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gabarito AP1 2020.1 Língua Portuguesa Instrumental

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD 
 
Avaliação Presencial 1 (AP1) – 2020.1 
Disciplina: Língua Portuguesa Instrumental 
Coordenadora: Profa. Helena Feres Hawad 
 
GABARITO 
 
 
INSTRUÇÕES 
 
 Esta prova é composta por um caderno de questões e por uma folha de 
respostas. Antes de iniciar, confira o material que você recebeu. 
 
 O caderno de questões contém dois textos e dez questões, no total de quatro 
páginas (incluindo esta página com cabeçalho e instruções). Verifique se o seu 
está completo. 
 
 A prova deve ser feita com caneta azul ou preta. 
 
 Todas as respostas devem ser apresentadas na folha de respostas. 
 
 Não serão aceitas respostas escritas no caderno de questões, nem em folhas 
adicionais, fora do especificado no item anterior. 
 
 Ao término do trabalho, entregue ao fiscal apenas a folha de respostas, após 
certificar-se de ter preenchido corretamente o cabeçalho. Leve com você o 
caderno de questões. 
 
 Se quiser, você pode copiar suas respostas no caderno de questões e levar para 
conferir com o gabarito que será postado na sala de aula virtual. 
 
 Rasuras, com ou sem corretor do tipo liquid paper, poderão ser toleradas, desde 
que não prejudiquem a legibilidade. 
 
 A prova é individual, e não é permitido qualquer tipo de consulta, a pessoas ou 
a materiais de estudo. 
 
 Releia toda a prova antes de entregar. 
 
BOM TRABALHO! 
Texto 1 
 
Escolas cívico-militares: erro, viés ou o quê? 
Priscila Cruz* 
 
Não é surpresa a defesa de escolas militares pelo presidente Jair Bolsonaro 
(PSL). Mas basear uma política nacional de educação nesse modelo é autoengano, viés 
ideológico ou plataforma eleitoral? O que podemos afirmar: trata-se de um erro de 
diagnóstico e de priorização. 
Em primeiro lugar, é importante diferenciar escolas militares – que basicamente 
atendem os filhos de militares – das cívico-militares, escolas regulares com a presença 
de militares em algumas funções na gestão escolar. 
O Ministério da Educação anunciou que vai investir recursos na ampliação de 
colégios cívico-militares. A justificativa são os resultados das escolas militares: elas têm 
média 7 no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do ensino 
fundamental e médio, frente à média nacional de 4,9. Já as cívico-militares ficam mais 
próximas da base do que do topo, com 5,6. 
Se mais aprendizagem nas escolas públicas é o resultado esperado, um estudo 
de impacto deveria ser capaz de mostrar que o modelo cívico-militar é responsável pelo 
diferencial de nota do Ideb, independentemente de outros fatores. 
Entretanto, não há evidências do impacto da militarização das escolas públicas, 
diferentemente de tantas outras políticas, como formação de professores, primeira 
infância, qualidade do currículo e da prática pedagógica, gestão escolar, participação 
das famílias e educação integral. 
Com efeito, o que mais explica os resultados das escolas militares são os fatores 
extraescolares. Algumas delas selecionam estudantes por meio de provas, como num 
vestibular, e assim têm a tarefa de ensinar para quem já tem aprendizagem acima da 
média. Mas o que mais explica o Ideb maior é o nível socioeconômico médio dos alunos, 
que são em maioria de famílias de classe média ou média alta, bem diferente da média 
nas escolas regulares. 
Pode ser então que a justificativa seja apenas mais segurança. É inegável o fator 
“disciplina” nessas escolas, e justo que as famílias desejem um ambiente seguro aos 
seus filhos. Mas o preço é o senso de repressão e da supressão da individualidade dos 
alunos. 
As boas experiências no Brasil mostram que escolas bem geridas também têm 
muito mais disciplina e segurança, sem ampliar a evasão dos alunos que não se 
encaixam no modelo militarizado e com o favorecimento de projetos pedagógicos mais 
colaborativos e sintonizados com as competências para o século 21. 
Foi esse o caminho seguido pela Colômbia, que convivia com altas taxas de 
criminalidade e violência pública: em vez de militarizar as escolas, elaboraram padrões 
de competências cidadãs, melhoraram a formação docente, engajaram famílias, 
professores e alunos e investiram na gestão das escolas. 
O êxito levou à instituição de um Sistema Nacional de Convivência Escolar, com 
a adoção de um exame para medir as competências cidadãs e a inclusão de uma 
"cátedra da paz" em todas as instituições de ensino colombianas. Além de resultados 
excelentes nas escolas, a Colômbia ultrapassou o Brasil no Pisa, avaliação internacional 
de aprendizagem, em 2015. 
Tudo isso posto, a política pública nacional não deveria ser, portanto, de 
ampliação de escolas de tempo integral, de fortalecimento da gestão escolar (incluindo 
seleção com critérios técnicos e formação de diretores), de enfrentamento da má 
qualidade da formação dos professores no Brasil, de promoção da paz? 
Sem dúvida, mas é um caminho que exige muito mais da gestão governamental 
do que colocar militares nas escolas. 
 
* Mestre em administração pública pela Harvard Kennedy School (EUA), é presidente-
executiva e cofundadora do movimento Todos Pela Educação. 
 
Folha de São Paulo. 5/9/2019. Disponível em 
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/09/escolas-civico-militares-erro-vies-ou-o-
que.shtml 
 
 
1. (1,0) No fim do primeiro parágrafo do Texto 1, a autora afirma que a 
militarização de escolas públicas é “um erro de diagnóstico e de priorização”. Levando 
em conta as ideias desenvolvidas no texto, explique essa afirmação. 
 
NÃO HÁ EVIDÊNCIAS DO IMPACTO DA MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS NOS 
RESULTADOS OBTIDOS POR ELAS. (A DIFERENÇA DE DESEMPENHO EM 
RELAÇÃO ÀS ESCOLAS NÃO MILITARES SE DEVE A OUTROS FATORES, 
COMO FORMAÇÃO DE PROFESSORES, QUALIDADE DO CURRÍCULO, NÃO À 
MILITARIZAÇÃO.) 
 
2. (1,0) Considere a última frase do terceiro parágrafo do Texto 1, reproduzida 
abaixo: 
 
Já as cívico-militares ficam mais próximas da base do que do topo, com 5,6. 
 
Identifique o que são “a base” e “o topo” nessa frase, de acordo com o contexto. 
 
“A BASE” É A MÉDIA NACIONAL DAS ESCOLAS NO IDEB: 4,9. “O TOPO” É A 
MÉDIA DAS ESCOLAS MILITARES NO IDEB: 7. 
 
3. (1,0) Explique por que a autora do Texto 1 não considera compensador o ganho 
obtido em segurança com a militarização das escolas. 
 
ESSE GANHO NÃO É COMPENSADOR PORQUE É OBTIDO AO PREÇO DA 
SENSAÇÃO DE REPRESSÃO E DA SUPRESSÃO DA INDIVIDUALIDADE DOS 
ALUNOS. 
 
4. (1,0) Identifique, no Texto 1, o exemplo de uma política educacional bem-
sucedida sem militarização das escolas. 
 
O EXEMPLO DA COLÔMBIA. 
 
5. (1,0) Transcreva, do Texto 1, a frase em que a autora lista sugestões para 
solucionar os problemas da educação no Brasil. 
ATENÇÃO: Transcreva toda a frase pedida, e somente a frase pedida. 
 
TUDO ISSO POSTO, A POLÍTICA PÚBLICA NACIONAL NÃO DEVERIA SER, 
PORTANTO, DE AMPLIAÇÃO DE ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL, DE 
FORTALECIMENTO DA GESTÃO ESCOLAR (INCLUINDO SELEÇÃO COM 
CRITÉRIOS TÉCNICOS E FORMAÇÃO DE DIRETORES), DE ENFRENTAMENTO 
DA MÁ QUALIDADE DA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES NO BRASIL, DE 
PROMOÇÃO DA PAZ? 
 
Texto 2 
 
Disciplina militar 
Hélio Schwartsman* 
 
Antes mesmo de o programa do governo federal de militarização de escolas 
públicas engrenar, a moda se espalhou e fincou raízes Brasil afora. Como mostrou 
reportagem da Folha, só na Bahia já são 83 as instituições que adotaram esse modelo, 
em que a parte pedagógica da escola segue sob comando de professores, mas policiais 
militares aposentados recebem um ordenado complementar para cuidar das questões 
disciplinares. 
Para mim, o tipo de disciplina imposto aos alunos, com continências, uniformes, 
padrões para corte de cabelo e maquiagem, além da vigilância extrema, é um cenário 
de pesadelo. É especialmente na infância e na juventude que as pessoas devem ser 
livres para experimentar.É claro que escolas precisam de um pouco de ordem para 
funcionar, mas não penso que seja necessário convocar militares para estabelecê-la. 
Um bom diretor é em tese capaz de fazê-lo. 
Também me parece preocupante que muitas dessas escolas exijam que o aluno 
arque com o custo das fardas, quando não pedem uma contribuição voluntária às 
famílias. Isso, aliás, explica parte dos tão propalados efeitos acadêmicos positivos da 
militarização. A correlação entre renda e performance educacional é conhecida e 
robusta. Assim, um modo eficaz para melhorar o desempenho de uma instituição é 
aumentar suas mensalidades, excluindo os alunos mais pobres. 
Não sou, contudo, um xiita. Não pretendo que as minhas preferências pessoais 
sejam universalizáveis. Quem gosta de uma educação mais rígida e vê valor no corte 
escovinha deve ter a opção de matricular seus filhos num colégio com essas 
características. 
O que me incomoda é a proliferação dessas instituições, pois cada escola 
militarizada significa uma escola normal a menos. E sou daqueles que pensam que o 
ensino público básico deve ser universal, gratuito, civil, laico e, dada a impossibilidade 
da neutralidade, tão plural quanto possível. 
 
*Jornalista, foi editor de Opinião. É autor de "Pensando Bem…". 
 
Folha de São Paulo. 25/12/2019. Disponível em 
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2019/12/disciplina-militar.shtml 
 
 
6. (1,0) Os autores dos Textos 1 e 2 concordam ao apresentar um motivo para o 
êxito das escolas militares. Aponte esse motivo de sucesso reconhecido por ambos os 
autores. 
 
PARA AMBOS OS AUTORES, A CLASSE SOCIAL MAIS ALTA DOS ALUNOS 
DAS ESCOLAS MILITARES EXPLICA O DESEMPENHO SUPERIOR DESTAS EM 
RELAÇÃO ÀS ESCOLAS PÚBLICAS EM GERAL. 
 
 7. (1,0) Compare os Textos 1 e 2 com relação ao grau de envolvimento entre o 
autor e o leitor e aponte em qual deles o envolvimento é maior. 
 
NO TEXTO 2, O ENVOLVIMENTO É MAIOR. (ISSO SE MANIFESTA 
PRINCIPALMENTE NO USO DA PRIMEIRA PESSOA – “PARA MIM”; “ME 
PARECE”, “NÃO SOU”.) 
 
 8. (1,0) Considere as frases seguintes (extraídas, com adaptações, do segundo 
parágrafo do Texto 2): 
 
Não é necessário convocar militares para estabelecer ordem na escola. Um bom 
diretor é capaz de fazê-lo. 
 
 Indique um conectivo que poderia ser usado para unir essas duas frases em uma 
só, explicitando a relação de sentido que elas têm no contexto. 
 
POIS (PORQUE, JÁ QUE, VISTO QUE, UMA VEZ QUE) 
 
 9. (1,0) No fragmento abaixo (do primeiro parágrafo do Texto 2), a palavra 
“engrenar” confere ao texto um tom informal. Forneça uma palavra ou expressão que 
poderia substituir a palavra “engrenar” no contexto, mantendo o mesmo sentido e com 
maior nível de formalismo. 
Antes mesmo de o programa do governo federal de militarização de escolas 
públicas engrenar (...) 
 
ENTRAR EM (PLENO) FUNCIONAMENTO; SE DESENVOLVER; SE 
ESTABELECER (PLENAMENTE); SE CONSOLIDAR; SER CONSOLIDADO; 
GANHAR IMPULSO; SE FIRMAR 
 
10. (1,0) Reescreva a frase a seguir (extraída, com adaptações, do primeiro 
parágrafo do Texto 2), empregando um recurso que sirva para reduzir o grau de certeza 
expresso. 
A moda das escolas cívico-militares fincou raízes Brasil afora. 
 
A MODA DAS ESCOLAS CÍVICO-MILITARES PARECE TER FINCADO RAÍZES 
BRASIL AFORA. 
 
A MODA DAS ESCOLAS CÍVICO-MILITARES TALVEZ TENHA FINCADO 
RAÍZES BRASIL AFORA. 
 
A MODA DAS ESCOLAS CÍVICO-MILITARES PODE TER FINCADO RAÍZES 
BRASIL AFORA. 
 
É POSSÍVEL QUE A MODA DAS ESCOLAS CÍVICO-MILITARES TENHA 
FINCADO RAÍZES BRASIL AFORA. 
 
A MODA DAS ESCOLAS CÍVICO-MILITARES POSSIVELMENTE FINCOU 
RAÍZES BRASIL AFORA.

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