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Biografia de Edward Titchener

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BIOGRAFIA DE TITCHENER 
Edward Bradford Titchener nasceu em Chichester, na Inglaterra, em uma família tradicional, mas de poucos recursos. Graças a sua considerável capacidade intelectual,Titchener obteve bolsas de estudo para cursar a faculdade. Estudou filosofia e os clássicos, além de trabalhar como assistente de pesquisa em fisiologia. Ganhou muitos prêmios acadêmicos e foi visto como um aluno brilhante, fluente em vários idiomas.Titchener interessou-se pela psicologia wunditiana enquanto estudava em Oxford, entusiasmo não compartilhado nem incentivado pela universidade. Por isso, teve de partir para Leipizig, para estudar com o próprio Wundt, lá obtendo o doutorado em 1892.
Quando retornou a Oxford, seus colegas ainda estavam críticos em relação a sua abordagem científica. Deixou a Inglaterra e partiu para os Estados Unidos, para lecionar psicologia e dirigir um laboratório, estava então com 25 anos, e ali passou o resto da vida até falecer de tumor cerebral, aos 60 anos.
De 1893 a 1900, Titchener implementou seu laboratório, conduziu pesquisas e escreveu artigos acadêmicos, publicando, por fim, mais de 60 trabalhos. Com o passar dos anos, Titchener afastou-se do convívio social e acadêmico, adquirindo o status de lenda viva, embora muitos docentes sequer o houvessem conhecido ou visto, e, algumas de suas relações com os psicólogos fora do seu grupo também eram tensas.
EDWARD TITCHENER 
Titchener, principal intérprete do pensamento de Wundt nos Estados Unidos da América, na verdade construtor de um estruturalismo à imagem de Wundt, mantinha como principal meta da psicologia o estudo da experiência imediata através da análise de seus elementos mais simples, da descoberta de suas combinações e da conexão com suas condições fisiológicas. A experiência imediata de um indivíduo em um momento dado compreende o que ele entende por consciência. O método da psicologia pensada por Titchener, é o mesmo método das demais ciências — a observação. Entretanto, enquanto a observação nas ciências físicas é extrospecção, pois é voltada para fora, a observação psicológica é introspecção, pois é voltada para dentro. Titchener dá exemplos de situações diversas, mais ou menos complexas, em que a introspecção é o método utilizado para a coleta das informações.
Embora aceite que a decomposição da consciência possa dificultar a compreensão de “certas ligações intermediárias”, supõe que tal obstáculo será insignificante, desde que se aplique a “retrospecção” e se compare os resultados atuais, parciais, com “a lembrança da experiência global”. A psicologia para Titchener é uma ciência pura, não comportando qualquer tipo de aplicação, seja clínica, seja psicométrica ou outra qualquer.
INTROSPECÇÃO 
Titchener considerava que os elementos ou as unidades que compõem o conteúdo da mente são as sensações, as imagens, as afeições e os sentimentos. Usa-se a introspecção para chegar a eles, através de uma observação treinada e preparada para garantir os dois pontos essenciais de toda a observação: a atenção e o registro do fenômeno. Ele empregava a introspecção ou auto-observação, com base em observadores rigorosamente treinados para descrever os elementos no seu estado consciente. Ele utilizava relatos detalhados, subjetivos e qualitativos das atividades mentais dos indivíduos durante o ato da introspecção. Ele se oponha à abordagem de Wundt, cujo foco era as mensurações quantitativas e objetivas.
 Titchenet divergia de Wundt porque estava interessado em analisar a experiência consciente complexa a partir das partes componentes, e não a síntese dos elementos mediante a apercepção. Titchener dava ênfase às partes, enquanto Wundt ao todo; o objetivo de Titchener era estudar os chamados átomos da mente. A proposta de Titchener consistia na abordagem experimental para a observação introspectiva na psicologia. Ele obedecia rigorosamente às normas da experimentação científica.
OS ELEMENTOS DA CONSCIÊNCIA 
Titchener definiu três estados elementares da consciência: o estado da sensação, o da imagem e os estados afetivos. As sensações são elementos básicos da percepção e estão presentes nos sons, nas visões, nos cheiros e nas outras experiências provocadas pelos objetos físicos do ambiente. As imagens são elementos das ideias e estão no processo que reflete as experiência do passado. Os estados afetivos, ou as afeições, são elementos da emoção e encontram-se nas experiências como o amor, o ódio e a tristeza.
Titchener se concentrava nos elementos, assim como na concepção mecânica mediante o processo de associação, mas descartava a doutrina da aperceção de Wundt.O seu enfoque estava nos elementos propriamente ditos, e, na sua opinião, a principal tarefa da psicologia consistia na determinação da estrutura da consciência mediante a análise de suas partes componentes.De acordo com Titchener, o objeto de estudo da psicologia é a experiência consciente, como dependente do indivíduo que a vivencia. Para Titchener, esse tipo de experiência consciente é o único enfoque adequado para a pesquisa psicológica.
LIVRO DE TITCHENER 
Em seu livro A Textbook of Psychology, Titchener cita que “Todo conhecimento humano é derivado das experiências humanas, não há outra fonte de conhecimento”. Com base nessa afirmação, podemos concluir que toda experiência humana pode ser analisada por pontos de vistas distintos, não estando nenhum deles necessariamente incorreto, pois cada indivíduo tem suas próprias vivências e, portanto, seu próprio repertório de conhecimentos. Quando estudou a experiência consciente, Titchener alertou a respeito da possibilidade de um erro, o qual ele chamou de erro de estímulo, que gera uma confusão entre o objeto de observação e o processo mental envolvido. Por exemplo, se mostrarmos uma maçã a alguém, e pedirmos para que essa pessoa descreva o que vê, muito provavelmente dirá que se trata de uma maçã, não descrevendo suas características como cor, forma e brilho.Essa falta de descrição dos elementos componentes da maçã é o que Titchener chamava de erro de estímulo, pois as características foram deixadas de lado, em favor da descrição mais simples e conhecida. Nesse caso, o observador está interpretando o objeto e não analisando-o.
Titchener definia a consciência como a soma das experiências existentes em certo momento e a mente como a soma das experiências acumuladas ao longo do tempo. Para ele, o único objetivo legítimo da Psicologia deveria ser descobrir os fatos estruturais da mente e estudá-los.

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