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Recurso de Apelação em Ação Civil

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE /SP 
 
 
 
 
Processo nº. 
 
ANTÔNIO DA SILVA JÚNIOR, já qualificado nos autos, por meio de seu advogado 
que abaixo subscreve, vem, perante V. Exa, inconformado com a sentença de fls. (...), 
interpor RECURSO DE APELAÇÃO, devendo este, com suas razões em anexo, ser 
encaminhado ao egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo para a devida apreciação. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
SP, 01 de novembro de 2019. 
ADVOGADO 
OAB/SP (...) 
EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DE SÃO PAULO 
Processo nº. 
Apelante: Antônio da Silva Júnior 
Apelado: Walter Costa 
Origem: Vara Cível da Comarca de /SP 
RAZÕES RECURSAIS DE APELAÇÃO 
Respeitáveis julgadores, 
I. RELATÓRIO 
Antônio da Silva Júnior, nestes autos representado por sua mãe Isabel da Silva, 
qualificados, ajuizou ação civil contra o apelado, pleiteando, a reparação por danos 
patrimoniais e morais causados pela omissão desse último, pois, em janeiro de 2015, o 
apelante, retornando da escola para casa em uma estrada de terra, foi atingido pelo 
coice de um cavalo de propriedade do apelado, sofrendo sérios danos à saúde, dos quais 
o tratamento revelou-se longo e custoso. (petição inicial – fls. Xx/xx). 
Argumentou o juízo singular com a ausência de culpa do apelado, ao fundamento de 
que este “empregou o cuidado devido, pois mantinha o cavalo amarrado a uma árvore 
(...), evidenciando-se a ausência de culpa, especialmente em uma zona rural onde é 
comum a existência de cavalos”, o que afastaria, em tese, a responsabilidade civil do 
apelado e, em consequência, o dever de indenizar. 
Acrescentou o juízo argumenta, também como fundamento para a improcedência do 
pedido, que teria ocorrido a prescrição trienal da presente ação de reparação, quer no 
que tange aos danos morais, quer no que tange aos danos patrimoniais, já que a lesão 
ao apelante ocorrera em 2015 e a ação somente foi proposta no ano de 2019 (fls. Xx/xx). 
Inconformado, o apelante apresenta recurso de apelação, próprio e tempestivo, que 
também preenche os demais requisitos de admissibilidade, pugnando pela reforma do 
decisum de primeiro grau, pelas razões que passa a expor. 
 
II. DO DIREITO 
 
II. I DO AFASTAMENTO DA PRESCRIÇÃO TRIENAL 
No exercício de seu juízo deliberou o douto magistrado haver operado a prescrição 
trienal, prevista no Codigo Civil em seu art. 206, § 3º, V, que prevê prescrever em 3 
(três) anos, a contar da data da lesão ao direito (janeiro de 2015), a pretensão para a 
reparação civil do ilícito, salientando o julgador haver decorrido o referido prazo até o 
ajuizamento da ação, em 2019. 
Todavia, data venia, equivoca-se o magistrado ao desconsiderar a regra de interrupção 
do curso prescricional insculpida também no diploma legal já mencionado. 
Com efeito, o apelante é menor de 16 (dezesseis) anos, e, portanto, absolutamente 
incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil, na forma da lei (CC, art. 3º), não 
fluindo contra ele, pois, a prescrição, enquanto durar a incapacidade absoluta (CC, art. 
198, I), o que demonstra, repita-se, ser equivocada a sentença prolatada em instância 
originária. 
 
II. II. DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO APELADO QUANTO AO DANO 
Ainda na atividade judicante, no mérito, indeferiu o douto magistrado a demanda ao 
argumento de que o apelado, proprietário do animal causador das graves lesões à saúde 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10717064/artigo-206-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10716650/parágrafo-3-artigo-206-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10716457/inciso-v-do-parágrafo-3-do-artigo-206-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/código-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10731186/artigo-3-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/código-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718041/artigo-198-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10717997/inciso-i-do-artigo-198-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
do apelante, “empregou o cuidado devido, pois mantinha o cavalo amarrado a uma 
árvore no terreno, evidenciando-se a ausência de culpa, especialmente em uma zona 
rural onde é comum a existência de cavalos”. 
Não se discute, aqui, se o apelante teria sofrido, de fato, prejuízo patrimonial e moral 
por ter sido atingido por um coice desferido por um animal equino, nem tampouco ser 
o apelado o proprietário do referido animal, fatos que restaram incontroversos, pois 
não foram objeto de recurso do apelado, operando-se, quanto à matéria, a coisa julgada 
material. 
Pretende-se, de outro modo, demonstrar-se o erro do magistrado de primeiro grau em 
desconsiderar a responsabilidade civil do apelado pelo dano causado por seu cavalo à 
vítima. 
Com efeito, o diploma legislativo civil vigente no ordenamento jurídico “Aquele que, 
por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar 
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito” (CC, art. 186), 
exsurgindo, pois, o dever reparar o ato ilícito. 
 
“O art. 936 do Código Civil estabelece a presunção juris tantum de responsabilidade do 
dono do animal, nestes termos: ‘Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o 
dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”. No caso, repita-
se, é incontroverso nos autos a materialidade do dano; que foi causado pelo cavalo do 
apelado e que tal dano resultou em lesões físicas e prejuízos patrimoniais e morais do 
apelante. Nessa toada, não havendo comprovação de que o apelante teria dado causa 
ao dano ou da incidência de força maior, impõe-se o reconhecimento da 
responsabilidade civil do apelado. 
III. CONCLUSÃO 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/código-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718759/artigo-186-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10677183/artigo-936-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/código-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10677183/artigo-936-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
Ante o exposto, pugna o apelante pelo conhecimento e provimento do recurso para 
reformar a decisão originária, condenando o apelado ao pagamento de indenização por 
danos materiais e morais, além dos demais pedidos descritos na petição inicial. 
 
Nestes termos, 
 
Pede deferimento. 
 
SP, 01 de novembro de 2019. 
 
ADVOGADO 
 
OAB/SP (…)

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