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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICA Wilder Moggi 1 PRESSÃO ARTERIAL A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce na parede das artérias. E é medida em milímetros de mercúrio. O coração trabalha em dois momentos: Graças a esses movimentos de contração e dilatação o sangue circula permanentemente pelos vasos sanguíneos (artérias e veias). DEFINIÇÃO DE HAS Segundo as diretrizes brasileira de hipertensão, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. DIAGNÓSTICO Medida da pressão arterial: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é diagnosticada pela detecção de níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA) pela medida casual. Classificação: FISIOPATOLOGIA DA HIPERTENSÃO A pressão arterial sistólica é determinada pelo volume sanguíneo ejetado em cada sístole (débito sistólico) e pela elasticidade das grandes artérias. A pressão arterial diastólica depende da resistência periférica e da frequência cardíaca que ira determinar a duração da diástole e do tempo disponível para o escoamento diastólico. SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA Renina - é uma enzima produzida pelos rins, que eleva a pressão arterial de varias maneiras, ajudando assim a corrigir a queda inicial da pressão. É a partir desta enzima que se dará a liberação da angiotensina I e II. Atua enzimaticamente sobre outra proteína plasmática uma globulina denominada substrato de renina (ou angiotensinogênio) liberando um peptídeo de 10 aminoácidos, a angiotensina I. ANGIOTENSINA I Peptídeo de 10 aminoácidos, formado a partir da atuação enzimática da renina sobre uma proteína plasmática, o angiotensinogênio ou globulina. Possui propriedades vasoconstritoras leves, não sendo suficientes para produzir alterações funcionais significativas na função circulatória. ANGIOTENSINA II Formada a partir da perda de dois aminoácidos, A renina persiste no sangue por um período entre 30 min. e 1 h. continuando a induzir a formação de angiotensina I que após alguns segundos sofre a perda de 02 aminoácidos, tornando-se assim um peptídeo de 8 aminoácidos a Angiotensina II, um vasoconstrictor extremamente poderoso, exerce dois efeitos principais que podem elevar a pressão arterial: 1º vaso- constrição nas arteríolas e 2º atua sobre os rins, diminuindo a excreção de sal e água. SINAIS E SINTOMAS DA HIPERTENSÃO ARTERIAL Cefaléia occipital (Dor de cabeça na região nucal); Lipotimia (Tontura, sensação desagradável); Escotomos cintilantes (Ver tudo escuro com estrelinhas); Náuseas (Enjôos); Diminuição da libido sexual (prazer); Cansaço nos médios e grandes esforços; Palpitações (arritmias cardíacas); Palidez de mucosa; •Taquipnéia (Aumento da frequência respiratória); •Taquicardia (Aumento da frequência cardíaca); •Pressão diastólica > 90 mmHg. FATORES RISCO Tabagismo – A nicotina causa o “enrijecimento” elasticidade da parede dos vasos sanguíneos; Diabete - idade acima de 60 anos; Sexo: homens ou mulheres pós-menopausa; Com história familiar de doença cardiovascular em: Mulheres com menos de 65 anos. Homens com menos de 55 anos. Hipertrofia Ventricular esquerda HIPERTENSÃO ARTERIAL Complicações Cardíacas HIPERTENSÃO ARTERIAL Complicações Vasculares HIPERTENSÃO ARTERIAL Complicações Renais HIPERTENSÃO ARTERIAL Complicações Encefálicas Hemorragia no Cerebelo HIPERTENSÃO ARTERIAL Etiologia HA sistólica e diastólica Primária ou essencial Secundária HA sistólica Débito cardíaco aumentado fistulas artério-venosas Rigidez da aorta Arteriosclerose HIPERTENSÃO ARTERIAL No modo Apresentação de Slides, selecione as setas para visitar os links. 17 HIPERTENSÃO ARTERIAL PRIMÁRIA Patogenia Ingesta excessiva de sódio: aumenta volemia Estresse : aumenta atividade simpática Obesidade : hiperinsulinemia Genética: retenção de sódio diminuição filtração renal alteração membrana celular Fatores derivados do endotélio: endotelina HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA Patogenia 1. Endócrina Supra renal: Córtex - S. Cushing Hiperaldosteronismo primário Hiperplasia congênita Medula - Feocromocitoma Acromegalia Hipo/Hipertireoidismo Hiperparatireoidismo (hipercalcemia) Exógena Anticoncepcionais, corticóides e simpatomiméticos HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA Patogenia Renal Parênquima GNA, nefrite crônica, rim policístico, nefropatia diabética, hidronefrose e colagenoses Doença renovascular Tumores produtores de renina Coarctação da aorta Neurogênica Psicogênica Hipertensão intracraniana AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Ambiente, posições e número de medidas Equipamento Manguito Manômetro Método palpatório e auscultatório Sons de Korotkoff 1° 2° 3° 4° 5° Primeiro batimento Batimentos suaves Batimentos fortes Ruídos abafados Ruídos desaparecem HIPERTENSÃO ARTERIAL Fundoscopia HIPERTENSÃO ARTERIAL PREVENÇÃO PRIMARIA As mudanças no estilo de vida são entusiasticamente recomendadas na prevenção primaria da HAS. Mudanças de estilo de vida reduzem a PA, bem como a mortalidade cardiovascular. As principais recomendações não medicamentosas para prevenção primaria da HAS são: alimentação saudável, consumo controlado de sódio e de álcool, ingestão de potássio e combate ao sedentarismo e ao tabagismo. TRATAMENTO No modo Apresentação de Slides, selecione as setas para visitar os links. 25 TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTO TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTO TRATAMENTO MEDICAMENTOS O objetivo primordial do tratamento da hipertensão arterial e a redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares. Assim, os anti-hipertensivos devem não só reduzir a pressão arterial (PA), mas também os eventos cardiovasculares fatais e não fatais, e, se possível, a taxa de mortalidade. TRATAMENTO MEDICAMENTOS O objetivo primordial do tratamento da hipertensão arterial e a redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares. Assim, os anti-hipertensivos devem não só reduzir a pressão arterial (PA), mas também os eventos cardiovasculares fatais e não fatais, e, se possível, a taxa de mortalidade. TRATAMENTO MEDICAMENTOS • inibidores adrenérgicos. • ação central – agonistas alfa-2 centrais. • betabloqueadores – bloqueadores betas adrenérgicos. • alfa bloqueador – bloqueadores alfa-1 adrenérgicos. • vasodilatadores diretos. • bloqueadores dos canais de cálcio. • inibidores da enzima conversora da angiotensina. • bloqueadores do receptor at1 da angiotensina II. • inibidor direto da renina. • diuréticos. COMPLICAÇÕES No modo Apresentação de Slides, selecione as setas para visitar os links. 31 HIPERTENSÃO ARTERIAL ÓRGÃO ALVO COMPLICAÇÕES Hipertensivas Ateroscleróticas Cérebro AVC hemorrágico AVC isquêmico Coração Hipertrofia, ICC Doença coronariana Rins Nefrosclerose Ateromatose A Renal Vasos Dissecção aórtica Aneurisma arterial CUIDADOS DE ENFERMAGEM No modo Apresentação de Slides, selecione as setas para visitar os links. 33 Anamnese Sintomas (em geral ausentes) Da própria elevação da PA: Cefaléia, nucalgia, zumbido e tontura Das causas secundárias: Renal, feocromocitoma Das repercussões hemodinâmicas: Angina, dispnéia e AVC Doenças pregressas História Familiar (essencial) Medicamentos CUIDADOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM • débito cardíaco diminuído. • intolerância à atividade. • volume de líquido excessivo. • perfusão tissular ineficaz renal, cardiopulmonar, periférico ineficaz. • risco para controle ineficaz do regime terapêutico. • troca de gases prejudicada. • padrão respiratório ineficaz. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM • avaliar nível de consciência. • atentar para alterações de frequência respiratória, padrão respiratórioe saturação de O2 . • fazer controle da frequência cardíaca e pressão arterial, comunicando alterações. • fazer o controle de balanço hídrico e débito urinário. • fazer controle de pressão venosa central. • manter decúbito elevado acima de 30 graus. • manter repouso relativo. • fazer controle das drogas vasoativas. • pesar paciente e evoluir edemas. • orientar paciente sobre importância de realizar o tratamento corretamente. INSUFICIENCIA CARDIACA CONGESTIVA 37 DEFINIÇÃO A insuficiência cardíaca (IC) pode ser definida como uma síndrome clínica na qual uma desordem estrutural ou funcional do coração leva a diminuição da capacidade do ventrículo em ejetar e/ou se encher de sangue nas pressões de enchimento fisiológicas. (Lameu,2005) Assim, o coração não consegue fornecer o fluxo de sangue adequado para o resto do corpo. (Krause, 2005) EPIDEMIOLOGIA FISIOPATOLOGIA Lado do coração afetado (direito ou esquerdo) Parte do ciclo cardíaco envolvido (disfunção sistólica ou diastólica) IC pode ser classificada de acordo com: 80-90% portadores de IC: Sintomas cuja origem é disfunção ventrículo esquerdo. Mahan et al, 2005 FISIOPATOLOGIA IC: precipitada por diferentes doenças que causam dano ao tecido e às células. Também por: agentes tóxicos (álcool, quimioterápia doenças sistêmicas HAS, doença cardíaca isquêmica ou congênita, miocardite, valvulopatiase cardiomiopatiachagásica FISIOPATOLOGIA SINTOMAS Distúrbio hemodinâmicos e alterações neuro-hormonais Manifestações mais frequentes: Dispnéia / Fadiga / Edema Pode ocorrer baixo débito cardíaco com alterações na perfusão periférica, como: Sudorese, palidez cutâneo-mucosa e manifestações de baixo fluxo cerebral; (Cuppari,2009) SINTOMAS Caso haja falência ventricular direita: Congestão hepática, plenitude gástrica e dor no hipocôndrio direito Arritmias: Podem também justificar quadros de palpitações, síncope e até morte súbita. Retenção de Líquidos (causada pela falência do ventrículo esquerdo e por congestão venocapilar): Sintoma mais freqüente na IC e é progressivo. Cansaço aos grandes esforços até em repouso ou sob forma de dispnéia paroxística noturna. -Classe I: paciente é assintomático em atividades habituais. -Classe II: assintomático em repouso. Sintomas podem ser desencadeados pela atividade física habitual. -Classe III: assintomático em repouso, porém com sintomas em atividade < que habitual. -Classe IV: apresenta sintomas (dispnéia, fadiga e palpitações) que podem ocorrer aos menores esforços e mesmo em repouso. A classificação pode ser pelo estado funcional A classificação por estágios recentemente introduzida descreve a história natural da ICC 46 Alto risco de desenvolver IC pela presença de condições clínicas associadas à IC. Pacientes não apresentam alteração do pericárdio, miocárdio ou de valvas cardíacas Fatores etiológicos: -HAS, coronariopatia, DM, histórico de cardiotoxidade, tratamento por droga ou abuso de álcool, histórico pessoal de febre reumática, historia familiar de cardiomiopatia. ESTÁGIO I: INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA Desenvolveram cardiopatia estrutural sabidamente associada à IC, mas nunca exibiram sinais ou sintomas da doença. Alterações: -hipertrofia ventricular esquerda ou fibrose, dilatação ventricular esquerda ou hipocontratilidade, e valvulopatia. Estágio II: Intervenção terapêutica Sintomas prévios ou presentes de IC associados com cardiopatia estrutural subjacente: Pacientes com dispnéia ou fadiga por disfunção ventricular esquerda sistólica; Assintomáticos sob tratamento para prevenção da IC. ESTÁGIO III: INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA Pacientes com cardiopatia estrutural e sintomas acentuados de IC em repouso, apesar da terapia clínica máxima. Hospitalizados por IC ou que não podem receber alta; Hospitalizados esperando transplante; em casa sob tratamento de suporte intravenoso ou sob circulação assistida; Unidade especial para manejo da IC. ESTÁGIO IV: INTERVENÇÃO ESPECIALIZADA E CUIDADOS PALIATIVOS TRATAMENTO 51 TRATAMENTO • digitálico (digoxina, cedilanid). • betabloqueador (carvedilol, metropolol). • inibidor de Enzima Conversora de Angiotensina. • inotrópico. • dobutamina. • diuréticos (lasix). • vasodilatadores (tridil, nipride, hidralazina, nitrato). • anticoagulante (heparina, exame). • antiarrítmico VALVOPATIA Disfunção Da Valva Cardíaca A estenose mitral leva à obstrução do fluxo sanguíneo, acarretando aumento da pressão atrial esquerda e do sistema venocapilar pulmonar. As causas mais comuns são febre reumática, congênita endocardite infecciosa, trombo pediculado. Insuficiência mitral é a incapacidade da valva em evitar a regurgitação de sangue do ventrículo esquerdo (VE) para o átrio esquerdo (AE) durante a sístole. Etiologia: febre reumática, endocardite infecciosa, dilatação do VE, calcificação da valva mitral, isquemia, trauma, prolapso da valva mitral. A estenose aórtica é a obstrução da via de saída do VE por déficit de abertura da valva aórtica. Etiologia: congênita, degenerativa. A insuficiência aórtica consiste no refluxo de sangue, durante a diástole, da aorta para EDEMA AGUDO DE PULMÃO 54 REPRESENTA UMA DAS MAIS SÉRIAS URGÊNCIAS CLINICAS A DESAFIAR A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL, O EAP NECESSITA DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO IMEDIATOS, A PRESENÇA CONSTANTE AO LADO DO PACIENTE ATÉ A COMPLETA REVERSÃO DO QUADRO CLINICO. EDEMA AGUDO DE PULMÃO Edema pulmonar é um acúmulo anormal de líquido nos pulmões que leva à falta de ar. O edema pulmonar geralmente é causado pela insuficiência cardíaca, ocorrendo então que a pressão nas veias pulmonares aumentam. À medida que a pressão nesses vasos sanguíneos aumenta, o líquido é empurrado para dentro dos espaços aéreos dos pulmões (alvéolos). Esse líquido interrompe o fluxo normal de oxigênio nos pulmões, resultando em falta de ar. Isso deixa o pulmão menos elástico e com menos superfície de contato entre os gazes inspirados e o sangue CAUSAS ICC IAM CRISE HIPERTENSIVA DOENÇAS VALVARES INSUFICIENCIA RENAL INFECÇÕES ALTITUDES ELEVADAS DROGAS LESÃO NEUROLÓGICAS Sinais e sintomas Respiração curta - severa dificuldade respiratória. Falta / Fome de ar Respiração estertorosa; Ortopnéia - posição Batimento das asas do nariz (eventual) Expectoração sanguinolenta e espumosa (eventual) Uma radiografia de tórax pode mostrar o acúmulo de líquidos no pulmão. Sinais e sintomas Inquietação e ansiedade Sudorese intensa Mãos frias e úmidas Circulação ungueal cianótica Pele acinzentada Pulso fraco e rápido Veias do pescoço distendidas Tosse ininterrupta TRATAMENTO Oxigenioterapia Morfina Diuréticos Nitroprussiato de sódio (vasodilatador potente) Digitálico Dobutamina (aumentando a contratilidade do miocárdio e o volume de ejeção) Cuidados de enfermagem Auxiliar na intubação orotraqueal Administrar medicamentos conforme prescrição médica; Manter carro de urgência próximo ao leito do paciente; Observar diurese e oferecer material para drenagem urinária (papagaio, comadre) após administração do diurético; Fornecer apoio psicológico. Permanecer com o doente e apresentar uma atitude de confiança; Explicar ao doente a terapêutica administrada e quais os seus objetivos; INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO 65 DEFINIÇÃO É a necrose da célula miocárdica resultante da oferta inadequada de oxigênio ao músculo cardíaco A cardiopatia isquêmica permanece como a principal causa de morte no mundo ocidental; Cerca de 50% das mortes por IAM ocorrem na primeira hora do evento e são atribuíveis a arritmias, mais frequentemente fibrilação ventricular; ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO Tabagismo; Obesidade; Diabetes; Hipertensão arterial; Níveis altos de colesterol; Estresse; Sedentarismo; Uso de drogas ilícitas; Doenças da aorta; Doenças inflamatórias das artérias coronárias. Fatores de Risco Cardíaco ETIOLOGIA Aterosclerose; Trombose; Compressão extrínseca: Tumores, hematomas, tamponamento pericárdico. Vasculites sistêmicas ou localizadas: Lúpus Eritematoso Sistêmico, Periarterite Nodosa, Granulomatose De Wegener, Doença De Burger, Doença De Takayasu, Artrite Reumatóide, Espodilite Anquilosante, Dissecção De Aorta Ou Da Coronária, Sífilis. Processos trombóticos associados a defeitos de coagulação: Trombocitemias, Policitemia Vera, Ausência Dos Fatores XII, IX Ou X. Embolias: Mixomas, Infarto Prévio Do Miocárdio, Endocardite Bacteriana, Embolia A Partir De Próteses Valvulares, Embolia Gasosa, De Colesterol. Desproporções entre a demanda e a oferta de oxigênio: Estenose Aórtica, Insuficiência Aórtica, Tireotoxicose. Alterações hematológicas; Traumas cardíacos; Abuso de cocaína. MECANISMOS DETERMINANTES DA ISQUEMIA MIOCÁRDICA NAS SÍNDROMES CORONÁRIAS AGUDAS Trombo sobre placa aterosclerótica vulnerável Espasmo coronário ou vasoconstricção Progressão da placa aterosclerótica Desequilíbrio oferta/consumo de O2 FISIOPATOLOGIA: INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ANATOMIA DA IRRIGAÇÃO DO MIOCÁRDIO Endocárdio Epicárdio Coronária ATP CKMB Troponinas PH Histamina, NO, PGE2 K+ Arritmias Inflamação, dor Lesão Radicais Livres FISIOPATOLOGIA DO INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO ALTERAÇÃO HISTOLÓGICA IRREVERSÍVEL A CÉLULA NECROSADA Não gera potencial de ação; Não produz vetores; Não se despolariza e não se repolariza; Não se contrai, apenas conduz o estímulo; Promove reações teciduais com liberação de mediadores da dor; Libera proteínas celulares para o sangue: CK-MB, Troponinas, Mioglobina. Sintomatologia Clínica Alterações no ECG Elevação de enzimas Alterações na contratilidade cardíaca: hipocinesia DIAGNÓSTICO DE INFARTO DO MIOCÁRDIO História típica de dor precordial Alterações Eletrocardiográficas Elevação enzimática FISIOPATOLOGIA Trombo na artéria basilar fotografado sob lupa. Cerca de 15 dias após sua formação, o trombo tem cor rósea avermelhada e está aderido à artéria em grande parte de sua circunferência. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS . Características da dor . Sintomas associados 75% a 85% dor torácica ( Irradiada para a mandíbula e para os ombros e braços, mais frequentemente do lado esquerdo do corpo); Duração > 20 minutos, desencadeado por exercício ou estresse; Com angina prévia, mudança do caráter indica instabilização; Aperto ou queimação no peito; Arritmias; Suor excessivo; Náuseas; Vômitos; Tontura e desfalecimento; Ansiedade e agitação. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS . O diagnóstico eletrocardiográfico é dado pela análise do ECG 12 derivações, o qual apresenta alterações de ST / T / onda Q importante. Componentes do ECG normal. ISQUEMIA LESÃO NECROSE Miocárdio Íntegro Infarto recente Infarto antigo ECG normal Elevação de ST Onda Q importante Inversão de onda T Fases do Infarto agudo do miocárdio: Superaguda: Ondas T aumentadas, lembrando hipercalemia Aguda: Elevação do ST, diminuição de T e aparecimento de Q Subaguda: T invertida, ST retorna a linha de base Crônica: Ondas Q e elevação de ST ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS NO IAM LOCALIZAÇÃO DO INFARTO PELAS DERIVAÇÕES Local do IAM Supra de ST Local no ECO Coronária Anterior V1-4 Apical e ântero- septal média DA Anterior Extenso V1-V6 (D1, AVL) Apical e ântero- septal DA Inferior D2, D3, AVF Inferior e dorsal CD ou Cx Posterior V7-8 e infra de ST na parede anterior Posterior e/ou lateral Cx ou CD Lateral Alto D1, AVL Lateral e/ou dorsal Cx VD DV3-5, V1 Posterior e lateral do VD CD MARCADORES BIOQUÍMICOS DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Marcador Início Pico Normalização Vantagens Desvantagens Mioglobina 2 a 3 horas 6 a 9 horas 18 a 24horas Alta sensibilidade, detecção precoce de IAM, detecção de reperfusão. Baixa especificidade, rápido retorno ao normal Troponinas 3 a 12 horas 10 a 24 horas 10 a 15 dias Bom para estratificação de risco, maior sensibilidade e especificidade que CK- MB. Diagnóstico tardio. Baixa sensibilidade para diagnóstico com menos de 6 horas de sintomas. Limitado para diagnóstico de reinfarto. CK-MB 3 a 12 horas 10 a 24 horas 3 a 4 dias Método de dosagem rápido e maior custo- eficiência. Bom para diagnóstico de reinfarto precoce. Baixa especificidade em trauma ou cirurgia. Baixa sensibilidade com mais de 6h de sintomas ou além de 36h. Sem liberação de marcadores séricos Angina estável Angina Instável Com liberação de marcadores séricos IAM sem Q IAM com Q PENUMBRA Infarto Não Q Infarto Com Q Lesão (Elevação de ST) ISQUEMIA DIAGNÓSTICO Primeira escolha: História clínica detalhada; Exame Físico; ECG; Marcadores bioquímicos de lesão miocárdica. Segunda escolha: Angiolastia (Stent), Cirurgia Cardiaca convencional ou tratamento clinico. Coronariografia; Tomografia computadorizada; Ressonância nuclear magnética; Cineangiografia ou cateterismo cardíaco. CUIDADOS DE ENFERMAGEM . Obtenção dos sinais vitais: PA, frequência cardíaca e exame físico; . Oxigênio por cateter ou máscara; . Obtenção de acesso venoso; . Monitorização do ritmo cardíaco e da saturação de O2 não invasiva; . Administração de 200mg de aspirina via oral; . Nitrato sublingual 5mg; . ECG; . Administração endovenosa de morfina quando a dor é muito intensa e não melhora com nitrato. ABORDAGENS TERAPÊUTICAS Reduzir chance de recorrência Repouso, controle PA, β-bloqueio. Prevenir trombose Antiagregante plaquetário, antitrombínico Promover Vasodilatação Nitratos, bloqueadores de canais de cálcio. Reperfusão (oclusão total) Trombólise, angioplastia Tratar e prevenir complicações da isquemia / necrose Β-bloqueadores, antiarrítmicos Remodelamento Inibidores da ECA... TRATAMENTO FARMACOLÓGICO . Antiplaquetários .Aspirina .Derivados tienopiridínicos – ticlopidina e clopidogrel . Heparinas -Inibe a Ciclooxigenase, reduzindo produção de tromboxanos; -Reduz mortalidade e incidência de IAM não-fatal, em pacientes com AI ou IAM sem supra de ST, em até 64% (estudo RISC) -Reduz em 23% a mortalidade em pacientes com IAM com supra de ST, p<0,00001 (estudo ISIS-2) . Antiisquêmicos .Nitratos -Redução da pré-carga e pós-carga, diminuindo consumo de oxigênio, age na vasodilatação arterial; -Diminui vasoespasmo coronariano; -Potencial inibição da agregação plaquetária. .Betabloqueadores .Antagonistas dos canais de Cálcio .Inibidores da ECA TRATAMENTO FARMACOLÓGICO . Trombolíticos .Estreptoquinase (SK) .Ativador tecidual do plasminogênio .Trombolíticos de terceira geração Contraindicações >> Sangramentos abdominais, dissecção de aorta, RCP prolongada, trauma ou cirurgias nas 2 semanas precedentes, AVC hemorrágico prévio, gravidez. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO . Angioplastia Vantagens sobre os trombolíticos: .Patência arterial precoce, superior a 90%; .Melhor manutenção de fluxo coronariano pleno; .Menor lesão de reperfusão; .Melhora função ventricular; .Menor risco de sangramento e AVC; .Redução nas taxas de reoclusão, reinfarto e mortalidade hospitalar. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Dor torácica sugestiva de isquemia Avaliação imediata Tratamento geral imediato ECG de 12 derivações Depressão de ST / inversão de onda T Ausência de alterações ST/T Elevação de ST/BRE novo Tratar como IAM Persistência ou recorrência dos sintomas; Hipotensão, disfunção VE, troponina ou CKMBelevadas AI alto risco ou IAM não Q ECGs seriados, marcador de necrose, observação clínica Alterações dinâmicas de ST, troponina ou CK-MB alto, dor, instabilidade hemodinâmica, diabete, coronariopatia? NÃO AI de baixo risco SIM Aspirina e clopidogrel, heparina EV ou HBPM SC, Nitrato EV, Antagonista GP IIb IIa, Betabloqueador AI alto risco ou IAM não Q CINEANGIOCORONARIOGRAFIA ANGIOPLASTIA CIRURGIA TRATAMENTO CLÍNICO COMPLICAÇÕES DAS SCA INSTABILIDADE HEMODINÂMICA -Hipotensão, choque cardiogênico; -Edema agudo de pulmão; -Insuficiência cardíaca congestiva. ARRITMIAS -Taquicardias ventriculares; -Fibrilação ventricular; -Bloqueios atrioventriculares avançados. ENFERMAGEM SIMPLIFICANDO Intervenções da Enfermagem Posicionar paciente no leito na posição semi-Fowler. Administrar oxigênio por meio de cateter nasal a 3 l/min. Administrar nitroglicerina e morfina com base nos sinais vitais e alívio da dor. Monitorar cuidadosamente a PA por meio de PA não- invasivo. Fixar os eletrodos para monitorização cardíaca contínua ao lado do leito. Monitorar regularmente a freqüência cardíaca e o ritmo. Administrar e monitorar a terapia trombolítica. Monitorar os sinais de sangramento; evitar as punções venosas ou arteriais desnecessárias. Administrar líquidos IV de acordo com a prescrição. Monitorar cuidadosamente se há sinais de insuficiência ventricular esquerda em desenvolvimento. Administrar vasopressores; titular para a resposta da PA. (CPM) Explicar o equipamento, procedimentos e a necessidade de avaliação freqüentemente ao paciente e sua família. Observar se há sinais autonômicos (sintomas de ansiedade) por ex., freqüência cardíaca, PA e freqüência respiratórias aumentadas. Administrar diazepam (CPM).
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