Metodologia Científica na Universidade

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Aula
01Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof. Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRANA ORIGEM DA 
METODOLOGIA
Estamos iniciando mais uma disciplina. Nestas aulas, veremos que a 
Metodologia auxilia a compreender e também levar a cada um a sabedoria 
de analisar e verificar as análises que tanto precisamos para entender as 
situações do nosso dia a dia. A Filosofia contribui para uma construção 
dos sentidos para a nossa existência; pode ajudar a julgar com tino as 
circunstâncias, a enfrentar os problemas das situações concretas. Com isso, 
temos o aperfeiçoamento pessoal e profissional.
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• desenvolver e aplicar métodos e técnicas de ensino em sua área de atuação;
• implementar a metodologia no processo de ensino-aprendizagem, 
estimulando reflexões acerca da realidade social;
• proporcionar dinâmicas de trabalho em grupos, favorecendo a 
discussão coletiva e as relações interpessoais;
• Valorizar as dimensões éticas e humanísticas, a fim de desenvolver 
atitudes e valores orientados para a cidadania e para a solidariedade.
Seções de estudo
Seção 1 - Metodologia
 1.1 - O trabalho acadêmico
Seção 2 - A escolha do tema
Seção 3 - A delimitação do tema – ter um objeto de estudo
 3.1 - Estudos exploratórios ou leituras preliminares
 3.1.1 - Indagações de pesquisa
 3.2 - Problematização
 3.3 - A Organização do material
 3.4 - Redação clara e precisa
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Seção 4 - A Comunicação dos resultados
 4.1 - O Rigor pessoal e metodológico na condução da pesquisa
 4.1.1 - O rigor metodológico
SEÇÃO 1 - Metodologia
O trabalho (de pesquisa) deve ser assumido no desejo (BARTHES, 1988, 
p. 97). A Metodologia Científica vem para auxiliar vocês nos trabalhos exigidos 
na Universidade com vistas a inseri-los no contexto da pesquisa e da produção 
científica, tarefa inerente à tríplice função da Universidade.
A nossa intenção é apresentar todas as normas e técnicas exigidas para 
a elaboração dos trabalhos e, ainda, proporcionar reflexões acerca do papel da 
ciência e da pesquisa na sociedade contemporânea.
A nossa busca primeira deve ser: afinal, o que vem a ser Metodologia 
Científica? Muitos pensam que se resume às normas da Associação Brasileira de 
Normas e Técnicas – ABNT, que o (a) acadêmico (a) deverá saber como utilizar 
em seus trabalhos, mas não é bem assim. 
Além disso, devemos saber: os tipos de conhecimentos, as técnicas e 
abordagens para chegarmos até o ponto “prático” do trabalho científico, poder 
desenvolver um projeto de pesquisa, escrever artigos científicos, encaminhar 
trabalhos a congressos, enfim, viver a vida universitária em sua inteireza e plenitude.
Segundo Mattar (2003)1, sempre que utilizamos a palavra método, 
inevitavelmente imaginamos uma configuração composta de dois elementos. Como 
método, imaginamos, primeiro, um procedimento, isto é, uma sequência de diferentes 
comportamentos a serem adotados por um ou mais indivíduos até um nível que seja 
possível esse procedimento ser “transmitido” e “utilizado” por pessoas que nunca 
teriam sido capazes de inventá-lo (descobri-lo). Mas também imaginamos método 
como um segundo componente, objetivos específicos ou soluções específicas. 
Portanto, uma definição para a expressão: metodologia científica é o conjunto de 
procedimentos estabelecidos no mundo acadêmico (científico). 
Com isso podemos dizer que a metodologia na universidade oferece-nos 
uma oportunidade única, uma distância em relação ao mundo que costumamos 
ver e a viver, ou seja, um mundo cheio de “sensos comuns”. A Metodologia 
Científica dá-nos oportunidade de não somente ver a realidade, mas de tentar dar 
uma solução a essa realidade. Para isso temos que ter uma vontade própria, uma 
vontade superior que possamos vivenciar de um modo mais científico. 
Não desejamos nesta aula abranger todas as questões envolvidas nesta 
disciplina, mas despertar o interesse de todos neste apaixonante mundo das 
ciências. Para iniciar nosso estudo, de forma já sistematizada, apresento, a seguir, 
um texto para leitura de aprofundamento, conforme Baruffi (2004).
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1.1 - O Trabalho Acadêmico2
 
É imperioso que estas características estejam claramente evidenciadas, 
tanto no processo de planejamento da pesquisa, que é a fase do projeto, quanto 
no da coleta e no da apresentação e discussão dos dados. A integração desses 
processos compõe o documento final.
 O que é um trabalho acadêmico?
O trabalho científico tem por objetivo a reflexão sobre tema ou problema 
específico e resulta de um processo de investigação sistemática. Visa a produzir 
um conhecimento novo, social e teoricamente relevante. Sua abordagem implica 
análise crítica, reflexão e aprofundamento.
Na sua forma e procedimento metodológico, o trabalho acadêmico é um 
trabalho de pesquisa bibliográfica e/ou de campo, com um tema delimitado, podendo 
caracterizar-se por uma análise teórico-conceitual (pesquisa bibliográfica) ou 
teórico-empírica (pesquisa de campo) sobre um assunto. Investiga determinado 
assunto, de forma aprofundada, em seus diferentes ângulos e aspectos, mas não na 
Imagem extraída: <http://froog.com.br/trabalho-escolar-
pronto/>. Acesso em: 25/07/2010.
Um trabalho acadêmico (Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, trabalho de 
graduação interdisciplinar – TGI, monografi a jurídica e outros) é um “documento 
que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do 
assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, 
módulo, estudo independente, curso [...]”.
Elaborar um trabalho acadêmico é um desafi o que se põe a todo estudante de 
graduação e/ou pós-graduação. Por ser um trabalho de natureza cien fi ca, sua 
feitura exige que se considerem algumas caracterís cas que o dis nguem. 
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tese de doutoramento. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador.
No texto devem ser desenvolvidos, por meio de raciocínio lógico, 
os fundamentos do tema objeto do assunto. Nunca é demais lembrar que uma 
monografia sempre aborda um tema particular, caracterizando-se por ser 
um documento completo: “[...] constituído de uma só parte ou de um número 
preestabelecido de partes que se complementam”.
O trabalho acadêmico requer, então, o seguinte:
• discussão de ideias e fatos significativos relacionados a um determinado 
tema a partir de um referencial teórico ou teoria de base;
• domínio do tema abordado;
• indicação clara dos procedimentos adotados, do objeto de estudo: a 
problematização, as respostas provisórias que serão testadas no decorrer da pesquisa 
(hipóteses) e os materiais e métodos a serem utilizados para a coleta dos dados;
• documentação precisa dos dados fornecidos, de modo a permitir a 
indicação eficaz das fontes utilizadas;
• comunicação lógica, organizada e gramaticalmente adequada dos resultados.
Não é outro o pensamento, para quem elaborar uma tese significa mais 
do que simplesmente juntar ideias; significa organizar ideias em torno de um 
tema preciso e de um objeto bem delimitado:
[...] (1) identificar um tema preciso; (2) recolher documentação sobre 
ele; (3) pôr em ordem estes documentos; (4) reexaminar em primeira mão o tema 
à luz da documentação recolhida; (5) dar forma orgânica a todas as reflexões 
precedentes; (6) empenhar-se para que o leitor compreenda o que se quis dizer e 
possa, se for o caso, recorrer à mesma documentação a fim de retomar o tema por 
conta própria.
Nos parágrafos a seguir serão consideradas as recomendações propostas 
por Eco.
 
SEÇÃO 2 - A Escolha do Tema
A experiência na orientação de monografias, nos cursos de graduação 
e pós-graduação, tem demonstrado que o momento da escolha do tema tem sido 
o momento mais difícil para o acadêmico, pois muitassão as motivações e as 
possibilidades de escolha. É importante destacar que nem todo tema constitui 
um problema de investigação. Selecionar um tema é, então, buscar, no campo do 
conhecimento, assuntos que não foram, ainda, totalmente conhecidos.
Primeiros desafi os: escolha do tema e defi nição do objeto de pesquisa. O 
primeiro passo para a elaboração de um trabalho acadêmico é o da escolha do 
tema e determinação do objeto de estudo. Embora pareça óbvio, a escolha de 
um tema a ser inves gado nem sempre é tão fácil.
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Dissertação Documento que representa o resultado de um trabalho 
experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e 
bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar 
informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o 
assunto e a capacidade de sistematização. Visa à obtenção do título de mestre. 
Tese Documento que representa o resultado de um trabalho experimental 
ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser 
elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição 
para a especialidade em questão. Visa à obtenção do título de doutor. Surge, 
normalmente, em função da afinidade que o acadêmico tem com determinados 
campos teóricos, das leituras extraclasses, dos debates em aula e, particularmente, 
em função da preferência pessoal. O tema deve sempre conter e permitir novas 
indagações, novos questionamentos.
A escolha do tema vincula-se, assim, a critérios de seleção, quais sejam:
• importância ou relevância teórica do tema;
• viabilidade em termos de levantamento de dados, disponibilidade de 
tempo e de recursos financeiros;
• resposta aos interesses do aluno-pesquisador e ligação com sua posição 
política, cultural, religiosa;
• vínculo a experiências práticas, a envolvimentos sociais;
• atenção à delimitação geográfica e cronológica do estudo.
Uma vez escolhido o tema, é preciso delimitar, com precisão, o objeto de 
estudo (o que se quer estudar): sua extensão e seu campo conceitual.
O interesse por um tema que mereça ser pesquisado na forma de um trabalho 
acadêmico ou monográfi co (documento que representa o resultado de 
estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve 
ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, 
curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de 
um orientador. Normalmente é requisito parcial para a obtenção do tulo do 
bacharel, licenciado ou especialista).
Fonte: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://
lightinsilence.fi les.wordpress.com>. Acesso em: 
25/08/2010. 
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SEÇÃO 3 - Delimitação do Tema – Ter um Objeto de Estudo 
 
Essa etapa consiste 
em dar os contornos ao tema 
escolhido, definir o enfoque 
teórico-metodológico e 
determinar a dimensão da 
pesquisa. Consiste no que se 
quer saber ou fazer a respeito 
do objeto. 
Uma breve incursão 
por arquivos de bibliotecas 
permite visualizar a questão da delimitação e precisão dos assuntos e temas 
relativos aos diferentes campos da ciência. Ao se proceder, por exemplo, a 
uma consulta sobre o termo educação, verifica-se que inúmeras são as obras 
que poderão ser destacadas, vez que o assunto é extremamente abrangente. O 
mesmo pode-se dizer dos termos direito e administração. Porém, ao se procurar 
por termos como “Ensino Fundamental”, “Educação Superior”, “Direito Civil”, 
“Administração Hospitalar”, vê-se que a pesquisa resultará mais restrita, por que 
está delimitada a um campo específico do saber. 
Da mesma forma, a escolha do tema de uma pesquisa requer o 
reconhecimento da amplitude do objeto de estudo e da necessidade de sua 
delimitação a um campo mais específico do saber. Assim, o assunto é a matéria de 
que se trata, enquanto o tema é a proposição que vai ser tratada ou demonstrada, 
é o objeto da investigação, é o objeto de pesquisa já delimitado.
Exemplificando: o assunto poderá ser “Educação” e o tema a ser 
investigado “Ensino Fundamental”, e nesse, mais especificamente, as “Séries 
iniciais do ensino fundamental” e, ainda, mais detalhadamente, é possível estudar 
“O ensino de língua portuguesa nas séries iniciais do ensino fundamental no 
Estado do Mato Grosso do Sul na década de noventa”. Essa mesma delimitação 
poderá ser efetuada, por exemplo, em relação ao assunto “Direito civil”, assunto 
amplo que abarca temas específicos tais como “Direito da família”, “Contratos”, 
“Obrigações”. Esses, por sua vez, englobam temas ainda mais específicos 
(merecedores da atenção do aluno-pesquisador) tais como os referentes aos 
“Aspectos patrimoniais na união estável”, aos “Contratos de parceria”, aos 
“Contratos agrários”, e às “Extinções das obrigações”.
Delimitar o assunto, demarcar os contornos do estudo é função essencial 
para o estabelecimento de passos precisos de pesquisa, leitura, fichamento e 
coleta de dados. O estudo monográfico exige que se reduza à extensão do assunto 
a fim de se chegar a um tema objetivo e preciso. 
Fonte: < http://nexus.futuro.usp.br/blog/~anamarysa/1612>.
 Acesso em: 30/08/2010.
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3.1 Estudos Exploratórios ou Leituras Preliminares
Para se proceder à delimitação e à problematização do tema, é necessário 
que se tenha uma visão clara do que se quer, o que exige a leitura prévia de 
textos sobre o assunto versado. A esse procedimento é comum denominar estudos 
exploratórios ou leituras preliminares.
Os estudos exploratórios ou leituras preliminares visam a indicar se 
existe bibliografia atualizada e de fácil acesso, se a matéria já foi esgotada ou 
superada e se as questões estão sendo debatidas e são atuais. Registre-se que as 
leituras preliminares permitirão comprovar a convicção da escolha do tema.
3.1.1 Indagações de Pesquisa
Uma vez selecionado e delimitado o tema, ou seja, definido o objeto de 
estudo, por meio do processo de identificação da abrangência pela seleção dos 
assuntos que serão enfocados, é necessário identificar as dificuldades a serem 
resolvidas, isto é, é necessário problematizar.
3.2 Problematização
Assim, a problematização é o processo de indagação, de questionamento. 
Compreende a elaboração dos objetivos, o levantamento de hipóteses e/ou questões 
de estudo e a definição de um plano provisório de investigação, envolvendo a 
metodologia a ser utilizada (matérias e métodos), ou seja, o plano de estudo.
Identificado o problema a ser pesquisado, deve-se coletar a documentação 
sobre ele e realizar leituras. Não é possível fazer uma monografia sem fonte 
teórica ou empírica, ou somente a partir de um único livro. 
Desse modo, para se delimitar o assunto é importante o seguinte:
• fi xar a extensão do objeto a ser estudado;
• determinar o número ou a categoria de indivíduos ou casos que o estudo pode 
se referir;
• selecionar os setores, as áreas ou tópicos dos assuntos que serão focalizados.
Trabalhos acadêmicos que não partem de um problema em relação ao tema 
tornam-se estudos lineares e acabam sendo reproduções de manuais, simples 
cópias. Quando o tema não é problema zado, os capítulos, bem como a 
conclusão, não oferecem resposta, uma vez que nada, antecipadamente, foi 
perguntado ou ques onado.
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3.3 A Organização do Material
Essa tarefa de organização tem como objetivo permitir ao aluno-
pesquisador uma retomada do problema frente à literatura existente para identificar 
novos problemas ou questões já resolvidas e que não merecem mais a atenção do 
pesquisador. Enfim, permite o revisar com o objetivo de consolidar o tema objeto 
do estudo na certeza de que o problema é relevante e que, embora existam autoresque já abordem o tema, esse ainda permanece atual e aberto a novas indagações, 
permitindo novos estudos sob outros enfoques.
Partindo do pressuposto de que o conhecimento científico é ordenado, 
crítico, rigoroso, objetivo (nascido da dúvida, consolida-se na certeza das leis 
demonstradas) importa lembrar, segundo Leite3 (2010), que as exigências 
metodológicas caracterizadoras do método cartesiano que podem ser reveladas 
através de quatro regras máximas, a saber:
• regra da evidência: consiste em não aceitar nada por verdadeiro que 
não seja reconhecido como tal pela sua evidência;
• regra da análise: consiste em decompor as dificuldades no maior 
número de partes possíveis e necessárias para melhor resolvê-las;
• regra de síntese: consiste em conduzir os pensamentos por ordem, 
começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer para ir, pouco a 
pouco, gradualmente até aos conhecimentos mais complexos;
• regra da enumeração: consiste em fazer sempre enumerações 
completas e gerais para que se tenha a certeza de nada omitir.
Resta-nos, ainda, considerar as seguintes recomendações de Eco4 (2002): 
a) dar forma orgânica a todas as reflexões precedentes; (b) empenhar-se para que 
o leitor compreenda o que o autor quis dizer e possa, se for o caso, recorrer à 
mesma documentação a fim de retomar o tema por conta própria.
Essas recomendações têm por objetivo atentar para o princípio da 
lógica da organização textual. Uma coisa é redigir para si próprio; outra é redigir 
para outros lerem. Por vezes, ao redigirmos um texto, omitimos informações 
importantes e necessárias por considerarmos que, para nós, tudo está claro e 
óbvio; no entanto, para o outro (o nosso interlocutor) essas informações podem 
parecer confusas, ambíguas. Por isso, a importância de se considerar, na redação 
da monografia, o leitor.
De posse do material coletado, torna-se necessário pôr em ordem esses materiais 
e reexaminar, em primeira mão, o tema à luz da documentação recolhida.
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3.4 Redação Clara e Precisa
Por isso, há que se buscar uma redação clara, simples, precisa, concisa, 
por meio da qual sejam prestadas todas as informações necessárias ao leitor.
SEÇÃO 4 - A Comunicação dos Resultados
Nesse sentido é que se ressalta a importância dos aspectos relativos à 
apresentação dos documentos, à descrição da metodologia, ao atendimento às 
normas técnicas, à clareza e à precisão da linguagem, instrumentos necessários 
para o bom entendimento da pesquisa.
 Deve-se considerar sempre que o trabalho será lido por outras 
pessoas. Assim, todo trabalho que vise trazer, ao público, informações, deve 
primar pela boa comunicação. 
O mesmo deve ocorrer com o trabalho acadêmico, o qual pressupõe o 
seguinte:
• clareza no que se quer transmitir: um texto deve observar a exposição 
lógica da investigação por meio da apresentação natural das ideias;
• precisão nos conceitos: a comunicação deve utilizar os conceitos nos 
seus sentidos universalmente definidos;
• consistência no raciocínio elaborado: domínio do conteúdo é uma das 
melhores ferramentas na elaboração do trabalho, o que pressupõe que se esgote a 
fonte de informação, que se produzam reflexões metódicas sobre o tema visando 
à apreensão do objeto;
• simplicidade: a consistência no raciocínio, assim como a precisão nos 
termos e conceitos conduz a um trabalho que prime pela exposição simples, sem 
necessidade de palavras difíceis, grandes elucubrações mentais ou tecnológicas. 
É importante que se tenha consciência de que a pesquisa que está sendo 
desenvolvida será lida por outras pessoas. 
Para o aluno-pesquisador pode parecer evidente o encaminhamento dado 
à pesquisa; para o leitor, entretanto, nem sempre essa lógica é inteligível. É 
preciso, então, torná-la clara, mediante a apresentação de uma estrutura 
organizada, de forma que o leitor possa, querendo, reproduzir o estudo, buscar 
o material, analisar, concluir por si mesmo.
Essas regras devem ser u lizadas pelo estudante durante a formulação do 
problema, para compreender e conhecer o objeto de inves gação e, no 
momento do desenvolvimento da monografi a, para evitar divagações.
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Os dados justificam-se e apresentam-se por si próprios. Ao pesquisador cabe 
evidenciá-los, interpretando-os no contexto em que se situam.
4.1 O Rigor Pessoal e Metodológico na Condução da Pesquisa
A construção do conhecimento – individual ou coletiva – não se faz sem 
certo rigor pessoal e metodológico; por isso a exigência do método. O esforço 
despendido na apreensão do objeto de investigação, na leitura, no estudo, na 
pesquisa deve resultar em contribuição significativa para a ciência e para o 
próprio pesquisador. 
Um esforço sem método, sem sistematização, está fadado a não alcançar 
bom termo, a se esgotar naquilo que é costumeiramente denominado ativismo – 
ação sem consciência.
4.1.1 O Rigor Metodológico
Os procedimentos metodológicos no estudo de um fato ou fenômeno 
devem obedecer a critérios que garantam consistência, validade e confiabilidade 
aos resultados. Por isso a obediência ao referencial teórico e metodológico 
adotado e a precisão nas informações apresentadas.
A produção do conhecimento segue caminhos particulares, exigindo 
o rigor da pesquisa científica da reflexão, da sistematização do conhecimento. 
O instrumental oferecido pelo método científico constitui ferramentas que estão 
disponíveis ao acadêmico, permitindo-lhe, quando necessário, um aproveitamento 
maior e melhor do esforço de investigação. Os resultados prontamente se manifestam.
O caminho a ser seguido na pesquisa será determinado pelo objeto de estudo 
e o método não é uma camisa de força na qual o objeto deve se enquadrar, mesmo 
porque esse é dinâmico, como dinâmico é o conhecimento. Pressupõe-se que se 
estude o objeto observando diferentes aspectos, mas sempre com métodos e rigor.
O problema a ser investigado num trabalho acadêmico surge da 
observação atenta e da contraposição entre um corpo de conhecimento disponível 
(TEORIA) e a realidade (FENÔMENO), que é dinâmica, numa atitude constante de 
problematização. Sobre essa ação há a necessidade da atitude reflexiva e da análise 
como procedimentos próprios para a delimitação do que se quer estudar e pesquisar.
Retomando a Conversa Inicial
Parece que estamos indo bem. Então,para encerrar esse 
tópico, vamos recordar:
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SEÇÃO 1 - Metodologia
Metodologia Científica dá-nos oportunidade de não somente ver a 
realidade, mas de tentar dar uma solução a essa realidade.
SEÇÃO 2 - A Escolha do Tema
Vimos nesta seção sobre a importância da escolha do tema, ou seja, 
antes de termos uma ideia da pesquisa precisamos ter um tema, e este deve ser 
autêntico, mas para essa autenticidade é preciso conhecimento e dinâmica para 
entender realmente onde queremos chegar. É por isso que precisamos ter a noção 
do início, do meio e do fim de cada pesquisa, estudo, debate... Precisamos do 
aprimoramento diário...
SEÇÃO 3 - A Delimitação do Tema – Ter um Objeto de Estudo
Neste ponto estudamos a importância da delimitação do tema, ou seja, não 
podemos abranger muito o tema, temos que ter a consciência que quanto maior o 
tema, mais difícil será a pesquisa. É por isso que temos que obter constantemente 
o conhecimento, mas para isso temos que criar o hábito da leitura. Quanto mais 
leio, mais conheço, e quanto mais conheço, mais possibilidade de alcançar o meu 
objetivo, sempre com clareza e objetividade.
SEÇÃO 4 - A Comunicação dos Resultados
Toda pesquisa necessita de resultados, neste item pudemos observar 
isso... Quanto mais pesquiso mais conheço e quanto mais conheço e pesquiso 
mais capacidade tenho para comunicar os resultados pesquisados e verificados. 
Não podemos produzir sem ter a intenção decomunicar a pesquisa, ou o trabalho, 
seria em vão todo nosso sacrifício.
GLOSSÁRIO:
• comunicação: é um campo de conhecimento acadêmico que estuda os 
processos de comunicação humana;
• conhecimento: é o ato ou efeito de abstrair ideia ou noção de alguma 
coisa, como por exemplo: conhecimento das leis; conhecimento de um fato;
• escolha: consiste num processo mental de pensamento envolvendo o 
julgamento dos méritos de múltiplas opiniões e a seleção de uma delas para ação;
• a lógica: (do grego clássico λογική logos, que significa palavra, 
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pensamento, ideia, argumento, relato, razão lógica ou princípio lógico), é uma 
ciência de índole matemática e fortemente ligada à filosofia;
• trabalho: é uma medida da energia transferida pela aplicação de uma 
força ao longo de um deslocamento;
• metodologia: conjunto de normas e convenções utilizadas com a 
finalidade de padronizar um processo ou a produção de uma fonte de informação;
• método: modo ordenado de fazer as coisas, ordem; conjunto de 
procedimentos técnicos e científicos; obra que registra os princípios de uma 
técnica, ciência ou arte; sistema educativo; ponderação, prudência.
Sugestões de Filmes
Filmes
Em nome de Deus (1988 – Inglaterra/Iugoslávia) – Filme que se passa no 
séc. XII e enfoca o romance de Abelardo e Heloisa. Retrata o clima das discussões 
filosóficas e mostra o ambiente universitário na Universidade de Paris, entre 
1114-1118, época em que Abelardo lecionou nessa instituição e em que viveu o 
célebre e dramático romance com Heloísa. 
O destino (1997 – Egito/França) – No século XII, em Córdoba, os escritos 
do filósofo Averróis chocam os islâmicos. Para apaziguar a situação, o califa Al 
Mansour ordena que todas as suas obras sejam queimadas. É quando os discípulos 
do filósofo decidem fazer cópias manuscritas de suas obras, para leva-las para 
além das fronteiras do Islã.
Galileu (1994 – Itália) Vida e obra de Galileu, com destaque para o seu 
julgamento pela Inquisição. 
A ilha do Dr. Moreau (1977 – EUA) Ficção acerca da ideia do cientista 
como criador, à semelhança de Deus. Em uma ilha isolada, cientista realiza 
experimentos de engenharia genética, criando seres, a partir de células humanas 
e animais, que são controlados por ele através de dispositivos que causam dor. 
Atividade da Aula 01
As atividades referentes a esta aula estão disponibilizadas na 
ferramenta “Sala Virtual – Atividades”. Após responder, envie por meio do 
Portfólio – ferramenta do ambiente de aprendizagem UNIGRAN Virtual.
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