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PETIÇÃO INICIAL CASO CONCRETO 01

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BALNEÁREO COMBORIÚ/SC.
		
PAULO SOBRENOME, brasileiro, viúvo, militar da reserva, inscrito no Cadastro de Pessoa Física – CPF sob o nº e RG nº , residente e domiciliado Rua Bauru, nº 371, Brusque/SC, não possui endereço eletrônico, razão pela qual, vem, mui respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, através de seu advogado que ao final subscreve (instrumento de procuração em anexo), com escritório profissional consignado no mandado acostado, onde, em atendimento aos ditames contidos no Art. 106 do CPC, propor a presente AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, em face de JUDITE SOBRENOME, brasileira, solteira, advogada, inscrita no Cadastro de Pessoa Física – CPF sob o nº e RG nº , residente e domiciliada na Rua dos Diamantes, nº 123, Brusque/SC, não possui endereço eletrônico, JONATAS SOBRENOME, espanhol, casado, comerciante, inscrito no Cadastro de Pessoa Física – CPF sob o nº e RG nº , residente e domiciliado na Rua Jirau, nº 366, Florianópolis/SC, não possui endereço eletrônico, JULIANA SOBRENOME, brasileira, casada, profissão, inscrito no Cadastro de Pessoa Física – CPF sob o nº e RG nº , residente e domiciliada na Rua Jirau, nº 366, Florianópolis/SC, não possui endereço eletrônico, onde deverão receber as devidas citações, em decorrência das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas:
PRELIMINARMENTE:
1. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA:
O autor requer a V.Exa, os benefícios da Gratuidade de Justiça, pelo que declara ser hipossuficiente técnica e financeiramente, não tendo condições financeiras de arcar com custas judiciais e honorárias advocatícios nos termos da Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes, sem prejuízo do sustento de sua família. 
	O deferimento da gratuidade de justiça, pode se dar em qualquer instância, contudo, ad cautelam requer desde a distribuição da presente peça vestibular.
2. DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA:
O autor, conforme o documento de identidade anexo à presente inicial, conta hoje com 65 anos de idade, tendo, desse modo, direito ao benefício da prioridade na tramitação de procedimentos judiciais, nos termos do art. 1.048 do Código de Processo Civil e art. 71 do Estatuto do Idoso
3. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO:
Em atendimento aos ditames do art. 334 do CPC, o requerente vem manifestar sobre seu interesse na audiência de conciliação.
I – DOS FATOS
Em novembro de 2011, o autor outorgou à primeira parte ré, Judite que é sua irmã, uma procuração, constituindo-se em contrato de mandato com poderes especiais e expressos para alienação.
Porém, o referido mandato foi revogado pela parte autora em 16 de novembro de 2016, tendo a ciência da primeira parte ré e do titular do Cartório do 1º Ofício de Notas no qual o documento foi lavrado ocorrido no dia 05/12/2016.
Mesmo já notificada da revogação do mandato, Judite de má-fé, no dia 15 de dezembro de 2016, alienou à Jonatas e Juliana o imóvel de veraneio situado na Rua Rubi nº 350, Balneário Camboriú/SC, de propriedade do Autor e da primeira parte ré, pelo valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
O requerente só teve ciência da realização do referido contrato de compra e venda no dia 01 de fevereiro de 2017, quando foi até o imóvel e constatou que este estava ocupado pela segunda e a terceira parte ré.
Desta feita, como será demonstrado a seguir, o autor tem o direito de anular o negócio jurídico realizado pelos réus.
II- DOS FUNDAMENTOS
O negócio jurídico em questão é plenamente anulável, pois foi realizado pela primeira ré sem mandato específico para tal, e não houve ratificação expressa do autor.
O artigo 682 do CÓDIGO CIVIL dispõe que cessa o mandato pela revogação, o que de fato ocorreu no dia 16 de novembro de 2016, sendo a primeira ré devidamente notificada no dia 05 de dezembro de 2016, ou seja, 10 dias antes da alienação.
Importante ressaltar ainda que a segunda e a terceira parte ré em nenhum momento podem alegar que desconheciam a revogação do mandato, já que, devido à notificação do titular do Cartório do 1º Ofício de Notas no qual o documento foi lavrado, ocorrida no dia 05/12/2016, era dever deles procederem a todas diligências necessárias para atestarem a validade do contrato de compra e venda.
A celebração de negócio jurídico por quem não tenha mandato ou sem poderes suficientes é ineficaz em relação aquele em cujo nome foi praticado, nos termos do artigo 662 do Código Civil.
Em que pese o fato de que a primeira ré era coproprietária do imóvel juntamente à parte autora, em nenhum momento houve, por parte desta, o consentimento quanto à celebração do contrato de compra e venda.
II- DOS PEDIDOS
Diante do exposto, a autora requer a esse juízo:
a) o deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes do CPC/2015;
b) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015[6];
c) que seja julgado procedente o presente pedido para anular o negócio jurídico celebrado;
d) requer a CITAÇÃO das partes requeridas, na pessoa de seu representante legal, através de carta registrada AR, no endereço supracitado, para que, querendo, apresente peça contestatória, no prazo legal, sob pena de revelia.
e) a condenação dos réus ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios sucumbenciais.
f) Por fim, se digne, V. Exa., em protestar por provas o alegado por toda espécie de prova admitida (CF, Art.5º, inciso LV), nomeadamente pelo depoimento do representante legal dos Réus, oitiva de testemunhas a serem arroladas “oportuno tempore”, juntada posterior de documentos como contraprova, documentação pericial, o que mais se fizer necessário no curso da instrução processual, tudo de logo requerido.
	Atribui-se à causa (conforme art. 292 do CPC) o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
Termos em que, respeitosamente,
Pede e espera deferimento.
Balneáreo Comboriú/SC, data.
NOME DO ADVOGADO
OAB/UF nº ...

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