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IMUNIZAÇÃO Aspectos históricos – pontos chaves · 1796 – frente a problemática da varíola o médico inglês Edward Jenner descobriu a vacina contra varíola através de estudos em mulheres que fazia ordenha. · 1885 – cientista francês Louis Pasteur descobriu vacina contra raiva · 1904 – sanitarista Oswaldo Cruz torna obrigatório a vacinação contra varíola (revolta da vacina) · 1949 – Jonas Salk cria vacina contra poliomielite a partir de vírus mortos · 1968 a 2017 – queda importante na incidência de poliomielite com inicio das campanhas de vacinação · 1973 – surge programa nacional de imunização no Brasil (PNI), presente até os dias de hoje · 1980 – erradicação da varíola no mundo · 1986 – Zé Gotinha, personagem símbolo da campanha pela erradicação da poliomielite no Brasil · 1989 – registrado último caso de poliomielite no Brasil, atualmente considerada erradicada Imunização é um processo pelo qual se adquire, de forma natural ou artificial, a capacidade de defender-se perante uma determinada agressão bacteriana, viral ou parasitária · Imunização ativa: - natural (doença) - artificial (vacina) · Imunização passiva: - natural (transplacentária) - artificial (soros heterólogos e homólogos) Vacina é uma substância derivada, ou quimicamente semelhante, a um agente infeccioso particular, causador de doença. Esta substância é reconhecida pelo sistema imunitário do indivíduo vacinado e suscita da parte deste uma resposta que o protege de uma doença associada ao agente. Componente da vacina: líquido de suspensão; conservantes; adjuvantes; agentes; antibioticos. Agentes vivos atenuados Agentes inativados Fracionadas de base protéica Fracionadas de base polissacarídica BCG VIP Hepatite B H. influenzae VOP Coqueluche Difteria Pneumogococo Tetra viral Anti-rábica Tétano Meningococo Tríplice viral Hepatite A Influenza Varicela Pertussis acelular Febre amarela HPV Rotavírus · Vacinas com vírus atenuado são perigosa para administrar em pessoas imunodeprimidas ou gestantes. · Vacinas com vírus inativados não oferecem risco para imunodeprimidos · Vacinas fracionadas de base protéica são toleradas para pessoas com imunodepressão · Vacinas fracionadas de base polissacarídica não oferecem risco · Vacinas com vírus vivos atenuados são aplicadas juntas no mesmo dia OU 30 dias de intervalo entre elas. Vacinas com agentes vivos atenuados Vacinas com agentes inativados ou frações Vantagens · Precisam se replicar para serem efetivas · Não causam doença mesmo na situação de imunossupressão · Resposta imune similar a da infecção natural · Interferência mínima dos anticorpos circulantes · Necessitam de menor número de doses para imunizar · Imunidade duradoura Desvantagens · Mantém patogenicidade, podendo causar doença e reações severas são possíveis de ocorrer · Menos efetivas que as vacinas vivas porque resposta imune predominantemente humoral · Interferência pela presença de anticorpos circulantes e doe estado imunológico · Necessitam de múltiplas doses para imunizar · Interferência importante do calor e da luz · Titulo de anticorpos declina com o tempo (dose “booster”) · Via oral: · Sabin (VOP): vírus vivos atenuados · Rotavírus: vírus vivos atenuados · Via intradérmica: · BCG · Via intramuscular: · Vasto lateral da coxa: Salk (VIP), Hep B, Penta valente, Pneumocócica, Meningocócica C. · Deltoide: dT, dTpa, Hepatite b, influenza, HPV · Dorso glúteo: dtp ( 2ºreforço) · Via Subcutânea: · Tríplice viral, tetra viral, febre amarela · As aplicações simultâneas de vacinas não aumentam a freqüência e a gravidade dos eventos adversos e não reduzem o poder imunogênico. Ajudam a evitar perdas de oportunidade de vacinação. As vacinas de bactérias atenuadas ou vírus vivo atenuado, em princípio, não devem ser administradas em: · Pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida; acometidas por neoplasias malignas; em tratamento com corticóides (em doses imunossupressoras), outros imunossupressores ou radioterapia; pacientes submetidas a transfusão de sangue ou plasma nos últimos 3 meses; gravidez; doenças agudas febris graves; recém-nascidos menores de 2.000g; hipertermia Falsas contra-indicações: · Doenças benignas comuns: resfriados, diarréia leve, doenças de pele como o impetigo ou a escabiose; desnutrição; amamentação; vacinação contra raiva em andamento; doença neurológica estável ou pregressa, com seqüela presente; antecedente familiar de convulsão; tratamento sistêmico com corticóide com baixas doses; alergias, a não ser as relacionadas com componentes da vacina e as reações alérgicas sistêmicas e graves; alergia a penicilina; internação hospitalar; vacinação prévia. Contra-indicações – pentavalente: · Hipersensibilidade a qualquer componente dessa vacina ou das vacinas difteria, tétano, coqueluche, hepatite B ou Hib; crianças com quadro neurológico em atividade; crianças que tenham apresentado, após aplicação de dose anterior, qualquer das seguintes manifestações: · Febre elevada (temperatura ≥ 39°C) dentro de 48 horas após a vacinação (e não devido a outras causas identificáveis) · Convulsões até 72 horas após administração da vacina; · Colapso circulatório, com estado tipo choque ou com episódio hipotônicohiporresponsivo (EHH), até 48 horas após a administração de vacina prévia; · Encefalopatia nos primeiros sete dias após a vacina prévia. · Púrpura trombocitopênica pós-vacinal IDADE VACINA Ao nascer BCG Hepatite B 2 meses VIP Pentavalente (HIB – DTP – HB) Rotavírus Pneumocóccica 10 valente 3 meses Meningocócica C 4 meses VIP Pentavalente (HIB – DTP – HB) Rotavírus Pneumocóccica 10 valente 5 meses Meningocócica C 6 meses VIP Pentavalente 9 meses Febre amarela 12 meses Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) Pneumocócica 10 valente Meningocócica C 15 meses VOP DTP Tetraviral (SCR-varicela) Hepatite A 4 anos VOP DTP Varicela (reforço) Febre amarela (reforço) 9-14 anos (meninas) 11-14 anos (meninos) 11-14 anos HPV (duas doses com intervalo de 6 meses) Meningocócica C (reforço ou dose única) 15 anos dT (reforço a cada 10 anos) Situações de atraso – até quando vacinar VACINAS IDADE MÁXIMA · BCG Até 4 anos, 11 meses e 29 dias · ROTAVÍRUS 1ª dose – 3 meses e 15 dias 2ª dose – 7 meses e 29 dias · Pneumocócica 10 valente · Meningocócica C · Hepatite A · Tetra viral · VIP Até 4 anos, 11 meses e 29 dias · Tríplice viral Até 49 anos 20-29 anos – duas doses 30 a 49 – dose única · Varicela · Pentavalente 6 anos, 11 meses e 29 dias Gestante sem comprovação · 1ª visita dT; hepatite B · 2 meses após a primeira visita dT; hepatite B · 4-6 meses após a primeira visita dTpa; hepatite B · Em qualquer fase da gestação influenza · Puerpério influenza (se for ao mesmo da gravidez, não precisa); sarampo caxumba rubéola A vacina dTpa é indicada para as gestantes a partir de 20 semanas até 36 semanas de gestação, preferencialmente. Deve ser administrada a cada gestação considerando que os anticorpos tem curta duração, portanto, a vacinação durante uma gravidez não manterá alto nível de anticorpos protetores em gestações subsequentes. Via de adm: intramuscular Adulto 20-29 anos sem comprovação vacinal · 1ª visita Dt; hepatite B; sarampo, caxumba, rubéola; · 1 mês após primeira visita dT; hepatite B; sarampo, caxumba, rubéola; febre amarela · 6 mês após primeira visita dT; Hepatite B · A cada 10 anos dT Adulto 30-49 anos sem comprovação vacinal · Dose única de sarampo, caxumba e rubéola na primeira visita Adultos com 60 anos ou mais sem comprovação vacinal · 1ª visita dt; hepatite B; febre amarela (dose única) · 2 mese após a primeira visita dT; hepatite B · 4-6 meses após primeira visita dT hepatite B · A cada 10 anos por toda vida dT · Anualmente influenza Profilaxia do tétano acidental · Ferimentos de Baixo Risco: Superficiais, limpos, sem corpo estranho ou tecidos sem vida. Conduta básica inclui a limpezaadequada e a desinfecção utilizando soro fisiológico e substância antisséptica, debridar o foco da infecção. História vacinal: – Desconhece ou menos de 3 doses: apenas vacinar; – Vacinação completa há menos de 10 anos: não fazer nada; – Vacinação completa há mais de 10 anos: apenas vacinar. · Ferimentos de Alto Risco: lesões profundas ou superficiais contaminadas, corpos estranhos ou tecido sem vida, queimaduras, feridas puntiformes, por arma branca ou de fogo, mordeduras, politraumas e fraturas expostas. A conduta básica inclui a limpeza adequada e a desinfecção utilizando soro fisiológico e antissépticos, retirada adequada de corpos estranho, desbridar o foco da infecção e utilizar água oxigenada local. História vacinal: – Desconhece ou menos de 3 doses: vacinar (marcar as próximas doses) e administrar soro antitetânico/imunoglobulina humana antitetânica 5.000 UI (1 ampola) por via intramuscular; – Vacinação completa há menos de 5 anos: não fazer nada; – Vacinação completa há mais de 5 anos e menos de 10 anos: vacinar (1 reforço). Avaliar a administração de soro antitetânico/imunoglobulina humana antitetânica 5.000 UI (1 ampola IM) em pacientes imunodeprimidos, desnutridos grave ou idosos; – Vacinação completa há mais de 10 anos: vacinar (1 reforço) e administrar de soro antitetânico/Imunoglobulina humana antitetânica 5.000 UI (1 ampola) por via intramuscular. População alvo da vacina contra gripe · Indivíduos com 60 anos ou mais de idade; crianças de 6 meses à 5 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias); gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas; povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. A vacina, composta por vírus inativado, é trivalente e protege contra os três vírus que mais circularam no hemisfério sul em 2019: · Influenza A (H1N1), · Influenza B e · Influenza A (H3N2). Profilaxia da raiva humana Acidentes Graves: • Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mãos, polpas digitais e/ou planta do pé. • Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo, ou causados por unha de animal • Lambedura de mucosas, de pele onde já existe lesão grave. · Cão ou gato sem suspeita de raiva no momento da agressão: • Lavar com água e sabão. • Observar o animal durante 10 dias após exposição1,2. • Iniciar esquema profilático com duas doses uma no dia 0 e outra no dia 3. • Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar ocaso. • Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, dar continuidade ao esquema profilático, administrando o soro e completando o esquema até4(quatro) doses. Aplicar uma dose entre o 7ºe o 10º dia e uma dose no 14º dia, pela via IM, ou nos dias 0, 3, 7 e 28, pela via ID. · Cão ou gato clinicamente suspeito de raiva no momento da agressão: • Lavar com água e sabão. • Iniciar o esquema profilático com soro e 4 (quatro) doses de vacina nos dias 0, 3, 7 e 14, pela via IM, ou nos dias 0, 3, 7 e 28, pela via ID • Observar o animal durante 10 dias após a exposição. • Se a suspeita de raiva for descartada após o10ºdia de observação, suspender o esquema profilático e encerrar o caso. · Cão ou gato raivoso, desaparecido ou morto e animais domésticos de interesse econômico ou de produção: • Lavar com água e sabão. • Iniciar imediatamente o esquema profilático com soro e 4 (quatro) doses de vacina administradas nos dias 0, 3, 7 e 14, pela via IM, ou nos dias 0, 3, 7 e 28, pela via I · Morcegos e outros animais silvestres (inclusive os domiciliados): • Lavar com água e sabão. • Iniciar imediatamente o esquema profilático com soro e 4 (quatro) doses de vacina administradas nos dias 0, 3, 7 e 14, pela via IM, ou nos dias 0, 3, 7 e 28, pela via ID
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