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PAGE SUMÁRIO 3INTRODUÇÃO 42 DESENVOLVIMENTO 42.1 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS E FONTES DE FINANCIAMENTO 62.2 CONTABILIDADE DO SETOR PÚBLICO 92.3 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES 132.4 CONTABILIDADE DO AGRONEGÓCIO 142.5 CONTABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL 16CONCLUSÃO 17REFERÊNCIAS 1 INTRODUÇÃO O faturamento da Bela Citrus provém integralmente do processamento e fabricação do suco de laranja que é fonte rica em vitaminas, minerais e flavonoides. A empresa se preocupa com a valorização de seus profissionais, o aproveitamento de 100% da fruta na produção do suco e de seus ingredientes, a reutilização da água retirada do suco concentrado, a utilização de energia renovável. A filosofia da Bela Citrus é crescer de maneira sustentável e melhorar a vida da comunidade. A diretoria executiva da Bela Citrus está em busca de novas oportunidades de negócios que venha garantir a sustentabilidade empresarial da agroindústria, expressa pelo crescimento contínuo da produção, receitas e lucro a longo prazo, bem como no atendimento satisfatório aos anseios da comunidade. A Bela Citrus deseja crescer. Para isso, ela precisa analisar um projeto de investimento para ampliação no setor de processamento para adequar a demanda a capacidade produtiva. A melhoria na capacidade produtiva pode viabilizar outras oportunidades. A Bela Citrus, atualmente, analisa a oportunidade em participar de processos licitatórios de prefeituras das regiões em que atua e identificou que o município Jarra Branca está buscando empresas para o fornecimento de suco concentrado líquido para uso na composição da merenda escolar em sua rede municipal. Com base no exposto o presente estudo de caso terá por objetivos apresentar um relatório aos gestores envolvendo os preceitos das disciplinas estudadas. 2 desenvolvimento 2.1 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS E FONTES DE FINANCIAMENTO A agroindústria Bela Citrus precisa ampliar o setor de processamento e para isto torna-se necessário a importância de R$2.000.000,00 para realização das obras. Para isto a empresa irá utilizar de capital de terceiros. Através de pesquisas encontrou a melhor opção de financiamento de seu projeto de investimento junto ao Banco Nacional de desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme apresentado na tabela abaixo: Tabela 01 – Proposta de financiamento BNDES Financiamento para ampliação dos setores de processamento Valor R$2.000.000,00 Taxa de Juros Anual 7,94% Pagamento Anual R$ 500.000,04 Parcelas Mensais R$ 41.666,67 Prazo em anos 5 Prazo em Meses 60 Sendo assim, com base nos orçamentos de custos e aquisições dos projetos, bem como das receitas esperadas, foi elaborado a projeção de fluxo de caixa para período de 5 anos. Tabela 02 – Projeção de Fluxo de caixa do projeto De acordo com as informações apresentadas é de suma importância que seja avaliado a viabilidade econômico-financeira dos investimentos. Considerando uma taxa mínima de atratividade de 10%, será calculado o Valor presente Líquido e a Taxa Interna de retorno. De acordo com Gitman (2001 apud. YANAZE 2018) O valor presente liquido é uma técnica de orçamento de capital que se fundamenta na subtração do investimento inicial de um projeto do valor presente de seus fluxos de caixa previstos descontados a uma taxa igual ao custo de capital da empresa. Já a taxa interna de retorno nada mais é que o valor mínimo de retorno aceitável para que a empresa decida ou não fazer o investimento (YANAZE, 2018). A Imagem 01 abaixo apresenta o calculo da VPL e TIR realizados no Excel. Imagem 01 – Cálculo VPL e TIR Segue abaixo passo a passo do calculo na calculadora HP VLP 2.000.000,00 CHS g cfo 333.625 g cfj 459.213 g cfj 604.542 g cfj 772.646 g cfj 967.018 g cfj 10 i F NPV 265.181,39 TIR 2.000.000,00 CHS g cfo 333.625 g cfj 459.213 g cfj 604.542 g cfj 772.646 g cfj 967.018 g cfj f IRR 14,24% Com base nos resultados apresentados o VPL é positivo e a TIR de 14,24% encontra-se acima da TMA de 10% resultado satisfatório para o projeto, sendo assim o mesmo pode ser aprovado sem riscos à empresa. 2.2 CONTABILIDADE DO SETOR PÚBLICO Visto a análise de viabilidade para investimentos, a Bela Citrus analisa a oportunidade participar da licitação do município Jarra Branca que busca a terceirização no fornecimento de suco concentrado líquido para uso na composição da merenda escolar em sua rede municipal. A diretoria tem dúvidas se a empresa deve ou não participar do processo licitatório por ainda não saber claramente a capacidade de pagamento da entidade pública para a satisfação das necessidades básicas. Por essa razão, faz-se necessário analisar a condição financeira da entidade pública por meio de indicadores, a fim de determinar se vale a pena ou não participar do processo licitatório. Sob a perspectiva dos gastos públicos, a análise inicia-se pela compreensão da conexão entre gastos e satisfação das necessidades básicas da população. A administração realizou o levantamento de dados necessários para analisar viabilidade de participar da licitação. Neste sentido, o Quadro 1 destaca os indicadores de análises voltados para os gastos públicos. As principais informações necessárias à avaliação do comportamento dos gastos públicos são extraídas diretamente do balanço orçamentário conforme apresentado no quadro 4. As informações analíticas são extraídas do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), especificamente no Anexo I – Balanço Orçamentário. As informações sobre as variáveis econômicas, demográficas e operacionais são obtidas nas bases de dados do IBGE. Os dados foram corrigidos monetariamente, utilizando-se como indexador o IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas. O Quadro 5 sintetiza esses dados. Quadro 1 - Indicadores de análise dos gastos públicos Quadro 2 - Informações para análise dos gastos do Município de Jarra Branca INFORMAÇÕES FINANCEIRAS Jan/2019 Fev/2019 Mar/2019 Gasto total 68.021.573 77.536.736 89.404.697 Gasto operacional 58.855.499 67.088.770 77.062.403 Investimentos 7.416.222 8.589.938 10.518.448 Inversão financeira 331.637 166.956 185.070 Juros e encargos da dívida 992.940 1.101.762 1.192.856 Amortização da dívida 1.418.215 1.691.072 1.638.776 Despesas com pessoal 29.190.711 33.641.899 39.301.328 Despesas não relacionadas a gastos com pessoal 38.830.862 43.894.837 50.103.369 Quadro 3 - Informações para econômicas demográficas e operacionais para análise dos gastos do Município de Jarra Branca INFORMAÇÕES ECONÔMICAS, DEMOGRÁFICAS E OPERACIONAIS Jan/2019 Fev/2019 Mar/2019 População 35.250 35.795 36.326 Renda 350.172.090 379.979.675 416.465.966 Crescimento (Variação) da renda – 8,5% 9,6% PIB 593.094.000 598.042.000 601.087.000 Número de funcionários 1.320 1.356 1.405 Crescimento da Receita Corrente Líquida – 15,70% 13,42% Com base nas informações evidenciadas no Quadro 2 e 3, calculou-se principais indicadores de análise dos gastos do Município de Jarra Branca para o período de janeiro a março de 2019 conforme apresentado no quadro 4, 5 e 6. Quadro 4 – Indicadores de análise dos gastos do Município Jarra Branca em janeiro de 2019 INDICADORES CÁLCULO – Jan/2019 Gasto per capita 1929,690 Elasticidade do gasto Incalculável por falta de dados do período anterior Crescimento do gasto Incalculável por falta de dados do período anterior Tamanho do setor público 0,115 Participação dos gastos operacionais 0,099 Representatividade do serviço da dívida 0,035 Flexibilidade dos gastos 1,330 Quadro 5 – Indicadores de análise dos gastos do Município de Jarra Branca em fevereiro de 2019 INDICADORES CÁLCULO – Fev/2019 Gasto per capita 2166,133 Elasticidade do gasto 1,647 Crescimento do gasto 0,016 Tamanho do setor público 0,130 Participação dos gastos operacionais 0,112 Representatividade do serviço da dívida 0,036 Flexibilidade dos gastos 1,305 Quadro 6 – Indicadores deanálise dos gastos do Município de Jarra Branca em março de 2019 INDICADORES CALCULO – Mar/2019 Gasto per capita 2461,176 Elasticidade do gasto 1,595 Crescimento do gasto 0,020 Tamanho do setor público 0,149 Participação dos gastos operacionais 0,128 Representatividade do serviço da dívida 0,032 Flexibilidade dos gastos 1,275 Tendo em vista os dados acima, podemos observar o crescimento do Gasto Per Capito de cada morador da cidade. Verifica-se que houve um crescimento no gasto de 0,016 para 0,020, porém ao analisar a representatividade do Serviço da dívida teve uma leve redução para o mês de março o mesmo refere-se diretamente à liquidez dos recursos do município mostrando uma melhora na capacidade de quitação da divida. Com base nos indicadores a empresa pode abrir o processo licitatório com a prefeitura, pois os resultados encontrados nos indicadores mostram melhora na administração principalmente na questão de capacidade de quitação de dividas. 2.3 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES Para que a gestão da empresa possa tomar decisão assertiva, mediante a movimentação da empresa, o departamento contábil da Bela Citrus deverá apresentar três demonstrações, as quais são fundamentais na evidenciação dos fatos contábeis ocorridos no período: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Conforme se observa no Quadro 7, em relação a DRE projetada, no primeiro ano a empresa até superou as expectativas, realizando vendas acima dos valores almejados pela empresa. Quadro 7- Evidenciação de Receitas e Despesas. Lista de receitas e despesas realizadas Valor (R$) Vendas de Produtos agrícolas 3.610.447,20 Devolução de Vendas 68.000,00 Abatimentos 40.000,00 Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas 454.080,00 Fretes e carretos 180.000,00 Custo de Armazenamento 80.000,00 Custo dos produtos 140.000,00 Despesas Com Vendas 88.000,00 Despesas Administrativas 155.000,00 Depreciação 220.000,00 Despesas Financeiras 30.000,00 (-) Receitas Financeiras 60.000,00 No que diz respeito ao lucro a ser apurado pela contabilidade a ser apurado pela, deve-se evidenciar a provisão para o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro (CSSL) levando em consideração as seguintes alíquotas. · 15% sobre o lucro para IRPJ e; · 9% para CSSL. Ainda, é necessário calcular o valor do Adicional de IRPJ sobre alíquota de 10% considerando como base de cálculo o valor do Lucro menos o múltiplo de 3x R$ 20.000,00, uma vez que a empresa apura os impostos trimestralmente. Tabela 02 - Demonstração do Resultado do Exercício- DRE Receita Operacional Bruta 3.610.447,20 Devoluções de vendas (68.000,00) Abatimentos (40.000,00) Impostos e Contribuições incidentes sobre Vendas (454.080,00) Receita Operacional Líquida 3.048.367,20 Custo dos Produtos (140.000,00) Custo de Armazenamento (80.000,00) Fretes e Carretos (180.000,00) Resultado Operacional Bruto 2.648.367,20 Despesas Com Vendas (88.000,00) Despesas Administrativas (155.000,00) Depreciação (220.000,00) Despesas Financeiras (30.000,00) Receitas Financeiras 60.000,00 Resultado Operacional antes do IR e CSSL 2.215.367,20 Provisão Para Imposto de renda Pessoa Jurídica (547.841,80) Provisão Para CSSL (199.383,05) Resultado Líquido do Exercício 1.468.142,35 Calculo do IRPJ com adicional de 10% considerando como base de cálculo o valor do lucro menos o múltiplo de 3x 20.000,00 um a vez que a empresa apura os impostos trimestralmente. A- IRPJ á alíquota normal= R$ 2.215.367,20 x 15%= R$ 332.305,08 B- IRPJ Adicional= R$ 2.215.367,20- 60.000,00= R$ 2.155.367,20 B-IRPJ Adicional= R$ 2.155.367,20 x 10%= R$ 215.536,72 Valor a Recolher (a+b) = R$ 332.305,08 + R$ 215.536,72= R$ 547.841,80. Calculo do CSSL: CSSL= R$ 2.215.367,20 x 9%= R$ 199.383,05. A Demonstração do resultado do Exercício (DRE) tem como objetivo demostrar o confronto de valores para formação do resultado liquido de uma empresa, ou seja, ele confronta as receitas, custos e despesas, porem necessita também deduzir o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Liquido (CSLL). Assim a empresa saberá se teve lucro ou prejuízo neste determinado período (FILHO E SILVA, 2018). Feito a apuração do Resultado do Exercício, deve apresentar também o Balanço Patrimonial, o qual evidenciará os saldos das contas patrimoniais conforme já apurado pela contabilidade (vide Quadro 10). Para ajuda-lo nisso, segue abaixo a relação de saldos contas, conforme seus respectivos grupos e subgrupos e outras informações necessária ao preparo das demonstrações. Quadro 8 - Saldo das Contas Patrimoniais. Saldos e Contas patrimoniais Valor (R$) Caixa 621.695,15 Bancos 200.000,00 Aplicação Financeira 786.000,00 Duplicatas a Receber 800.000,00 Estoque de produtos agrícolas (Laranjas) 600.000,00 Plantação de Laranjas 3.000.000,00 Realizável A Longo Prazo Empréstimos a sócios (pagamentos após 36 meses) 100.000,00 Investimentos Imobilizado Móveis e Utensílios 130.000,00 Veículos 700.000,00 (-) Depreciação Acumulada 220.000,00 Fornecedores 467.604,40 Contas A Pagar 359.552,80 Financiamentos de Veículos (Curto Prazo) 642.395,60 Financiamentos de Veículos (Longo Prazo) 880.000,00 Capital Social 2.500.000,00 Outras informações A conta de reserva de capital vem com saldo não proveniente da movimentação da empresa. 400.000,00 Do valor do lucro apurado na DRE deve ser destinado o valor mencionado para as seguintes reservas: 1- Reserva Legal 120.000,00 2- Reserva Estatutária 120.000,00 3- Reserva de Contingência 600.000,00 4- O restante deverá ser distribuído integralmente como dividendo. O Balanço Patrimonial é um dos principais relatórios gerados pela contabilidade, e através dele podemos identificar a posição financeira e econômica da empresa em um determinado período. Sua estrutura é dividida em duas colunas, uma do lado esquerdo denominado ativo, onde são alocados os bens e diretos, e do lado direito denominado passivo e o patrimônio liquido, onde são alocadas as obrigações. Estas duas composições sempre terão o mesmo peso (FILHO E SILVA, 2018). Quadro 9 – Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO Ativo Circulante 6.007.695,15 Passivo Circulante 2.097.695,15 Caixa 621.695,15 Fornecedores 467.604,40 Bancos 200.000,00 Contas a Pagar 359.552,80 Aplicação Financeira 786.000,00 Financiamentos de Veículos (Curto Prazo) 642.395,60 Duplicatas A Receber 800.000,00 Dividendos Propostos 628.142,35 Estoque De Produtos Agrícolas (Laranja) 600.000,00 Ativos Biológicos Plantação de Laranjas 3.000.000,00 Ativo Não Circulante 710.000,00 Passivo Não Circulante 880.000,00 Realizável a Longo Prazo Financiamentos de Veículos (Longo Prazo) 880.000,00 Empréstimos a Sócios (pagamentos após 36 meses) 100.000,00 Patrimônio Líquido 3.740.000,00 Imobilizado Capital Social 2.500.000,00 Móveis e Utensílios 130.000,00 Reserva de Capital 400.000,00 Veículos 700.000,00 Reserva Legal 120.000,00 Depreciação Acumulada (220.000,00) Reserva Estatutária 120.000,00 Reserva de Contingência 600.000,00 Total Ativo 6.717.695,15 Total Passivo 6.717.695,15 Dado a movimentação da empresa e mutações que ocorreram no grupo Patrimônio Líquido (PL), a contabilidade deverá também apresentar uma Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Para isso deve se observar as movimentações apresentadas no Balanço Patrimonial e também na DRE para identificar os valores que influenciaram nas mutações do patrimônio conforme quadro 10. Capital Social Integralizado Reserva De Capital Reserva Legal Reserva Estatutária Reserva De Contingência Lucros ou Prejuízos Acumulados TOTAL Saldo Inicial Em 31/12/x1 2.500.000 400.000 2.900.000 Ajustede Exercício Anterior 0,00 Aumento de Capital com Reservas 400.000 (400.000) 0,00 Resultado Líquido do Exercício 1.468.142,35 1.468.142,35 Constituição De reservas: Reserva Legal 120.000 (120.000) 0,00 Reserva de Contingência 600.000 (600.000) 0,00 Reserva Estatutária 120.000 (120.000) 0,00 Dividendos Proposto (628.142,35) (628.142,35) Saldo final Em 31/12/x2 2.900.000 0,00 120.000 120.000 600.000 0,00 3.740.000 Quadro 10 - Demonstração das mutações do patrimônio liquido. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e uma das demonstrações auxiliares, nele evidenciam as variações e mutações que ocorreram no Patrimônio Líquido (PL) de uma empresa (FILHO E SILVA, 2018) As Demonstrações Contábeis têm como função apresentar de forma clara os eventos ocorridos na empresa. Por isso, demonstrações como Balanço Patrimonial e DRE devem apresentar os subtotais dos grupos e subgrupos. Assim, é de fundamental importância que o Balanço Patrimonial apresente o valor do total de cada grupo Circulante e Não Circulante, bem como valor do Patrimônio Líquido. Por sua vez, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) deve evidenciar valores de Receita Líquida, Lucro Bruto, Lucro antes do IR e Lucro Líquido. 2.4 CONTABILIDADE DO AGRONEGÓCIO Segundo o CPC 29 (2009), um ativo biológico é um animal e/ou planta, vivos ou tudo o que nasce, cresce e morre. Os produtos gerados pelo ativo biológico são considerados produtos agrícolas, que são os produtos colhidos do ativo biológicos ou o próprio ativo quando tem sua vida encerrada (CPC, 2009). Um fator que também é considerado pelo CPC é o da transformação biológica, que consiste em um conjunto de mudanças físicas nos ativos devido ao crescimento, degeneração, produção e procriação, Estes eventos alteram o valor justo dos ativos biológicos, uma vez que implicam em mudanças na qualidade e quantidade dos ativos. Como exemplo temos o gado leiteiro é denominado ativo biológico e o de produção resultante é o leite ou uma árvore é um ativo biológico e o de produção é a madeira. Culturas temporárias são aquelas sujeitas ao replantio após a colheita, ou seja, que devem ser plantadas a todo ano, após a colheita, geralmente em um curto período de tempo. Esse tipo de cultura também conhecida como cultura anual, como a soja e o algodão. Culturas permanentes são aquelas que permanecem vinculadas ao solo e proporcionam mais de uma colheita ou produção. Normalmente atribui-se ás culturas permanentes uma duração mínima de quatro anos, como exemplo temos o café. Planta portadora é definida pelo CPC 29 como, “uma planta viva que é utilizada na produção ou fornecimento de produtos agrícolas, é cultivada para produzir frutos por mais de um período, e tem uma probabilidade remota de ser vendida como produto agrícola, exceto para eventual venda de sucata” (CPC 29. 2009). Enquadram-se como plantas portadoras o arbusto de chá, as árvores frutíferas, cafeeiro, seringueiras, salgueiro, palma, vinhas entre outros. É o caso da laranjeira e da cana-de-açúcar. A laranjeira é uma planta utilizada na produção da fruta, que é um produto agrícola ao longo de vários períodos e ao final de seu ciclo de viabilidade econômica é arrancada da terra. 2.5 CONTABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL De acordo com Costa (2014) o meio ambiente pode ser entendido como “tudo que cerca os seres vivos. É através deste meio ambiente que se pensa no meio ambiente natural e no meio ambiente artificial. O primeiro é entendido como o ambiente físico e biológico e o segundo são entendidos como o ambiente em que foi alterado, destruído e construído pelos indivíduos”. A empresa Bela Citrus, por ser uma agroindústria e depender do ambiente em que o cerca, é de suma importância que entenda o que é o meio ambiente e atue em suas praticas sempre de modo a preserva-la. Com base na importância do meio ambiente, nos dias atuais os cuidados com a emissão de gases do efeito estufa tem tido bastante destaque, uma das formas da empresa Bela Citrus atuar a favor do meio ambiente é investir em créditos de carbono. De acordo com Climas (2013), “o mercado de créditos de carbono surgiu a partir do protocolo de quioto, acordo internacional que estabeleceu que os países desenvolvidos deveriam reduzir, entre 2008 e 2012, suas emissões de gases do efeito estufa”. Os créditos de carbono servem para que possamos contribuir em projetos de captura de CO2 que são lançados na atmosfera. Como a empresa está estudando formas de atuar com responsabilidade ambiental deve-se pensar nas possibilidades de aproveitamento dos resíduos gerados sem comprometer o meio ambiente. O bagaço da laranja pode ser reaproveitado de varias formas, muitos estudos têm apontado formas de aproveitamento do resíduo. Aparecido et. al. (2016) com base no potencial do bagaço da laranja na elaboração de produtos funcionais, a pesquisa objetivou a elaboração de farinha da casca de laranja, como matéria prima para produção de bolos e produtos de panificação. Teixeira (2017) verificou em seus estudos alternativos para a gestão do bagaço de laranja, através de uma revisão de literatura, e contatou-se que o bagaço da laranja possui diversos benefícios na alimentação de ruminantes, na forma de silagem, além de seu uso na alimentação humana na elaboração de bolos e sorvetes, bem como na obtenção de biocombustíveis (bioóleo e etanol), e utilização industrial de óleos essenciais. CONCLUSÃO Com base no estudo de caso a empresa Bela Citrus tem muitas chances de crescimento e capacidade de se manter no mercado por muitos anos, uma das principais causas é seu interesse no impacto ambiental e sua atuação consciente neste cenário, agregando valor e interesse de investidores, pois a cada dia as empresas que atuam lado a lado com o meio ambiente têm ganhado forças no mercado. REFERÊNCIAS APARECIDO, A.; MORRETO, S. A.; SCOTT, L.; BAROSO, T.; MIOTTO, B. D.; Produção de farinha da casca e bagaço de laranja. Anais da X Seagro. Cascavel, 2016. COSTA, C. L. de O.; Gestão Ambiental por meio da contabilidade. XI simpósio de Excelência e Gestão em Tecnologia. 2014. CLIMAS: Créditos de Carbono. 2013. Disponível em < FILHO, A. J. C; SILVA, L. F. M. C.; Estrutura das demonstrações. Unopar; Ed. Educacional S.A. pg 58 e 59. 2018. TEIXEIRA, L. de S.; Alternativas para gestão do bagaço de laranja. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de ciências agrárias. Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Catarina, 2017. YANAZE, M. H.; Retorno de investimentos em comunicação: avaliação e mensuração. São Caetano do Sul, SP. Editora Difusão. 2° ed. 2018. Sistema de Ensino SEMIPRESENCIAL CIÊNCIAS CONTÁBEIS ELISANGELA PEREIRA DA SILVA BATISTELLA FRANCIELI OLIVEIRA SOUZA CASALI MAQUÉLE APARECIDA ARMACHUK NÁDIA FÁTIMA MINUSCOLI SANDI REGINA CORTE agroindústria – bela citrus Estudo de caso Francisco Beltrão 2019 ELISANGELA PEREIRA DA SILVA BATISTELLA FRANCIELI OLIVEIRA SOUZA CASALI MAQUÉLE APARECIDA ARMACHUK NÁDIA FÁTIMA MINUSCOLI SANDI REGINA CORTE agroindústria – bela citrus Estudo de caso Trabalho interdisciplinar apresentado à Universidade Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de estrutura das demonstrações contábeis, Análise de investimentos e fontes de financiamento, contabilidade do agronegócio, contabilidade social e ambiental e contabilidade do setor público. Orientador: Prof. Francisco Beltrão 2019
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