Buscar

condiçoes da ação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO SUPERIOR DE GRADUAÇÃO
BACHARELADO EM DIREITO
FRANCIELLE FERREIRA ZOLETTI
 RA: A74AFH-9
CONDIÇÔES DA AÇÃO
CAMPINAS
2020
 
UNIVERSIDADE PAULISTRA - UNIP
FRANCIELLE FERREIRA ZOLETTI RA A74AFH-9
CONDIÇÕES DA AÇÃO
Trabalho referente à disciplina da Teoria Geral do Processo, apresentado ao Centro Universitário UNIP – Campus Unip-Vitale, como exigência parcial para nota da APS do curso Superior de Graduação em Direito.
Orientador: Profª. Luciana Cunha
CAMPINAS
2020
RESUMO
O presente artigo irá abordar as condições da ação, que são requisitos mínimos para que um processo seja instaurado e o juiz possa solucioná-lo com uma sentença de mérito.  
O estudo abrangerá seu conceito, sua natureza jurídica e suas espécies, a evolução histórica através das teorias, a teoria aplicada no CPC/73, a discussão doutrinária quanto a utilidade das condições da ação no CPC/73 e as mudanças trazidas com a vigência do novo Código de Processo Civil.
Palavras-chave: Condições da ação. Código de Processo Civil de 1973. Novo Código de Processo Civil.
INTRODUÇÃO 
O presente artigo busca, esclarecer sobre as condições da ação com as principais alterações acarretadas pelo novo Código de Processo Civil .
Para tanto, estabeleceremos o conceito, natureza jurídica e espécies de condições da ação, quais sejam: a legitimidade de parte, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido.
Devidamente conceituadas as condições da ação, passaremos a analisar como se inseriam na sistemática do Código de Processo Civil de 1973. Explicaremos a Teoria Eclética da Ação, bem como as duas principais correntes que se formaram ante a problemática surgida em relação a seus efeitos práticos.
Por fim, discorreremos acerca do tratamento dado à matéria pelo novo Código de Processo Civil e do encerramento doutrinário pelas duas teorias supracitadas.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
No ordenamento jurídico brasileiro proíbe-se o exercício da autotutela, assim, o interessado em ter solucionado o seu conflito deve provocar a jurisdição estatal por meio do exercício do direito de ação.
As teorias tradicionais que tentam explicar a evolução do direito de ação são:                                                                                                  
TEORIA IMANENTISTA: a ação era algo inerente ao próprio direito da pessoa. Assim, a ação e o direito teriam a mesma característica, ou seja, a ação seria uma reação do direito material após sofrer uma agressão ou lesão. Esta teoria deixou de ser aplicada com a autonomia do direito processual sobre o direito material, além disso, esta teoria não explicava o caso da ação denegatória negativa onde não há direito material violado. É o caso por exemplo da pessoa que ingressa com uma ação para requerer em juízo a inexistência de um débito contra ela cobrado. Se fosse aplicada esta teoria só teríamos ação julgadas procedentes.
TEORIA CONCRETISTA: criada por Adolf Wach, o direito de ação estaria fundamentado no direito material. Para esta teoria o direito de ação era um direito do interessado contra o Estado e também contra o seu adversário que estava vinculado à decisão estatal e aos seus efeitos jurídicos. Confundia-se procedência do pedido com condição da ação. A crítica que se faz é que esta teoria não explica o suporte processual quando a sentença é contrária a pretensão da parte autora.   
TEORIA ABSTRATIVISTA : elaborada por Degenkolb e Plósz. sugere que o direito de ação existiria independentemente do direito material, sendo o direito de ação qualquer decisão judicial. Para esta teoria a ação é um direito público, onde o Estado é provocado no momento que a parte autora ingressa com a ação. A partir deste momento, o Estado é obrigado a dar uma decisão tendo em vista a proibição da autotutela.
TEORIA ECLÉTICA OU MISTA : formulada por Enrico Tullio Liebman, o direito de ação seria o direito a um julgamento de mérito, seja ele procedente ou improcedente, sendo as condições da ação requisitos para o exame do mérito. Esta teoria foi alvo de muitas críticas, pois no caso concreto não conseguia distinguir os casos de carência de ação do julgamento de improcedência do pedido e também não conseguia esta teoria explicar o saneamento das condições da ação.
CONDIÇÕES DA AÇÃO: CONCEITO, NATUREZA JURIDICA E ESPÉCIES 
Condições da ação são requisitos processuais essenciais para o regular trâmite processual e eventual julgamento do mérito. Em caso de ausência de qualquer uma das condições da ação, teremos a carência da ação, causa de extinção do processo sem julgamento de mérito (art. 267, VI, CPC/73). Note-se, contudo, que tal regra foi e vem sendo mitigada pela teoria da asserção, a qual analisaremos mais à frente.
A Teoria Geral do Processo costuma compreender as condições da ação como uma categoria fundamental do processo moderno, localizada entre os pressupostos processuais e o mérito da causa.
Entendemos, no que tange o processo civil, condições da ação como um feixe composto por três institutos, quais sejam: legitimidade ad causam, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido.
Legitimidade ad causam nada mais é do a pertinência subjetiva da ação, ou seja, qualidade expressa em lei que autoriza o sujeito (autor) a invocar a tutela jurisdicional. Nessa lógica, será réu aquele contra qual o autor pretender algo.
Legitimidade ad causam nada mais é do a pertinência subjetiva da ação, ou seja, qualidade expressa em lei que autoriza o sujeito (autor) a invocar a tutela jurisdicional. Nessa lógica, será réu aquele contra qual o autor pretender algo.
O interesse processual de agir efetiva-se quando o provimento jurisdicional do Estado-juiz proporcionar alguma vantagem ao autor. O interesse processual ainda se submete ao binômio necessidade/adequação. A necessidade trata de a impossibilidade do conflito ser solucionado por meios que não sejam através do Estado-juiz. Já a adequação trata do provimento a ser concedido pelo Estado-juiz para solucionar a lesão do autor. 
Significativa parte da doutrina critica esta última acepção do interesse de agir, vez que, nas palavras de Fredie Didier Jr[footnoteRef:1]. [1: DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. vol. I, ed. 11. Ed. Juspodivm. Salvador: 2009, p. 199.] 
:
“O procedimento é a espinha dorsal da relação jurídica processual. O processo, em seu aspecto formal, é procedimento. O exame da adequação do procedimento é um exame de sua validade. Nada diz respeito ao exercício do direito de ação.
“Não há erro na escolha do procedimento que não possa ser corrigido, por mais discrepantes que sejam o procedimento indevidamente escolhido e aquele que se reputa correto. Um exemplo talvez sirva para expor o problema: se o caso não é de mandado de segurança, pode o magistrado determinar a emenda da petição inicial, para que o autor providencie a adequação do instrumento da demanda ao procedimento correto. Não existisse o inciso V do art. 295, que expressamente determina uma postura do magistrado no sentido aqui apontado, sobraria a regra da instrumentalidade das formas, prevista nos arts. 244 e 250 do CPC, que impõe o aproveitamento dos atos processuais, quando houver erro de forma.”
Nessa toada, podemos conceituar interesse de agir como o binômio necessidade/utilidade.
A possibilidade jurídica do pedido, por fim, terceiro e último instituto da classificação clássica das condições da ação, consubstancia a aptidão — implícita ou explícita — no ordenamento jurídico, de que a demanda do autor possui para ser julgada procedente.
Ilustremos com exemplo doutrinário pedestre, mas didático: carece de possibilidade jurídica do pedido aquele que busca ajuizar ação de divórcio em país que expressamente o veda em seu ordenamento legal.
CONDIÇÕES DA AÇÃO NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973	
Inicialmente, devemos deixar claro que as condições da ação, embora expressamente previstas no Código de Processo Civil de 1973, nunca foram matéria doutrinariamente pacífica ou unânime.
As condições da ação sãofruto de uma teoria encabeçada por Liebman que informa todo o CPC de 1973: a Teoria Eclética da Ação.
Considera citada teoria que, para o exercício regular do direito de ação, imprescindível o preenchimento de certos requisitos (legitimidade ad causam, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido), que formariam a categoria denominada “condições da ação”. Não preenchidas estas condições, estaríamos diante da carência da ação.
Ocorre que, na realidade processual, o magistrado não realiza um juízo específico de análise das condições da ação, e sim um juízo de admissibilidade e um juízo de mérito.
Nessa toada, verifica-se que as condições da ação não são analisadas autonomamente, recaindo, portanto, em um desses dois juízos. Dessa forma, tem-se que as condições da ação ou seriam questões de admissibilidade ou questões de mérito.
Diante desse problema, duas correntes se formaram.
A primeira é a Teoria da Apresentação, capitaneada por Cândido Rangel Dinamarco. Sustenta, na linha do disposto no §3°, artigo 267, CPC, que “o juiz conhecerá a qualquer tempo ou grau de jurisdição, enquanto não proferida sentença de mérito, as matérias constantes nos incisos VI (...)”. O inciso VI, por sua vez, trata justamente da extinção do processo sem resolução de mérito por ausência de “possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual”.
A segunda corrente consubstancia-se na adoção da chamada Teoria da Asserção.
Tal teoria cinge o momento e os efeitos do reconhecimento de ausência de qualquer das condições da ação.
Primeiramente, o magistrado verificará, abstratamente, a presença das condições da ação na fase postulatória. Caso averigue a ausência de qualquer uma delas, extinguirá o feito sem resolução de mérito, nos termos do artigo 267, VI, CPC.
Se, contudo, a ausência de uma das condições da ação for averiguada após o início da fase instrutória, extinguirá o feito com resolução do mérito, julgando improcedente o pedido.
Os efeitos de tais decisões, como podemos imaginar, são absolutamente distintos. No primeiro caso teremos carência da ação, permitindo-se sua repropositura, não sendo apta, tal decisão, a gerar coisa julgada. O exato oposto ocorre no segundo caso. Estaremos diante sentença que resolve o mérito, apta, portanto, à coisa julgada. Do mesmo modo, incabível a repropositura da ação, devendo o autor irresignado perseguir a procedência de sua demanda pelas vias recursais.
De fato, parece-nos correta a aplicação da Teoria da Asserção, inclusive por privilegiar os princípios da efetividade e da celeridade.
Verifica-se, contudo, que com o surgimento do novo Código de Processo Civil, tal teoria perdeu a razão de ser.
CONDIÇOES DA AÇÃO NO NOVO CÓDIGO DO PROCESSO CIVIL
O novo Código de Processo Civil não faz referência as condições da ação e não há mais menção quanto à possibilidade jurídica do pedido. No entanto, prevê em seu artigo 17 que é necessário ter o interesse processual e a legitimidade para o ajuizamento da ação.
A legitimidade trata da previsão legal que autoriza um determinado sujeito a ajuizar ação e do outro sujeito de integrar o polo passivo da demanda.
No interesse processual o autor do processo deverá demonstrar que a tutela jurisdicional do seu direito irá lhe proporcional uma vantagem no contexto fático.
Como consequência da ausência do interesse de agir e/ou da ilegitimidade para a causa será proferida sentença de extinção sem resolução de mérito.  Afirma o art. 485. CPC 2015:
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
(...)
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
CONCLUSÃO
Há associação entre os conceitos de jurisdição, ação e processo, sendo que não existe um sem o outro. É impossível que se tenha jurisdição, e, por conseguinte, processo sem ação.
Nota-se que apesar do Novo Código de Processo Civil não tratar expressamente das condições da ação, não as afastou por completo.
Para o ajuizamento da ação ainda é necessário ter interesse e legitimidade, não tendo o Novo Código de Processo Civil citado expressamente quanto à possibilidade jurídica do pedido.  
Tendo previsto o Novo Código de Processo Civil apenas como hipótese de condição da ação a legitimidade e o interesse há uma aproximação maior da concepção de Liebman .
Liebman em seus primeiros estudos conceituava que as condições da ação eram compostas por três elementos: a legitimidade, o interesse de agir e a possibilidade jurídica do pedido. Mais tarde, o próprio criador da Teoria Eclética reformulou o seu entendimento e passou a defender a ideia de que a possibilidade jurídica do pedido estaria compreendida pelo interesse de agir, assim, haveria apenas dois elementos compondo as condições da ação: a legitimidade e o interesse de agir.
É o que consta no artigo 17 do Novo Código de Processo Civil: “Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade”.
Concluo, portanto, que o novo Código de Processo Civil realizou apenas a fusão entre os pressupostos processuais e as condições da ação, sendo ambos necessários para o julgamento do mérito.
O que se observa no Novo Código de Processo Civil é que a legitimidade e o interesse processual foram deslocados para a categoria dos pressupostos processuais e que a possibilidade jurídica do pedido foi suprimida como elemento das condições da ação, mas passou a integrar questão de mérito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. vol. I, ed. 11. Ed. Juspodivm. Salvador: 2009, p. 199.
GRINOVER, Ada Pellegrini; CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. 29. ed. São Paulo: Malheiros Ed.
TEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. Teoria geral do direito processual civil, processo de conhecimento e procedimento comum. V.1. 57ª ed. ver. atual.e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
CINTRA, Antônio Carlos Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo. 26ª ed. revisada e atualizada. São Paulo: Malheiros, 2010.
Portal Processual, As Condições da Ação e o Novo CPC. Disponível em: <http://portalprocessual.com/as-condicoes-da-acao-e-o-novo-cpc/>. Acesso em 06 de janeiro de 2017.
DireitoNet, A ação e as suas condições. Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2850/A-acão-e-as-suas-condicoes>. Acesso em 06 de janeiro de 2017.
NOTA
 DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. vol. I, ed. 11. Ed. Juspodivm. Salvador: 2009, p. 199.

Outros materiais