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IMPUGNÇÃO RECLAMANTE DA SILVA E COMERCIO

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EXCELENTÍSSIMO (A) JUIZ (A) FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE MACEIÓ
Processo nº. 0000001-96.2017.5.19.000X
Reclamante da Silva, já qualificado nos autos processo em epígrafe, que movem em face de Comércio zzzz, igualmente qualificada no feito em trâmite por este r. juízo, vem perante Vossa Excelência, por intermédio de seus advogados infra-assinado, apresentar IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
1 – QUANTO A MANIFESTAÇÃO PROPRIAMENTE DITA
1.1. DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
Atinente à alegação da Reclamada no tocante à prescrição dos pedidos anteriores a 13/03/2012, não assiste razão à sua argumentação, senão vejamos:
Foi editada a Súmula 362, do TST, que disciplinou situações de prescrição que se aplicam ao caso em tela. Para os contratos de trabalho iniciados após 13/11/2014, a prescrição dos recolhimentos fundiários será a quinquenal. 
Destarte, vê-se que a prescrição quinquenal não se aplica ao caso. 
Súmula nº 362 do TST
FGTS. PRESCRIÇÃO  (nova redação) - Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato;
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF)
Destarte, atualmente temos diferentes hipóteses para a prescrição dos depósitos fundiários sem olvidar, todavia, a prescrição bienal para a propositura da ação, prevista no art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, vejamos:
 
(i) Para os contratos de trabalho que o início se deu até 13/11/1989, a prescrição trintenária permanece inalterada;
 
(ii) Para os contratos de trabalho em que o início ocorreu entre 13/11/1989 e 13/11/2014 temos o seguinte: (a) para se pleitear os depósitos fundiários de todo o contrato de trabalho (prescrição trintenária) o empregado deverá ingressar com a ação até o prazo limite de 13/11/2019; e (b) se o empregado continuar laborando e optar por distribuir a ação após 13/11/2019, a prescrição dos recolhimentos fundiários será a quinquenal; e,
 
(iii) Para os contratos de trabalho iniciados após 13/11/2014, a prescrição dos recolhimentos fundiários será a quinquenal. 
II. DO ACÚMULO DE FUNÇÃO.
	A reclamada aduz que a reclamante não acumulava funções, contudo admite como possíveis, uma vez que estão elencadas na Extranet da Boticário no perfil de cargos. É contraditório afirmar de forma veemente que a reclamante não acumulava, mas diz que faz parte da função.
III. DIFERENÇAS DE FGTS+40%
	A reclamada aduz que o ônus da prova pela prova do não recolhimento do FGTS é da reclamante, contudo o entendimento do TST é diverso do que alega a reclamada, senão vejamos:
Súmula 461 — FGTS. Diferenças. Recolhimento. Ônus da prova. É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015).
Portanto, IMPUGNA o inteiro teor da peça contestatória, tendo em vista que os fatos ali articulados não se coadunam com a realidade fática do contrato de trabalho ora em litígio, conforme demonstram os documentos constantes dos autos, conforme restará comprovado no decorrer da instrução processual.
Ante todo o exposto, o Reclamante reporta-se aos pedidos proferidos na inicial, por questão de brevidade, requerendo-se, ainda, restam impugnados um a um os documentos juntados pela Reclamada.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Maceió, Data.
Advogado
OAB

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