que as hemácias ocupam no sangue (%) 
• Preencher 2/3 do capilar de sangue 
2.CONTAGEM DE HEMÁCIAS: 
• Feita na câmara de 
Newbauer 
3.CONCENTRAÇÃO DE 
HEMOGLOBINA: 
• Feito pelo 
espectofotômetro 
• Menor valor na 
interpretação 
• Utilizado no cálculo de índices eritrocitários 
4.VCM – VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO 
• Indica o tamanho da hemácia 
• Utilizado para classificar anemias 
• VCM normal = anemia normocítica = é pior, significa que a medula não está produzindo 
hemácias 
• VCM aumentado = anemia macrocítica = é melhor, significa que a medula está 
produzindo (célula jovem é maior) 
• VCM diminuído = anemia microcítica = significa que está faltando hemoglobina 
5.CHCM – CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (%) 
• Indica quantidade de hemoglobina 
• Utilizado para classificar anemias 
• CHCM normal = anemia 
normocrômica (cor normal – ausência de regeneração) 
• CHCM diminuído = anemia hipocrômica ( cor, hemoglobina) 
• CHCM aumentado = não existe, hemácia tem limite de hemoglobina = artefatos e erros 
de técnica (interferência de substâncias, excesso de EDTA, hemólise) 
6.RETICULÓCITOS (%): 
• Contém ribossomos e mitocôndrias – “arroxeado” 
• Fazer lâmina com corante cresil, contar quantos são 
reticulócitos dentre 1000 hemácias 
• Paciente sadio = valores reduzidos ou ausentes 
• Se estiver aumentado, é indicativo de resposta da medula 
óssea 
• Classificam anemias: regenerativa (resposta medular – 1%) ou arregenerativa (sem 
resposta medular 
7.MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA: 
 1.Tamanho 
• Normal = VCM normal, hemácias de tamanho normal e constante (são maiores nos cães) 
• Anisocitose = hemácias de tamanhos diferentes. Indica regeneração, pois tem células 
jovens que não estão completamente maturas 
• Macrocitose = VCM aumentado, hemácias maiores (jovens) 
• Microcitose = VCM reduzido, hemácias menores (casos crônicos, anemia ferropriva) 
 2.Forma 
• Normal = disco bicôncavo, centro mais claro por conta da distribuição de hemoglobina 
• Rouleaux = hemácias em pilhas ou cadeias. É normal em equinos, e pequena quantidade 
em búfalos e felinos. Está relacionado com o aumento da proteína plasmática total 
(inflamações, infecções, neoplasias e gestação), onde as hemácias tendem a se agrupar 
• Poiquilocitose = alterações na produção, na manutenção das hemácias, decorrentes de 
processos patológicos ou não 
ESFERÓCITOS 
 
- Células menores em forma de esfera 
com pigmentação mais intensa e sem 
halo central 
- Injúria oxidativa (sulfa em gatos); 
veneno de cobra; anemia hemolítica 
autoimune; pós transfusão 
ACANTÓCITOS- Tem espículas e citoplasma irregulares 
- Hemangiossarcoma (neoplasia de vaso); 
doença hepática e renal; deficiência de 
ferro 
EQUINÓCITOS 
 
- Eritrócitos crenados 
- Ocorre em excesso de EDTA; drogas 
(furosemida, quimioterápicos) 
- Cavalos = depressão de eletrólitos 
- Cães = doença renal, veneno de cobra, 
neoplasia 
QUERATÓCITOS 
 
- Aparência de “mordida” 
- Ocorre em gatos saudáveis 
- Doenças hepáticas, CID (coagulação 
intravascular disseminada), deficiência de 
ferro 
ESQUISÓCITO 
 
- Eritrócitos fragmentados – diversas 
formas 
- Ocorre em injúria mecânica, CID, doença 
glomerular, hemangiossarcoma, 
deficiência de ferro avançada 
ESTOMATÓCITO 
 
- Apresenta uma alongada área pálida, 
semelhante a boca 
- Ocorre em artefato em esfregaços 
espessos, doença hepática e 
envenenamento 
LEPTÓCITOS - 
CÉLULAS EM 
ALVO 
 
- Condensação central e redistribuição de 
hemoglobina 
- Ocorre mais em cães 
- Doença renal, hepatobiliar e 
hipotireoidismo 
- Indicador de colesterol alto 
• Inclusões: 
CORPÚSCULO DE 
HOWELL-JOLLY 
 
- São fragmentos não funcionais de 
núcleo 
- Anemia regenerativa (produção de 
células jovens) 
- Normal em gatos e cavalos, mas 
incomum em cães e bovinos 
(removidos pelo baço) 
CORPÚSCULO DE 
HEINS 
 
-É um agregado de hemoglobina na 
periferia 
- Pequena quantia normal em gatos 
- Intoxicação por cebola e alho, uso de 
antibiótico e corticóides 
CORPÚSCULO DE 
LENTZ 
 
- São agregados de nucleocapsídeos 
virais 
- Infecção pelo paramyxovirus = ocorre 
na cinomose, mas não é confirmatório 
(se não encontrar, não exclui a doença) 
PONTEADO 
BASOFÍLICO 
 
- Agregado espontâneo do RNA 
ribossomal no citoplasma 
- Indica anemia regenerativa em 
ruminantes 
- Intoxicação por chumbo 
• Parasitas eritrocitários: 
BABESIA SPP 
 
ANAPLASMA MARGINALE 
 
3.Coloração 
• Normal = CHCM normal, região central mais clara 
• Policromasia = diferenças visuais de coloração, células com coloração azulada. Célula 
mais clara e maior = jovem = indicativo de regeneração na medula óssea 
• Hipocromia = células mais pálidas = falta hemoglobina = deficiência de ferro, cobre, B6 
 
ANEMIAS E POLICITEMIAS 
 
TERMOS 
• ...emia = sangue 
• ...penia = diminuição de série celular. Ex: leucopenia, linfopenia, trombocitopenia 
• ...citose = aumento de série celular. Ex: leucocitose, linfocitose 
ANEMIA: diminuição do número de eritrócitos circulantes ( VG) 
• Relativa = é falsa = não tem uma diminuição de eritrócitos, mas sim um aumento de 
plasma. Ex: fluidoterapia, lactação 
• Absoluta = verdadeira = diminuição de eritrócitos sem alteração da qtdd de plasma 
POLICITEMIA: aumento do número de eritrócitos circulantes ( VG) 
• Relativa = falsa = diminuição do plasma sem alteração da qtdd de hemácia 
(desidratação) 
• Absoluta = verdadeira = aumento de eritrócitos sem alteração da qtdd de plasma 
ANEMIAS: 
• Alterações em 3 variáveis: hematócrito, número de hemácia e/ou hemoglobina 
• Desequilíbrio entre produção e perda/destruição 
• É uma condição clínica secundária a diversas enfermidades = fisiológica (gestante), 
perda de sangue, hemólise acelerada, deficiência na produção de 
hemoglobina/eritrócitos, infecções severas, inflamações, febre 
• Clinicamente: transporte inadequado de oxigênio 
• Sintomas: alterações cardíacas/respiratórias, intolerância ao exercício, depressão, 
alteração de mucosas (cianose, icterícia), hemoglobinemia, hemoglobinúria 
• Tratamento emergencial: transfusão de sangue 
• Eritropoiese: hipóxia tecidual – aparelho justaglomerular – eritropoietina – maturação 
celular. Quando há necessidade, em 3-4 dias há produção de células jovens 
ANEMIA ABSOLUTA 
1.Classificação morfológica 
• VCM (normocítica X 
macrocítica X microcítica) 
• CHCM (normocrômica X 
hipocrômica) 
• Grau de diminuição de hemácias (discreta, moderada, severa) 
• Não define a causa da anemia, mas o mecanismo para seleção do tratamento 
 
2.Classificação pela resposta medular 
- Anemia regenerativa: presença de células maiores - eritrograma com sinais de regeneração 
(mínimo 3 dias) = reticulocitose, anisocitose, policromasia, corpúsculos de howell-jolly, 
pontilhado-basofílico 
• Felinos = reticulócitos agregados (fica no sangue 12h, depois matura e vira pontilhado) 
e pontilhados (7 dias para maturar e virar hemácia). Deve contar o agregado para saber 
se é regenerativa 
• Cães = reticulócitos agregados 
• Equinos = não tem reticulócitos no sangue periférico. Macrocitose e anisocitose é 
indicativo de regeneração 
- Anemia arregenerativa: ausência de células jovens, não há resposta da medula. Pode ser 
causada por disfunções da medula (fibrose, neoplasia) ou por ausência de elementos para a 
produção de hemácias (doença renal, enfermidades endócrinas, inflamatórias, infecciosas) 
3. Classificação etiológica: auxilia no diagnóstico 
 1 – Anemia hemorrágica: perda de sangue sem compensação de produção 
• Aguda = momentânea (traumas, úlceras GI, defeitos na hemostasia, cirurgias, 
neoplasias). Se fizer hemograma no 1º dia, vai ter anemia normocítica normocrômica e 
proteína baixa pois foi perdida na hemorragia. No 3º dia já tem sinais de regeneração, 
anemia macrocítica hipocrômica, proteína normal. Se no 7º dia a proteína estiver 
reduzida, ainda está tendo hemorragia ou tem problema hepático 
• Crônica = constante (parasitismo, úlceras GI, hematúria, neoplasias). É comum ter 
anemia microcítica hipocrômica, pois houve muita perda de ferro. Achados podem estar 
relacionados a anemia regenerativa ou não 
 2 – Anemia hemolítica: destruição acelerada sem compensação de produção 
• Intravascular = nos vasos (bactérias, fármacos, imunomediada, transfusão incompatível, 
cebola). Quem destrói é o sistema complemento. Haptoglobina pega hemoglobina do 
sangue para ser levada até o fígado e metabolizada pelas células de kupffer. A 
eliminação é feita pelo rim 
• Extravascular = nos tecidos (parasitas, lúpus, AIE, autoimune, defeitos eritrocitários). 
Quem destrói é o sistema monocítico fagocitário (macrófagos, baço e fígado). Anemia 
imuno mediada – presença de IgG, complemento e esferócitos 
• Achados incluem resposta regenerativa: proteína normal, hiperbilirrubinemia, 
hemoglobinúria, hemoglobinemia, plasma avermelhado ou amarelado 
 3 – Anemia hipoplásica ou aplásica: diminuição ou ausência de produção 
• Causas: doença renal, deficiência de proteínas/minerais/vitaminas, neoplasias, 
inflamação, doenças endócrinas, danos a MO, agentes infecciosos 
• Aplasia: diminuição de todas as células (pancitopenia) 
• Geralmente é arregenerativa = normocítica/normocrômica ou microcítica/hipocrômica 
• Tratar causa base! 
POLICITEMIAS: 
 
 - Policitemia relativa: desidratação (hemoconcentração), contração esplênica (exercício, 
estresse ou dor). O2 e eritropoetina dentro da normalidade 
- Policitemia absoluta: 
• Prejuízo no transporte de oxigênio (viscosidade do sangue) 
• Cianose e congestão de mucosas (fluxo lento e desoxigenado) 
• Oxigenação tecidual reduzida, distúrbios neurológicos e aumento do risco de trombose 
• Primária (verdadeira): mieloproliferativa (desordem da medula – elevação das células 
sanguíneas com exceção linfócitos). O2 estará normal, eritropoetina normal ou 
diminuída 
• Secundária: elevação dos eritrócitos, comprometimento da oxigenação (altitudes 
elevadas, doença cardíaca e pulmonar, tetralogia de Fallot). O2 estará reduzido e 
eritropoetina aumentada (rim e fígado reconhecem situação de hipóxia e produzem 
eritropoetina). Em caso de cisto e tumor renal e hipoadrenocorticismo, há aumento de 
eritropoetina, mas não tem hipóxia 
 
LEUCOGRAMA 
 
• CONTAGEM TOTAL DE LEUCÓCITOS (leucometria): para a contagem de hemácias é 
utilizada solução salina. Já para contagem de leucócitos é utilizada a solução de turkey. 
A contagem também é feita na câmara de Neubauer 
• CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS: realizada com esfregaço e corante panótico 
rápido. Contagemde 100 leucócitos e marca qual é (neutrófilo, linfócito, monócito, 
eosinófilo, basófilo) 
• MORFOLOGIA DOS LEUCÓCITOS: alterações no esfregaço 
LEUCÓCITOS: 
• São as células brancas, atuam em processos inflamatórios e imunológicos 
• Possuem células precursoras 
• São divididos em granulócitos ou polimorfonucleares (neutrófilo, eosinófilo, basófilo) e 
agranulócitos ou mononucleares (linfócitos, monócito) 
• Sangue é o meio de transporte 
• Equilíbrio: fornecimento p/ tecido = demanda e estoque (reserva na MO) 
 
COMPARTIMENTOS FUNCIONAIS NA MO: 
• Proliferativo = mieloblastos, promielócitos e mielócito – 2-3 dias 
• Maturação = metamielócitos 2-3 dias 
• Reserva = bastonete (jovem) e segmentados (maduro) reserva p/8 dias 
NEUTRÓFILOS (60-70%) 
- Núcleo segmentado, escuro 
 
- Produzidos na MO, circulam no sangue e 
migram para tecidos (trato respiratório, 
digestório e urogenital) 
- Estímulo: liberação de fator estimulante 
de colônia na corrente sanguínea, que atua 
na MO para ativar proliferação e 
maturação 
 
- Neutrófilo jovem (bastonete): núcleo em 
formato de “ferradura” 
- Função: fagocitose e morte de 
microrganismos 
- Compartimentos de neutrófilos maduros: 
 1.Reserva da MO: suprimento por 8 dias 
(bovino tem baixa reserva). Em caso de 
demanda, haverá rápida mobilização. 
Quando esgota reserva, é ativado 
compartimento de proliferação – 
neutrófilos maduros emergem ao sangue 
em torno de 3-7 dias 
 2.Circulante (50%): neutrófilos livres no 
sangue. Meia vida 14h, migração para 
tecidos (meia vida 2-3 dias). Na coleta 
avalia apenas circulante 
 3.Marginal (50%): neutrófilos aderidos 
em baço, fígado, pulmões e parede de 
capilares. Felinos possuem 2 a 3 X mais. 
Mobilizados sob influência de adrenalina e 
corticoides 
EOSINÓFILOS (2-4%) 
 
- Grânulos vermelhos e brilhantes 
- Núcleo bipartido 
- Produzidos na MO e tecidos linfoides 
- Meia vida de 1 a 2 h 
- Ativação principal por histamina e 
complexo ag/ac com IgE 
- Funções relacionadas a alergias, 
inflamações e parasitismo 
BASÓFILOS (0,5-1%) 
 
- Grânulos azul escuro 
- Em menor quantidade (raros em equinos 
e ruminantes) 
- Produzidos na MO 
- Ação semelhante a de mastócitos = 
liberam histamina, serotonina, heparina 
(mediadores da resposta inflamatória) 
 
MONÓCITOS (3-8%) 
 
- Célula grande, citoplasma mais escuro e 
núcleo variado 
- Produção na MO 
- Sangue (3 dias) e tecidos (macrófagos – 3 
meses) 
- Função: fagocitose e regula resposta 
imune – apresentador de antígeno 
LINFÓCITOS (20-25%) 
 
- Núcleo grande, ocupa quase todo o 
citoplasma, é pequeno 
- Desenvolvimento na MO e órgãos 
linfoides 
- Células precursoras vindas da MO e timo 
- Linfopoiese após estímulo é feita por 
linfonodos, baço e tecido linfoide viscerais 
- 70% faz recirculação (sai para o tecido e 
retorna para o sangue) – não tem como 
saber tempo de meia vida 
- Função: resposta imune celular (linf T) e 
humoral (linf B – anticorpo) 
- Depressão: corticoides; má nutrição 
 
INTERPRETAÇÃO DO LEUCOGRAMA 
 
• “Filia” = aumento granulofílicos (neutrofilia, eosinofilia, basofilia) 
• “Citose” = aumentos (leucocitose, monocitose, linfocitose) 
• “Penia” = redução (leucopenia, neutropenia, linfopenia, eosinopenia, monopenia) 
CONTAGEM DIFERENCIAL 
• Contagem relativa = contagem de 100 leucócitos na lâmina (%) 
• Contagem absoluta = multiplicar valor relativo pelo nº total de leucócitos/100 
RELATIVO ABSOLUTO (+ seguro) 
Linfócitos 70% (20-35%) 
Neutrófilos 30% (60-80%) 
Linfocitose relativa e neutropenia relativa 
Leucócitos totais: 2,0 X 10³ (6,0-17,0) 
Linfócitos: 1,4 X 10³ (1,0-4,0) 
Neutrófilos: 0,6 X 10³ (3,0-11,5) 
Neutropenia absoluta 
IMPORTANTE: contagens, alterações morfológicas, proteína plasmática total (6-8 g/dl) – indica 
se animal está hidratado e processo inflamatório (fígado aumenta produção de fibrinogênio) 
LEUCOCITOSE: leucócitos, é mais comum que leucopenia. Causas: anormalidades na produção, 
distribuição, uso e vida média 
 - Leucocitose fisiológica: 
• Presença de adrenalina = compartimento marginal se desprende, causando neutrofilia 
e linfocitose (equinos jovens e felinos) 
• Presença de corticosteroides (estresse ou doença) = leucocitose por neutrofilia (faz sair 
neutrófilos do compartimento de reserva da medula e reduz diapedese), linfopenia (é 
tóxico para alguns linfócitos e impede recirculação) e eosinopenia (efeito anti-
histamínico – não atrai eosinófilo para o sangue) = droga imunossupressora 
- Leucocitose reativa: ocorre em resposta a uma doença. Tem diversas causas e 
apresentações, pode ocorrer desvios, elevação de fibrinogênio, ausência de linfopenia e 
eosinopenia 
 - Leucocitose proliferativa: alteração neoplásica da célula pluripotente – foca em 
produzir um tipo e para de produzir outros. São as leucemias, podem ocorrer com linfócitos, 
monócitos e neutrófilos. Tem pequenas evidências no sangue periférico 
LEUCOPENIA: leucócitos 
• Bactérias = neutropenia 
• Vírus = linfopenia. Retorno de linfócitos no sangue é um prognóstico bom. Ex: cinomose 
(atrofia e necrose do tecido linfoide) 
• Sobrevivência reduzida de neutrófilos, produção reduzida, demanda alta, sequestro de 
neutrófilos (vai p/compartimento marginal por ter toxina circulante) 
DESVIOS (NEUTRÓFILOS): 
 - À esquerda: Aumento de células 
imaturas (bastonetes). Avalia capacidade 
da medula de produzir e maturar células 
• Regenerativo = acompanhado de 
neutrofilia – medula está 
produzindo e maturando 
• Degenerativo = acompanhado de 
neutropenia ou nº neutrófilo 
normais – medula não está dando 
conta de maturar. Bovinos não 
tem compartimento de reserva, então é comum encontrar 
- À direita: presença de hipersegmentados (5 ou mais núcleos) 
• Corticosteroides = neutrófilos não são removidos 
• Vitamina B12 = importante para remoção dessas células pelo fígado 
NEUTROFILIA: neutrófilos – causas: desvio de células marginais (adrenalina), ação de esteroides 
(estresse), infecção, inflamação, neoplasias, doenças auto-imune 
NEUTROPENIA: neutrófilos – causas: aumento marginalização (endotoxinas), aumento da 
demanda, redução da produção ou destruição (infecção/fármacos), neoplasia 
EOSINOFILIA: eosinófilos – causas: hipersensibilidade, parasitismo, lesão tecidual, estro e 
prenhez, neoplasia, hipoadrenocorticismo (muita liberação de histamina) 
EOSINOPENIA: eosinófilos – causas: ação da adrenalina e corticoides na histamina (iatrogênica, 
estresse, hiperadrenocorticismo) 
BASOFILIA: basófilos – causas: hipersensibilidade, inflamação (respiratório e gastrointestinal), 
neoplasias. Associado a eosinofilia 
MONOCITOSE: monócitos – causas: comum em doenças crônicas, efeitos esteroidais, leucemia, 
infecções, septicemias e hemorragias 
LINFOCITOSE: linfócitos – é incomum – causas: neoplasias, doenças auto-imune, inflamação, 
infecção, fisiológica (adrenalina), filhotes (adquirindo imunidade), pós-vacinação (produção de 
anticorpos) 
LINFOPENIA: linfócitos – causas: corticoides, infecções virais, neoplasias, quimioterapia 
RELAÇÃO NEUTRÓFILO x LINFÓCITO 
• Ruminantes = animais linfáticos = 70% linfócitos e 30% neutrófilos 
• Maioria das espécies = animais sanguíneos = 70% neutrófilos e 30% linfócitos 
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS - Contador automático não mostra anomalias 
NEUTRÓFILOS MULTISEGMENTADOS 
- IRC 
- Corticóides, estresse 
- Mieloproliferativas 
- Amostras “velhas” 
 
NEUTRÓFILOS COM GRÂNULOS TÓXICOS 
- Células muito jovens (pouco tempo de maturação – não 
perdeu os grânulos) 
- Processos inflamatórios longos, toxemia severa 
 
NEUTRÓFILOS COM CORPÚSCULO DE DOHLE 
- Vestígio de ribossomo (pouco tempo de maturação) 
- Infecções, traumas, queimaduras 
- Toxemia discreta 
 
LINFÓCITOS REATIVOS E ATÍPICOS 
- Reativos: linfócito B que teve contato com antígeno (se 
preparando para produzir AC) 
- Atípicos: após contato com o Ag – infecções, doenças 
auto-imunes 
 
DIFERENÇAS ENTRE ESPÉCIES:• Cães: alterações + pronunciadas na inflamação e estresse 
• Felinos: mais propensos a leucocitose fisiológica 
• Equinos: neutrofilia e desvios incomuns 
• Bovinos: neutropenias são comuns – compartimento de reserva reduzido 
 
NEOPLASIA DE CÉLULAS HEMATOPOIÉTICAS DA MEDULA ÓSSEA 
 
• Não são comuns 
• Diagnóstico moderado quando existe grande nº de células. Mas é difícil saber sua 
origem e difícil diagnosticar quando é uma neoplasia diferenciada 
• Diagnósticos: imunofenotipagem (célula envolvida), coloração citoquímica (impregna 
no tipo celular), avaliação de medula óssea, testes genéticos 
CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO 
• Leucemia = neoplasia de medula 
• Linfoma = neoplasia de tecido linfoide que pode se propagar para a medula 
LINFOMA 
• Neoplasia de células linfoides de alta incidência na clínica 
• É tratável (quimioterapia), mas não curável – tem caráter degenerativo 
• Remissão (diminui atividade celular e tira os sinais clínicos), mas depois recidivas 
• Diagnóstico: biópsia linfonodo, citologia (punção agulha fina), imunofenotipagem (linf T 
é mais agressivo), patologia (aumento órgãos – baço, rins) 
- Apresentações clínicas: 
• Multicêntrico – linfonodos periféricos e internos bilaterais, tonsilas, fígado e baço 
• Alimentar – linfonodos mesentéricos (comum em gatos e agressivo em cães). Em gatos 
causa náusea/vômito, diarreia, perda de peso 
• Extranodal – fora do linfonodo -ocular, renal, tecido linfoide associado as mucosas, nasal 
(diferenciar de criptococose e carcinoma de células escamosas) 
• Cutâneo 
• Mediastinal – comum em gatos felv + (leucemia viral felina) 
- Exame físico: aumento de volume dos linfonodos, sensível 
 - Sinais clínicos: febre, vômitos, apatia, anorexia, perda de peso, edemas/efusões 
(compressão vasos linfáticos), dispneia, uveíte, hipópio, glaucoma 
 - Achados laboratoriais (hemograma): 
• Anemia = prognóstico ruim, pois paciente precisa dessas células para oxigenação = n/n 
arregenerativa, por doença crônica, por perda crônica (sangue), imunomediada 
• Linfocitose = rara, ocorre em casos terminais 
• Linfopenia = diminuição de produção e recirculação 
• Linfócitos atípicos (neoplásicos) = suspeita 
• Trombocitopenia (55% dos casos) = imunomediada ou falha na produção 
- Achados laboratoriais (bioquímica clínica): soro – tubo vermelho 
• Aumento fosfatase alcalina = indica alteração medular ou hepática 
• Aumento ALT e AST = enzimas hepáticas de extravasamento 
• Azotemia = aumento ureia e creatinina 
• Hipercalcemia = tumor pode secretar substâncias que degradam os ossos e começam a 
reabsorver o cálcio. Animal começa a apresentar quadros neurológicos 
- Estágios: 
1. Envolvimento de um único linfonodo/tecido linfoide em um órgão 
2. Envolvimento de linfonodos regionais e tonsilas 
3. Envolvimento generalizado dos linfonodos 
4. Envolvimento hepático e/ou esplênico 
5. Manifestações hematológicas, da MO e outros sistemas 
LEUCEMIA 
• Proliferação clonal maligna de células hematopoiéticas na MO = aumento leucócitos 
• São classificadas de acordo com a linhagem celular = linhagem linfoide (para de produzir 
células de origem mieloide) ou linhagem mieloide (para de produzir linfócitos) 
• Pode ser aguda quando há predomínio de células jovens (blastos) ou crônica quando há 
predomínio de células maduras 
LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA – mais frequente 
• Transformação maligna de células tronco da linhagem mieloide = aumento da 
velocidade de produção, diminuição da apoptose (morte) e bloqueio na diferenciação 
celular (não consegue maturar) 
• Resultado = aumento de blastos, com insuficiência da medula óssea e outros tecidos 
• Sinais = prostração, perda de peso, anorexia, mucosas pálidas, febre, sangramento de 
mucosas ( plaquetas e hemácias), claudicação, hepato/espleno/linfonodomegalia 
(tentando compensar produção de linfócitos) 
• Achados laboratoriais = anemia n/n, trombocitopenia, leucocitose (>100.000) com 
presença de blastos, mielograma (MO infiltrada por blastos) 
LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA 
• Mais comum em gatos felv + (leucemia felina) 
• Sinais clínicos inespecíficos 
• Tempo de latência variável 
• Achados laboratoriais = anemia n/n, trombocitopenia, leucograma variável inclusive 
quanto a presença de blastos, mielograma (20% de blastos leucêmicos) 
LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA 
• Geralmente achado em exame de rotina, mais comum em cães idosos 
• Sinais clínicos inespecíficos 
• Linfocitose madura e persistente 
• Leucocitose variável, anemia leve ou ausente 
MIELOMA MÚLTIPLO 
• Infiltração da medula óssea por clones malignos de plasmócitos = intensa produção de 
AC (proteína M = anormal) 
• Sinais clínico-patológicos = osteopatias (retirada de cálcio dos ossos), pancitopenia 
(diminuição de todas as células), hiperviscosidade do sangue, hipercalcemia, e doença 
renal (amiloidose – excesso de proteína) 
• Mais frequente em cães de idade avançada

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