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VARIÁVEIS PRÉ-ANALÍTICAS AMOSTRA BIOLÓGICA: todo tecido, líquido, secreção e excreção que venha de um organismo. Ex: sangue, urina, fezes, saliva, raspado de pele PREPARO DO ANIMAL: 1.Dieta: alguns exames precisam de jejum alimentar (4h) e hídrico (2h) • Interfere nas dosagens de minerais, açúcares, lipídeos, hormônios • Os lipídeos são o maior problema (hiperlipidemia), pois deixam o soro ou plasma turvo, ocasionando hemólise e interfere na dosagem bioquímica por espectofotometria (não deixa a luz passar). Se continuar turvo mesmo com jejum, animal pode ser obeso, ter problema pancreático, intestinal, etc. 2.Atividade física: deve-se evitar • Afeta parâmetros hematológicos = há maior necessidade de oxigênio quando faz exercício, então o baço contrai para liberar hemácias (policitemia) • Afeta níveis de gases respiratórios (15min de repouso para gasometria) • Afeta enzimas musculares = saem do músculo e vão para o sangue quando faz exercício (ex: ácido lático – 30 min em repouso) • Gatos: afeta hormônios tireoidianos = quando faz exercício, consome T4 e TSH, podendo mascarar hipertireoidismo (120min em repouso) 3.Estresse ou ataques convulsivos: ocorre por conta do manejo. Afeta glicemia (libera cortisol), leucograma de estresse (leucocitose) e enzimas musculares 4.Fármacos: podem afetar exame bioquímico e hematológico • Analgésicos = aumenta o tempo de coagulação • Cloranfenicol = anemia e leucopenia (diminuição leucócitos) • Penicilina = trombocitopenia (diminuição plaquetas) MATERIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS: • Todo material com amostra biológica deve ser cuidadosamente preparado aliado a uma boa prática de coleta e armazenamento, e deve ser feito uso de EPI’s. Tudo para garantir menor interferência nas propriedades originais da amostra coletada • Materiais: algodão, álcool, seringa e agulha, coletor a vácuo, garrote (elástico, luva) FRASCOS COLETORES Tubo de soro (tampa vermelha) Não tem anticoagulante, é utilizado para análise bioquímica ou sorologia (AC e Ag). Remover o soro e colocar em tubo limpo p/ não degradar Tubo com gel (tampa amarela) Não tem anticoagulante, é utilizado para análise bioquímica ou sorologia. Tem um gel que separa a fração celular do soro quando a amostra é centrifugada Tubo com EDTA (tampa roxa) Possui anticoagulante (EDTA) que remove o cálcio da amostra e o fibrinogênio não consegue formar coágulo. Preserva volume e morfologia celular no esfregaço. Utilizado para hemograma Tubo com heparina (tampa verde) Possui anticoagulante (heparina) que remove trombina (faz parte da cascata de coagulação). Usado em testes bioquímicos especiais, gasometria, hemograma de aves e répteis Tubo com citrato (tampa azul) Possui anticoagulante (citrato de sódio) que remove o cálcio). Usado em testes bioquímicos especiais e teste de coagulação Tubo com fluoreto (tampa cinza) Possui fluoreto de sódio + EDTA ou heparina. Impede que a glicose seja consumida pela hemácia. Usado em análises glicêmicas RECOMENDAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DOS TUBOS • Tubo com AC deve ser preenchido até seu volume específico (ideal 5ml = a qtdd de vácuo no tubo facilita), pois excesso de anticoagulante modifica VG e leucócitos • Inversão lenta 10X • Não se usa coleta a vácuo para cães e gatos • Em caso de vários procedimentos diagnósticos, preencher primeiro os tubos com AC COLHEITA DE SANGUE – FLEBOTOMIA 1. Preparo do material (seringa, agulha, vacutainer, tubos) 2. Contenção do animal e assepsia do local de colheita (se não fizer, contamina a amostra e causa agregação plaquetária ou coagulação) 3. Repleção do vaso (garrote) 4. Introdução da agulha (bisel voltado para cima, ângulo de 30º) LOCAIS PARA PUNÇÃO – SANGUE VENOSO Carnívoros Veia cefálica, jugular e safena. Artéria femoral restrita a algumas situações Equino Veia jugular e facial Bovino Veia jugular, mamária e coccígea Suíno Veia cava anterior, jugular, cefálica, seio orbital, veias da cauda/orelha 5. Afrouxamento do garrote (evita hemoconcentração) e aspiração do sangue 6. Retirada da agulha e assepsia local 7. Transferir sangue para o tubo escolhido 8. Homogeneização do sangue – inversão lenta 10X ARMAZENAMENTO, ENVIO E PROCESSAMENTO DA AMOSTRA • Identificar (procedência, nome, data) e manter refrigeração até o laboratório (entre 2 a 4ºC) • Formulário do laboratório: dados do tutor, dados do animal (nome, espécie, raça, sexo, idade), data, material coletado, exames a serem realizados, suspeita clínica, complicações na coleta e uso de fármacos • Procedimento hematológico: a amostra deve ser refrigerada e analisada em 1h (T ambiente aumenta VCM e Ht). Caso não seja possível, preparar o esfregaço sanguíneo. Nunca congelar (descongelamento rompe as células) • Procedimento para avaliações bioquímicas: a amostra deve ser mantida em repouso de 15 a 30 min e em seguida centrifugada. O soro deve ser separado. Pode ser analisado dentro de 24-48h se estiver refrigerado, ou em período maior caso esteja congelado. INTERFERÊNCIAS • Caso ocorra hemólise ou coagulação, repetir a colheita • Hemólise = pode ser causada por demora na colheita, descarga violenta, sangue agitado com muito vigor, congelamento, T ambiente, utilização da mesma agulha. Diminui eritrócitos, VG, VCM e aumenta hemoglobina, CHCM e proteína plasmática • Fluidoterapia = dilui o sangue • Corticóides = diminuem leucócitos • Jejum = aumenta lipídeos (lipemia) e hemólise • Estresse = aumenta concentração de hemácias (policitemia) HEMATOLOGIA CLÍNICA PLASMA SORO - Colheita de sangue com anticoagulante - Utiliza para o hemograma, pois precisa das células viáveis - Centrifuga-se a 3000 rpm/10-15 min - Contém todos os fatores de coagulação - Maior quantidade proteica - Colheita de sangue sem anticoagulante - Espera-se a coagulação, seguida de centrifugação - Não contém os fatores de coagulação - Menor quantidade proteica COMPOSIÇÃO DO SANGUE • Porção líquida (plasma): 60% • Porção sólida (eritrócitos, leucócitos e plaquetas): 40% (destes, 99,9% são eritrócitos) • Leucócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos são granulares/ linfócitos e monócitos são agranulares • Monócitos: aumentado em doenças crônicas • Eosinófilos: aumentado em reação alérgica, parasitária, autoimune MANUTENÇÃO DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS • Tem vida curta e seus níveis no sangue são mantidos por 2 mecanismos: 1.HEMATOPOIESE (produção): • Produção constante • Essa produção aumenta em uma hemorragia, processo inflamatório = portanto aumenta produção quando sua demanda é maior • Pode haver distúrbios (alterações elementos). Ex: anemia ferropriva (falta de ferro): é necessário ferro para sintetizar hemoglobina • Ocorre na vida embrionária, fetal e adulta • Célula tronco totipotente: pode dar origem a qualquer tipo de célula. Essa célula sofre mitose, dá origem a uma igual a ela, e se diferencia em uma célula pluripotente • Célula pluriponte: pode dar origem a apenas um tipo de tecido. No sangue, é o hemangioblasto, que dá origem ao tecido sanguíneo • Hemangioblasto: consegue se diferenciar em 2 células pluripotentes: uma vai fazer a vasculogênese (angioblasto - produção de células dos vasos) e a outra vai fazer a hematopoiese (hemocitoblasto - produção de células sanguíneas) • Toda célula jovem termina com “blasto” • Fatores para produção das células: fatores de transcrição gênica (informação genética para se diferenciar) e fatores de crescimento (hormônios que estimulam a produção, diferenciação e a maturação das células) • Eritropoetina induz a célula mieloide a se diferenciar em eritroblasto • Trombopoetina induz célula mieloide a se diferenciar em megacarioblasto Vida embrionária: hematopoiese ocorre no saco vitelínico, no mesoderma. Se inicia na primeira semana de gestação. Conforme as células tronco hematopoiéticas vão sendo produzidas, elasvão ficando em ilhas de sangue (ficam rodeadas por gordura) e se unem em UFC (unidades formadoras de colônia = podem ser eritróide, linfoide, dependendo do tipo de célula que vai dar origem) Vida fetal: As células tronco hematopoiéticas saem das ilhas e vão para fígado, timo, baço, medula óssea. Fígado e baço são os principais órgãos hematopoiéticos no feto. Só no terço final da gestação é que a medula assume esse papel, sendo que o baço continua produzindo só linfócitos Vida pós-natal: hematopoiese acontece na medula óssea dos ossos chatos e longos próximos ao tronco. A medula óssea é um órgão dinâmico capaz de remodelamento estrutural e funcional em resposta a fatores endócrinos. É composta por vasos, células tronco hematopoiéticas, CT estromal (dão origem aos outros tecidos) e matriz extracelular (sustentação) • Pode ser feito um exame de medula para diagnóstico. Locais de colheita para grandes animais: esterno e costela/ pequenos: para gatos, no fêmur, para cães, fêmur, crista ilíaca e tubérculo do úmero TIPOS DE MEDULA • Vermelha: está ativa = faz a hematopoiese • Amarela: inativa = tem capacidade de reversão = em uma necessidade do organismo, pode voltar a ser vermelha e passar a produzir células do sangue • Cinzenta: é a medula amarela que está fibrosando no idoso = não tem função. Baço e fígado podem voltar a fazer hematopoiese no animal idoso ERITROPOIESE: • Produção de eritrócitos = função de transporte de gases (CO2 e O2) • Acontece na medula vermelha • Célula hematopoiética comprometida eritropoetina unidade formadora de colônia eritróide progenitor mieloide eritróide (eritroblasto) eritrócito • Se animal anêmico apresentar quantidade aumentada de reticulócito no sangue, isso é bom, pois significa que a medula está reagindo (produzindo células novas) • Hemácias = quanto mais jovem, maior o tamanho. Nos mamíferos, não tem núcleo, é esférica e bicôncava (para que tenha flexibilidade), e o tamanho varia conforme a espécie. Em répteis e aves, são nucleadas e elípticas 1.Fator de iniciação da eritropoiese: • Depende de hipóxia = se diminuir a oxigenação dos tecidos, há aumento da eritropoiese • Hipóxia pode ser causada por: hemocaterese acelerada (destruição de eritrócitos = doença autoimune); doenças cardiorrespiratórias (diminuem a oferta de oxigênio para os tecidos); concentração de O2 baixa (lugares mais altos); hemoglobinopatias • Hipóxia é reconhecida por células renais e hepáticas. Rins produzem eritrogenina e fígado produz eritropoietinogênio. No sangue tem uma enzima que convertem essas substâncias em eritropoetina, que vai atuar na célula tronco mieloide (CTM) e diferenciar ela em eritroblastos • A eritropoetina aumenta a velocidade da produção de células, acelera o trânsito, podendo ter a liberação de células imaturas no sangue • Outros hormônios podem influenciar na eritropoetina: andrógenos e prostaglandinas estimulam a produção de eritropoetina por ter ação direta nas células renais. Cortisol, tiroxina, adrenalina, prolactina, TSH e ACTH aumentam a exigência de oxigênio, aumentando a produção de eritropoetina. Estrógeno atua no rim inibindo a produção da eritrogenina (macho tem mais eritrócitos pois não produz estrógeno) 2.Fatores de proliferação da eritropoiese: • Vitamina B12, ácido fólico, niacina = atuam na mitose = força para a divisão • Cobre, ferro, B6 = síntese de hemoglobina • Se faltar um destes, não há produção de hemácias = anemias nutricionais 3.Fatores de maturação • Incorporação da hemoglobina = proteína conjugada (globina + grupo heme) • Grupo heme = ferro e protoporfirina (cor) = faz carreamento de CO2 e O2 • É produzida no citoplasma das células que tem núcleo até o reticulócito (ainda tem mitocôndria e ribossomos) • Síntese incompleta (falta de componentes) = eritrócitos menores Fases importantes: mitose, incorporação de hemoglobina, extrusão do núcleo (se o núcleo ficar dentro da célula, não vai desempenhar função = macrófago remove), reticulócitos (indica se está tendo produção pela medula), eritrócito maduro 2.HEMOCATARESE (lise celular – destruição): • Destruição de hemácias velhas, que não desempenham mais função, perdem a flexibilidade (precisam para passar pelos vasos), células parasitadas = 250 milhões são destruídas por hora • Macrófagos fagocitam essas hemácias em baço, fígado e medula óssea • Hemólise intravascular = lise de hemácia dentro do vaso = anemia autoimune, célula parasitada, defeituosa • Tempo de vida das hemácias = quanto + rápido o metabolismo, menor o tempo de vida • Destruição das hemácias = libera hemoglobina = a globina vai ser reaproveitada e a porção heme: o ferro vai compor outra hemoglobina e a protoporfirina vai ser transformada em bilirrubina, que é metabolizada pelo fígado e eliminada pela urina ou fezes. Se ficar acumulada, o paciente fica ictérico ERITROGRAMA • É a parte do hemograma que avalia só as células vermelhas • Amostra coletada com anticoagulante 1.VOLUME GLOBULAR (VG) OU HEMATÓCRITO: • Fácil de fazer, barato, significativo = diz se o animal tem anemia ou não • Valor baixo significa uma anemia, paciente não vai oxigenar direito • Valor acima (policitemia) = fluxo fica menor, oxigenação prejudicada • Avalia o volume que as hemácias ocupam no sangue (%) • Preencher 2/3 do capilar de sangue 2.CONTAGEM DE HEMÁCIAS: • Feita na câmara de Newbauer 3.CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA: • Feito pelo espectofotômetro • Menor valor na interpretação • Utilizado no cálculo de índices eritrocitários 4.VCM – VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO • Indica o tamanho da hemácia • Utilizado para classificar anemias • VCM normal = anemia normocítica = é pior, significa que a medula não está produzindo hemácias • VCM aumentado = anemia macrocítica = é melhor, significa que a medula está produzindo (célula jovem é maior) • VCM diminuído = anemia microcítica = significa que está faltando hemoglobina 5.CHCM – CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (%) • Indica quantidade de hemoglobina • Utilizado para classificar anemias • CHCM normal = anemia normocrômica (cor normal – ausência de regeneração) • CHCM diminuído = anemia hipocrômica ( cor, hemoglobina) • CHCM aumentado = não existe, hemácia tem limite de hemoglobina = artefatos e erros de técnica (interferência de substâncias, excesso de EDTA, hemólise) 6.RETICULÓCITOS (%): • Contém ribossomos e mitocôndrias – “arroxeado” • Fazer lâmina com corante cresil, contar quantos são reticulócitos dentre 1000 hemácias • Paciente sadio = valores reduzidos ou ausentes • Se estiver aumentado, é indicativo de resposta da medula óssea • Classificam anemias: regenerativa (resposta medular – 1%) ou arregenerativa (sem resposta medular 7.MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA: 1.Tamanho • Normal = VCM normal, hemácias de tamanho normal e constante (são maiores nos cães) • Anisocitose = hemácias de tamanhos diferentes. Indica regeneração, pois tem células jovens que não estão completamente maturas • Macrocitose = VCM aumentado, hemácias maiores (jovens) • Microcitose = VCM reduzido, hemácias menores (casos crônicos, anemia ferropriva) 2.Forma • Normal = disco bicôncavo, centro mais claro por conta da distribuição de hemoglobina • Rouleaux = hemácias em pilhas ou cadeias. É normal em equinos, e pequena quantidade em búfalos e felinos. Está relacionado com o aumento da proteína plasmática total (inflamações, infecções, neoplasias e gestação), onde as hemácias tendem a se agrupar • Poiquilocitose = alterações na produção, na manutenção das hemácias, decorrentes de processos patológicos ou não ESFERÓCITOS - Células menores em forma de esfera com pigmentação mais intensa e sem halo central - Injúria oxidativa (sulfa em gatos); veneno de cobra; anemia hemolítica autoimune; pós transfusão ACANTÓCITOS- Tem espículas e citoplasma irregulares - Hemangiossarcoma (neoplasia de vaso); doença hepática e renal; deficiência de ferro EQUINÓCITOS - Eritrócitos crenados - Ocorre em excesso de EDTA; drogas (furosemida, quimioterápicos) - Cavalos = depressão de eletrólitos - Cães = doença renal, veneno de cobra, neoplasia QUERATÓCITOS - Aparência de “mordida” - Ocorre em gatos saudáveis - Doenças hepáticas, CID (coagulação intravascular disseminada), deficiência de ferro ESQUISÓCITO - Eritrócitos fragmentados – diversas formas - Ocorre em injúria mecânica, CID, doença glomerular, hemangiossarcoma, deficiência de ferro avançada ESTOMATÓCITO - Apresenta uma alongada área pálida, semelhante a boca - Ocorre em artefato em esfregaços espessos, doença hepática e envenenamento LEPTÓCITOS - CÉLULAS EM ALVO - Condensação central e redistribuição de hemoglobina - Ocorre mais em cães - Doença renal, hepatobiliar e hipotireoidismo - Indicador de colesterol alto • Inclusões: CORPÚSCULO DE HOWELL-JOLLY - São fragmentos não funcionais de núcleo - Anemia regenerativa (produção de células jovens) - Normal em gatos e cavalos, mas incomum em cães e bovinos (removidos pelo baço) CORPÚSCULO DE HEINS -É um agregado de hemoglobina na periferia - Pequena quantia normal em gatos - Intoxicação por cebola e alho, uso de antibiótico e corticóides CORPÚSCULO DE LENTZ - São agregados de nucleocapsídeos virais - Infecção pelo paramyxovirus = ocorre na cinomose, mas não é confirmatório (se não encontrar, não exclui a doença) PONTEADO BASOFÍLICO - Agregado espontâneo do RNA ribossomal no citoplasma - Indica anemia regenerativa em ruminantes - Intoxicação por chumbo • Parasitas eritrocitários: BABESIA SPP ANAPLASMA MARGINALE 3.Coloração • Normal = CHCM normal, região central mais clara • Policromasia = diferenças visuais de coloração, células com coloração azulada. Célula mais clara e maior = jovem = indicativo de regeneração na medula óssea • Hipocromia = células mais pálidas = falta hemoglobina = deficiência de ferro, cobre, B6 ANEMIAS E POLICITEMIAS TERMOS • ...emia = sangue • ...penia = diminuição de série celular. Ex: leucopenia, linfopenia, trombocitopenia • ...citose = aumento de série celular. Ex: leucocitose, linfocitose ANEMIA: diminuição do número de eritrócitos circulantes ( VG) • Relativa = é falsa = não tem uma diminuição de eritrócitos, mas sim um aumento de plasma. Ex: fluidoterapia, lactação • Absoluta = verdadeira = diminuição de eritrócitos sem alteração da qtdd de plasma POLICITEMIA: aumento do número de eritrócitos circulantes ( VG) • Relativa = falsa = diminuição do plasma sem alteração da qtdd de hemácia (desidratação) • Absoluta = verdadeira = aumento de eritrócitos sem alteração da qtdd de plasma ANEMIAS: • Alterações em 3 variáveis: hematócrito, número de hemácia e/ou hemoglobina • Desequilíbrio entre produção e perda/destruição • É uma condição clínica secundária a diversas enfermidades = fisiológica (gestante), perda de sangue, hemólise acelerada, deficiência na produção de hemoglobina/eritrócitos, infecções severas, inflamações, febre • Clinicamente: transporte inadequado de oxigênio • Sintomas: alterações cardíacas/respiratórias, intolerância ao exercício, depressão, alteração de mucosas (cianose, icterícia), hemoglobinemia, hemoglobinúria • Tratamento emergencial: transfusão de sangue • Eritropoiese: hipóxia tecidual – aparelho justaglomerular – eritropoietina – maturação celular. Quando há necessidade, em 3-4 dias há produção de células jovens ANEMIA ABSOLUTA 1.Classificação morfológica • VCM (normocítica X macrocítica X microcítica) • CHCM (normocrômica X hipocrômica) • Grau de diminuição de hemácias (discreta, moderada, severa) • Não define a causa da anemia, mas o mecanismo para seleção do tratamento 2.Classificação pela resposta medular - Anemia regenerativa: presença de células maiores - eritrograma com sinais de regeneração (mínimo 3 dias) = reticulocitose, anisocitose, policromasia, corpúsculos de howell-jolly, pontilhado-basofílico • Felinos = reticulócitos agregados (fica no sangue 12h, depois matura e vira pontilhado) e pontilhados (7 dias para maturar e virar hemácia). Deve contar o agregado para saber se é regenerativa • Cães = reticulócitos agregados • Equinos = não tem reticulócitos no sangue periférico. Macrocitose e anisocitose é indicativo de regeneração - Anemia arregenerativa: ausência de células jovens, não há resposta da medula. Pode ser causada por disfunções da medula (fibrose, neoplasia) ou por ausência de elementos para a produção de hemácias (doença renal, enfermidades endócrinas, inflamatórias, infecciosas) 3. Classificação etiológica: auxilia no diagnóstico 1 – Anemia hemorrágica: perda de sangue sem compensação de produção • Aguda = momentânea (traumas, úlceras GI, defeitos na hemostasia, cirurgias, neoplasias). Se fizer hemograma no 1º dia, vai ter anemia normocítica normocrômica e proteína baixa pois foi perdida na hemorragia. No 3º dia já tem sinais de regeneração, anemia macrocítica hipocrômica, proteína normal. Se no 7º dia a proteína estiver reduzida, ainda está tendo hemorragia ou tem problema hepático • Crônica = constante (parasitismo, úlceras GI, hematúria, neoplasias). É comum ter anemia microcítica hipocrômica, pois houve muita perda de ferro. Achados podem estar relacionados a anemia regenerativa ou não 2 – Anemia hemolítica: destruição acelerada sem compensação de produção • Intravascular = nos vasos (bactérias, fármacos, imunomediada, transfusão incompatível, cebola). Quem destrói é o sistema complemento. Haptoglobina pega hemoglobina do sangue para ser levada até o fígado e metabolizada pelas células de kupffer. A eliminação é feita pelo rim • Extravascular = nos tecidos (parasitas, lúpus, AIE, autoimune, defeitos eritrocitários). Quem destrói é o sistema monocítico fagocitário (macrófagos, baço e fígado). Anemia imuno mediada – presença de IgG, complemento e esferócitos • Achados incluem resposta regenerativa: proteína normal, hiperbilirrubinemia, hemoglobinúria, hemoglobinemia, plasma avermelhado ou amarelado 3 – Anemia hipoplásica ou aplásica: diminuição ou ausência de produção • Causas: doença renal, deficiência de proteínas/minerais/vitaminas, neoplasias, inflamação, doenças endócrinas, danos a MO, agentes infecciosos • Aplasia: diminuição de todas as células (pancitopenia) • Geralmente é arregenerativa = normocítica/normocrômica ou microcítica/hipocrômica • Tratar causa base! POLICITEMIAS: - Policitemia relativa: desidratação (hemoconcentração), contração esplênica (exercício, estresse ou dor). O2 e eritropoetina dentro da normalidade - Policitemia absoluta: • Prejuízo no transporte de oxigênio (viscosidade do sangue) • Cianose e congestão de mucosas (fluxo lento e desoxigenado) • Oxigenação tecidual reduzida, distúrbios neurológicos e aumento do risco de trombose • Primária (verdadeira): mieloproliferativa (desordem da medula – elevação das células sanguíneas com exceção linfócitos). O2 estará normal, eritropoetina normal ou diminuída • Secundária: elevação dos eritrócitos, comprometimento da oxigenação (altitudes elevadas, doença cardíaca e pulmonar, tetralogia de Fallot). O2 estará reduzido e eritropoetina aumentada (rim e fígado reconhecem situação de hipóxia e produzem eritropoetina). Em caso de cisto e tumor renal e hipoadrenocorticismo, há aumento de eritropoetina, mas não tem hipóxia LEUCOGRAMA • CONTAGEM TOTAL DE LEUCÓCITOS (leucometria): para a contagem de hemácias é utilizada solução salina. Já para contagem de leucócitos é utilizada a solução de turkey. A contagem também é feita na câmara de Neubauer • CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS: realizada com esfregaço e corante panótico rápido. Contagemde 100 leucócitos e marca qual é (neutrófilo, linfócito, monócito, eosinófilo, basófilo) • MORFOLOGIA DOS LEUCÓCITOS: alterações no esfregaço LEUCÓCITOS: • São as células brancas, atuam em processos inflamatórios e imunológicos • Possuem células precursoras • São divididos em granulócitos ou polimorfonucleares (neutrófilo, eosinófilo, basófilo) e agranulócitos ou mononucleares (linfócitos, monócito) • Sangue é o meio de transporte • Equilíbrio: fornecimento p/ tecido = demanda e estoque (reserva na MO) COMPARTIMENTOS FUNCIONAIS NA MO: • Proliferativo = mieloblastos, promielócitos e mielócito – 2-3 dias • Maturação = metamielócitos 2-3 dias • Reserva = bastonete (jovem) e segmentados (maduro) reserva p/8 dias NEUTRÓFILOS (60-70%) - Núcleo segmentado, escuro - Produzidos na MO, circulam no sangue e migram para tecidos (trato respiratório, digestório e urogenital) - Estímulo: liberação de fator estimulante de colônia na corrente sanguínea, que atua na MO para ativar proliferação e maturação - Neutrófilo jovem (bastonete): núcleo em formato de “ferradura” - Função: fagocitose e morte de microrganismos - Compartimentos de neutrófilos maduros: 1.Reserva da MO: suprimento por 8 dias (bovino tem baixa reserva). Em caso de demanda, haverá rápida mobilização. Quando esgota reserva, é ativado compartimento de proliferação – neutrófilos maduros emergem ao sangue em torno de 3-7 dias 2.Circulante (50%): neutrófilos livres no sangue. Meia vida 14h, migração para tecidos (meia vida 2-3 dias). Na coleta avalia apenas circulante 3.Marginal (50%): neutrófilos aderidos em baço, fígado, pulmões e parede de capilares. Felinos possuem 2 a 3 X mais. Mobilizados sob influência de adrenalina e corticoides EOSINÓFILOS (2-4%) - Grânulos vermelhos e brilhantes - Núcleo bipartido - Produzidos na MO e tecidos linfoides - Meia vida de 1 a 2 h - Ativação principal por histamina e complexo ag/ac com IgE - Funções relacionadas a alergias, inflamações e parasitismo BASÓFILOS (0,5-1%) - Grânulos azul escuro - Em menor quantidade (raros em equinos e ruminantes) - Produzidos na MO - Ação semelhante a de mastócitos = liberam histamina, serotonina, heparina (mediadores da resposta inflamatória) MONÓCITOS (3-8%) - Célula grande, citoplasma mais escuro e núcleo variado - Produção na MO - Sangue (3 dias) e tecidos (macrófagos – 3 meses) - Função: fagocitose e regula resposta imune – apresentador de antígeno LINFÓCITOS (20-25%) - Núcleo grande, ocupa quase todo o citoplasma, é pequeno - Desenvolvimento na MO e órgãos linfoides - Células precursoras vindas da MO e timo - Linfopoiese após estímulo é feita por linfonodos, baço e tecido linfoide viscerais - 70% faz recirculação (sai para o tecido e retorna para o sangue) – não tem como saber tempo de meia vida - Função: resposta imune celular (linf T) e humoral (linf B – anticorpo) - Depressão: corticoides; má nutrição INTERPRETAÇÃO DO LEUCOGRAMA • “Filia” = aumento granulofílicos (neutrofilia, eosinofilia, basofilia) • “Citose” = aumentos (leucocitose, monocitose, linfocitose) • “Penia” = redução (leucopenia, neutropenia, linfopenia, eosinopenia, monopenia) CONTAGEM DIFERENCIAL • Contagem relativa = contagem de 100 leucócitos na lâmina (%) • Contagem absoluta = multiplicar valor relativo pelo nº total de leucócitos/100 RELATIVO ABSOLUTO (+ seguro) Linfócitos 70% (20-35%) Neutrófilos 30% (60-80%) Linfocitose relativa e neutropenia relativa Leucócitos totais: 2,0 X 10³ (6,0-17,0) Linfócitos: 1,4 X 10³ (1,0-4,0) Neutrófilos: 0,6 X 10³ (3,0-11,5) Neutropenia absoluta IMPORTANTE: contagens, alterações morfológicas, proteína plasmática total (6-8 g/dl) – indica se animal está hidratado e processo inflamatório (fígado aumenta produção de fibrinogênio) LEUCOCITOSE: leucócitos, é mais comum que leucopenia. Causas: anormalidades na produção, distribuição, uso e vida média - Leucocitose fisiológica: • Presença de adrenalina = compartimento marginal se desprende, causando neutrofilia e linfocitose (equinos jovens e felinos) • Presença de corticosteroides (estresse ou doença) = leucocitose por neutrofilia (faz sair neutrófilos do compartimento de reserva da medula e reduz diapedese), linfopenia (é tóxico para alguns linfócitos e impede recirculação) e eosinopenia (efeito anti- histamínico – não atrai eosinófilo para o sangue) = droga imunossupressora - Leucocitose reativa: ocorre em resposta a uma doença. Tem diversas causas e apresentações, pode ocorrer desvios, elevação de fibrinogênio, ausência de linfopenia e eosinopenia - Leucocitose proliferativa: alteração neoplásica da célula pluripotente – foca em produzir um tipo e para de produzir outros. São as leucemias, podem ocorrer com linfócitos, monócitos e neutrófilos. Tem pequenas evidências no sangue periférico LEUCOPENIA: leucócitos • Bactérias = neutropenia • Vírus = linfopenia. Retorno de linfócitos no sangue é um prognóstico bom. Ex: cinomose (atrofia e necrose do tecido linfoide) • Sobrevivência reduzida de neutrófilos, produção reduzida, demanda alta, sequestro de neutrófilos (vai p/compartimento marginal por ter toxina circulante) DESVIOS (NEUTRÓFILOS): - À esquerda: Aumento de células imaturas (bastonetes). Avalia capacidade da medula de produzir e maturar células • Regenerativo = acompanhado de neutrofilia – medula está produzindo e maturando • Degenerativo = acompanhado de neutropenia ou nº neutrófilo normais – medula não está dando conta de maturar. Bovinos não tem compartimento de reserva, então é comum encontrar - À direita: presença de hipersegmentados (5 ou mais núcleos) • Corticosteroides = neutrófilos não são removidos • Vitamina B12 = importante para remoção dessas células pelo fígado NEUTROFILIA: neutrófilos – causas: desvio de células marginais (adrenalina), ação de esteroides (estresse), infecção, inflamação, neoplasias, doenças auto-imune NEUTROPENIA: neutrófilos – causas: aumento marginalização (endotoxinas), aumento da demanda, redução da produção ou destruição (infecção/fármacos), neoplasia EOSINOFILIA: eosinófilos – causas: hipersensibilidade, parasitismo, lesão tecidual, estro e prenhez, neoplasia, hipoadrenocorticismo (muita liberação de histamina) EOSINOPENIA: eosinófilos – causas: ação da adrenalina e corticoides na histamina (iatrogênica, estresse, hiperadrenocorticismo) BASOFILIA: basófilos – causas: hipersensibilidade, inflamação (respiratório e gastrointestinal), neoplasias. Associado a eosinofilia MONOCITOSE: monócitos – causas: comum em doenças crônicas, efeitos esteroidais, leucemia, infecções, septicemias e hemorragias LINFOCITOSE: linfócitos – é incomum – causas: neoplasias, doenças auto-imune, inflamação, infecção, fisiológica (adrenalina), filhotes (adquirindo imunidade), pós-vacinação (produção de anticorpos) LINFOPENIA: linfócitos – causas: corticoides, infecções virais, neoplasias, quimioterapia RELAÇÃO NEUTRÓFILO x LINFÓCITO • Ruminantes = animais linfáticos = 70% linfócitos e 30% neutrófilos • Maioria das espécies = animais sanguíneos = 70% neutrófilos e 30% linfócitos ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS - Contador automático não mostra anomalias NEUTRÓFILOS MULTISEGMENTADOS - IRC - Corticóides, estresse - Mieloproliferativas - Amostras “velhas” NEUTRÓFILOS COM GRÂNULOS TÓXICOS - Células muito jovens (pouco tempo de maturação – não perdeu os grânulos) - Processos inflamatórios longos, toxemia severa NEUTRÓFILOS COM CORPÚSCULO DE DOHLE - Vestígio de ribossomo (pouco tempo de maturação) - Infecções, traumas, queimaduras - Toxemia discreta LINFÓCITOS REATIVOS E ATÍPICOS - Reativos: linfócito B que teve contato com antígeno (se preparando para produzir AC) - Atípicos: após contato com o Ag – infecções, doenças auto-imunes DIFERENÇAS ENTRE ESPÉCIES:• Cães: alterações + pronunciadas na inflamação e estresse • Felinos: mais propensos a leucocitose fisiológica • Equinos: neutrofilia e desvios incomuns • Bovinos: neutropenias são comuns – compartimento de reserva reduzido NEOPLASIA DE CÉLULAS HEMATOPOIÉTICAS DA MEDULA ÓSSEA • Não são comuns • Diagnóstico moderado quando existe grande nº de células. Mas é difícil saber sua origem e difícil diagnosticar quando é uma neoplasia diferenciada • Diagnósticos: imunofenotipagem (célula envolvida), coloração citoquímica (impregna no tipo celular), avaliação de medula óssea, testes genéticos CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO • Leucemia = neoplasia de medula • Linfoma = neoplasia de tecido linfoide que pode se propagar para a medula LINFOMA • Neoplasia de células linfoides de alta incidência na clínica • É tratável (quimioterapia), mas não curável – tem caráter degenerativo • Remissão (diminui atividade celular e tira os sinais clínicos), mas depois recidivas • Diagnóstico: biópsia linfonodo, citologia (punção agulha fina), imunofenotipagem (linf T é mais agressivo), patologia (aumento órgãos – baço, rins) - Apresentações clínicas: • Multicêntrico – linfonodos periféricos e internos bilaterais, tonsilas, fígado e baço • Alimentar – linfonodos mesentéricos (comum em gatos e agressivo em cães). Em gatos causa náusea/vômito, diarreia, perda de peso • Extranodal – fora do linfonodo -ocular, renal, tecido linfoide associado as mucosas, nasal (diferenciar de criptococose e carcinoma de células escamosas) • Cutâneo • Mediastinal – comum em gatos felv + (leucemia viral felina) - Exame físico: aumento de volume dos linfonodos, sensível - Sinais clínicos: febre, vômitos, apatia, anorexia, perda de peso, edemas/efusões (compressão vasos linfáticos), dispneia, uveíte, hipópio, glaucoma - Achados laboratoriais (hemograma): • Anemia = prognóstico ruim, pois paciente precisa dessas células para oxigenação = n/n arregenerativa, por doença crônica, por perda crônica (sangue), imunomediada • Linfocitose = rara, ocorre em casos terminais • Linfopenia = diminuição de produção e recirculação • Linfócitos atípicos (neoplásicos) = suspeita • Trombocitopenia (55% dos casos) = imunomediada ou falha na produção - Achados laboratoriais (bioquímica clínica): soro – tubo vermelho • Aumento fosfatase alcalina = indica alteração medular ou hepática • Aumento ALT e AST = enzimas hepáticas de extravasamento • Azotemia = aumento ureia e creatinina • Hipercalcemia = tumor pode secretar substâncias que degradam os ossos e começam a reabsorver o cálcio. Animal começa a apresentar quadros neurológicos - Estágios: 1. Envolvimento de um único linfonodo/tecido linfoide em um órgão 2. Envolvimento de linfonodos regionais e tonsilas 3. Envolvimento generalizado dos linfonodos 4. Envolvimento hepático e/ou esplênico 5. Manifestações hematológicas, da MO e outros sistemas LEUCEMIA • Proliferação clonal maligna de células hematopoiéticas na MO = aumento leucócitos • São classificadas de acordo com a linhagem celular = linhagem linfoide (para de produzir células de origem mieloide) ou linhagem mieloide (para de produzir linfócitos) • Pode ser aguda quando há predomínio de células jovens (blastos) ou crônica quando há predomínio de células maduras LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA – mais frequente • Transformação maligna de células tronco da linhagem mieloide = aumento da velocidade de produção, diminuição da apoptose (morte) e bloqueio na diferenciação celular (não consegue maturar) • Resultado = aumento de blastos, com insuficiência da medula óssea e outros tecidos • Sinais = prostração, perda de peso, anorexia, mucosas pálidas, febre, sangramento de mucosas ( plaquetas e hemácias), claudicação, hepato/espleno/linfonodomegalia (tentando compensar produção de linfócitos) • Achados laboratoriais = anemia n/n, trombocitopenia, leucocitose (>100.000) com presença de blastos, mielograma (MO infiltrada por blastos) LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA • Mais comum em gatos felv + (leucemia felina) • Sinais clínicos inespecíficos • Tempo de latência variável • Achados laboratoriais = anemia n/n, trombocitopenia, leucograma variável inclusive quanto a presença de blastos, mielograma (20% de blastos leucêmicos) LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA • Geralmente achado em exame de rotina, mais comum em cães idosos • Sinais clínicos inespecíficos • Linfocitose madura e persistente • Leucocitose variável, anemia leve ou ausente MIELOMA MÚLTIPLO • Infiltração da medula óssea por clones malignos de plasmócitos = intensa produção de AC (proteína M = anormal) • Sinais clínico-patológicos = osteopatias (retirada de cálcio dos ossos), pancitopenia (diminuição de todas as células), hiperviscosidade do sangue, hipercalcemia, e doença renal (amiloidose – excesso de proteína) • Mais frequente em cães de idade avançada
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