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SISTEMA CARDIOVASCULAR HISTOLOGIA DO CORAÇÃO • O tecido cardíaco é formado por 3 áreas, sendo endocárdio, miocárdio, importante para a contração do músculo e o pericárdio que é a parte mais externa do coração. • O saco pericárdico tem a função de proteger o coração, porém muitas vezes por ser acometido por algum dano patológico vindo a comprometer a função cardíaca com o surgimento de inflamação, sangue ou água (hemopericárdio). PEQUENA CIRCULAÇÃO • INICIA-SE NO V.D. APÓS A SISTÓLE VENTRICULAR DESTA FORMA O SANGUE PASSA PELAS ARTÉRIAS PULMONARES CHEGANDO AOS PULMÕES SOFRENDO HEMATOSE (TROCA GASOSA) FORMANDO O SANGUE ARTERIAL LOGO EM SEGUIDA É TRANSPORTADO PELAS 4 VEIAS PULMONARES AO ATRIO ESQUERDO, FIM DA PEQUENA CIRCULAÇÃO. • VD – PULMÃO – AE. PEQUENA CIRCULAÇÃO • SANGUE VENOSO PARA O PULMÃO • CORAÇÃO – PULMÃO – CORAÇÃO • INICIA-SE NO VENTRICULO DIREITO (SANGUE VENOSO) E TERMINA NO ATRIO ESQUERDO (SANGUE ARTERIAL). GRANDE CIRCULAÇÃO • TEM O SEU INÍCIO NO V.E. PASSANDO O SANGUE ARTERIAL PELA ARTÉRIA AORTA E POSTERIORMENTE PARA AS DEMAIS ARTÉRIAS, OXIGENANDO TODO O CORPO, FORMANDO EM SEGUIDA O SANGUE VENOSO QUE RETORNA PELAS VEIAS CAVAS AO AD., FIM DA GRANDE CIRCULAÇÃO. • V.E. – CORPO – A.D. ELETROCARDIOGRAMA • ONDA P = INDICA SISTÓLE/DESPOLARIZAÇÃO ATRIAL, INDICANDO A PASSAGEM DO SANGUE PARA OS VENTRICULOS. • COMPLEXO QRS = INDICA A SISTÓLE/DESPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR, OU SEJA, OCORRE A EJEÇÃO DE SANGUE DOS VENTRÍCULOS PARA AS ARTÉRIAS. ELETROCARDIOGRAMA • ONDA T = DEMONSTRA A DIÁSTOLE DOS VENTRÍCULOS (REPOLARIZAÇÃO), OU SEJA, O ESVAZIAMENTO DOS VENTRÍCULOS ESPERANDO O NOVO FLUXO DE SANGUE PROVENIENTE DOS ATRIOS. • ONDA U = ESTA ONDA É A REPOLARIZAÇÃO/DIÁSTOLE ATRIAL, OU SEJA, OS ÁTRIOS ENCONTRAM-SE PRONTOS PARA RECEBER UM NOVO FLUXO SANGUÍNEO. Assistência de Enfermagem às Patologias do Sistema Cardiovascular • As doenças cardiovasculares são consideradas a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo. • A doença arterial obstrutiva periférica compromete aproximadamente 12% da população geral e 20% dos indivíduos com mais de 70 anos Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata Queixas Comuns: • Dispneia (dificuldade para respirar); • Ortopneia (dificuldade para respirar deitado, comum em pacientes portadores de ICC); • Taquicardia (aumento da frequência cardíaca); • Dor (comum na angina); • Fadiga (cansaço devido ao esforço do músculo cardíaco e ao esforço respiratório); • Síncope (sensação de desmaio causada pela queda do aporte sanguíneo ao cérebro); • Edema (acúmulo de líquido, decorrente da insuficiência do coração como bomba condutora de sangue). Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata Antecedentes Pessoais e Familiares: • Hábitos de vida: Sedentarismo, Tabagismo, Alcoolismo ou Uso de anticoncepcionais; • Hábitos alimentares; • Condições socioeconômicas e culturais. Dados Gerais: • Idade: Anomalias congênitas, Moléstia reumática, Doença de Chagas, HAS, Cardiopatias ateroscleróticas (angina/ IAM); • Sexo: Lesões mitrais (mulheres) e Aterosclerose (homens); • Raça: Anemia falciforme comum na raça negra; Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata Dados Gerais: • Esforço físico: Profissão/ Estresse emocional; • Doenças: Naturalidade e Regiões endêmicas; • Antecedentes pessoais: Hipertensão/ lesões renais/ Relação entre doenças estreptocócicas: orovalvares e orofaringe/ Alimentação/ Fatores genéticos. Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cariopata Dor Precordial: Origem: • Coração/ pleura/ esôfago/ estômago/ aorta/ mediastino. Queixa de dor: • opressiva/ aperto/ peso/ queimação/ sufocação. Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata Localização da dor: • irradiação/ frequência/ fatores desencadeantes/ agravantes/ atenuantes/ intensidade de duração. Sintomas concomitantes: • náuseas, vômitos, sudorese fria/periodicidade. Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata • Características: • Localização: Retroesternal, perimamilar, dor nas articulações; • Duração: > 1 minuto já se pode ter risco de infarto agudo do miocárdio; • Qualidade: Constritiva, sensação de nó na garganta, facada, queimação, ardência, pontada, formigamento, ardência; Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata Características: • Intensidade: Leve (não fixa): sensação de peso e desconforto; Moderada: aumento da atividade física; Intensa: Sofrimento, sudorese, palidez angústia, sensação de morte iminente. • Fatores desencadeantes ou agravantes: O aumento do esforço físico aumenta o trabalho cardíaco. Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata Outros parâmetros: • Cianose: locais e fatores desencadeantes. • Alterações vasculares periféricas: frio, dormência, descolorações, edema, hipersensibilidade. • Edema: principalmente em membros inferiores durante todo o dia. Medir o edema através da escala de cruzes (de + a ++++). Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata • Limitações de atividades: intolerância aos exercícios, dispneia aos esforços. • Fatores associados ao sono: nictúria, ortopneia (necessitando uso de travesseiros), suores noturnos. • Nível de conhecimento do paciente sobre a doença: interfere na adesão ao tratamento. Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata Outros parâmetros: • Outros fatores relacionados: diaforese, síncopes, vertigens, palpitações, náuseas, edema, vômitos, cefaleias, formigamento digital, estase de jugular e ascite. Dados do exame físico: • Nível de consciência; • Dor precordial – intensidade da dor (0 a 10) e duração; • Frequência e ritmos cardíacos; • Pressão arterial; • Pulso (radial, braquial, femoral, poplíteo, carotídeo); • Frequência do pulso: 60 a 80 bpm (estimativa). Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata Pulmões: Padrões respiratórios que podem ser encontrados: • Taquipneia: dor, ansiedade, insuficiência cardíaca; • Cheyne-stokes: pode prever uma parada cardíaca; • Tosse seca: comum em pacientes portadores de insuficiência cardíaca; • Secreção: aspecto róseo indica edema pulmonar agudo; Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata • Estertores: indica dificuldade da passagem do ar através dos brônquios; • Efeitos medicamentosos: analgésicos sedativos deprimem o centro regulador da respiração; • Sibilos: resultado da compressão vias aéreas pequenas por edema intersticial pulmonar; Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata • Uso de betabloqueadores (propanolol): pode causar estreitamento das vias aéreas, principalmente pacientes com doença pulmonar de base. Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata Abdome: Função gastrointestinal: • Perguntar sobre a frequência de náuseas, vômitos e fezes. Reflexo hepatojugular: Ingurgitamento hepático ocorre em decorrência do menor retorno venoso, consequência de Insuficiência Ventricular Direita. Débito urinário: O bom débito urinário indica também um bom funcionamento do coração. Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata Extremidades: • Observar coloração das extremidades que podem estar cianóticas, o que indica uma má perfusão arterial para nutrir os tecidos, traduzindo insuficiência no processo de troca gasosa que ocorre a nível alveolar, comum em pacientes cardiopatas graves. Anamnese Geral de Enfermagem ao Paciente Cardiopata • Teste de perfusão capilar: apertar a ponta do dedo do paciente e observar o tempo do retorno do sangue, se maior que 2 segundos, já indica má perfusão sanguínea. Doença Arterial Coronariana (DAC) • A doença arterial coronariana (DAC) é o tipo mais prevalente de doença cardiovascular no nosso meio, por isso a importância do profissional de enfermagem conhecer os tipos de doenças cardíacas, bem como a sua prevenção, fatores de risco, diagnóstico e tratamento. Doença Arterial Coronariana (DAC) • A aterosclerose é um acúmulo de gordura ou lipídios ede tecido fibroso na parede vascular, tornando difícil ou obstruindo a passagem do sangue oxigenado para o miocárdio, provocando isquemia cardíaca. Doença Arterial Coronariana (DAC) • Esta patologia inicia-se com depósitos de placas de gordura, chamadas de ateromas, provocando uma resposta inflamatória do interior do vaso sanguíneo, que ao longo do tempo, torna-se um tecido fibroso que cobre a camada gordurosa, tornando a luz deste vaso estreitada, o que irá causar a diminuição do fluxo sanguíneo para o coração. Doença Arterial Coronariana (DAC) • Esta estrutura recém-formada poderá permanecer fixa e continuar provocando isquemia cardíaca ou poderá soltar-se da luz do vaso e migrar para qualquer parte do corpo, através da rede venosa, em forma de um trombo que poderá, por exemplo, alojar- se em um vaso cerebral, provocando um AVC (acidente vascular cerebral) isquêmico. Doença Arterial Coronariana (DAC): Manifestações Clínicas: • A aterosclerose coronariana produz sinais e sintomas de acordo com a localização e o grau de estreitamento da luz arterial, a formação de trombos e a obstrução de fluxo sanguíneo para o miocárdio. Doença Arterial Coronariana (DAC) • Em geral, esse comprometimento do vaso sanguíneo é progressivo, gerando uma diminuição do fluxo sanguíneo para as células cardíacas, manifestado pela dor torácica, definindo-se esta condição como isquemia cardíaca, podendo levar ao infarto do miocárdio, que é a morte da célula cardíaca. Doença Arterial Coronoriana (DAC): Fatores de Risco: Hipertensão Arterial: • É um dos mais sérios fatores de risco, a HAS acelera o processo aterosclerótico e aumenta a demanda de oxigênio pelo miocárdio. • Pressões Arteriais em torno de 160/95 mmHg ou mais, aumentam 5 vezes as chances de DAC do que em padrões normais de Pressão Arterial. Doença Arterial Coronariana (DAC) Hereditariedade: • Existe um padrão familiar na incidência de DAC, a hereditariedade está entre os principais fatores de risco, principalmente se a DAC ocorre entre a quarta e a quinta década. • Existe uma teoria não comprovada afirmando que a estrutura histológica das coronarianas seria determinada geneticamente. Doença Arterial Coronariana (DAC): Fatores de Risco: • Tabagismo: Estatísticas mostram que fumantes têm 2 vezes mais chances de desenvolvem DAC do que os não fumantes. A nicotina promove vasoconstricção arterial, aumenta o trabalho cardíaco (HAS e FC), consumindo mais oxigênio pelo miocárdio. • Diabetes Mellitus: Estudos mostram que distúrbios bioquímicos podem ser a causa principal da alta incidência de DAC em diabéticos. Estatisticamente adultos jovens diabéticos apresentam mais DAC do que adultos na mesma faixa não diabéticos. Doença Arterial Coronariana (DAC): Fatores de Risco: • Sedentarismo: A falta de atividade física tem sido apontada como um fator de risco para o desenvolvimento de DAC, porém os estudos são inconclusivos. Acredita-se que a inatividade afeta as artérias coronarianas. • Obesidade: O estudos mostram que os obesos têm maior suscetibilidade de desenvolverem HAS, diabetes mellitus e níveis elevados de colesterol, que por si só, são importantes fatores de risco. Doença Arterial Coronariana (DAC): Fatores de Risco: Estresse Emocional: • Estudos epidemiológicos mostram que em países industrializados o índice de DAC é maior (significativamente) que nos não industrializados. • O estresse aumenta os níveis de colesterol, favorece o aparecimento de ateromas os quais estimulam o processo de coagulação sanguínea e gera a formação de trombos. Doença Arterial Coronariana (DAC): Tratamento • O tratamento da DAC fundamenta-se na prevenção dos quatro fatores de risco modificáveis, os quais recebem maior atenção nos programas governamentais de prevenção à saúde, sendo eles: • Diminuir e controlar os níveis de colesterol através de exercícios físicos e dieta adequada, cessarem o tabagismo e manter o diabetes e a hipertensão controlados, tentando sempre manter acompanhamento médico e hábitos de vida saudáveis. Arteriosclerose • Com o avançar da idade, ocorre uma série de alterações estruturais no sistema vascular, dentre elas, a arteriosclerose, na qual as paredes dos vasos tornam-se irregulares, além de calcificadas e também perdem a elasticidade, ou seja, ficam menos distensíveis e menos complacentes. Arteriosclerose • Estas alterações acarretam uma diminuição da resposta à estimulação B-adrenérgica, aumentando o risco de hipertensão. Em consequência destas alterações fisiológicas, normalmente a pressão arterial elevada não é considerada uma alteração normal decorrente da idade, mas é uma mudança comum no envelhecimento. Arteriosclerose • A hipertensão sistólica nos idosos é definida como uma pressão sistólica maior do que 160 mmHg e uma pressão diastólica menor que 95 mmHg, sendo resultado do enrijecimento arterial e da perda da complacência arterial que ocorrem com o envelhecimento. • Em resumo, as mudanças cardiovasculares relacionadas ao envelhecimento começam nos últimos anos de vida. Arteriosclerose • Quando estressado por exercício ou doença, o coração do idoso pode apresentar débito cardíaco diminuído, que, combinado com as alterações vasculares, causa alterações no desempenho total associado ao envelhecimento. Angina Pectoris – Síndrome Coronária Aguda • A dor torácica é a manifestação mais comum entre pacientes com doença cardíaca, sendo a segunda queixa mais comum que se apresenta nos serviços de emergência. • Esta dor torácica pode ser descrita de leve à intensa, transitória ou constante, estando também relacionada com o esforço físico. Angina Pectoris – Síndrome Coronária Aguda • A dor torácica pode ser classificada como Síndrome Coronária Aguda (SCA) ou Angina Instável e Angina Estável, não sendo sempre de fácil diagnóstico clínico, pois podem ser confundidas com úlceras gástricas, gastrites, ou até mesmo, dores nas costas. Angina Pectoris – Síndrome Coronária Aguda • O seu diagnóstico é feito através de exames simples e de rápida interpretação do exame de sangue para verificar a variação das enzimas cardíacas e o eletrocardiograma (ECG), exame que através da avaliação do ritmo cardíaco, consegue-se detectar anormalidades referentes à isquemia ou infarto. Angina Pectoris – Síndrome Coronária Aguda • Podemos conceituar a Angina Pectoris como o resultado do comprometimento do suprimento sanguíneo miocárdico, consequentemente com redução da quantidade necessária de oxigênio para as necessidades metabólicas do miocárdio, descrita como isquemia, provocando a dor anginosa. • Seu nome Angina Pectoris, significa dor no peito, que denominamos de precordialgia ou dor torácica. Angina Pectoris - Síndrome Coronária Aguda Curso Clínico da Angina Pectoris Localização da dor: A dor que traduz Isquemia Miocárdica localiza-se com maior frequência em região retroesternal, podendo irradiar-se para: • Braço esquerdo e frequente braço direito; • Pescoço; • Mandíbula; • Regiões Escapulares. Angina Pectoris - Síndrome Coronária Aguda O desconforto é descrito como pressão, aperto ou constrição dentro do peito, como demonstra a figura abaixo: Angina Pectoris - Síndrome Coronária Aguda Ocorrência da dor: Qualquer condição que aumente a demanda de oxigênio é capaz de produzir angina. Esta relação (atividade → dor → repouso → cessação da dor) é tipo da angina estável. • Esforço Físico. • Estresse Emocional súbito. • Medo. • Raiva. Angina Pectoris – Síndrome Coronária Aguda Duração da Dor: • A angina é caracteristicamente de curta duração, poucos segundos, um ou dois minutos, antes de diminuir ou cessar com o repouso. • Poderá durar de 5 a 10 minutos, se o estímulo que a provoca for muito intenso. • Não cessando a dor após o repouso, suspeita-se de lesão miocárdica. Angina Pectoris – Síndrome Coronária Aguda • Alívio da dor: Uma característica bem marcanteda Angina Pectoris é o pronto alívio da dor após o uso da Nitroglicerina, essa juntamente com outros Nitratos, age dilatando as artérias coronarianas, aumentando o fluxo sanguíneo e o suprimento de oxigênio para o miocárdio. Angina Pectoris – Síndrome Coronária Aguda • Estas medicações podem ser administradas sob via sublingual e estão na forma oral em comprimidos de 5 ou 10 mg com o nome de Isordil ou isosorbida. • Podemos verificar o efeito destas medicações na figura a seguir. Angina Pectoris - Síndrome Coronária Aguda Efeitos do Nitrato Angina Pectoris – Síndrome Coronária Aguda • Angina Estável e Angina Instável: Angina Estável: Na maioria dos casos, a Angina Pectoris se comporta de maneira previsível, aparecendo com certos tipos de esforços físicos ou estresse emocional e é aliviada rapidamente com o repouso e o uso de nitratos. Angina Pectoris – Síndrome Coronária Aguda • Angina Instável: Quando o padrão da dor piora subitamente e se torna imprevisível, ocorrendo espontaneamente ou durante o repouso, e quando não é mais controlada pelos nitratos sublinguais. • A angina instável geralmente indica um avanço da doença coronariana e apresenta maior morbidade do que a angina estável, podendo evoluir para um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Infarto Agudo do Miocárdio • É a destruição tecidual do músculo cardíaco, o miocárdio, decorrente de um suprimento sanguíneo insuficiente através das artérias coronárias, provocadas por um trombo ou um êmbolo ou devido à oclusão das artérias por aterosclerose. • À medida que as células são privadas de oxigênio, ocorre a isquemia com consequente lesão celular, acarretando posteriormente, em morte celular, o que chamamos de infarto. Infarto Agudo do Miocárdio Infarto Agudo do Miocárdio Quadro Clínico: • Dor retroesternal constritiva, onde o paciente refere “uma dor na alma” com duração superior a 30 minutos, podendo irradiar para mandíbula, costas, região do epigástrio e ombros, principalmente o esquerdo, apresentando náuseas, vômitos, sudorese, agitação e ansiedade, pele fria e úmida, taquicardia, hipotensão, dispneia e fraqueza muscular generalizada. Infarto Agudo do Miocárdio Infarto Agudo do Miocárdio Complicações: Disfunção de ventrículo esquerdo causando: • hipotensão, • taquicardia e • crepitações pulmonares (acúmulo de líquido), • disfunção de ventrículo direito, gerando estase venosa jugular, • hepatomegalia (inchaço além do normal), insuficiência mitral. Infarto Agudo do Miocárdio Outras complicações poderão aparecer no paciente infartado: • arritmias, • o choque cardiogênico e a • parada cardiorrespiratória, as quais poderão levar ao óbito. Infarto Agudo do Miocárdio • Tratamento: Consiste em preservar a função miocárdica, gerando o mínimo esforço por parte do paciente, desta forma, ele consumirá menos oxigênio e o músculo cardíaco irá esforçar-se pouco, prevenindo as complicações citadas acima e uma nova reincidência do IAM. Infarto Agudo do Miocárdio • Estas metas são minimizadas com o uso de oxigênio suplementar sob cateter nasal e o repouso absoluto no leito, bem como dieta zero. Infarto Agudo do Miocárdio • Tratamento: O tratamento medicamentoso é feito através do uso da morfina que tem a função do alívio da dor e da ansiedade, dos nitratos para aumentar a perfusão coronariana e dos antiagregantes plaquetários como o AAS (ácido acetilsalicílico) que evita a formação de novos trombos e êmbolos pelo sistema de coagulação, que neste momento, encontra-se em hiperatividade. Infarto Agudo do Miocárdio • Diagnóstico: • É estabelecido através da análise da sintomatologia clínica juntamente com os resultados dos achados no ECG (supra desnivelamento do segmento ST), sendo o exame mais importante no diagnóstico do IAM, devendo ser feito imediatamente e seriadamente nas primeiras 24h e diariamente após o primeiro dia e na contagem laboratorial das enzimas cardíacas ou marcadores de necrose, que aparecerão na corrente sanguínea do paciente em caso de lesão celular seguida de morte celular. Infarto Agudo do Miocárdio • sendo elas a: • CK-MB que é a isoenzima da • CK-total (creatino-cinase) e a • Troponina, enzima que faz parte do processo de contração das fibras musculares. Infarto Agudo do Miocárdio Assistência de Enfermagem: • Consiste em saber identificar os sintomas do IAM para poder agir de forma rápida e eficiente na recuperação do cliente, atuando no controle da dor, administrando as medicações prescritas pelo médico, instalando oxigênio suplementar para aumentar a oferta intracelular, promovendo o conforto e o repouso do paciente no leito livre de ruídos, e mantendo-o em observação constante e oferecendo apoio emocional também à sua família. • Manter o paciente em decúbito elevado no leito (entre 45 e 90º); Angina Pectoris - Síndrome Coronária Aguda Assistência de Enfermagem: • Manter o paciente em monitorização hemodinâmica; • Promover ambiente calmo e seguro para o paciente; • Dar apoio emocional ao paciente; • Assegurar a permeabilidade dos cateteres venosos (puncionar 2 acessos venosos – sendo um para administração de drogas e outro para soro); • Identificar o tipo de dor e comunicar ao médico; • Aliviar a dor, administrando a medicação prescrita; • Manter vigilância contínua quanto às possíveis complicações: arritmias, choque cardiogênico. • Verificar SSVV; Infarto Agudo do Miocárdio • Assistência de Enfermagem: • Manter o paciente em monitorização hemodinâmica; • Promover ambiente calmo e seguro para o paciente; • Dar apoio emocional ao paciente; • Assegurar a permeabilidade dos cateteres venosos (puncionar 2 acessos venosos – sendo um para administração de drogas e outro para soro); Infarto Agudo do Miocárdio • Identificar o tipo de dor e comunicar ao médico; • Aliviar a dor, administrando a medicação prescrita; • Manter vigilância contínua quanto às possíveis complicações: arritmias, choque cardiogênico. • Verificar SSVV; Infarto Agudo do Miocárdio • Observar resposta ao tratamento medicamentoso; • Administrar oxigênio; • Manter material de urgência próximo ao leito; • Observar e orientar quanto ao repouso absoluto; • Orientar o paciente quanto aos hábitos de vida adequados. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) • A hipertensão é uma doença de alta prevalência em nosso meio, atingindo cerca de 15 a 20% da população adulta maior de 18 anos e chega a 50% nos idosos. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS • Pode ser definida como um aumento crônico dos valores diastólicos, sistólicos ou de ambos, de forma a desestabilizar o sistema cardiovascular, podendo danificar vários órgãos do nosso organismo ao longo do tempo, principalmente órgãos nobres como rins, fígado, coração e ainda os olhos. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Observação A numeração correspondente aos estágios da hipertensão, referem-se à repercussão em danos aos órgãos alvo: • o estágio I (sem evidência de repercussão em órgão alvo), • o estágio II (pelo menos uma lesão em órgão alvo, • como exemplo, a hipertrofia cardíaca) • o estágio III (indica repercussão mais grave em coração, cérebro, fundo de olho, rins, vasos). Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Hipertensão primária: é também conhecida como pressão essencial, é a pressão alta a partir de uma causa desconhecida. Este tipo de patologia é chamado também de “assassina silenciosa”, por não apresentar sintomas e o paciente não saber que é hipertenso, descobrindo na maioria das vezes por um acaso ou exame de rotina. Hipertensão Secundária: é a pressão alta a partir de uma causa conhecida, como por exemplo, doença renal, DAC, hipercolesterolemia (+). Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS): Causas: As principais causas são: idade acima de 55 anos, história familiar de hipertensão, obesidade, cintura acima de 98 cm no homem e 85 cm na mulher, etnia negra, sedentarismo, estresse, dislipidemias, DM e tabagismo. Fatores de risco: Geralmente sãoos mesmos que acompanham a doença arterial coronariana, além da hipercolesterolemia e o diabetes mellitus. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS): Manifestações Clínicas: Cefaleia em região occipital ao acordar que regride espontaneamente após algumas horas, tontura, taquicardia, fadiga e impotência, comprometimento vascular (epistaxe, hematúria, fraqueza e visão embaçada), dor torácica, dispneia, edema periférico se houver insuficiência cardíaca. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS): Fisiopatologia: A pressão arterial é controlada pelos rins, através do sistema renina-angiotensina, quando a angiotensina I é convertida em angiotensina II acontece uma potente vasoconstricção na musculatura lisa dos vasos (e assim aumenta a resistência vascular periférica), além de diminuir a excreção renal de sódio (mediado pela aldosterona), consequentemente, aumenta a pressão arterial, pois quando os rins não eliminam sódio, também não eliminam água, aumentando o volume intravascular. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS): Podemos entender o processo fisiopatológico na abaixo: Processo Fisiopatológico Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS): Diagnóstico: Exame simples de urina pode mostrar proteínas, hemácias, leucócitos ou glicose; exame de sangue que mostre os níveis de potássio, sódio, ureia e creatinina aumentados, ECG, radiografia de tórax (para mostrar um possível aumento de área cardíaca), oftalmoscopia. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Tratamento não farmacológico: • É suficiente nos casos de pré-hipertensão, na maioria dos casos de hipertensão nível I e em alguns casos de hipertensão nível II, e inclui: redução do peso, dieta saudável, cessar o etilismo e o tabagismo e fazer atividade física. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS): Tratamento farmacológico: Só deverá ser iniciado imediatamente nos casos de hipertensão significativa ou persistente ou nos casos de hipertensão moderada associada a dois fatores de risco ou repercussão em órgão alvo; • Tiazídicos: provocam a redução da resistência periférica (HIDROCLOROTIAZIDA); • Beta-bloqueadores: provocam a redução do débito cardíaco e da FC (ATENOLOL, PROPRANOLOL, METOPROLOL); • Inibidores da enzima conversora da angiotensina (CAPTOPRIL, ENALAPRIL); • Antagonista de receptores de angiotensina (LOSARTAN); Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS): • Bloqueadores do canal de cálcio: hipotensores vasodilatadores (VERAPAMIL, DILTIAZEN); • Alfa e beta-bloqueadores: antagonistas mistos que agem nos receptores B1 cardíacos, reduzindo a FC e o DC, e nos receptores A periféricos produzindo vasodilatação (CARVEDILOL); • Simpaticominéticos de ação central: hipotensores potentes (METILDOPA); • Diuréticos de alça (FUROSEMIDA); • Drogas auxiliares (AAS e ansiolíticos). Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) É o estado fisiopatológico em que uma anormalidade da função cardíaca é responsável pela falência do coração em bombear sangue em uma velocidade e/ou força adequadas para atender às exigências dos tecidos, ou em repouso ou em exercício. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) • Embora essa síndrome tenha sido extensivamente tratada e pesquisada, ainda permanece como uma causa dominante de morte. Há um aumento de incidência de ICC na população idosa, com uma prevalência de aproximadamente 10% por volta de 75 anos. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Por trás da insuficiência cardíaca, estão problemas extremamente comuns na população, como a HAS, a DAC, a arteriosclerose, além de uma variedade de outras etiologias, tais como o etilismo crônico, infecções virais, disfunções valvares, diabetes mellitus, etc. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Epidemiologia: Os dados da ICC são crescentes: • A população idosa é crescente, isto significa doenças degenerativas aumentando. • Brasil tem cerca de 6,4 milhões de portadores de ICC. • Ministério da Saúde diz que em 2003 houve 203.893 internações por ICC, totalizando 14 mil óbitos. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Fisiopatologia: Quando o débito cardíaco cai após agressão miocárdica, mecanismos neuro-hormonais são ativados com o objetivo de preservar a homeostase circulatória. Para compensar o mau funcionamento da bomba cardíaca, o sistema nervoso libera neuro-hormônios vasoconstrictores para acelerar a frequência cardíaca, consequentemente, aumenta o débito cardíaco, porém não é eficiente, pois este efeito aumenta a sobrecarga de volume e da pós-carga do ventrículo com contratilidade já diminuída, levando à progressão da doença cardíaca já existente. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Fisiopatologia: A taquicardia (aumento da FC) provoca maior gasto energético, levando ao acometimento de arritmias por hipertrofia e enfraquecimento das fibras cardíacas. Classificação • Classe Funcional I. • Classe Funcional II. • C. Funcional III. • C. Funcional IV. • Fração de ejeção. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) • Classe I - Ausência de sintomas (dispnéia) durante atividades cotidianas. A limitação para esforços é semelhante à esperada para indivíduos normais • Classe II - Sintomas desencadeados por atividades cotidianas • Classe III - Sintomas desencadeados por atividades menos intensas que as cotidianas ou aos pequenos esforços • Classe IV - Sintomas em repouso Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Tipos de Insuficiência Cardíaca: 1- ICC esquerda: compõe a maioria dos casos de insuficiência cardíaca, sendo decorrente da disfunção do coração esquerdo, geralmente relacionada à insuficiência ventricular esquerda, esta síndrome cursa com congestão pulmonar (dispneia, ortopneia). 2- ICC direita: decorrente da disfunção do coração direito, geralmente relacionada à insuficiência ventricular direita, e esta síndrome cursa com congestão sistêmica (turgência jugular patológica, hepatomegalia, ascite, edema de membros inferiores). Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Tipos de Insuficiência Cardíaca: 3- ICC biventricular: é o processo patológico no qual tanto as disfunções cardíacas esquerda quanto a direita estão presentes. A síndrome cursa com congestão pulmonar e sistêmica, sendo que a maioria das cardiopatias que levam à insuficiência cardíaca inicia-se com insuficiência ventricular esquerda e posteriormente evoluem para insuficiência biventricular (direita e esquerda). Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Tipos de Insuficiência Cardíaca: 4- ICC sistólica: 50-60% dos casos. O problema central está na perda da capacidade contrátil do miocárdio. Na maioria das vezes, a disfunção sistólica provoca dilatação ventricular e tem como marco a redução significativa da fração de ejeção (< 45%). Existem duas consequências fisiológicas: baixo débito cardíaco, e aumento do volume de enchimento, bem como da pressão de enchimento ventricular, transmitindo-se aos átrios e ao sistema venocapilar (congestão). Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Tipos de Insuficiência Cardíaca: 5- ICC diastólica: 40-50% dos casos. A contração miocárdica está normal, mas existe uma restrição patológica ao enchimento diastólico, causando elevação das pressões de enchimento e, consequentemente, aumento venocapilar (congestão). 6- ICC de baixo débito: A disfunção ventricular sistólica acarreta uma queda do débito cardíaco, levando à hipoperfusão tecidual, manifestando-se como fadiga muscular e indisposição. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Quadro clínico: • Dispneia ao esforço progressiva; • Dispneia paroxística noturna; • Edemas; • Ascite; • Fadiga; • Hipotensão arterial; • Débito urinário baixo; • Palidez cutaneomucosa; • Pele fria e úmida; • Ortopneia; • Congestão sistêmica e/ou pulmonar. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Quadro clínico: Edemas Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Exame Físico: • Padrão respiratório; • Aspecto da cutaneomucosa; • Presença de edemas; • Palpação abdominal; • FC, PA, Saturação de O2; • Débito urinário; Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Diagnóstico clínico: • RX detórax (avalia congestão pulmonar e tamanho da área cardíaca); • ECG (avalia arritmias); • Ecocardiograma (examina a estrutura interna cardíaca e a força de ejeção); • Exames laboratoriais (Hemograma, Glicemia, Eletrólitos, ureia, creatinina, etc.) Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Raio X do Tórax ÁREA CARDÍACA AUMENTADA CONGESTÃO PULMONAR Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Complicações: • Tromboembolismo pulmonar; • Arritmias cardíacas; • Choque cardiogênico. Tratamento clínico: O objetivo do tratamento é restabelecer a função contrátil, revertendo os mecanismos compensatórios que estão causando as manifestações clínicas. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Não farmacológico: Cirurgia de plastia valvar, revascularização do miocárdio e transplante nos casos graves. Farmacológico: Vasodilatadores (Captopril, Enalapril), Digitálicos (Digoxina), Diuréticos (Hidroclotiazida e Furosemida), Antagonista da Aldosterona (Espirolactona/Aldactone), Betabloqueadores (carvedilol, metoprolol). Agentes inotrópicos positivos - não digitálicos (dobutamina) aumenta a força contrátil. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Assistência de Enfermagem: • Repouso no leito, verificando o posicionamento correto (45 e 90º); • Redução da ansiedade e do estresse para não aumentar a frequência cardíaca; • Promover perfusão tecidual normal através do suporte de oxigênio via cateter tipo máscara; • Administração medicações prescritas: digitálicos / diuréticos / vasodilatadores (nitroprussiato de sódio/ nitroglicerina); • Atenção aos sinais de intoxicação digitálica (bradicardia, tontura, náusea); • Atenção em verificar a FC antes da administração do digitálico; Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Assistência de Enfermagem: • Administrar os diuréticos pela manhã; • Realizar balanço hídrico; • Peso diário em jejum; • Avaliação do turgor cutâneo e das membranas (desidratação e edema); • Atenção sinais de hipocalemia/ hiponatremia/ hiperuricemia/ hiperglicemia.
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