Puericultura, imunização

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Puericultura, 01.04.21, semana 05.
· ACON
Adulto profissional da saúde:
Criança na maternidade: BCG e hepatite B.
Se estiver dado a primeira dose da meningite C, pode dar a segunda dose da ACWY, pois contém a C, porém, acrescentada AWY.
Se tiver que dá uma vacina de meningite, deve dar a meningite B, pois a meningite C a UBS dá.
Febre amarela 06 meses. (Antes era obrigatória para quem ia viajar para área endêmica). Principal manifestação adversa: encefalite, mas de processo auto limitado. É uma vacina de vírus atenuado.
Hepatite A 01 ano. Principalmente, quando entra na escola. 
Varicela é uma das vacinas com maior proteção, a imunização 24 a 48h após o contato com pacientes com a doença em estado agudo, a vacina ainda permanece dando proteção de até 85%.
Portadora de ritine e uso de corticóide dependendo da quantidade de corticóide contraindica vacina. 
Corticóide nasal não apresenta contraindicação. Corticóide oral menos de 2mg não apresenta contraindicação. Corticóide de 2mg por quilo por 15 dias contraindica vacina. Suspensão desse corticóide por 15 dias já pode tomar a vacina.
Vacina de dengue somente em soro positivo. 
Vacina de BCG contra formas graves de tuberculose e usado em alguns tipos de câncer para ativar imunidade local.
Imunização
É o processo que confere proteção (imunidade) ao organismo através de anticorpos de ação específica contra os agentes infecciosos (vírus ou bactérias) causadores de doenças.
É atribuição do pediatra informar os responsáveis pela criança e adolescente a respeito dos benefícios da vacinação na prevenção de doenças, não somente do ponto de vista individual, como também para a proteção da população como um todo. O ato de vacinar é uma responsabilidade social de proteção coletiva, e sua negativa deve ser considerada como negligência.
· As vacinas de vírus vivos atenuados ou de bactérias vivas atenuadas não devem ser administradas nas condições relacionadas a seguir, salvo sob orientação médica documentada
• imunodeficiências congênitas ou adquiridas;
• neoplasias malignas;
• gestantes (exceto em situação de alto risco para algumas doenças, como febre amarela, poliomielite, sarampo);
• uso de corticosteroides em altas doses (equivalente a 2 mg/ kg/dia ou ≥ 20 mg/dia de prednisona em crianças), por pe-ríodo superior a 15 dias;
• terapia imunossupressora (radioterapia, quimioterapia, uso de imunossupressores).
· A vacinação deve ser adiada temporariamente nas seguintes situações
• episódios agudos de doenças com febre (principalmente para evitar confusão entre os eventos adversos de algumas vacinas e a evolução clínica da doença);
• até 30 dias após o término de corticoterapia em dose imunossupressora;
• até 90 dias após o uso de outros medicamentos ou tratamentos que provoquem imunossupressão;
• até no mínimo 3 meses (variação de acordo com a vacina de 3 a 12 meses) após transplante de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea) para vacinas com microrganismos não vivos e 2 anos para vacinas com microrganismos vivos;
• de 3 a 11 meses após transfusão de plasma fresco ou imunoglobulinas, para vacinas com vírus vivos, em razão da possibilidade de neutralização do antígeno vacinal por anticorpos presentes nesses produtos.
Anticorpos: proteínas especiais do organismo que protegem contra vírus e bactéria.
Antígeno: parte de um agente biológico capaz de estimular a formação de anticorpos.
· Vacinas
Produto farmacêutico que contém agentes imunizantes capazes de induzir imunização ativa.
Vacinas combinadas: dois ou mais agentes imunizantes são administrados em uma mesma preparação. Exemplo: vacina para hepatite A e B em uma mesma seringa, é importante porque ganha velocidade na imunização. 
Vacina conjugada: antígenos bacterianos são ligados a carregados protéicos (polissacarídeos) gerando uma resposta de longa duração dos anticorpos.
Vacinas simultâneas: várias vacinas são administradas em diferentes locais ou por vias diferentes. Exemplo: criança de três meses recebe três vacinas diferentes, porém em locais diferentes.
Crianças abaixo de dois anos: região vastolateral da coxa, acima de dois anos usa o deltóide.
Vacina inativada: agente infeccioso morto. NÃO causa doença.
Vacina atenuada: uma versão enfraquecida do antígeno se reproduz no corpo, e o sistema imunológico o combate como se fosse o original. Pode ter um pouco mais de reação.
Vacina recombinante: um antígeno (vírus ou bactéria) geneticamente modificado, semelhante aos que nos atacam, mas que jamais provocam a doença.
· BCG
Tuberculose de formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar.
- Composição: Calmette Guérnin pela atenuação do Myconbacterium bovis.
- Dose única ao nascer (pessoa de qualquer idade que convivem com portadores de hanseníase).
- Administração: intradérmica. (Deixa a marquinha no braço direito)
- Contraindicação: afecções dermatológicas, crianças com peso inferior a 2000g, HIV+, imunodepressão, quimioterapia e radioterapia, febre e gravidez.
· Rotavírus
Doença diarréica causada por rotavírus.
- Administração: oral e líquida.
- Composição: atenuada. Pode causar doença, se a criança recebeu a vacina e nos dias próximos a mãe trocou a fralda, não fez uma boa higienização das mãos e preparou algum alimento, se houver alguém imunodeprimido e comer esse alimento, pode haver infecção dessa pessoa.
VRH1: um tipo de rotavírus: duas doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 02 e 04 meses de idade. REDE PÚBLICA. 
VRH5: cinco tipos de rotavírus: três doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 02, 04 e 06 meses de idade. REDE PARTICULAR.
Ambas: a idade mínima para começar a vacinação é 03 meses e 15 dias. Da mesma forma, a idade máxima para a última dose é de 07 meses e 29 dias. PODEM CAUSAR INVAGINAÇÃO INTESTINAL.
- Contraindicações: deficiências imunológicas por doenças e medicamentos, alergia grave provocada por algum componente da vacina, doenças do aparelho digestivo, história prévia de invaginação intestinal.
· Hepatite B
- Administração: intramuscular. – Ideal que seja feita na maternidade. 
É contra a hepatite causada pelo vírus da hepatite B.
- Composição: composta por proteína de superfície do vírus da hepapite B purificado.
Esquema de quatro doses (0-1-2-6) ou de três doses (0-2-6).
- Contraindicação: anafilaxia com qualquer componente da vacina ou com dose anterior ou nas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior da vacina.
· HIB
Doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo B, principalmente, meningite, pneumonia, otite e sinusite.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda e disponibiliza a vacina em três doses: aos 02, 04 e 06 meses de idade. 
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e de Imunização (SBIm) recomendam uma quarta dose entre 12 e 18 meses, em especial para crianças vacinadas com a vacina DTPa. Reforço.
- Contraindicação: anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.
· Poliomielite
Paralisia infantil.
Vacina Oral Poliomielite (VOP): atenuada bivalente. SABIN. (Gotinha das campanhas) Pode causar doença em imunodeprimido.
Vacina Inativa Poliomielite (VIP): inativada. É uma vacina trivalente e injetável (intramuscular). SALK
Esquema de doses: 02, 04 e 06 meses, com reforços entre 15 e 18 meses e entre 04 e 05 anos de idade.
- Contraindicação: VOP (gestantes, anafilaxia após o uso de componentes da fórmula da vacina, pessoas que desenvolveram a pólio vacinal após dose anterior, pessoas com imunodepressão do sistema imunológico.
VIP: reação alérgica grave (anafilaxia) à dose anterior ou a algum componente da vacina.
· DTPw ou DTPa
Difteria, tétano e coqueluche.
Contém os toxoides diftérico e tetânico. Bactéria morta da coqueluche (Bordetella pertussis).
- Administração: intramuscular.
- Contraindicação: episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH nas primeiras 48 horas após a aplicação), convulsões nas primeiras 72 horas (1 para 12.500 doses aplicadas), reação anafilática nas primeiras duas horas e encefalopatia nos sete dias após a vacinação.DTPa rede particular.
DTPw é feita a partir de células inteiras da bactéria. Já a versão DTPa é acelular, ou seja, não é feita de células inteiras, mas sim com proteínas, sendo, então, uma vacina mais purificada, só contém o que realmente é necessário para proteger o ser humano e por isso as chances de ocorrerem eventos adversos são menos frequentes e intensos.
- Hexavalente: combina 06 componentes em uma única injeção: Salk, tríplice acelular, Haemophylus influenzae e hepatite B.
- Pentavalente: combina 05 componentes em uma única injeção: Salk, tríplice acelular e haemophylus influenzae. Esta vacina está disponível somente nas clínicas particulares.
No sistema público usa-se a vacina tríplice produzida com célula inteira da Bordetella pertussis, uma vacina que causa reação adversa.
· Febre amarela
Elaborada a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha. Alergia grave ao ovo de galinha NÃO pode receber a vacina.
Crianças até 04 anos: duas doses, aos 09 meses e aos 04 anos.
Acima de 04 anos: não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina. De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada pela possibilidade de falha vacinal.
- Administração: subcutânea.
- Contraindicações: história de anafilaxia e imunodepressão.
· Hepatite A
Antígeno do vírus da hepatite A. Pouca ou nenhuma reação.
Todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.
Reforço 06 meses após a primeira dose. 
- Administração: intramuscular.
- Contraindicação: pessoas que tiveram reação anafilática a algum componente da vacina ou a dose anterior.
· Tríplice viral = SCR = MMR
Sarampo, caxumba e rubéola.
Considera protegido todo indivíduo que tomou duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade.
- Administração: subcutânea.
- Contraindicação: gestantes (por conta do vírus da rubéola), pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação, anafilaxia após aplicação de dose anterior da vacina ou a algum componente. A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina.
· Varicela (catapora)
Vacina atenuada.
- Administração: subcutânea.
Crianças a partir de 12 meses (excpcionalmente, em situações de surto, por exemplo, também crianças menores, a partir de 09 meses). SBP/SBIM: reforço entre 15 e 24 meses de idade.
- Contraindicação: anafilaxia causada por qualquer dos componentes da vacina ou após dose anterior, e gestante. Pessoas com deficiência do sistema imunológico, seja por doença ou por tratamento imunossupressor.
Pode tomar essa ou a tetra viral.
· Tetra viral
Sarampo, caxumba, rubéola e varicela.
- Administração: subcutânea.
A SBIm e a SBP recomendam na rotina uma dose aos 12 meses e outra entre 15 e 24 meses de idade.
· Vacinas meningocócicas
Meningite C: doenças causadas pelo meningococo C. UBS fornece. Maior incidência no Brasil.
Meningite ACWY: meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria meningococo dos tipo A, C, W e Y. Particular.
Meningite B: meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria meningococo do tipo B. Mais apresenta reação local. Segunda maior incidência no Brasil. Particular.
Doses: 3-5-12 meses.
- Administração: intramuscular.
- Contraindicação: pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.
· Vacinas pneumocócicas
- Administração: intramuscular.
VPC10: previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite e otite) em crianças, causadas por 10 sorotipos de pneumococos.
VPC13: previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite e otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos.
Pneumo23: para crianças a partir de 06 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas. Imunização por 4-5-6 anos.
Esquema de quatro doses: aos 02, 04 e 06 meses de vida e entre aos 12 e 15 meses.
- Contraindicação: crianças que apresentaram anafilaxia a algum componente da vacina ou após dose anterior da vacina.
· Influenza
Gripe trivalente e tetravalente.
- Administração: intramuscular.
Para crianças entre 06 e 08 meses de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de 01 mês e revacinação anual.
A partir de 09 anos: dose única anual.
- Contraindicação: pessoas com alergia grave (anafilaxia) a algum componente da vacina ou a dose anterior.
· HPV
Também chamada de Gardazil.
O que previne: infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6, 11, 16 e 18. Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais (condiloma).
Vacina inativa, portanto, não tem como causar a doença.
- Indicação: PNI disponibiliza a vacina para:
Meninas de 9 a 14 anos de idade, meninas de 15 anos que já tenham tomado uma dose, meninos de 11 a 14 anos. Indivíduos de 9 a 26 anos de ambos os sexos nas seguintes condições: convivendo com HIV/Aids, pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia, transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea.
SBP, SBIm e Febrasgo recomendam a vacinação das meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos, o mais precocemente possível.
Homens e mulheres em idades fora da faixa de licenciamento também podem ser beneficiados com a vacinação, de acordo com o critério médico.
- Contraindicação: gestantes e pessoas que apresentam anafilaxia após receber uma dos da vacina ou a algum de seus componentes.
- Esquemas de doses: duas ou três doses dependendo da idade de início da vacinação. Para meninas e meninos de 9 a 14 anos 11 meses e 29 dias são indicadas duas doses, com intervalo de 06 meses entre elas. NÃO TEM 15 ANOS COMPLETOS.
A partir dos 15 anos são três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose.
Independentemente da idade, pessoas imunodeprimidas por doença ou tratamento devem receber três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose.
- Administração: intramuscular.
· Orientações para as reações mais comuns após a vacinação em geral
Dor, calor, rubor e edema podem ocorrer e nesse caso, compressas frias e analgésicos/antitérmicos devem ser utilizados.
Febre: analgésicos podem ser utilizados. 
1- Explicar e exemplificar o termo imunização ativa.
Imunização ativa se refere à imunização de um indivíduo pela administração de um antígeno.
Imunidade ativa naturalmente adquirida: é duradoura obtida através de infecção ou doença. Pode ser duradoura ou não.
Imunidade ativa artificialmente adquirida: duradoura obtida por meio de vacinas. 
2- Explicar e exemplificar o termo imunização passiva.
Imunização passiva se refere à imunização através da transferência de anticorpos específicos de um indivíduo imunizado para um indivíduo não imunizado.
Imunidade passiva naturalmente adquirida: é de curta duração e pode ser obtida por transferência da mãe para o filho (amamentação, placenta).
Imunidade passiva artificialmente adquirida: é de curta duração, é obtida pela administração de soros e imunoglobulina.
3- Descrever imunidade de rebanho.
Imunidade de rebanho, ou imunidade coletiva, é um conceito aplicável para doenças transmitidas de uma pessoa para outra. Essa imunidade descreve uma situação onde a cadeia de infecção é bloqueada, isto é a doença para de se alastrar, pois uma porcentagem de indivíduos, numa população definida, adquire imunidade a essa infecção e assim protege os que ainda não tem imunidade de serem infectados.
Pode ser alcançada por infecção e recuperação ou por vacinação.
A vacinação cria imunidade sem ter que, de fato, contrair a doença.
A imunidade de rebanho também protege aqueles que não podem ser vacinados, como recém-nascidos e pessoas imunocomprometidas, porque a disseminação da doença é muito limitada.
Ocorre quando uma porção significativa de uma população se torna imune a uma doença infecciosa, limitando sua propagação. Com isso, aqueles que não estão imunes são protegidos indiretamenteporque a propagação contínua da doença é muito pequena.
4- Explicar e exemplificar o termo vacinação extra-muros.
São quaisquer atividades realizadas fora das unidades de saúde.
Baseiam-se em equipes de vacinação que realizam vacinação casa à casa (incluindo residências e instituições em geral, como escolas, creches, empresas, orfanatos etc), além da população em situação de rua, acampada, boias frias etc, especialmente, pessoas que vivem em áreas rurais, de difícil acesso (indígenas, ribeirinhos, quilombolas por exemplo), possibilitando alcançar populações que, de outra maneira, certamente nunca seriam vacinados.
5- Descrever o esquema posológico das principais vacinas do calendário de uma criança.
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-prematuro.pdf
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf
6- Descrever o esquema posológico das principais vacinas do calendário de um adolescente.
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-adolescente.pdf
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-adulto.pdf
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-ocupacional.pdf
7- Listar os principais efeitos colaterais das vacinas e como orientar o paciente.
Feito acima.
8-      Avaliar um cartão da criança e entender os esquemas vacinais realizados e as vacinas que faltam.
Feito em cada vacina acima.