História do Serviço Social no Brasil

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Universidade Anhanguera – UNIDERP 
Centro de Educação a Distância
Polo de Piracicaba - SP
Serviço Social 
Amanda Pachiani de Campos RA: 6026506062 
Diego Vinicius da Silva Santos RA: 2593717066
Karime Fernanda de Andrade Rafael RA: 6025499909
Mirella Thayna Corrêa da Silva RA: 6031471990
Maria de Fatima Silva Cordeiro RA: 5419824468
Desafio Profissional
Disciplina de Fundamentos Históricos
Tutor EaD Suellen Cristina de Aquino
Piracicaba
 2018
Sumário
1 Introdução.........................................................................................................3
2 Desenvolvimento..............................................................................................4
3 Conclusão.........................................................................................................7
4 Bibliografia........................................................................................................8
Introdução
Esse trabalho foi realizado de acordo com desafio profissional, tendo como base as matérias dadas em aula. 
Temos como intenção refletir sobre a profissão da Assistência Social no Brasil e sua ligação com a Igreja, o Estado e a burguesia. Analisando o movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país e compreender o significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio histórico. 
Relatório Social
Desde seus primórdios o Serviço Social é reconhecido como categoria profissional, onde sua ação principal é voltada para os interesses da classe trabalhadora. 
O surgimento e evolução da profissão é resultado das demandas da sociedade capitalista e suas habilidades de pressão social, reprodução do controle e da ideologia dominante. A profissão torna-se um recurso impulsionado pelo Estado e pelo empresariado, mas com um suporte de uma prática cristã ligada à Igreja Católica, na perspectiva do enfrentamento e da regulação da chamada questão social. 
A chamada “questão social” manifesta-se por meio de vários problemas sociais (fome, desemprego, violência e outras) é vista a partir do pensamento social da Igreja, que a trata como questão moral, como um conjunto de problemas sob a responsabilidade individual dos sujeitos que os vivenciam, embora situados dentro de relações capitalistas, que exigem do Estado e do empresariado uma ação mais efetiva e organizada.
A influência da Igreja sobre o Serviço Social tem várias considerações pertinentes, a primeira foi de que a Igreja tinha interesse em recuperar a imagem de “protetora dos mais pobres e dos mais humildes”. Na década de 1930, a Igreja Católica e o Estado se aliavam para acrescentar e buscar uma resposta satisfatória aos anseios do proletariado. 
O Serviço Social teve início no século XIX na Europa, com o surgimento do sistema capitalista e a revolução industrial, onde a classe dominante, a burguesia, subordinava a classe proletária. Os burgueses, apoiados pela Igreja Católica e o Estado, resolveram criar um assistencialismo financeiro, buscando trazer um melhor resultado para o proletariado e se manter no poder.
Já no Brasil, o Serviço Social teve início no século XX, da mesma maneira que se iniciou na Europa. Onde a burguesia, juntamente com a Igreja Católica, trabalhava junto para manter o sistema capitalista e a burguesia no topo. 
Nessa época a pobreza era tida como uma fatalidade e a assistência deixada a iniciativa da Igreja, e dos chamados “homens bons”. O período pós revolucionário baseava-se no estado de compromisso. A ação pública no campo social aumentou. O governo criou o Ministério do Trabalho, Industria e Comercio e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
O Estado voltou-se um pouco mais aos excluídos do sistema de Previdência Social. Foi nessa época que o governo criou a Legião Brasileira de Assistência (LBA) e o Conselho Nacional de Serviço Social (CNSS). A LBA se espalhou pelo País com a criação das comissões municipais estimulando o voluntariado feminino. Ao criar o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), ele regulamentou a filantropia. E ao regulamentar a filantropia, passou para as entidades privadas a responsabilidade de atender a população pobre da maneira que melhor aprovasse essas entidades. As entidades é que marcavam a forma de atendimento, o tipo de população que queriam atender e a forma que iam atender, nada na perspectiva de direito.
Com a Constituição de 88, a Assistência Social passou a ser reconhecida como política pública integrante da seguridade social, ao lado das políticas de saúde e da Previdência Social. A proteção social foi reconhecida como direito do cidadão e dever do Estado. Uma responsabilidade pública garantida por lei. Foi a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) que regulamentou os artigos da Constituição Federal, que tratavam da Assistência Social, garantindo o modelo de gestão e de controle social de forma descentralizada e participativa. Uma política que era de favor passa a ser uma política de direito.
A implantação de Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em 2003, foi a principal deliberação da 4º Conferência Nacional. O Brasil entrou em uma nova fase de fortalecimento do Estado e de defesa dos direitos socioassistenciais. Foram instituídos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais de transferência de renda. 
Quando o serviço chega, chega toda a proteção social: a urbanização, a integração da escola, a implementação de posto de saúde, entre outras, o que significa serviço público de acesso a população aonde ela vive. 
O SUAS se organizou em dois eixos estruturantes: benefícios e serviços. Os serviços de caráter continuado, passaram a ser ofertados nos equipamentos públicos ou pela rede socioassistencial. Aos poucos a população começou a perceber a mudança. 
A Assistência Social passou a ter como referência os Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS). Com esses espaços e equipamentos públicos, as famílias passaram a ter a garantia de acesso a política de assistência social, com direito a convivência familiar e comunitária. 
Na primeira década do milênio, milhares de brasileiros saíram da linha da pobreza, começaram a ter acesso aos serviços e benefícios da assistência social, e descobriram: onde a esmola termina, o direito começa. 
Conclusão
O Serviço Social é uma profissão que se baseia nas ciências sociais, onde são analisadas as questões sociais das comunidades, as desigualdades, os direitos humanos, a assistência, o desenvolvimento, as mudanças, os princípios de justiça, a responsabilidade no todo e no respeito ao ser humano. 
A profissão teve o seu fundamento a partir do apoio da Igreja Católica, e surgiu como uma estratégia da Igreja e dos burgueses para se manter no controle sobre a sociedade, onde a Igreja começou a caridade em ajudar aos mais necessitados, baseado nos pilares da fé, da esperança, da justiça social e da caridade.
 Com a industrialização, muitas pessoas saíram do campo em busca de novas oportunidades nas cidades, e com isso surgiu uma série de conflitos, pela situação subumanas em que as pessoas se encontravam e não tinham acesso ao bem-estar básico e assistência à saúde. 
O Estado precisava acabar com os conflitos surgidos e foram criadas as instituições assistenciais e benefícios aos trabalhadores. O Serviço Social e o capitalismo estão ligados pelos mesmos fatores, como a opressão e submissão das classes menos favorecidas ao mais rico.
Devido as necessidades das pessoas e as lutas das classes trabalhadoras, conseguiram os seus direitos e o Serviço Social surge como profissão.
Bibliografia
O Serviço Social na contemporaneidade: Demandas e respostas (Por Maria Cristina Piana): http://books.scielo.org/id/vwc8g/pdf/piana-9788579830389-04.pdf
Desafios e possibilidades para a materialização da práxis do Serviço Social no cotidiano da Previdência Social (Por Joziane Ferreira de Cirilo): http://www.cresspr.org.br/wp-content/uploads/2010/06/A_ETICA_PROFISSIONAL_DESAFIOS_POSSIBIL.pdfResumo da História da Assistência Social no Brasil: https://www.youtube.com/watch?v=EAs4xiN3wEg&feature=youtu.be
As relações do Serviço Social com a burguesia, Estado e Igreja Católica, nas direções da prática profissional e da formação profissional (Por Vanessa Santos): https://www.trabalhosgratuitos.com/Outras/Diversos/As-Rela%C3%A7%C3%B5es-Do-Servi%C3%A7o-Social-Com-A-Burguesia-198139.html
Capitalismo, trabalho e serviço social (Por Élidi Cristina Tinti): http://books.scielo.org/id/qzyh6/pdf/tinti-9788579836558-03.pdf
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