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AULAS_09 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

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TEORIA GERAL DOS CONTRATOS – Parte II 
(Princípios fundamentais do Direito dos Contratos) 
 
Prof. Cristiano Chaves de Farias 
Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia 
Professor de Direito Civil do CERS 
 
1. Generalidades sobre as regras e os princípios. 
 
Relevância dos princípios no direito contemporâneo. 
 
2. A boa-fé objetiva 
 
Art. 422, CC: “Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, 
os princípios de probidade e boa-fé.” 
 
a) base constitucional (CF, arts. 1º, III, 3º, III, e 5º) e previsão do CDC (arts. 4º, III, e 51, IV); 
 
b) distinções entre a boa-fé subjetiva (conhecimento) e a boa-fé objetiva (comportamento) – Treu und 
Glauben; 
 
c) disposição de caráter abstrato e função de flexibilizar o sistema (oportunidade de adequar a decisão judicial no 
caso concreto às novas diretrizes do sistema obrigacional). 
 
d) Valores aplicáveis a ambos os contratantes. 
 
O duty to mitigate the own loss. STJ, REsp. 758.518/PR. O caso das astreintes: STJ, REsp.1.075.142/RJ. 
Enunciado 169, Jornada de Direito Civil. 
 
e) Não tem a função de corrigir posições de hipossuficiência ou proteger o mais fraco. 
 
f) tripla função da boa-fé objetiva: fonte de deveres implícitos (condutas anexas: deveres de informação, prote-
ção e cooperação); causa limitadora do exercício de direitos subjetivos; e regra de interpretação das declarações 
de vontade; 
 
g) A função interpretativa; 
 
h) A função integrativa. 
 
A violação positiva da obrigação contratual: alargamento do conceito de inadimplemento. STJ, 
REsp.988.595/SP. 
 
i) A função limitadora ou restritiva. 
 
A correlação com o abuso do direito. 
A teoria do adimplemento substancial obrigacional e a teoria do pagamento. STJ, REsp.272.739/MG. 
 
j) A boa-fé objetiva processual. 
 
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. 
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, 
decisão de mérito justa e efetiva. 
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual 
não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual 
deva decidir de ofício. 
 
3. A Função Social do Contrato 
 
Art. 421, CC: “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.” 
 
 
 
 
 
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a) A contribuição de Norberto Bobbio: da estrutura à função do Direito. Superação da ideia de Kelsen/Ihering. A 
contribuição de Miguel Reale: a socialidade no CC/02. 
 
b) A função social do contrato (CC 421) e a relativização do alcance estrito das relações obrigacionais: tutela 
externa e interna do crédito e o terceiro ofendido e terceiro ofensor. 
 
c) Tríplice função da função social do contrato. O contrato além do contrato (Teresa Negreiros). 
 
d) O terceiro ofensor (a Brahma e o caso Zeca Pagodinho, TJ/SP, Ac. 7ªCâmara de Direito Privado, 
AgInstr.346.344.4/8 – São Paulo, rel. Des. Roberto Mortari, j.31.3.04). 
 
Art. 608, CC: “Aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço a outrem pagará 
a este a importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste desfeito, houvesse de caber durante dois 
anos.” 
 
O terceiro ofendido. 
 
STJ 308: “A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração 
da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel. 
 
A legitimidade processual de terceiros para as ações revisional e resolutiva. 
 
e) Função social externa e Função social interna dos contratos (Enunciado 360, Jornada). 
 
STJ 302: “É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação hospitalar 
do segurado.” 
 
Jornada de Direito Civil 360: “O princípio da função social dos contratos também pode ter eficácia interna 
entre as partes contratantes.” 
 
Jornada de Direito Civil 542: “A recusa de renovação das apólices de seguro de vida pelas seguradoras 
em razão da idade do segurado é discriminatória e atenta contra a função social do contrato.” 
 
4. A justiça contratual e o revisionismo / Equilíbrio econômico e financeiro dos contratos (a intervenção do 
Judiciário nas relações obrigacionais): abalo da autonomia da vontade. 
 
O pacta sunt servanda. 
 
Teoria da imprevisão (rebus sic stantibus) ou teoria da base objetiva. 
 
A posição do CDC e o entendimento da teoria finalista mitigada do STJ (STJ, REsp. 1.321.501/SE) 
 
A questão da onerosidade excessiva e a distinção com a lesão enorme e o estado de perigo. 
 
Art. 317, CC: “Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da 
prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo 
que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.” 
 
Art. 478, CC: “Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se 
tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos ex-
traordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que 
a decretar retroagirão à data da citação.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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