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Termorregulação de aves

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA BOM DESPACHO
MEDICINA VETERINÁRIA 
7° PERIODO
GISLAINE AURESLINA ARAÚJO
TERMORREGULAÇÃO 
ATIVIDADE AVALIATIVA REFERENTE A MATERIA AVICULTURA
LECIONADA PELA PROFESSORA FLAVIA FERREIRA ARAUJO.
BOM DESPACHO
ABRIL 2020
TERMORREGULÇÃO DAS AVES
Os avanços realizados na avicultura têm como limitação os fatores ambientais, principalmente pelo ambiente no qual os animais ficam retidos, contudo, o monitoramento e controle são necessários para a conclusão dessa atividade. As aves são animais homeotermos, ou seja, são capazes de regular a temperatura do corpo independente da temperatura do ambiente, conseguem manter a temperatura entre 40° e 42°C devido ao centro termorregulador, localizado no sistema nervoso central, porém, este processo tem eficiência somente quando a temperatura ambiente está no limite de termoneutralidade, associado a um ambiente térmico ideal. A aptidão retratada pelas aves na troca térmica com o ambiente é vigorosamente afetada pelas instalações.
Quando o ambiente térmico se altera, até o ponto em que os processos metabólicos tenham que mudar para manter a homeostase, esta alteração é chamada de estresse (HARRISON,1995).
PRINCIPAIS MECANISMOS TERMORREGULADORES DAS AVES
Para manter a temperatura fisiológica, as aves possuem um centro termorregulador, localizado no sistema nervoso central, em que o hipotálamo é o responsável pelos mecanismos fisiológicos e reações comportamentais que controlam e mantém a temperatura corporal através da produção e liberação de calor. Existe a captação das sensações de frio e de calor na superfície dos animais através das células especializadas que funcionam como termorreceptoras periféricas, captando aquelas sensações e levando-as ao sistema nervoso central. O hipotálamo anterior é responsável pela sensação de calor em ambientes quentes e o posterior pelas respostas fisiológicas nos ambientes frios (ABREU; ABREU, 2004).
O calor produzido pelo organismo das aves está relacionado à capacidade de oxidação dos alimentos, dependente de uma boa oxigenação dos tecidos. Essa oxigenação dos tecidos se dá por causa do coração, provido de quatro câmaras.
Outra causa que interfere na manutenção da temperatura corporal das aves é a presença de gordura subcutânea e de uma camada de penas. Camada de penas, essa que auxilia no controle da temperatura, porquê quando há baixa temperatura, as penas arrepiam, na qual aumenta a camada de ar retida entre elas e causa o isolamento térmico. Ao mesmo tempo que isso acontece, há também uma maior oxidação dos alimentos, que produz mais calor, consequentemente gasta mais energia.
Há um mecanismo de contracorrente sanguínea nos pés das aves, que impede que elas percam o calor por essas estruturas. Mecanismo esse, que os vasos sanguíneos levam o sangue em direção aos pés que são envolvidos por outros vasos que transportam sangue em sentido contrário, ou seja, em direção ao corpo, que absorve o calor e traz de volta para o corpo, inibindo a perda de calor.
Quando expostas a temperaturas elevadas, as aves mantêm as penas próximas ao corpo, assim, diminui a camada isolante de ar. Assim, o sangue é portado em maior quantidade a pele, que deixa a respiração do animal mais acelerada. O ar que se encontra nos sacos aéreos absorve o calor originário do corpo e o elimina no processo de expiração.
Por causa da endotermia, as aves não precisam da exposição ao sol, mesmo quando a temperatura do ambiente está baixa, não há necessidade. Grande vantagem para as aves, que podem ser mais ativos durante a noite, em dias nublados ou frios. 
ESTRESSE POR CALOR EM AVES
 
Animais estressados pelo color.
A zona de conforto térmico, ou zona de termoneutralidade, pode ser definida como sendo a faixa de temperatura ambiente efetiva que proporciona conforto térmico e reduz a taxa metabólica a seu nível mínimo, ou seja, uma zona de temperatura ambiente em que o animal mantém a temperatura corporal com a mínima utilização de mecanismos termorreguladores. Dessa maneira, a fração de energia metabolizável destinada à termogênese é mínima, e a energia líquida destinada à produção é otimizada (FURLAN, 2006).
O estresse em aves significa estar acima ou abaixo da zona de conforto térmico, que pode levar a mortalidade quando a temperatura está a cima de 38°C ou abaixo de -5°C (CAMPOS,2000). Quando as aves estressam, processos fisiológicos são ativados para manutenção da homeotermia corporal, diminuindo a energia destinada à produção (MACARI; FURLAN; MAIORKA, 2004; YAHAV et al., 2005). Alterações no ambiente de criação que reduzem as condições de estresse podem aprimorar o conforto animal, seu bem estar e também a produção (JONES; DONNELLY; DAWKINS, 2005).
Longe da zona de conforto térmico, os animais apresentam alterações comportamentais, bioquímicas e fisiológicas (NAZARENO et al., 2009), repercutindo em decréscimo produtivo, reprodutivo e da resistência do organismo, sendo que extremos podem vir a ser letais. A disposição ambiental deve ser manejada, conforme possível, visando a permanência dos animais na sua faixa de conforto térmico, já que nessas condições, os sistemas de regulação de temperatura agem com um gasto menor de energia, o que sugere em ganho de peso e conversão alimentar mais eficiente, dentre outros benefícios (LIMA et al., 2009).
As aves, quando expostas a temperatura ambiente acima de 25°C, apresentam temperaturas da cloaca e da pele expressivamente acima do normal (HAN et al., 2010), o que indica na redução da capacidade de perder calor, e quando expostas a temperaturas agudas extremas, adentram em quadro hipertérmico elevando a taxa de mortalidade na produção (SILVA et al., 2007).
Aves são desprovidas de glândulas sudoríparas, assim, não há a capacidade de transpirar. Liberam o calor excessivo pela respiração e pelas superfícies que não há penas como cristas, barbelas e área sobre as asas, promovendo com facilidade a termólise por radiação convecção e condução (CARR; CARTER, 1985).
Quando há o estresse térmico, além da taquipneia, acontece também a elevação da temperatura retal e variações nos valores do hematócrito, o mecanismo terorregulatório mais eficiente para se dissipar o calor é o respiratório (havendo a elevação da respiração) (BROSSI et al., 2009). O sistema sanguíneo é sensível às variações de temperatura e representa um importante indicador de respostas fisiológicas do animal a agentes estressores (BORGES; MAIORKA; SILVA 2003).
Quando há o estresse por calor, as aves abrem as asas mantendo-as afastadas do corpo, expondo a região ventral altamente vascularizada, arrepiam as penas e promovem vasodilatação periférica, permitindo o fluxo sanguíneo intenso para a superfície corporal e áreas não cobertas com penas, com o propósito de promover a perda de calor para o ambiente (TAN et al., 2010).
MECANISMO DE RESFRIAMENTO EM GALPÕES
Interior de galpão de frangos de corte com ventilação por pressão negativa e fechamento lateral com cortinas azuis.
Para o ambiente ser considerado confortável, não deve ocorrer nenhum desperdício de energia pelo animal, seja para equilibrar o frio ou para funcionar seu sistema de dissipação do excesso de calor corporal. Segundo Ferreira (2005) nessas condições, a faixa de temperatura na qual as aves apresentam máximo desempenho é indicada como sendo a faixa de temperatura ambiente onde a taxa metabólica é mínima e homeotermia é mantida com menor gasto energético. Entretanto, a zona de conforto térmico é aquela que o animal responda positivamente e a demanda ambiental é conciliada com a produção basal, ampliada da produção de calor que equivale à atividade normal e do incremento calórico da alimentação. Nessa zona (variável para cada tipo de fase e manejo), a temperatura corporal é mantida com a mínima utilização de mecanismos termorreguladores (FILHO, 2004).
A avicultura industrial é uma atividade dependente do conforto térmico, pois as aves passaram por avançado melhoramento genético e apresentam elevado potencial produtivo. Dessaforma se deve buscar o conforto térmico para as aves minimizando o custo em materiais, equipamentos e energia. De acordo com Welker et al (2008), o conforto térmico no interior de instalações avícolas é importante, pois condições climáticas inadequadas afetam negativamente o desempenho do animal. Assim, nos climas tropical e subtropical, é indispensável o estudo das características ambientais de cada região.
Atualmente, a indústria avícola busca a capacidade de melhoria no desempenho de frangos de corte, nas instalações e no ambiente, principalmente quando são criados em ambientes com altas temperaturas. A troca de calor da ave com o ambiente é fortemente afetada pelas instalações quando estas promovem o equilíbrio térmico desejável (LIMA et al., 2009). As variáveis ambientais como temperatura, umidade relativa do ar, ventilação e radiação solar são importantes indicadores da qualidade do ambiente para a ave por serem agentes estressores (SILVA et al., 2007). Mudanças no ambiente de criação que diminuam as condições de estresse por calor podem melhorar o conforto animal e proporcionar melhores resultados na produção de aves (JONES et al., 2005). 
· Sistema de resfriamento evaporativo (SER)
 É um processo adiabático, ou seja, não há ganho ou perda de calor. Contudo, a energia demandada para evaporar a água é suprida pelo ar com decorrente umedecimento do ar insaturado e redução da temperatura de bulbo seco (calor sensível) e aumento da umidade relativa do ar (calor latente). Assim, os sistemas de resfriamento evaporativo na criação das aves, objetiva-se a redução da temperatura interna aviária, minimizando os efeitos indesejáveis do estresse calórico sobre as aves. 
Na aplicação do sistema de resfriamento evaporativo (SRE), realizada com placas porosas e nebulização, ocorre uma alteração ambiental a partir da mudança do estado da água e da temperatura, melhorando as condições de conforto térmico das aves em climas quentes. O uso de SRE reduz da temperatura de bulbo seco do ar em até 11°C (CARVALHO et al., 2009). O material das placas evaporativas pode influenciar nos índices zootécnicos de frangos de corte. A pesquisa de Damasceno et al. (2010), comparando dois tipos de placas porosas, o tipo sombrite conferiu um aumento de 15% na mortalidade das aves em comparação ao tipo celulose, sendo que isso provavelmente deve ter ocorrido em função das piores condições térmicas observadas no aviário.
O Pad
 cooling, funciona resfriando o ar através da evaporação da água. É utilizada uma carta psicrométrica e conhecendo as condições de temperatura e umidade ambientais é possível prever a intensidade do resfriamento do ar e do aumento na umidade relativa. A partir deste resultado existe a possibilidade de sabermos o comportamento destas duas variáveis do ar ao longo do galpão. Um bom projeto de climatização para avicultura deve ter uma amplitude térmica máxima de 3º C entre a entrada e a saída de ar.  Comumente usado em aviários climatizados que representa um sistema totalmente automatizado com ventilação negativa em túnel de vento. Os painéis evaporativos utilizados nesse processo são geralmente de material especial de celulose, mantidos constantemente umedecidos, através do qual o ar passa e resfria-se antes de entrar no interior do aviário. 
Na forma tradicional, uma tubulação de PVC, localizada na parte superior do painel evaporativo, contém pequenos furos por onde a água bombeada é distribuída. A água que infiltra o painel forma um filme em sua superfície interna. Por possuírem uma geometria característica, o ar passa através de pequenas aberturas, criando uma condição propicia para a evaporação. A água remanescente é coletada por uma calha e reutilizada pelo sistema.
Segundo De Abreu e Abreu (1999), é possível reduzir em 10 ℃ ou mais a temperatura do ar no interior do aviário por causa do resfriamento evaporativo, porém, essa redução depende das condições climáticas da respectiva região. Assim, é necessário analisar se é viável a implementação desse sistema. Uma maneira prática de decidir sobre adoção ou não, do resfriamento evaporativo, é fazendo a análise do potencial de redução da temperatura ambiente por esse processo, em relação à umidade relativa e a temperatura da região (De Abreu e Abreu, 1999).
· Ventilação natural
Caso o produtor não desfrute de condições econômicas suficientes para utilizar o SER, um sistema de ventilação natural deve ser elaborado, assim como o manejo de cortinas. Segundo Brasil (2008) a ventilação natural pode ser utilizada com um conjunto de exaustores para diminuir as flutuações de temperatura que podem advir durante o dia. O emprego de cortinas em vez de paredes laterais é um fator útil para se aproveitar as correntes de vento que atingem o galpão. Brasil (2008) descreve também o procedimento exato de como deve manusear as cortinas de forma a criar um ambiente mais confortável para os animais, proporcionando uma alternativa para resolver o problema técnico para produtores com menor poder econômico. Portanto, o autor descreve que o sistema de ventilação natural não é recomendado para regiões onde o clima não se assemelha aquelas necessárias para a produção. 
Quando o pequeno produtor se encontra em uma região que apresenta extremos de temperatura, duas medidas podem ser tomadas para evitar que o plantel sofra demasiadamente com o estresse térmico (Brasil, 2008). Primeiramente deve-se andar entre as aves regularmente para aferir a circulação de ar entre as aves e o consumo de água, logo após suspender o fornecimento de ração às aves, através da elevação dos comedouros, seis horas antes do período mais quente do dia. Assim, remove-se uma barreira ao movimento do ar e reduz-se a produção de calor metabólico digestivo, visto que, essas medidas são emergenciais perante a situações críticas.
SRE, tradicional.
Vista lateral de um galpão com placas evaporativas. 
Sistema de ventilação natural.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
http://www.pubvet.com.br/uploads/fe2366b3bee041c79690dfe74f637380.pdf
https://mediacdns3.ulife.com.br/PAT/Upload/2067871/Estresseporcaloremfrangos_20200323000813.pdf
https://mediacdns3.ulife.com.br/PAT/Upload/2067871/FolderResfriamentoaviario_20200323221008.pdf
https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/galpoes-climatizados-uma-ferramenta-eficiente-aliada-a-alta-produtividade/20170201-144126-c248
https://www.amambainoticias.com.br/rural/alimentacao-de-frangos-de-corte-e-influenciada-pela-alta-na-temperatura

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