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Disc.: TEORIA DO DIREITO PENAL Aluno(a): LARISSA CARNEIRO Matríc.: ------------- Acertos: 0,3 de 0,5 11/05/2020 (Finaliz.) 1 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 Rui saiu com amigos para comemorar seu aniversário em um restaurante. Após a refeição, o grupo decidiu esticar a noite em um bar próximo onde uma banda de rock iria apresentar-se. Horas depois, já embriagado, Rui pagou a sua parte na despesa e, alegando que acordaria cedo no dia seguinte, despediu-se dos amigos, os quais continuaram no bar. Na saída do estabelecimento, envolveu-se em uma briga durante a qual usou uma cadeira de metal para dar uma pancada na cabeça de outro frequentador do bar, causando-lhe ofensa grave à integridade corporal. Em sede policial, durante a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, Rui alegou que não sabia o que estava fazendo em virtude da embriaguez e por esse motivo não poderia ficar preso. Diante desta situação hipotética, está correta a alegação de Rui? Sim, porque Rui, apesar de não ter perdido a consciência e estar imbuído de vontade de agredir a vítima, não queria causar a lesão corporal. Sim, porque Rui, apesar de não ter perdido a consciência, não teve vontade de causar lesão corporal. Não, porque em nenhuma hipótese a responsabilização penal fica excluída em decorrência de embriaguez. Não, porque somente a embriaguez involuntária exclui a responsabilização penal. Sim, porque Rui não teve consciência nem vontade de causar lesão corporal. Respondido em 11/05/2020 17:53:22 Compare com a sua resposta: Princípios contemplados na norma transcrita: Individualização das Penas; Irretroatividade da Norma Penal e Retroatividade da Norma Penal Benéfica; Intranscendência da Punição; Humanidade das Penas e Dignidade da Pessoa Humana. 2 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 A coação física irresistível e a coação moral irresistível afastam respectivamente a: Culpabilidade e tipicidade Tipicidade e culpabilidade Ilicitude e tipicidade Tipicidade e ilicitude Culpabilidade e ilicitude Respondido em 11/05/2020 17:58:28 Compare com a sua resposta: a) Os crimes à distância também são chamados de espaço máximo, pois a infração penal atinge os interesses de dois ou mais países soberanos, assim surge um conflito internacional de jurisdição. Já nos crimes plurilocais a infração penal atinge o interesse de um só país soberano, percorrendo várias localidades deste país, ou seja, ocorre em mais de uma comarca e desta forma não tem conflito internacional de jurisdição, mas sim um conflito interno de competência. b) Não existe contradição quanto a aplicação dos artigos 6º do Código Penal e o artigo 70 do Código de Processo Penal, pois no primeiro o legislador adotou a teoria mista ou da ubiquidade e o referido artigo deve ter aplicação somente aos crimes a distância. Já no art. 70 do CPP foi adotada a teoria do resultado, sendo este aplicado aos crimes plurilocais. c) Nos crimes contra a vida ocorrido em mais de uma comarca no Brasil o entendimento jurisprudencial consiste numa verdadeira exceção, pois a jurisprudência indica que em tais crimes, a competência será determinada pela teoria da ATIVIDADE e não do RESULTADO conforme reza o artigo 70 do CPP. Esse é o entendimento do STJ e do STF: (...) Nos termos do art. 70 do CPP, a competência para o processamento e julgamento da causa, será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumou a infração. Todavia, a jurisprudência tem admitido exceções a essa regra, nas hipóteses em que o resultado morte ocorrer em lugar diverso daquele onde se iniciaram os atos executórios, determinando-se que a competência poderá ser do local onde os atos foram inicialmente praticados. Tendo em vista a necessidade de se facilitar a apuração dos fatos e a produção de provas, bem como garantir que o processo possa atingir à sua finalidade primordial, qual seja, a busca da verdade real, a competência pode ser fixada no local de início dos atos executórios. (HC 95.853/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, Sexta Turma, 2012) 3 Questão Acerto: 0,0 / 0,1 Sobre as missões e finalidades da sanção penal, assinale a opção INCORRETA: a prevenção geral corresponde tanto à cominação da pena pelo legislador, quanto pelo juiz quando da sentença penal condenatória; a prevenção especial é compreendida desde a fixação da pena pelo juiz até o término de sua execução (cumprimento); em relação às finalidades da pena, o Código Penal brasileiro adotou a teoria mista ou unitária na qual há a conciliação entre as finalidades de prevenção geral e especial e o caráter retributivo da pena; segundo a denominada "teoria do Garantismo Penal", a função das garantias do Direito Penal também contempla a de limitar a potestade punitiva; no Direito Penal do Fato são criminalizadas e sancionadas as condutas praticadas, ou seja, a responsabilização penal recai sobre a conduta descrita no tipo penal; Respondido em 11/05/2020 18:29:33 Compare com a sua resposta: 4 Questão Acerto: 0,0 / 0,1 Fernando, conhecendo a qualidade de funcionário público de Paulo, atua em comunhão de vontades e desígnios com este último na subtração de uma copiadora existente na repartição pública onde trabalha. Dos fatos, face ao princípio da especialidade, a conduta de Paulo restará tipificada como incursa no art. 312, do Código Penal Peculato. A partir dos estudos realizados sobre concurso de pessoas, assinale a alternativa correta acerca responsabilidade jurídico- penal de Paulo e Fernando: Ambos serão responsabilizados pelo delito de peculato, pois a qualidade de funcionário público é elementar do crime, portanto, comunicável, consoante o disposto no art. 30, do Código Penal, todavia não há que se falar em coautoria, pois o peculato se caracteriza como crime próprio, logo só admite a participação. Paulo será responsabilizado por peculato e Fernando por furto, pois a qualidade de funcionário público ainda que elementar do crime é incomunicável, pois tem caráter pessoal, consoante o disposto no art. 30, do Código Penal. Ambos serão responsabilizados pelo delito de peculato, pois a qualidade de funcionário público é circunstância de caráter pessoal comunicável, consoante o disposto no art. 30, do Código Penal. Paulo será responsabilizado por peculato e Fernando por furto, pois a qualidade de funcionário público é circunstância de caráter pessoal incomunicável, consoante o disposto no art. 30, do Código Penal. Ambos serão responsabilizados pelo delito de peculato na condição de autores, pois a qualidade de funcionário público é elementar do crime, portanto, comunicável, consoante o disposto no art. 30, do Código Penal. Respondido em 11/05/2020 18:36:42 Compare com a sua resposta: a) Norma penal incriminadora em branco heterogênea b) Crime próprio, pois o sujeito ativo do crime somente pode ser aquele que tenha uma característica específica 5 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 A partir da análise da charge apresentada, segundo a qual resta demonstrado que o cão de Betão mordeu Joãozinho, com base nos estudos realizados sobre condutas omissivas, comissivas, dolosas e culposas, assinale a alternativa correta acerca da responsabilização penal da conduta de Betão: tentativa de homicídio, absorvidas as lesões, porque, no caso, a broncopneumonia é reputada causa superveniente relativamente independente; não há que se falar em responsabilização penal de Betão, ainda que este seja caracterizado como agente garantidor, por força do disposto no art.13, §2º, do Código Penal, pois o ataque do cão a Joãozinho era objetivamente imprevisível; será responsabilizado, haja vista sua caracterização como agente garantidor, por força do disposto no art.13, §2º, do Código Penal, sendo considerada sua conduta dolosa (dolo eventual); não há que se falarem responsabilização penal de Betão, pois o ataque do cão a Joãozinho, além de objetivamente imprevisível, não guarda relação com a conduta de Betão; será responsabilizado, haja vista sua caracterização como agente garantidor, por força do disposto no art.13, §2º, do Código Penal, sendo considerada sua conduta culposa (culpa inconsciente); Respondido em 11/05/2020 18:37:55 Compare com a sua resposta: Sugestão de gabarito. Na questão em exame, caberá ao discente, analisar os requisitos para a configuração da causa excludente de ilicitude prevista no art.25, do Código Penal, bem como compreender que a expressão da moderação nos meios necessários à repulsa deve ter como delimitação a gravidade e, modo e meios de execução da injusta agressão a ser repelida, sob pena de incidir em excesso, doloso ou culposo e, consequentemente, afastar a incidência da causa excludente de ilicitude. Após análise de todos os requisitos, o aluno concluirá pela procedência da alegação de Paulo.
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